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Opinião de colaborador/debatedor

Não assisti ao jogo/fiasco -felizmente. Por isso, recorro ao botequeiro Alexandre Sanz, que enviou o seguinte comentário. 
 
Entregada
 
O jogo de ontem deve ser analisado sob o seguinte prisma, foi entregue, mesmo com todos os erros, limitações e dificuldades que o adversário poderia impor, conforme será relatado na sequência, o Grêmio, se não entrasse no segundo tempo de salto alto, teria vencido, no mínimo não perderia, de qualquer forma, essa derrota escancarou os muitos problemas que possuímos durante toda a temporada, os quais vou elencá-los de acordo com minhas observações.
1. Limitação do time e elenco: O Grêmio possui jogadores insuficientes nas duas laterais, na armação e em uma das posições do ataque, no banco temos mais problemas de limitação também, no jogo de ontem nossos laterais foram muito mal, o Marcelo e o Galhardo conseguem ser médios, no máximo, se jogarem no limite e sempre focados, quando pensam que são craques ai a cobra fuma, os gols foram todos na suas costas. Já o Douglas é um jogador que consegue apenas jogar 20 minutos, no segundo tempo estava mortinho, não viu a cor da bola e sua falta de combatividade estourou lá atrás.
2. O sistema de jogo tem que ser com atacantes de movimentação, o Bobô fez o que um centroavante deve fazer, gol, mas só isso é pouco no futebol moderno, ficou claro que ele é um peso ao time, principalmente quando o Douglas cansa e o Luan, fora de posição, vai mal, o time foi muito bem no primeiro tempo, apesar disso, na verdade enquanto o Douglas teve pernas, isso havia acontecido contra o Santos, só que a diferença foi o nível de concentração que se manteve nos 90 minutos.
3. O Roger erra, durante o jogo, parece que ele não tem boa leitura, talvez por inexperiência, não quero parecer eu o entendido, o Roger pegou um time que certamente disputaria a parte de baixo da tabela e está virtualmente classificado para a LA2016, mas não dá para esconder o sol com a peneira, a Chape já havia mexido no goleiro, e depois colocou um armador no lugar de um volante, além de adiantar o time, o Roger tinha 3 substituições para fazer, sou contra 3 volantes, mas em situações de jogo deve-se optar por essa escalação, ele deveria ter sacado o Douglas, morto, e colocar o Moisés, adiantar o Maicon e depois tirar o Luan, ai poderia escolher entre o Maxi ou Pedro Rocha para contra-ataques, ao contrário, ele tirou o Bobô e colocou o Pedro Rocha, apesar de o Luan ter sido uma piada em todo o primeiro tempo, depois tirou o Luan e colocou o Mamute, entendi que ele tentou jogar as costas do Apodi, mas para isso ele tinha que ter o poder de retomada da bola, o que não aconteceu, bem o Braian não vou perder tempo de comentar, mas o absurdo é ter um jogador que consegue jogar 20 minutos e deixá-lo em campo por 90. 
Acho que o Roger, e nessa hora o Presidente deve entrar em campo, deve repensar alguns conceitos, bruxismo e interferências externas estão atrapalhando, deve ser dadas as devidas proporções, obviamente é importante ter o vestiário na mão, mas isso não pode atrapalhar o desempenho do time, não queremos ser campeões de vestiário unido, já ouvir opinião de outras pesoa é importante mas isso apenas como idéias não precisam ser seguidas e sim utilizadas em situações aplicadas durante o jogo e não como idéia principal e definitiva, ele encontrou a melhor forma de jogar e mudou, coincidentemente quando o time passou a oscilar.

As uvas estão verdes

A grande vitória sobre o Santos por 1 a 0 – resultado com sabor de goleada -, o Grêmio praticamente confirma sua classificação direta à Libertadores de 2016. Muita gente queria essa vaga e agora a desdenha. A velha fábula das uvas verdes continua muito atual.

