Gol mágico de Éverton garante três pontos contra o Flu

Só tinha mesmo um jeito de o Grêmio bater o Fluminense a partir do futebol irritante que jogava: algum lance mágico de Éverton.

Foi o que pensei quando ele entrou, tardiamente a meu ver. Mas logo me decepcionei, porque Éverton entrou tão mal quanto seus companheiros.

Mesmo assim, continuei acreditando, porque o torcedor é assim, acredita sempre até quando tudo indica que é impossível.

Pois não é que Éverton sacou mais um lance diferenciado do seu vasto repertório de jogadas. Aos 47 minutos, ele recebeu uma enfiada de bola de Thony Anderson (sua única jogada boa no jogo), a partir de um passe de  Thaciano, da direita.

Com o goleiro em cima e sem condições de girar para concluir, o Cebolinha conseguiu tocar de calcanhar, surpreendendo o goleiro e deixando todos boquiabertos pela genialidade do toque.

Mais um lance para confirmar que eu tinha razão quando, isoladamente no país, pedi sua convocação para disputar o Mundial (não canso de repetir isso, porque fui muito corneteado).

Foi um lance raro, um gol que chegou em boa hora para quem ainda está credenciado a disputar o título do Brasileirão.

Resta esperar que nos próximos jogos Renato mande a campo um time misto quente quando não puder ser o titular.

E também que seja mais ágil nas substituições. Douglas, que errou quase tudo no jogo, já no início do segundo tempo ‘pedia’ para sair. Demorou, mas Douglas saiu e Renato colocou Thaciano.

Foi um grande acerto, porque o time melhorou muito nos minutos finais, chegando ao ponto de vencer um jogo em que não merecia mais do que um empate, resultado que seria desalentador para a torcida gremista.

Sobre Jean Pierre. Era um jogo para ele provar que tem condições de assumir a titularidade, como defendem alguns apressadinhos. Não tem. Além do mais, precisa ser mais competitivo e menos acadêmico. Mas trata-se de um jovem com enorme potencial.

Destaco como melhor do Grêmio o Paulo Vítor. Ele fez duas grandes defesas no chão, lances de extrema dificuldade. Grohe tem um reserva à altura. E isso é tranquilizador. A dupla de área também foi eficiente, não comprometeu.

Alguns outros mantiveram o futebol meia-boca de sempre. Todos sabem quem são.

Bem, o importante é que o Grêmio venceu, e está na briga.

MILAGRE

As possibilidades do Grêmio aumentaram consideravelmente depois que meu amigo Zini publicou hoje, de manhã, que as chances do Grêmio ‘são quase nulas’, e que o ‘time de Renato só tocará na taça se acontecer um milagre’.

Pois eu desconfio que o milagre já aconteceu.

Sem contar que Zini tem sido um pé-frio em boa parte de suas projeções…

 

 

O furo do Fabrício e a comparação do Cláudio Duarte

Reportagem assinada pelo grande repórter Fabrício Falkowski, publicada na contracapa do jornal Correio do Povo,  abre um rombo na bolha de excelência que alguns setores – já bem identificados – conseguiam ver nos últimos tempos no Inter, e que ontem, dia 26, ocuparam espaços generosos para enaltecer algo que não existe: o sucesso financeiro do clube.

Inclusive comparando com o momento do Grêmio, este sim exaltado no centro do país como exemplo de gestão bem-sucedida.

A impressão que dá é que havia a intenção de criar um clima mais favorável como contraponto à bomba que estava armada para explodir a qualquer momento.

Esqueceram de combinar com os russos. Fabrício soltou a bomba antes de todo mundo. Um furo jornalístico. Mais um, aliás, desse repórter sério e aplicado que descobri na redação do CP, e que um dia consegui trazer para a editoria de esportes do jornal. Faz tempo isso.

Sou um descobridor de talentos. Enxergo antes. O caso mais recente é o do Éverton, que eu cheguei a pedir que fosse convocado para a Copa do Mundo, para espanto da maioria dos meus 18 leitores.

Tite não me atendeu, se quebrou, e agora parece que vive só para prejudicar o Grêmio.

