As vítimas de Vuaden e Pierre

O Grêmio tem sido a maior vítima de lances violentos – e até de agressões mesmo – neste Gauchão. Pode ser que algum clube do Interior esteja padecendo do mesmo mal. Pode ser.

O que eu tenho certeza é que o Inter não anda sofrendo tanto com as pancadas. Coincidência? Pode ser.

O Grêmio teve Mário Fernandes afastado dos gramados por causa de uma voadora do obscuro zagueiro Jackson, do Inter, num lance que o sr Leandro Vuaden deixou passar sem sequer uma advertência ao jogador colorado, enquanto o lateral do tricolor ia para o hospital por sofrer fratura na queda.

Alguém acha que Vuaden levou um gancho, uma partidinha só na geladeira? Fiquem sonhando. No domingo seguinte ele estava lá na escala.

Aqui um aparte: teve um jogo em que ele soprou o apito (é só procurar no site do TJT), Veranópolis 3 a 1 no Pelotas, se não me engano. O adversário fez 1 a 0 aos 40 do primeiro tempo. No intervalo, um auxiliar do time da casa invadiu o campo e ameaçou de morte o Vuaden (‘daqui tu não sai vivo’, está relatado na súmula). Não sei se em função da ameaça ou não, o fato é que o Veranópolis virou o jogo. Teria Vuaden, aquele que gosta de ver o pau comer, se intimidado?

O mesmo Vuaden foi o juiz do jogo em que o Kleber se arrebentou. Logo no começo, ele deu amarelo para um jogador do Cruzeiro que acertou uma cotovelada no Kleber, agressão que deve ser punida com expulsão. Se ele viu a cotovelada maldosa e criminosa, teria de expulsar.

A questão do Vuaden é que ele ganhou fama de deixar o jogo correr. Então, os jogadores já sabem que com ele podem bater que normalmente não dá nada. E não dá nada mesmo, pelo menos quando as vítimas são jogadores do Grêmio.

A comissão de arbitragem poderia agir e dar um gelo no Vuaden. Que nada! Ele está na escala da rodada de novo. Felizmente, não apita jogo do Grêmio em Pelotas, o que reduz drasticamente a chance de outro jogador do Grêmio sofrer alguma fratura.

Em dois jogos, três jogadores titulares sofreram fratura. Três em dois jogos.

No último, contra o meu Avenida, foram dois, a dupla de área titular. Não foi estiramento ou algo assim, foi fratura em função de pancada.

O juiz? Jean Pierre. O mesmo que ‘puniu’ Damião com cartão amarelo depois de uma agressão escandalosa em Santa Cruz (depois, em outro escândalo, o Tribunal de ‘Justiça’ da ‘isenta’ FGF absolveu o atacante colorado que havia sido oportunamente denunciado).

Jean Pierre pegou gancho? Nada. Ele segue aí feliz da vida, e altamente cotado pela comissão de arbitragem, segundo me revelou o Luiz Moreira, chefe da comissão durante o programa Cadeira Cativa, na Ulbra.

O Jean Pierre apareceu muito bem no ano passado, sejamos justos, mas neste ano faz por merecer um freezer demorado.

Os defensores do Vuaden lembram que ele foi eleito o melhor juiz do Brasileirão passado. É pra ver o nível da arbitragem no país…

Felizmente, o Jean Pierre também estará distante da Boca do Lobo, onde apita o Fabrício Correa, que faz uma temporada limpa, sem manchas, quase perfeita.

Melhor que ele só o Daronco.

Por fim, lembro que no programa do Reche o Luiz Moreira me garantiu que a comissão de arbitragem, que tem como integrante o Mocellin entre outros, está atenta, conversando com os juizes, analisando os jogos, e punindo quando necessário.

Pelo jeito, não está considerando necessário punir a dupla Vuaden/Pierre.

Vamos ver, quem sabe com alguma fratura exposta…

Por enquanto, o placar está assim:

Vuaden 2 (MFernandes e Kleber), Jean Pierre 2 (G. Silva e Werley)

Pelo nível superior das vítimas, ganha Vuaden.