Nove pontos separam o Grêmio de seu mais próximo rival, o Santos, quarto colocado. Os mesmos nove pontos separam o Grêmio do líder e virtual campeão, o Corinthians. Então, se o Grêmio está classificado, também não tem nenhuma chance de título. Mas por que será que eu sigo acreditando? Porque é ofício do torcedor acreditar, acreditar sempre.

Sobre acreditar, quero dizer que eu acreditei que depois de 24 horas sem energia elétrica, eu ainda poderia assistir ao jogo contra o Santos pela TV.

Ledo engano. Eu sou um dos ‘500 mil domicílios da grande Porto Alegre’ que ficaram sem luz em razão do temporal terrível que devastou o Estado.

Então, fui obrigado a ‘ver’ o jogo de uma maneira inusitada: à luz de vela e radinho portátil. 

Penso que muita gente fez o mesmo.

O importante é que o Grêmio venceu e o sol voltou.

O que faz um gol do Bressan? Até o sol voltou.

Bressan é a prova de qualquer jogador pode a qualquer momento nos dar alguma alegria. É do futebol!

 

 

Arena, cenário de um grande jogo nesta quinta

O Santos com Ricardo Oliveira e Lucas Lima é um adversário poderoso. Esses dois estão levando o técnico Dorival Jr nas costas.

Se eles não puderem jogar nesta quinta será um presente dos deuses do futebol ao Grêmio.

Lucas Lima cria a maioria das jogadas santistas. Ricardo Oliveira aproveita e mete a bola pra dentro.

Simples, porque o futebol, por natureza, é simples. As pessoas que complicam. Os analistas de nariz empinado criam frases e desenham esquemas que, na prática, não existem. É hexagono pra cá, triângulo pra lá. 

Bem, dentro da lógica muito conhecida de todos os gremistas um pouco mais atentos de que tudo muitas vezes conspira contra o Grêmio, os dois vão jogar.

Tem essa história da CBF que não permite que o atleta jogue antes do período de 60 horas entre uma partida e outra.

É claro que essa norma será pisoteada pelo simples fato de que o clube a ser prejudicado é o Grêmio.

Vão dizer que eu exagero. Pode ser, mas tenho minhas razões.

Eu tenho memória ruim para as coisas do futebol. Mal e mal sei que o último jogo do Grêmio no Brasileirão foi contra o Cruzeiro e deu empate por 0 a 0. E fico por aqui.

Mas tem algumas coisas que estão marcadas a ferro e fogo em minha mente de sobrevivente dos anos de chumbo, a década de 70.

Por exemplo, não esqueço que esse presidente da comissão de arbitragem, Sérgio Corrêa, foi o bandeirinha que em meados dos anos 90 anulou um gol legítimo de Jardel numa Copa do Brasil.

Esse nome está na boca do sapo.

Agora, nada mais eloquente para exemplificar o que digo foi o que aconteceu na decisão Grêmio x Ajax, no Mundial.

Pela primeira vez e, salvo engano, a única, que um juiz expulsou um jogador por causa de repeteco do lance no telão do estádio.

O juiz marcou falta de Rivarola, mas ao ver o lance no telão decidiu dar o vermelho para o zagueiro tricolor, que passou a jogar com um a menos contra o forte time holandês.

Há outros exemplos. Vocês devem lembrar de outros casos semelhantes.

É por essas e por outras que não tenho dúvida de o Santos vai jogar com seus dois melhores jogadores.

Já o Grêmio não terá seu melhor jogador: Marcelo Grohe. Há quem não goste dele – futebol é fascinante também por isso -, mas Grohe transmite segurança ao time, em especial aos zagueiros. Quem conhece um pouco de futebol sabe o quanto é importante essa confiança mútua ali atrás.

Joga Bruno Grassi. Poderia ser Thiago.

Tanto faz.

Em compensação, volta Maicon, e com ele a formação titular que levou o Grêmio a empilhar vitórias.