Bem, quem quiser saber mais sobre essa lama que envolve ex-dirigentes colorados acesse :

https://www.correiodopovo.com.br/Esportes/Futebol/Inter/2018/9/662427/Relatorio-do-Conselho-responsabiliza-exdirigentes-do-Inter-

CLAUDIO DUARTE

Ouvi hoje, final da manha, na Band, o Cláudio Duarte, um cara que prezo e respeito muito, inclusive como comentarista de futebol, um absurdo que quase me fez bater o carro.

-O Fluminense é superior ao Tucuman -, disparou.

Não posso acreditar que sua intenção tenha sido diminuir o adversário do Grêmio na Libertadores, algo muito comum aqui na aldeia.

Alguém no estúdio retrucou, mas de forma quase meiga.

Cláudio. então, concedeu: “No máximo são iguais”.

Faltou alguém informar ao ex-técnico que o Tucuman é vice-líder do campeonato argentino, dois pontos atrás do Racing.

E o Fluminense?

 

O Grêmio, a imprensa gaúcha e o ‘pênalti do Agomar’

Quando saí de férias, há uma semana, o Grêmio ainda não havia vencido o Tucuman, alçado por boa parte da mídia gaúcha a adversário assustador, um tigre feroz que logo o Grêmio, por seus atributos, transformou num gatinho. Terminado o jogo, o Tucuman voltou a ser um time mediano, sem tradição, e que o Grêmio nada mais havia feito do que cumprir a obrigação de voltar com a vitória, 2 a 0, encaminhando a classificação.

O comentarista Guerrinha, muito admirado até por gremistas, manteve sua velha cantilena: “Precisa voltar vivo da Argentina”. Ora, esse Grêmio já cansou de mostrar que nunca tem como proposta de jogo seguir essa cultura de buscar um resultado que o mantenha ‘vivo’. É claro que por vezes o resultado almejado não é obtido, mas não por covardia ou estratégia, e sim porque há um adversário do outro lado desse esporte chamado futebol que também quer vencer.

Depois disso, acompanhando à distância, ouvi duas entrevistas antológicas, do presidente Romildo, sempre elegante e firme; e do Renato, sempre irônico e debochado. A vitória por 3 a 2 sobre o Ceará, resultado suado, jogo complicado, a indicar que é preciso ficar ligado para não ser surpreendido, o que vale também para o jogo da volta contra os argentinos, dia 2.

Em síntese, Romildo disse que se a imprensa não quer ajudar, pelo menos que não atrapalhe, cobrando notícias sem fundamento divulgadas a respeito de uma eventual saída do Renato. Já Renato aconselhou que o narrador PE, cada vez mais conhecido por Pai Denardin do que por narrador, se cuide porque ele, Renato, pode querer o seu lugar. Foi mais ou menos isso.

Foram entrevistas de lavar a alma daqueles gremistas que sempre defenderam e cobraram posturas firmes do clube em relação a setores da crônica esportiva gaúcha.

Tem ainda o lance das vaias ao Luan. Penso que torcedor que faz isso deve ficar em casa. Se não quer ajudar, que não atrapalhe. Sei que o Luan ás vezes é irritante, mas o torcedor precisa entender que se com ele está difícil, sem ele fica quase impossível. Acho que as vaias deveriam ser deixadas para o final, na saída de campo, nunca com a bola rolando. Por fim, Luan acabou dando a vitória marcando um belo gol de falta.

O gol manteve acesa a esperança de título do Brasileirão. Uma esperança que reduz bastante com os boatos de que o Grêmio jogará com time totalmente reserva contra o Fluminense, sábado, no Rio.

É hora de mostrar força, de mostrar que está vivo na disputa. Renato poderia armar um time mais forte, poupando alguns titulares, mas não todos. Éverton, por exemplo, poderia jogar. Assim como Maicon. Só aí já há um acréscimo de qualidade significativo.

O que não pode é abrir mão de ser mais um concorrente a um título que pode acabar no Beira-Rio a continuarem os ‘erros humanos’ de arbitragem, como o que resultou no gol no empate por 1 a 1 com o Corinthians, e que não mereceu maiores comentários da mídia gaúcha.