FECHANDO A CONTA

Não quero insinuar que Vuaden tenha o objetivo de prejudicar o Grêmio. Entendo, apenas, que um árbitro que se mostra tolerante com as entradas mais duras abre caminho para a violência e para contusões graves.

Portanto, uma comissão de arbitragem que não toma providências para adequar seus árbitros e buscar o máximo de isonomia nos critérios de atuação de cada juiz está errando, e errando feio.

O resultado é o que aconteceu com Kleber e Mário Fernandes. Suas lesões não são fruto do acaso.

A continuar nesse ritmo, tempo que coisa ainda pior possa acontecer. Sem que ninguém seja punido e responsabilizado.

Uma vela para Luxemburgo

Confesso que não tive ânimo para assistir Grêmio x Avenida. Primeiro, porque teria de ficar em cima do muro – torço para os dois; segundo, porque esse era um jogo que nada acrescentaria. Para que serve um jogo desse nível?

Não serve nem para avaliar o potencial desse ou daquele jogador. Golear o meu pobre Avenida, no Olímpico, é quase uma obrigação. Se goleia, fez o que tinha de fazer; se empata ou perde, é fiasco.

Agora, um jogo como esse, e tantos outros do Gauchão, serve para desfalcar o time. No caso do Grêmio, serve para lesionar só os melhores, os mais importantes.

Mário Fernandes e Kleber que o digam. O lesionado da vez é Gilberto Silva, que, bem ou mal, é titular do time de Luxemburgo.

Analisando friamente, a lesão do GS, que teria fraturado o nariz, pode abrir caminho para que Luxemburgo encontre um zagueiro realmente em condições de ser titular e corresponder quando o time tiver pela frente adversários mais poderosos, o que irá acontecer se o Grêmio superar o Ipatinga.

GS, pela sua experiência, quebra o galho no Gauchão, mas não acredito nele contra um Palmeiras, por exemplo.

O Naldo, o Legítimo, parece que ficou mais difícil. Então, é preciso insistir com outra dupla de zaga, deixar jogar e torcer para que alcancem um nível confiável.

Na frente, Facundo – prefiro chamar o argentino pelo primeiro nome, que é como fazemos com os jogadores brasileiros de um modo geral – está calando a boca de uns apressadinhos – secadores todos eles – já alardeavam que ele seria um jogador só de segundo tempo, nunca de jogo inteiro. Essa conclusão, mais apressada que ejaculação precoce, foi tirada em cima de um jogo só. Má vontade. Inveja.

O melhor do jogo, segundo os comentários que ouvi, foi o Marcelo Moreno.

O ataque não me preocupa. E o setor ainda vai melhorar com Miralles, que recomeçou a treinar, agora com mais entusiasmo. Em breve, será mais uma opção importante para o ataque.

O problema mesmo está no meio de campo.

É preciso contratar um articulador urgentemente. E mais um volante de qualidade, que marque forte e saiba jogar.

O sistema defensivo – e também o ofensivo – perde sem Mário Fernandes e Júlio César, é inegável. Gabriel e Pará são bons, mas os outros dois são melhores.

Agora, em meio a tudo isso, é importante destacar o Luxemburgo. Ele está me surpreendendo positivamente, tanto pela forma como arma e comanda o time, como por suas declarações e posições.

Com ele, já acho que mesmo sem reforços, e se não machucar mais ninguém, o Grêmio até pode ficar entre os quatro primeiros da Copa do Brasil.

Título não, porque aí Luxemburgo seria mais que um treinador, seria um milagreiro, um santo. E santo a gente sabe que ele não é.

Mesmo assim, e por via das dúvidas, não custa acender uma vela pra ele.

Caso Oscar e os reforços tricolores

O pessoal do jurídico colorado está acometido da mesma soberba e arrogância que baixou no Beira-Rio desde a conquista do mundial de clubes.

O Inter está adotando uma postura agressiva no caso Oscar, que os mesmos advogados do clube garantiam há menos de uma semana que não haveria maiores problemas e que o Inter sairia ganhando.

O momento é de um recuo estratégico.

Mas eu não sou especialista em questões jurídicas. Por isso, transcrevo o texto abaixo do José Eduardo Junqueira Ferraz, que é Mestre em Direito pela UERJ, advogado e professor do IBMEC/RJ e da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro.