Se o time voltar a jogar aquele futebol de semanas atrás é possível vencer esse jogo de seis pontos, mesmo que Lucas Lima e Ricardo Oliveira realmente joguem.

Difícil prever quem ganha, mas o fato é que a Arena será cenário de um grande jogo.

Os Fagundes x Os Moreiras

O Rio Grande do Sul parece que é formado por duas espaçosas famílias: a primeira, claro, é a dos Fagundes, brincadeira criada pelo pessoal de ‘obairrista.com’. A ideia é que sempre tem um Fagundes envolvido nas coisas do Rio Grande.

A outra grande família, pelo que constato a partir do que leio, escuto e assisto nos meios de comunicação – RBS em especial -, é, bingo!, é a dos Moreiras.

Não passa um dia em que ‘Os Moreiras’, que até poderia ser nome de um conjunto musical (no meu tempo de reunião dançante era conjunto, nada desse negócio de banda ou algo assim), não aparecem com um baita destaque. 

Na maioria das vezes para especular sobre uma possível volta da estrela maior da família ao Grêmio. 

Não adianta você se esconder, mudar-se para o Congo – refúgio de alguns gremistas atuantes e resistentes como o Ricardo W. -, ou comprar um apartamento em Miami, lugar preferido de nove entre dez adoradores do Cuba.

Com essa história de internet – não sei como Os Fagundes deixaram isso se criar aqui em nosso país gaudério – não tem como escapar. Tenho um amigo que apelou: se inscreveu para a primeira viagem civil para Marte.

Desconfio que não vai adiantar: soube de fonte ‘segura’ – a mesma que garantiu que R. renovaria com o seu ‘clube do coração’ em 2001 – que um  dos Moreiras estará nesse voo. Acompanhado, é óbvio, de um repórter do grupo de comunicação para registrar suas impressões sobre o planeta ‘vermelho’.

O MAIOR

‘Não me pergunte qual o clube mais presente em decisões. Siga o rumo do seu coração’.

Veja qual o clube mais presente entre os quatro melhores na Libertadores e em competições nacionais. Coincidência ou não é o mesmo que ficou na ponta do ranking da CBF do ano passado, e que está entre os primeiros este ano.

http://www.90min.com/pt-BR/posts/2622513-ranking-os-clubes-que-mais-chegaram-entre-os-4-primeiros-em-libertadores-e-competicoes-nacionais?utm_source=twitter.com&utm_medium=share

TROPA DE CHOQUE

Há dois grandes movimentos de setores da mídia: o primeiro, é defender o Dunga; o segundo, este mais determinado e raivoso, é atacar a Primeira Liga, que pode ser, na minha opinião, a salvação do futebol brasileiro a médio prazo.

O curioso é que esse ataque só acontece aqui Abaixo do Mampituba. Por que será?????

Bem, resta a resistência do cornetadorw.

http://cornetadorw.blogspot.com.br/2015/10/tropa-de-choque-da-ivi-da-ipiranga.html

 

Futebol brasileiro: fundo do poço é mais abaixo

Se alguém imagina que o fundo do poço do futebol brasileiro é a goleada de 7 a 1 da Alemanha, sinto informar que ainda há mais espaço para descer.

O fiasco na Copa do Mundo, dentro de casa, foi apenas um sinal.

Falava sobre isso com uns amigos dias atrás. Previ que o Brasil talvez ficasse de fora da Copa do Mundo de 2018. Claro, é difícil, quase impossível, assim como 0s 7 a 1 eram inimagináveis. Até que aconteceram.

Argumentei que o futebol está muito nivelado, que há várias seleções competitivas na América do Sul e que todas elas jogam com muito mais garra, mais disposição, mais vontade e determinação do que a nossa – digo, essa da CBF.

Argumentei mais: como se sente um jogador consagrado, milionário, que suou para chegar aonde chegou, quando percebe certas coisas no mínimo curiosas. Por exemplo, um diretor de futebol que até bem pouco tempo era empresário de futebol? Segundo Romário, ainda é.