Como seria se fosse o Grêmio a empatar com gol em escandaloso impedimento? Imagino algo assim:

Grêmio empata com gol irregular

CORNETA E O ‘PêNALTI DE AGOMAR’

O blogueiro Ricardo Wortmann matando a pau mais uma vez.

Foi conferir a verdade sobre o peitaço que teria feito Agomar recuar na marcação de um pênalti contra o Grêmio. Lance que a imprensa sentenciou como erro de Agomar. E nunca foi atrás para saber a verdade. Preferiu manter a versão ao fato.

Confira:

http://cornetadorw.blogspot.com/2018/09/o-grenal-de-justimiano-gulart41-anos.html

PORTAS ABERTAS

Meus agradecimentos a todos que contribuíram para manter o blog vivo durante minha ausência.

Nunca pensei que os comentários continuariam. Sinal de que o blog tem vida própria. E que eu estou ficando dispensável…

Barbas de molho.

 

 

 

O Grêmio, os secadores e os alarmistas da aldeia

Como diz o inquieto RW, eles são previsíveis. Todos sabem quem são eles. Até os marcianos.

Primeiro, eles dizem, o Tucumán é fraco. Clube menor. À medida em que o jogo se aproxima, muda tudo: o adversário é terrível, dificilmente perde em casa, está invicto há tempos, tem um ataque mortal, uma defesa impiedosa, uma torcida incansável e um estádio que se transforma num caldeirão.

É sempre a mesma coisa, uma maneira de provocar pânico no torcedor gremista. E atiçar os secadores. Se eu não conhecesse a aldeia e seus aldeões vermelhos estaria roendo as unhas, com medo de sair de casa.

Eles não sabem que já estamos calejados, conhecemos essa lenga-lenga.

Agora a cereja do bolo: se o Grêmio vence é porque o adversário não tem camisa, não tem história, não é um peso pesado. Ou seja, o time assustador vira um fantoche, uma presa fácil.

“Quero ver passar pelo Boca ou pelo River”, já vão adiantando a pauta de próxima fase, uns com a camisa dos poderosos da Argentina.

Agora, sobre o jogo desta noite: não será moleza. Grande novidade!

Não arrisco palpite.

Mas confio no trabalho de Renato. Ele é um estudioso sem livros. Estuda os adversários através de vídeos. Sabe os pontos fortes e os pontos vulneráveis.

Por isso, acredito que o Grêmio se classifica.

Sobre o time, a defesa é aquela de sempre, mas com Leonardo, um lateral forte e vigoroso. Quase um zagueiro para as bolas altas. Sai Léo Moura, talentoso, mas um tanto frágil para enfrentar o jogo aéreo, jogada forte do adversário.

Do meio para a frente, jogam Maicon, Cícero, Ramiro, Luan, Éverton e Taciano. É a minha aposta. Mas eu gostaria que começasse Jean Pyerre para dialogar com Maicon e Luan. Tenho certeza de que Renato, sentindo que o garoto está pronto para enfrentar uma guerra, ele o escala.

FÉRIAS

Quando o Grêmio estiver jogando, nesta terça, estarei à beira do mar numa dessas praias paradisíacas do litoral brasileiro. Espero ter acesso ao jogo.

Se der, publico algumas linhas sobre o jogo.

Mas fiquem à vontade, a casa é de vocês.

Volto em uma semana.

PRESS

Votem no cornetadorw. Ele nos representa.

www.revistapress.com.br

 

 

Vitória importante e afirmação de Alisson

O técnico Renato Portaluppi gosta de correr risco. Escalar um time reserva dentro de casa, na data de aniversário do clube, é uma temeridade. Talvez não para ele, que já cansou de dizer que confia no grupo, que não tem apenas um time titular, etc.

Está certo, era o Paraná, um time fraco, mas o Grêmio já andou perdendo para times de igual envergadura utilizando uma formação com suplentes Aliás, tivesse sido mais comedido nessa estratégia o Grêmio estaria hoje com pelo menos uns seis pontos a mais. Portanto, muito firme na disputa do título do Brasileirão.