‘A polêmica envolvendo o jogador Oscar, que teve seu vinculo jurídico restabelecido com o São Paulo, por decisão do Tribunal Regional do Trabalho-SP, vai tomando contornos cada vez mais sérios e contundentes.

Isto porque, a despeito do posicionamento judicial acerca da questão, o atleta continua a negligenciar o comando de reapresentação ao tricolor, seu atual empregador. Mesmo que o processo venha a ter nova reversão(os advogados do jogador pretendem recorrer ao Tribunal Superior do Trabalho), até lá, estará em pleno vigora a decisão que restabelece a eficácia do vínculo Oscar – São Paulo.

Assim, definitivamente, o desafiador ato de insubordinação de Oscar não possui qualquer respaldo jurídico!!! Até que seus advogados consigam reverter a decisão, se encontrará o atleta atrelado ao clube são-paulino, sendo, por tal razão, despida de qualquer fundamentação, sua postura de ignorar as determinações tricolores, até que o quadro seja revisto, se é que o será!!!

Da mesma forma, mostra-se arriscada a forma com que o Internacional vem se portando, ao manter oficialmente em seu elenco, um jogador cujos vínculos federativos estão atrelados a outra equipe. Definitivamente, existe o risco de enquadramento no ilícito de aliciamento de jogador, cuja pena, segundo o Art. 240 Código Brasileiro de Justiça Desportiva pode consistir na cominação de uma multa financeira, cujo valor varia de R$ 100,00 a R$ 100.000,00, além da aplicação de uma suspensão, cujo prazo pode variar de 60 a 180 dias.

A meu juízo, após o advento da decisão do TRT/SP, deveria o Internacional ter implementado o oficial afastamento do atleta de seu grupo profissional, até que houvesse a eventual reversão judicial do quadro, o que ainda não ocorreu!

Em bom português, o Inter parecer esta entrando em uma briga que não seria sua e cujos prejuízos para si podem vir a ser grandes!!! Creio que uma postura mais conservadora, por parte do colorado, fosse juridicamente mais seguro e aconselhável, para fins de defesa de seus interesses’.

REFORÇOS

O Grêmio parece que está mesmo contratando Naldo, o quente. Será um grande reforço, um zagueiro capaz de arrumar a cozinha. Só espero que a dupla não seja Naldo e Naldo, aí seria de enlouquecer narrador. Se bem que uns até que merecem.

Naldo é representado pelo mesmo empresário do Giuliano. Talvez isso signifique alguma coisa.

Agora, não dá pra afastar a possibilidade de contratar Oscar, que deve mesmo retornar ao SP. Como ele gostou tanto de Porto Alegre…

Outra boa notícia é a volta de Miralles, que apareceu hoje no Olímpico demonstrando disposição de jogar pra valer, parando com as frescuras.

Um juiz, duas contusões graves

Kléber vai parar quatro meses. Mário Fernandes continua fora e deve voltar somente em maio.

O que há em comum entre esses dois jogadores, além do fato de serem titularíssimos de um time que sem eles é apenas modesto, pequeno demais para a grandeza do sonho de todos os gremistas?

Leandro Vuaden é a resposta. Graças a esse juiz que o Grêmio ficou ainda menor na Copa do Brasil e agora praticamente sem chances de brigar até pelo título do Gauchão.

Vuaden é o juiz que não viu falta na voadora que o zagueiro Jackson, do Inter, aplicou em Mário Fernandes, obrigando o jogador gremista a saltar para não ter a perna quebrada, o que resultou em clavícula fraturada.

Vuaden é o juiz que viu Kléber apanhar no jogo contra o Cruzeiro e nada fez para coibir a violência que teve como consequencia uma grave contusão do principal atacante tricolor.

Vuaden é da escola de Carlos Simon, sem a qualidade de Carlos Simon. Luxemburgo, depois do jogo, disse de Vuaden aquilo que eu cansei de dizer de Simon: ele não apitava, administrava o jogo seguindo uma regra apenas sua.