Será que esse jogador ainda tem disposição para vestir a amarelinha?

E se ao entrar no vestiário depara com um guri que recém começou no futebol e, mesmo sem mostrar grandes atributos, vai sentar ao seu lado porque um treinador viu nele qualidades que ninguém mais percebeu?

Esse mesmo jogador, diante de tantas notícias sobre corrupção no futebol e na cúpula da CBF, realmente irá jogar com o empenho que se exige hoje para superar seleções inferiores tecnicamente, mas superiores em vontade?

Será que esse jogador vai ter orgulho de vestir a camisa que já foi honrada e dignificada por tantos jogadores em tempos não tão distantes?

E mais, será que a camisa verde-amarela ainda exerce fascínio entre essa gurizada que surge num dia e no outro já está embarcando para ganhar milhões na Europa e adjacências?

Hoje, vestir a amarelinha nem é mais condição para um jovem promissor ajeitar a sua vida e a da geração seguinte.

São questionamentos que fiz nesses dias que antecederam ao jogo desta noite contra o Chile.

Depois dos 90 minutos, com vitória dos chilenos por 2 a 0, estou convencido de que o meu temor não é infundado.

O futebol brasileiro ainda não chegou ao fundo do poço.

Sul-Minas-Rio: a Liga do bem

A criação da Liga Sul-Minas-Rio está incomodando muita gente.

Os presidentes das federações regionais estão agarrados a seus feudos. Estão com medo de perder força, perder poder.

Ninguém abre mão do poder sem espernear. Há vários exemplos em andamento e não só no futebol.

A CBF, num primeiro momento, não tem nada a perder. Mas parece estar ganhando tempo, porque a iniciativa mexe com interesses diversos.

O fato é que a competição tem respaldo da Lei Pelé.

O polêmico Alexandre Kalil é o presidente da Liga, que teve entre seus idealizadores e incentivadores principais o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan, que entrou de cabeça nesse projeto talvez até como resposta ao tratamento que o Grêmio tem recebido da Federação Gaúcha de Futebol através de seu presidente, Francisco Noveletto ‘Primeiro e Único’.

Kalil nega que a intenção da Liga seja confrontar as arcaicas entidades que comandam o futebol brasileiro. “A CBF é milionária, a Liga só vai alterar a vida de quem mama. A CBF não mama nos clubes”, brincou.

– Ninguém quer matar ninguém. O que não aceito é um presidente de Federação bater no peito e dizer que não vai acontecer. É uma questão de sobrevivência, a gente não quer tomar nada de ninguém”, completou o ex-presidente do Atlético Mineiro em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo desta terça-feira, dia 6.

Segundo Kalil, a “CBF não tem estrutura organizacional e comercial para isso (fazer a liga). Ela não tem tempo nem cabeça. Ela precisa comercializar a Seleção e as coisas dela. Temos que cuidar de nós, é um movimento consequente do aperto em que os clubes estão. Alguém achou que a Copa do Mundo ia salvar o futebol. Não foi uma Copa, foi uma tragédia. Tem um monte de estádio construído (com pouco uso) e ninguém tá preso”.

Aplaudo a criação da Liga. Vejo nela o embrião de uma revolução no futebol brasileiro.

Posso estar sendo otimista demais, até porque tem o exemplo do Clube dos 13, que acabou falindo porque não havia essa união que parece existir agora, e que é enfatizada com entusiasmo por Kalil. “Eu nunca vi tanta união entre os clubes. Além de ser muito progressista, o movimento é, antes de tudo, generoso. Sabemos que um clube é maior do que o outro, mas ninguém está lá para engolir ninguém. O que a gente tem que pensar é ‘o que aconteceu nos últimos anos para tamanho atraso do futebol brasileiro?”, questionou.

Na base desse movimento legítimo de libertação, estão, claro, as milionárias e desproporcionais cotas de TV pagas a Corinthians e Flamengo em relação aos demais clubes.