Felizmente, o time reserva mostrou algumas novidades que o deixaram mais qualificado em relação a outros jogos, em que o time se arrastava em busca de um golzinho. Então, Renato estava certo, até porque o que interessa na competição é somar pontos, jogando mal ou jogando bem.

O time reserva jogou bem, e isso é alentador. O que mudou em relação a outras atuações, algumas deprimentes que levaram à perda de pontos preciosos. Quero frisar que concordei e concordo com o planejamento do clube e sua escolha de prioridades, mas não gosto de radicalismo. Menos radicalismo e estaríamos melhor posicionados.

Bem, para encurtar esse texto porque hoje é domingo, um dia ensolarado, e praticamente tudo já foi escrito pelos parceiros do blog, que sofrem do grande mal que é a ansiedade. No post anterior há inúmeros textos sobre o jogo. Leiam lá e depois voltem pra cá, é minha sugestão. Verão algumas preciosidades, de gente detonando o Renato por escalar reservas antes de a bola começar a rolar. Gente de pouca fé…

O Grêmio venceu por 2 a 0, e poderia ter sido mais. Alisson sofreu pênalti, Douglas, que alguns gremistas gostam de ofender sei lá por que, bateu mal, mas fez o gol. Depois, de novo Alisson, o melhor em campo, deu um presente para Capixaba cabecear com precisão, de olhos abertos, para encobrir o goleiro e ampliar.

Sobre Capixaba, gostei da estreia. É cedo para uma conclusão, mas por enquanto é possível afirmar que Cortez tem um bom reserva.

O jogo serviu também para conferir melhor o futebol do Matheus. O guri está pronto, apesar do porte um tanto frágil para enfrentar as agruras de uma Libertadores. É uma boa opção para Renato.

Jean Pyerre teve pouco tempo. Está claro que Renato o quer como forte alternativa ao Luan. Pelo posicionamento nesse jogo, ele vai jogar entre a linha de volantes e a de ataque. Exatamente na zona de Luan. Renato já disse que vê em Jean Pyerre potencial para jogar mais perto do gol.

Grande vitória nos dia dos 115 anos do clube que honra a todos nós.

MÉDICO

Mudança no departamento médico do clube. A substituição acontece por que teria ocorrido erro de avaliação de Jael e André. Por conta disso, o time ficou um camisa 9 para disputar a prioridade do ano.

Grêmio: do Viagra ao time de novo sem centroavante de carteirinha

Se até algumas das grandes descobertas da humanidade aconteceram por acaso, por que o futebol tem de ser diferente?

Super Bonder, penicilina, raio X, picolé e até o Viagra foram descobertos sem querer.

O Viagra, conhecido por aqueles que dele necessitam -não é o meu caso, mas de uns primos e amigos meus sim -, era um medicamento testado para um problema no coração. Fracassou. Mas deu resultado um tanto mais abaixo. Não sei se é verdade, porque nunca experimentei.

Entro no assunto que interessa assim que vocês pararem de rir…

Então, o acaso está presente no futebol dentro e fora de campo, na hora do jogo.

O Grêmio começou a dar certo quando o presidente Romildo não conseguiu contratar o técnico Doriva, do Vasco. Doriva era naquele momento um técnico novato, de um bom trabalho, assim como tantos que surgem, empolgam, e depois vão diminuindo de tamanho.

Aí veio Roger, bom custo/benefício. E foi melhor que a encomenda. Arrumou a casa, mudou o modo de de jogar do time. Quando bateu no teto, foi substituído por Renato, contratação muito questionada por alguns sabichões, aqueles que estão sempre certos.

Curiosamente, Roger começou a entrar em declínio no Grêmio quando lhe empurraram goela abaixo (ou foi a pedido dele, sei lá), um centroavante aipim, o Bobô.

Para felicidade da torcida, Bobô foi embora e o Grêmio ficou sem o tal camisa 9 de carteirinha.