Foi assim que ele, Simon, não deu falta num recuo com os pés para o goleiro Clemer, que pegou a bola com as mãos, com o agravante que era um Gre-Nal. Depois, Simon não gostava que o chamassem de colorado.

Simon também alterou a regra da contagem de tempo na prorrogação de jogo decisivo de campeonato. Foi contra o XV de Campo Bom.

Vuaden ainda não chegou a esse ponto, mas é novo, vai chegar lá. Tem futuro.

Por enquanto, ele se limita a não coibir atrocidades dentro de campo. Gosta de deixar o ‘jogo correr’. Houve quem o elogiasse, e o elogia por causa disso. É claro que são analistas cujas pernas não estão em risco.

Hoje, Luxemburgo foi muito feliz ao definir Vuaden. Um juiz que apita seguindo seus critérios, não a regra. O mesmo que eu cansei de dizer do Simon, que parece ser o mestre de Vuaden.

Vuaden faz mal para o futebol, assim como o carrinho, seja pela frente, seja por trás ou pelo lado. O futebol não precisa de carrinhos, nem do Vuaden.

O futebol precisa do Neymar, assim como precisava do Zico, do Romário, entre tantos outros jogadores talentosos que tornam o futebol envolvente e cativante.

Vuaden hoje conseguiu irritar gremistas e cruzeirenses.

Mas é certo que agradou algumas pessoas, aquelas que agora estão vibrando com a contusão de Kléber, e que festejaram a de Mário Fernandes tempos atrás.

Vuaden deveria pegar uma geladeira. Quem saber ficar quatro meses parado, como o Kleber? Mas estará no próximo sorteio. Alguém duvida?

FECHANDO A CONTA

Se com Kléber estava difícil, sem ele a Copa do Brasil ficou ainda mais distante. A direção precisa agilizar a busca por reforços. A situação ficou pior. O time cada vez mais depende do novato Fernando. Antes, dependia dele para proteger a zaga. Agora, depende dele também para fazer gols.

E o Oscar vai para…

Esse caso do Oscar é emblemático do tipo de relação entre os clubes de futebol. Eles são tão unidos quanto judeus e palestinos, ou gremistas e colorados em dia de Gre-Nal.

Se os clubes se unissem seriam mais fortes para suportar a pressão dos empresários. Boa parte deles vive em volta dos estádios como moscas varejeiras.

Unidos realmente, os clubes não passariam a perna um nos outros, e todos sairiam ganhando. Hoje, os advogados dos jogadores entram na justiça do trabalho por qualquer motivo.

É evidente que os direitos dos jogadores devem ser preservados, mas os dos clubes que investem fortunas em suas categorias de base para de vez em quando de lá extrair uma pedra preciosa, também.

O Inter se aproveitou de uma situação e trouxe o Oscar. O SP já havia aplicado rasteiras em outros clubes, e mereceu uma resposta do mesmo nível. Mas isso é consequencia dessa desunião, dessa carnifica que só prejudica os próprios clubes e faz a alegria de advogados, procuradores, empresários e jogadores.

Agora, o tribunal do trabalho de São Paulo deu ganho de causa ao clube paulista.

Oscar ainda tem seu vínculo com o SP. Não entro no mérito da questão, não sei se a decisão é justa ou não, mas eu a aplaudo porque preserva o clube que criou o jogador.

Quem perdeu Ronaldinho para o PSG na mão grande sabe o quanto dói perder um craque dessa forma.

Os colorados estão sofrendo agora. O SP quer no mínimo 14 milhões de reais para liberar Oscar. É muito dinheiro.

O Juremir, em seu conceituado blog, hoje, transcreve um texto do blog do perrone, no qual é lançada uma acusação de que a CBF prejudicou o Inter para atingir a FGF, que defende nova eleição na entidade. A ideia seria atingir Chico Noveletto, que além de presidente da federação é colorado.

Teoria da conspiração. Por esse raciocínio devo supor que o TRT paulista faz parte da armação.

Realmente, dói perder talentos.

Para concluir, dentro do quadro atual do futebol brasileiro em que cada clube só vê o seu lado, e o resto que se exploda, o Grêmio poderia contratar o Oscar, esquecendo o Giuliano, que custa mais, e joga menos.