A nova competição está prevista para 2017.

Aqui entre nós, não sei se essa proposta dos clubes de Rio, MG, RS, PR e SC resiste a um eventual equilíbrio maior nas cotas que possa ser proposto pela rede detentora dos direitos de transmissão para neutralizar essa ação revolucionária.

Seria uma pena!

 

Grêmio joga mal, mas arranca empate fora

Foi uma das mais pobres atuações do Grêmio neste ano. Mesmo assim, arrancou um empate por 0 a 0 diante do Cruzeiro, que melhorou como equipe sob o comando de Mano Menezes.

Então, se num jogo em que praticamente não levou perigo ao goleiro Fábio, e se levasse ele defenderia, simplesmente porque ele sempre defende tudo quando enfrenta o Grêmio, ainda assim conseguiu não perder, é um feito. ‘Sirvam novas façanhas de modelo…’

A verdade dura e honesta é que o Grêmio mereceu perder. Jogou mal. A defesa vazou, o meio-campo nada criou e o ataque morreu à míngua.

Como explicar uma atuação tão deprimente? Penso que não há um motivo apenas. Começo por considerar que o time está de ressaca pela eliminação na Copa do Brasil; passo pelo desgaste físico e emocional; e chego ao ponto que todos nós antecipamos já faz tempo: o Grêmio tem um time titular muito forte e competitivo, mas não tem um banco capaz de suprir à altura titulares em várias posições. Na maioria delas.

Chegou a hora de pagar essa conta. 

Comecemos pelo goleiro. Os reservas até dão conta do recado, mas não são Marcelo Grohe. A diferença é pequena se considerarmos que um gol sofrido por vacilo do substituto é pouca coisa.

Lateral-direito: Gallardo, ele mesmo é contestado. Que é o reserva dele? Deixa assim.

Zagueiros: a dupla Geromel/Erazo é muito boa. Aliás, Geromel mostrou contra o Cruzeiro o quanto ele fez falta nos jogos recentes. Thyere e Bressan são zagueiros jovens, por enquanto apenas medianos. 

Lateral-esquerda: gosto de Marcelo Oliveira. É flagrante que ele está sentindo o peso de tantos jogos. Antes ele marcava e saía para o ataque com a mesma eficiência. Não mais. O reserva Hermes é bonzinho, mas apenas isso. Um time para ser campeão não pode ter muitos jogadores medianos e bonzinhos.

Meio-campo. Edinho tem se destacado. Ele mesmo cresceu, mas até na comparação com Wallace, que decaiu. É evidente a falta de Maicon. Mas será Maicon tudo isso? Não faz muito tinha gente querendo vê-lo fora do time. Bem ou mal, Maicon faz falta, dita o ritmo, mas só sua ausência não explica o que está acontecendo com o meio-campo.

Chegamos ao trio de criação: Giuliano é único que manteve um nível bom, mas ele não não consegue carregar Luan e Douglas, que disputam para ver quem está sendo mais ausente e ineficiente.

Ataque: Pedro Rocha, é lógico, sente falta de mais bolas enfiadas, jogadas que aproveitem sua velocidade.

Aí, entram os outros. Fernandinho entrou no começo do segundo tempo. Ele também decaiu muito nos últimos jogos. Neste, no Mineirão, ele foi de uma nulidade irritante. Um cone teria melhor rendimento.

Por falar em cone, Bobô entrou e teve uma conclusão boa, de média distância, que Fábio defendeu sem maior esforço. Depois, nada mais faz. Diferente de Fernandinho, recebeu poucas bolas. Mas as que recebeu em nada resultaram de positivo.

Diante disso, prevejo muita dificuldade nos jogos seguintes. A não ser que Roger Machado aproveite a folga e consiga, com o seu preparador físico, ajeitar o time para a reta final do Brasileirão. Ele há de conseguir, porque já mostrou ser muito competente. 

