Grêmio: do Viagra ao time de novo sem centroavante de carteirinha

Se até algumas das grandes descobertas da humanidade aconteceram por acaso, por que o futebol tem de ser diferente?

Super Bonder, penicilina, raio X, picolé e até o Viagra foram descobertos sem querer.

O Viagra, conhecido por aqueles que dele necessitam -não é o meu caso, mas de uns primos e amigos meus sim -, era um medicamento testado para um problema no coração. Fracassou. Mas deu resultado um tanto mais abaixo. Não sei se é verdade, porque nunca experimentei.

Entro no assunto que interessa assim que vocês pararem de rir…

Então, o acaso está presente no futebol dentro e fora de campo, na hora do jogo.

O Grêmio começou a dar certo quando o presidente Romildo não conseguiu contratar o técnico Doriva, do Vasco. Doriva era naquele momento um técnico novato, de um bom trabalho, assim como tantos que surgem, empolgam, e depois vão diminuindo de tamanho.

Aí veio Roger, bom custo/benefício. E foi melhor que a encomenda. Arrumou a casa, mudou o modo de de jogar do time. Quando bateu no teto, foi substituído por Renato, contratação muito questionada por alguns sabichões, aqueles que estão sempre certos.

Curiosamente, Roger começou a entrar em declínio no Grêmio quando lhe empurraram goela abaixo (ou foi a pedido dele, sei lá), um centroavante aipim, o Bobô.

Para felicidade da torcida, Bobô foi embora e o Grêmio ficou sem o tal camisa 9 de carteirinha.

Foi aí que apareceu o melhor futebol do Grêmio desde 2011, sem centroavante fixo, mas com um ataque de movimentação inteligente, toque de bola de qualidade dos três tenores: Douglas, Luan e Maicon, o grande líder e avalista desse esquema tão exitoso.

Foi o melhor futebol do Grêmio também neste período de quatro títulos conquistados.

Agora, com os deuses de futebol voltando a olhar para a Arena, eis que os dois centroavantes estão lesionados, e um terceiro já havia ido embora.

Não há mais camisa 9 no clube.

Chegou a vez de voltarmos ao segundo semestre de 2016.

O Grêmio vai enfrentar o Paraná com um time misto, talvez com os dois novos inscritos, Matheus Henrique e Jean Pyerre.  Seria bom que eles jogassem até para avaliar se eles já podem ser titulares também na Libertadores.

O certo é que o time não terá um camisa 9 – tão ao gosto dos texanos defensores do volantão, do zagueiro rebatedor e do centroavante aipim -e isso já é motivo para comemoração.

Ah, alguém acredita que a lesão de André é verdadeira?