Não sei se Oscar conseguiria jogar tão cedo, porque o caso iria parar nos tribunais, mas que seria divertido, seria.

O zagueiro experiente para o Grêmio

É de conhecimento de todos que o Grêmio precisa urgentemente de um zagueiro de técnica apurada, velocidade e muita experiência.

O Boteco do Ilgo apresenta sua sugestão: eu mesmo.

Com um mês de treino, já estarei jogando melhor que os zagueiros atuais, o que talvez até não signifique grande coisa, mas já será uma evolução.

Além do mais, sou barato.

Ilgo Wink + Felipão
Felipão insistindo em me levar para o Chelsea antes de um jogo da equipe da ACEG.
Ilgo Wink + Batista
Eu mostrando para o Batista como é que se marca com categoria e com porrada se for necessário.

O importante é vencer, e jogar bem

Vencer é o que importa. Classificar-se é o que importa. Mas não é o suficiente.

A dupla Gre-Nal atingiu seus objetivos nas competições que disputam. O Grêmio venceu o River Plate, tendo que virar o jogo mais uma vez contra um time absolutamente inexpressivo, enquanto o Inter empatou com um gol que foi o retrato do futebol que o time apresentou. O gol salvou o Inter da derrota na Bolívia e praticamente confirmou sua vaga na próxima fase da Libertadores.

Classificados, os dois clubes gaúchos seguem em frente. Mas não irão longe. Até acho que o Inter vai mais adiante que o Grêmio.

No comentário anterior, que deixou boa parte dos meus parceiros de debate de nariz torcido diante do meu ‘pessimismo’, eu escrevi que o time que disputa o Gauchão vai bem, mas o da Copa do Brasil deixa a desejar.

O gol que o Grêmio tomou do time sergipano é coisa de futebol de várzea de segunda categoria. A zaga entregou o gol e deixou o Victor sem pai nem mãe, e ainda há quem culpe o goleiro.

Já estou achando que é melhor o Marcelo Grohe entrar de uma vez, porque ele está mais de acordo com esse timeco que a direção montou para brigar pela única coisa que interessa neste ano, um título nacional. No caso, a Copa do Brasil. Porque nem em seu sonho mais delirante o torcedor gremista pode imaginar um título no campeonato brasileiro.

O sistema defensivo continua sendo o pior do time. Enquanto a direção não se mexer e contratar um zagueiro de respeito, do nível de um time que pretende ser campeão nacional, e não qualificar o meio de campo, não vejo nada além de mais uma temporada frustrante.

O jogo ao menos deixou algo positivo: Facundo Bertoglio deve ser mantido no meio. Não foi brilhante, mas é o melhor que apareceu nessa função na temporada no time gremista. Graças a ele o River ficou com um jogador a menos, numa expulsão justa. Falta por trás, de carrinho. Sei que o Jean Pierre marcaria a falta, mas sem cartão, nem amarelo. O Vuaden não marcaria a falta e ainda daria cartão amarelo pro Facundo por ‘simulação’.

Agora, não é fácil enfrentar um adversário que se fecha todo, tira os espaços na frente. No segundo tempo, com um jogador a menos, o River se fechou todo. O Grêmio passou todo o tempo no campo do River. É complicado.

O Ipatinga vai jogar assim, e tem jogadores com maior qualidade. Por isso, será um jogo de alto risco.

É claro que o importante é vencer, ou confirmar a vaga, mas sempre é fundamental saber avaliar como os resultados acontecem, para que a trajetória seja mais longa.

Por isso, além de vencer, é importante também jogar bem.

E isso vale tanto para o Grêmio como para o Inter.

IMORALIDADE

O tribunal de ‘justica’ desportiva gaúcho absolveu Damião pelo coice que ele deu num jogador do Santa Cruz, e que eu frisei aqui. Gostaria de ver como seria se fosse um zagueiro que batesse assim no Damião. Quer dizer, a gente sabe como seria. Esse tribunal – que penalizou duramente o Cruzeiro – perdeu toda a credibilidade comigo. É vergonhoso e imoral.

As melancias na carroça gremista

Quando o sujeito bebe além da conta acaba enxergando tudo em dobro.