O objetivo continua sendo garantir presença no G-3. 

INTER

O Inter segue em sua escalada por uma vaga à Libertadores de 2016. Não é fácil, porque são vários candidatos.

Venceu o Sport de Falcão, que mereceu perder porque nada jogou. Torço pelo Falcão, que conheci como setorista do Inter na década de 70. Agora, não sei se esse jeito intelectualizado e sério dele funciona nos vestiários.

Houve um gol muito polêmico de Lisandro. O juiz validou, é o que importa. 

Agora, imagino que a torcida colorada nem se preocupe com o futuro do time agora. Afinal, ela não cansa de repetir que não comemora vaga.

Claro que é só da boca pra fora…

Ronaldinho: será mesmo que valeu a pena?

Não bastasse a eliminação da Copa do Brasil diante de um time inferior, é duro deparar em seguida com entrevista do sr. Assis Moreira, aliás figurinha fácil sempre que o mano famoso se encontra desempregado, e agora descendo a ladeira feito carrinho de rolimã sem freio.

O material publicado no clirbs (reprodução de entrevista à rádio Gaúcha) tem como destaque a seguinte frase do irmão/empresário/procurador/conselheiro/sócio:

‘Queria uma relação melhor com o nosso clube do coração’.

Sério, quase chorei. 

Transcrevo o que li por uma questão de preservação da minha saúde, não poderia conviver com essa declaração sem a compartilhar com os amigos – uma espécie de terapia.

Leiam, mas o façam perto de um vaso sanitário, porque a vontade que dá, na verdade, é de vomitar. E de chorar, sim, mas de raiva:

– Falar do Grêmio é sempre complicado porque todos sabem toda gratidão que nós temos e a importância que o clube tem na nossa vida. Não temos nenhum problema com o Grêmio. Naquele momento (no final de 2010 e início de 2011), algumas pessoas tomaram decisões e nós não ficamos. Não sei se isso um dia vai se solucionar, mas a gente tem a consciência tranquila de que fizemos tudo dentro da lei. Nunca fizemos nada que não fosse correto. Gostaria que essa relação com o Grêmio, que é o nosso clube do coração, fosse muito melhor. A gente paga o preço alto por ter tomado decisões – disse Assis.

Vou destrinchar rapidamente o texto acima, frase por frase:

Frase 1: ‘Falar do Grêmio é sempre complicado porque todos sabem toda gratidão que nós temos e a importância que o clube tem na nossa vida.’ 

Que o Grêmio foi importante na vida da família toda é inegável. Só quem demonstrou reconhecimento foi a própria família, que não vacilou em demonstrar toda sua ‘gratidão’ ao deixar clube pendurado num pincel.

Frase 2:  ‘Não temos nenhum problema com o Grêmio’.

Nem pode ter problema com o Grêmio. A família Assis Moreira só pode ser grata ao clube que sempre a amparou e apoiou. O Grêmio é que tem problema com a família AM.

Frase 3:  ‘Naquele momento (no final de 2010 e início de 2011), algumas pessoas tomaram decisões e nós não ficamos.’

Essa é uma história nebulosa. O fato é que houve um leilão. O sr Assis Moreira conduziu tudo ao seu jeito e atingiu seu objetivo. Penso que o Grêmio foi usado, e acabou tento mais sorte que juízo.

Frase 4:

‘ Não sei se isso um dia vai se solucionar, mas a gente tem a consciência tranquila de que fizemos tudo dentro da lei’.

 

Evidentemente que foi tudo dentro da lei – só considero que faltou ética e respeito ao clube que dizem amar -, tanto no episódio recente como naquele que realmente importa, o de 2001, que acompanhei muito de perto como repórter do Correio do Povo. Sobre ter a consciência tranquila, isso até o mais frio assassino tem. Aí é uma questão de psicopatia.Vejam esta definição: “Para os psicopatas as pessoas são coisas, objetos que servem para satisfazer seus interesses. 