Foi aí que apareceu o melhor futebol do Grêmio desde 2011, sem centroavante fixo, mas com um ataque de movimentação inteligente, toque de bola de qualidade dos três tenores: Douglas, Luan e Maicon, o grande líder e avalista desse esquema tão exitoso.

Foi o melhor futebol do Grêmio também neste período de quatro títulos conquistados.

Agora, com os deuses de futebol voltando a olhar para a Arena, eis que os dois centroavantes estão lesionados, e um terceiro já havia ido embora.

Não há mais camisa 9 no clube.

Chegou a vez de voltarmos ao segundo semestre de 2016.

O Grêmio vai enfrentar o Paraná com um time misto, talvez com os dois novos inscritos, Matheus Henrique e Jean Pyerre.  Seria bom que eles jogassem até para avaliar se eles já podem ser titulares também na Libertadores.

O certo é que o time não terá um camisa 9 – tão ao gosto dos texanos defensores do volantão, do zagueiro rebatedor e do centroavante aipim -e isso já é motivo para comemoração.

Ah, alguém acredita que a lesão de André é verdadeira?

Maicon, o capitão que incorpora o espírito gremista

Maicon mexeu num abelheiro. É forte a reação da mídia colorada – e também nas redes sociais –  contra suas declarações, principalmente as que afrontam o reserva idolatrado, D’Alessandro, e o garoto dourado que há mais de dois anos aguarda uma tal de proposta de R$ 100 milhões de um clube inglês.

Não é a primeira vez que Maicon representa, em campo, o espírito gremista. Além de vestir, e honrar, a camisa tricolor, se impondo com sua técnica e entrega nos jogos, Maicon consegue captar o sentimento do torcedor.

Foi assim, de maneira especial, no clássico em que encarou o provocador argentino ao dizer que não permitiria que ele apitasse o jogo, um velho hábito que o ídolo vermelho viu ser aceito pelos árbitros do Gauchão. Fora isso, com a bola rolando, D’Alessandro nunca teve refresco com Maicon.

A consagração de Maicon perante a grande maioria dos gremistas – não a totalidade porque sempre tem algum que gosta de devolver agressões, verbais ou não, oferecendo a outra face -, aconteceu no Gre-Nal de domingo, que terminou com vitória injusta dos titulares vermelhos e de 45 mil colorados sobre o misto gremista.

Maicon voltou a encarar D’Alessandro, Damião & cia, entrando em detalhes sobre a súplica de jogadores colorados após o Gre-Nal vencido pelo Grêmio por 2 a 1, pelo Gauchão, para que o time moderasse as provocações. Enfim, como repetiu Maicon, pediram arrego. O que revoltou Maicon e o técnico Renato foi que na primeira oportunidade os colorados fizeram provocações, conforme relatou Maicon em sua entrevista coletiva, que conseguiu superar a de Renato, domingo, em termos de polêmica.

Levando tudo isso para dentro de campo, que é o que interessa, fiquei com a impressão de que Renato ficou mordido, assim como seu capitão, que já entra na galeria dos melhores capitães que o Grêmio já teve em toda a sua vitoriosa história.

Espero que a indignação dessas duas lideranças – aliada à do presidente Romildo, como se viu após o jogo – tenha reflexos no Brasileirão. Renato me pareceu determinado a trabalhar para que o Inter não conquiste o título, repetindo que faltam 14 rodadas e muita coisa pode acontecer.

Espero que da parte do Grêmio ocorra uma mudança na forma de encarar o brasileirão para que o título não caia no colo do rival. Para isso, nada melhor do que ‘pilhar’ o time para jogar todas as partidas como se fosse uma eliminatória da Libertadores.

Vamos começar pelo Paraná, sábado.

CHINELINHO

De vez em quando leio aqui um ou outro comentário chamando Maicon de ‘chinelinho’. Recebo isso como ofensa grave a um jogador tão identificado com o clube e sua torcida. Jael, por exemplo, ficou muito mais tempo que Maicon no DM desde que chegou ao Grêmio. E não é chamado dessa forma tão pejorativa, uma agressão a um jogador tão importante neste ciclo  vitorioso do Grêmio, que tanto orgulha a nação tricolor.