Pois eu não preciso beber para ver dois times do Grêmio neste momento da temporada. Um time é o do Gauchão, que vai bem agora sob o comando de Luxemburgo e se habilita a disputar o título do campeonato com o Caxias, que já é finalista.

Sinceramente, esse time que conseguiu perder o primeiro turno para o Caxias, um time modesto, esforçado apenas, realmente não me interessa. Tanto faz conquistar o Gauchão. É claro que é bom, mas é algo que eu não coloco como prioridade, longe disso.

Meus olhos estão fixos, na verdade, é no outro time, o que disputa a Copa do Brasil.

E aí é que eu não consigo ficar tranquilo. Muito pelo contrário. Eu sei que é no andar da carroça que as melancias se ajeitam. Eu sei que é preciso paciência, que o técnico precisa de tempo, etc.

O problema é que algumas melancias são insossas como muitas que comi neste ano. São aguadas, sem sabor. São melancias que já ao abrir – só pelo estalo da peça ao ser partida – a gente percebe que irão nos frustrar.

Se Marco Antônio fosse uma melancia, ele seria desse tipo que a gente desiste na primeira mordida. Léo Gago é da mesma safra.

Os dois jogam no setor mais vital de um time de futebol. Ambos são esforçados, dedicados, mas quando aumentar o nível de exigência a gente sabe que eles não irão dar conta do recado. Agora mesmo, contra esses times esforçados do Gauchão, eles não conseguem convencer. Ao menos a mim.

Eu sei que alguns vão dizer que sou muito duro, amargo, negativo, pessimista. E eu vou concordar. Sou mesmo. Não me iludo mais com uma ou outra atuação, até porque nunca deixo de avaliar contra quem esse ou aquele jogador foi bem.

Então, resumindo: o Grêmio com Marco Antônio e Léo Gago juntos no mesmo time, um de cada vez ainda é tolerável; e com apenas dois volantes  na marcação e combatendo forte, não vai longe na Copa do Brasil.

Hoje, o Grêmio goleou o Veranópolis, de boa campanha no Gauchão. Fez 4 a 0 no primeiro tempo. Percebi que algumas pessoas ficaram impressionadas, encantadas, entusiasmada. Felizmente, não é o caso da maioria.

Com o futebol que o time jogou no primeiro tempo não vence nem o Bahia do Falcão. Já o do segundo, vejam só, conseguiu perder para o mesmo VEC, porque levou 1 a 0.

O gol logo a um minuto foi altamente negativo para o VEC, que se abriu em busca do empate. O Grêmio poderia ter feito mais, mas o VEC até que levou perigo. Teve um gol anulado, corretamente, porque o atacante, um baixinho cri-cri jogou o corpo sobre o grande Victor impedindo que ele fosse na bola cruzada. Depois, o grande Victor fez uma defesa sensacional quando um outro atacante entrou passeando na área.

O Grêmio teve bom volume ofensivo, mas nem assim o articulador do time, o sr MA, conseguiu aparecer. É um fenômeno. Confesso, nunca vi nada igual em 30 anos de reportagem esportiva. Ele não é mau jogador, só não é jogador para ser titular do Grêmio. Na realidade, nem para reserva ele serve. Aliás, ele foi reserva do glorioso Juventude – que de carrasco virou saco de pancadas do Inter – tempos atrás.

Então, se é verdade que as melancias se ajustam, também é fato que apenas as boas melancias nos satisfazem.

Inegavelmente, faltam melancias realmente de qualidade nessa carroça gremista na Copa do Brasil.

SHOW

Nunca vi nada igual: o Inter planeja transformar em show a assinatura de contrato com a Andrade Gutierrez – empreiteira que a mídia colorada, desesperada com a possibilidade de a Copa de 2014 parar na Arena, satanizou.

A informação é de que haverá um telão não sei aonde para exibir o ato. Não duvido que as emissoras de rádio mandem seus melhores narradores para transmitir o grande momento. Pensei até no Paulo Brito gritando ‘Feitooooo’ quando Luigi sacramentar o acordo.

Pena que não dá mais tempo, mas seria legal um show no Gigantinho com Ivete Sangalo e outros artistas tão ou mais talentosos, como o Pedro Ernesto.