Frase 5:

‘Nunca fizemos nada que não fosse correto’.

Obviamente, uma frase que não corresponde à realidade. Não existe quem NUNCA tenha feito tudo certo, o que me induz a supor que uma frase tão taxativa é antes de tudo uma defesa prévia, um escudo, uma muralha.

Frase 6:

‘Gostaria que essa relação com o Grêmio, que é o nosso clube do coração, fosse muito melhor’.

Sem dúvida. A família gostaria de poder frequentar à Arena em paz, sem medo de hostilidades. Como se fosse sua casa. Poder ir ao brique da Redenção, passear no Gasômetro, essas coisas simples da vida. A família gostaria de ser querida, acarinhada. O filho famoso sairia pelas ruas sem proteção, porque estaria sempre cercado de fãs, sorrindo um sorriso de verdade, aquele que ele tinha na infância e em seu período no Grêmio, o único em que ele realmente foi amado por uma torcida. Um amor que naquele momento o torcedor gremista acreditava ser mútuo. Sr. Assis Moreira, quem apanha não esquece. A atitude de 2001 nunca será esquecida pela imensa maioria da torcida gremista.

Frase 7:

‘A gente paga o preço alto por ter tomado decisões’.

Ainda bem que o líder da família AM está consciente ao menos disso. Todos nós colhemos o que plantamos.

Conclusão:

Deve ser muito triste ter fama e montanha de dinheiro, mas não contar com a simpatia -pelo contrário- de grande parte de sua aldeia justamente agora que os aplausos diminuem e a bola já não o trata com a veneração e o respeito de outros tempos. O futebol que era alegria, se tornou um fardo.

Faltou uma pergunta nessa entrevista com o sr Assis Moreira:

Será que valeu a pena colocar o dinheiro tão acima de outros valores?

 

Agora, foco total apenas no Brasileirão!

E assim vamos nós, acumulando frustrações.

O Inter caiu diante do Palmeiras. Foi valente, jogou muito mais do que se imaginava, mas caiu.

Na Arena, quase lotada, milhares de vozes não foram suficientes para manter o Grêmio na Copa do Brasil, a competição a ser vencida depois do fracasso no Gauchão do Noveletto.

Pior do que ser eliminado dentro de casa por um time inferior ao nosso é não ter a quem culpar.

O técnico Roger Machado armou o time da melhor maneira possível, inclusive iniciando com Pedro Rocha, apesar de pressões para começar com Bobô.

O time talvez tenha sentido o peso da responsabilidade de 14 anos sem título nacional. Começou muito mal, com passes errados em excesso, afobação, nervosismo.

O Grêmio teve mais posse de bola, mas não soube o que fazer com ela e, principalmente, como fazer com que ela chegasse à rede.

O Fluminense, claramente, jogou no erro do Grêmio. E na qualidade de Fred.

No comentário anterior, eu escrevi o seguinte:

“Fred não é mais aquele de outros carnavais, mas se a bola sobrar pra ele é gol. Todo cuidado é pouco”.

Fred é aquele centroavante aipim que todos querem, apesar de estar com seu prazo de validade quase vencido.

Foi uma bola só, um gol.

Cruzada da direita, a bola caiu entre Erazo e Thiere. Fred saltou e cabeceou sem chances para Grohe.

No segundo tempo, Bobô, que acabou entrando, teve umas três ou quatro chances em bolas pelo alto, mas ele é um aipim sem grife. Cada cabeceio seu é um refresco para a zaga adversária.

Ainda assim, foi dele o gol de empate, numa bola que aparou e bateu forte no canto direito, um golaço.

O gol deu um novo alento ao torcedor e também ao time. Mas o segundo gol não veio.

O Fluminense soube se defender desde o começo. Depois do gol, mais ainda. 

Sabe aquele golzinho perdido no jogo de ida? Pois é, ele fez falta.