Se todos os jogadores atuassem com a indignação de Maicon diante dos resultados adversos o Grêmio estaria em situação ainda melhor.

TOSTÃO

No aspecto técnico, Maicon é uma exceção no futebol nacional. Recentemente, o grande Tostão não poupou elogios ao meia gremista.

Quem me acompanha há mais tempo sabe da minha admiração pelo futebol de Maicon, jogador inteligente, com visão de jogo e técnica refinada.

É claro que ele não a vitalidade de outros tempos, mas continua sendo importante, fundamental para o time que ainda pode ser considerado o de melhor futebol do país.

 

 

Misto tricolor perde mesmo jogando melhor

O time misto do Grêmio calou o Beira-Rio muitas vezes. A torcida que rugia, miou. O medo de perder só amenizou com o gol de Edenílson, um gol ‘achado’, conforme definiu o técnico Renato, após o jogo, disparando sua metralhadora giratória verbal.

ARREGO?

Não vou entrar nessa discussão sobre um pedido de arrego que teria sido feito por jogador (es) colorados a colega (s) do Grêmio, que o time tirasse o pé do acelerador num clássico anterior neste ano. Não sei se é verdade, mas havia muita indignação entre os gremistas, inclusive do presidente Romildo, ao protestar contra o que aconteceu após o jogo.

Vou me restringir ao que ocorreu nos 90 minutos, pelo menos até que o episódio seja esclarecido. Maicon deve saber detalhes.

O GOL ACHADO

E aí começo pelo que mais importa no futebol, o gol. Edenílson cabeceou livre na faixa central, quase na risca da pequena área. Quem deveria estar ali era Bressan. Quem estava de fato era Bruno Cortez, um dos destaques da partida. Bruno estava sozinho entre dois colorados, Pottker às suas costas, o outro, Edenílson, vindo de trás, à sua frente.

Será que esse gol teria acontecido se Kannemann estivesse em campo? Acredito que não.

Pois é, aqueles gremistas que estão mais revoltados com a derrota deveriam levar em conta, de verdade, que o time jogou sem seu grande zagueiro, sem seu capitão, e sem seu atacante mais eficaz. Sem contar Jael, que pode não ser grande coisa, mas está (é) bem melhor que André.

DESFALQUES

É muito desfalque de qualidade. Pois o time, mesmo assim, jogou de igual com o líder do campeonato, contra 45 mil colorados ansiosos por uma vitória arrasadora, e que por pouco não deixariam o estádio frustrados.

Renato disse que o Grêmio merecia ter vencido. Olha, ele até pode ter razão. Lomba fez duas grandes defesas, fora os lances de perigo na área colorada, onde Moledo bateu e provocou sem ser perturbado pelo juiz. Aliás, ele deu cartões amarelos com muita facilidade para os jogadores do Grêmio, em especial quando o jogo estava indefinido.

MORDIDO

Entre as consequências dessa derrota que devolve o Inter ao topo da tabela, está algo muito interessante e positivo. Renato, os jogadores e Romildo ficaram muito mordidos com os incidentes ocorridos no pós-jogo. Renato deu a entender que vai entrar de corpo e alma na disputa do brasileirão.

CBF

‘Faltam 14 rodadas’, disse ele, falando em força máxima contra o Paraná, sábado, a três dias do jogo contra o Tucumán. O Grêmio queria antecipar esse jogo para quinta-feira, mas a CBF não concordou. Quer dizer, nos tira Éverton do clássico e ainda não apoia um clube filiado numa competição da relevância da Libertadores.

Será que se fosse o Flamengo o pedido seria atendido? Não precisam responder.

INDIVIDUALIDADES

André mais uma vez decepcionou. Pior que ele só Jonathan Alvez, que errou tudo.

Outro que errou demais foi Luan. Renato explicou que o jogador teve problemas durante a semana. ‘Combinamos que ele jogaria até onde desse’, disse o técnico.

Então, foram duas nulidades no time gremista. E quem escreve isso é um admirador de Luan, e também alguém de apoiou a vinda de André.

Gostei que Jean Pierre entrou. Em poucos minutos fez mais que Luan.  Pepê agitou na frente, mas sem muita consequência. Substituiu Thaciano, que foi muito bem ao lado de Cícero. A dupla deu conta do recado. André poderia ter saído mais cedo.  Thonny Anderson teve pouco tempo para jogar.

Mistão tricolor para estragar a festa colorada

Gosto quando o Grêmio não é apontado favorito em Grenal pelos especialistas, aqueles mesmos que cobravam D’Alessandro na seleção argentina e que comparam, sem constrangimento, Kannemann com Cuesta, este Bressan com grife.

Percebo que a grande maioria da mídia tradicional – e também os colorados nas redes sociais – considera o Inter favorito neste domingo. Sabe como é, estádio lotado, tarde de sol, clima de festa que se esparrama nas arquibancadas e desce ao vestiário vermelho, quem sabe contagiando os atletas. Quem sabe?

Assim meio de longe, o que se vê é um Inter muito mais seguro e confiante, mais senhor de si, não aquele Inter do primeiro turno, que se encolheu como pinto na bombacha durante o frio cortante da campanha gaúcha no auge do inverno.

Gosto de ver o Inter assim, otimista, faltando pouco para calçar salto alto, estimulado pelos ditos especialistas e suas colunas tingidas de vermelho. Um pessoal que sonha não apenas vencer, mas devolver aqueles 5 a 0 que continuam doendo na alma de cada colorado, e com razão.

Não tenho dúvida de que o técnico Odair Hellmann ainda tem pesadelos com esse Gre-Nal na Arena, em agosto de 2015. Aliás, Rodrigo Dourado, que já foi comparado aqui por um desses especialistas ao Arthur (sem comentários), é o único que sobrou daquele desastre rubro. Ele em campo e Odair no banco.

Odair nunca vai admitir, mas penso que seu maior sonho é aplicar uma goleada no Grêmio.

No jogo do primeiro turno, ele reconheceu a diferença de qualidade em relação ao Grêmio – traduzida não em gols, mas em três pênaltis sonegados -, mas agora vejo nele um técnico mais ambicioso.

Odair vai querer seu time amassando o Grêmio, encurralando o Grêmio, diante de 40 mil colorados eufóricos.

E é aí que o favoritismo pode se diluir, como um vinho bom que azeda e e vira vinagre.

É com essa esperança que vou acompanhar o clássico, que, a meu ver, não tem tem favorito.

Aos colorados mais assanhados, quero lembrar que o Inter vive seu melhor momento nos últimos tempos, e ainda assim tem apenas três pontos a mais que o Grêmio, que jogou a grande maioria das partidas com time reserva ou misto, como este que entra em campo para colocar água no chopp dos colorados.

Espero apenas que a arbitragem, diferente daquela do turno, na Arena, seja realmente neutra e competente.

 

 

Liberdade de expressão e os abusos

Entre as coisas que eu prezo muito está a liberdade, em seu sentido mais amplo.

Como jornalista, defendo sempre a liberdade de expressão e luto contra aqueles que gostariam de calar a imprensa. Sou contra, por exemplo, um Conselho Nacional de Jornalistas, conforme foi proposto não faz muito tempo.

Agora, há os excessos em nome dessa liberdade. É só dar uma olhadinha rápida nas redes sociais. É assustador.

Aqui neste minifúndio improdutivo que é o meu (nosso) blog, tenho sido bastante descuidado, negligente até, tolerando abusos em alguns comentários.

Eu sempre penso que as pessoas vão se dar conta das agressões que cometem, e deixo passar. O máximo que faço é pedir que as pessoas sejam mais tolerantes e menos agressivas.

Mas como a violência e a truculência verbal tem aumentado, decidi endurecer.

A partir de agora, quem postar comentários de baixo nível, principalmente expressões racistas (muito raras aqui, mas acontecem), será bloqueado e impedido de voltar ao blog.

Não podemos conviver com racistas, nem aqui, nem em lugar algum.