O Grêmio caiu muito mais por suas limitações ofensivas do que por mérito do Fluminense, que, além de tudo, decidiu trocar de treinador há poucos dias e, de quebra, livrou-se de um peso morto às vésperas do jogo.

Decididamente, os deuses do futebol abandonaram o Grêmio nesses dois jogos.

Resta agora manter o time no G-3 do Campeonato Brasileiro. E, como é o que restou, torcer para que os mesmos deuses do futebol larguem de mão do Corinthians, que já tem proteção suficiente no futebol brasileiro.

Quem sabe, como diria Baltazar, Deus não está reservando algo melhor para nós? 

Milagres acontecem, até no futebol!

INTER

O Inter foi valente. Foi guerreiro como tem sido o Grêmio. Por pouco não conseguiu eliminar o Palmeiras depois de estar perdendo por 2 a 0. Chegou ao empate e logo em seguida levou o terceiro gol.

Mérito do técnico Argel, que ganhou uma sobrevida no Inter. 

Roger faz mistério para enfrentar o Flu

Depois de um treino secreto para o jogo desta quarta contra o Fluminense, o técnico Roger, como normalmente acontece em suas entrevistas, foi muito feliz  ao comentar a saída de Ronaldinho do clube carioca.

– Ele não é mais fato do jogo.

Uma frase curta, direta e definitiva. Ronaldinho não interessa. Não faz parte do jogo e, ao que tudo indica, não é mais fato do futebol.

Fatos do futebol são jovens como Luan e Wallace, convocados para dois amistosos da seleção sub-23. É o técnico Dunga, que anda batendo boca com seu ex-amigo Romário, desfalcando o Grêmio. Desse jeito, não há grupo que resista. Vale o mesmo para o Inter, que fica sem Valdívia e Vitinho.

Felizmente, Roger conta com esses dois talentos para superar o Fluminense na Arena e dar um passo importante rumo ao título da Copa do Brasil. Se passar pelo time carioca o Grêmio estará a 360 minutos de comemorar mais uma Copa do Brasil.

Por isso é importante que a torcida compareça e apoie o time. O Fluminense tem uma equipe de qualidade e, como se sabe, é um dos queridinhos da CBF. A Arena lotada inibe – um pouco – qualquer tentativa de favorecer o adversário.

Mas o que interessa é bola rolando. Geromel segue fora. É um prejuízo. Com isso, joga Thyere, zagueiro da casa, com bom potencial. Vamos ver como irá se sair, ao lado de Erazo, contra o malandro Fred, que gosta de rasgar camisa de zagueiro e de dar entradas mal-intencionadas no adversário, como fez em Marcelo Grohe no jogo de ida.

Fred não é mais aquele de outros carnavais, mas se a bola sobrar pra ele é gol. Todo cuidado é pouco.

Maicon é outro que não deve jogar, mas não ficarei surpreso se ele entrar em campo. O time do Grêmio é bastante conhecido pelos adversários. Em princípio, o que Roger teria para esconder? Ele promete anunciar o time apenas minutos antes do jogo. Isso pode significar que ele ainda espera por Maicon.

Se existe alguma chance de Maicon jogar, ele precisa jogar.

O Grêmio vai precisar de seus melhores jogadores para vencer. Nunca esquecendo que empate por 1 a 1 em diante dá Fluminense. 

Se é pra poupar alguém que isso seja feito no Brasileirão, nunca na Copa do Brasil. Claro que Maicon não deve jogar se não estiver em plenas condições, até para não correr o risco de perdê-lo por mais tempo.

Roger aproveita também para fazer um misterinho na frente. Joga Bobô ou Pedro Rocha?

Já cansei de defender que o guri deve sempre sair jogando. Foi com ele que o time conseguiu suas melhores atuações, entre elas – não canso de repetir – a que resultou nos 5 a 0.

Agora, se Roger começar com Bobô é porque tem seus motivos.

Tem como não respeitar uma decisão de Roger? Por tudo que já fez, Roger merece minha total confiança.