Essa iniciativa colorada me parece uma cópia piorada de alguns lances do Grêmio em relação à Arena.

Agora, depois de tudo que a AG já fez, eu assinaria o contrato discretamente.

Cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém.

Ah, estou curioso para ver se não vai aparecer um projetinho de última hora envolvendo a construção de prédios no entorno do Beira-Rio. Duvido que a AG não ganhou algo mais nessa negociação.

Tomara que seja verdade

Tomara que seja verdade o que está nas manchetes dos jornais: Inter e AG fecharam finalmente o tal acordo – engraçado, pensava que isso estava definido no pré-contrato, aquele aprovado pelos conselheiros colorados em dezembro – e vão assinar o contrato segunda-feira. Tem até horário certo: 11 horas.

É claro que só acredito depois de tudo assinado. Mas torço para que tudo dê certo e as obras do BR reiniciem.

Com isso, a direção arenista, digo gremista, passará a pensar mais no futebol, esquecendo a Copa.

Outro aspecto positivo é que, até prova em contrário, não será erguida uma muralha na nobre área do entorno do estádio rubro, conforme consta no plano B do Inter -li na ZH, estarrecido, que técnicos da prefeitura estão colaborando na elaboração do projeto, que, conforme escrevi no post anterior, prevê dezenas de edifícios à beira do Guaíba.

Torço, também, que pelo novo acordo a AG também não tenha permissão para erguer edifícios ali, porque eles, nesse caso, serão construídos. Disso não tenho a menor dúvida, mesmo que seja mais uma agressão ao rio e à cidade.

Vou torcer, ainda, para que a presidente Dilma tenha o mesmo empenho que teve em relação ao Beira-Rio para liberar os recursos necessários ao entorno da Arena, coisa de uns 50 milhões de reais.

Sei que o entorno deles é mais bonito, mas o nosso também merece um pouco de carinho e atenção.

MIRALLES

Terá faltado mais carinho e atenção para Miralles? Ele chegou aqui lesionado. Quem o indicou não teve tempo para aproveitá-lo. Depois, os outros treinadores o relegaram a um segundo plano, e ele teria contribuído para isso.

Bem, agora a informação é que ele teria dito ao técnico Luxemburgo que não quer mesmo ficar no Grêmio, que não gostou daqui. Enfim, está se lixando para o Grêmio.

Então, que vá jogar a sua bolinha lá no Chile, porque nem em sua terra, a Argentina, ele deu certo.

Eu até acho que ele poderia ser útil, mas jogador contrariado…

Ameaça: muralha de edifícios no entorno do BR

Está em gestação um projeto escabroso que deve parir um monstrengo na orla do Guaíba, mais exatamente no entorno do Beira-Rio.

O grupo de empresas gaúchas que têm um plano B para o Inter quer erguer inúmeros edifícios na área em troca de reformar o estádio sem custo, conforme revelou o ex-presidente Vitório Piffero.

Notem bem: sem custo, gratuitamente. O que dá uma ideia do valor dessa área que compõe uma das vistas mais bonitas da Capital. Se o projeto for adiante, será aprovado na Câmara e na Prefeitura, tudo em nome de manter a Copa em Porto Alegre, mesmo que exista um estádio novinho em folha como alternativa.

A área em questão está hoje legalmente em poder do Inter, que até poucos anos atrás a ocupava irregularmente. A área era da cidade, mas havia sido tomada para uso particular do Inter.

Os nobres edis, com aval da prefeitura, aprovação mais essa doação. Em troca, o Inter manteria um projeto social de práticas esportivas (futebol para crianças carentes. Baita negócio. Para o Inter, não para a cidade, como se vê mais do nunca agora.

Mas que área é essa que o Inter ganhou assim de mão beijada?

Em 13 de janeiro de 1997, iniciei uma série de reportagens no Correio do Povo revelando que a prefeitura -prefeito Pont e vice Fortunatti- se debruçava sobre áreas que Grêmio e, principalmente, o Inter ocupavam de forma irregular.

Para erguer o Beira-Rio e o Gigantinho, o Inter recebeu 14 hectares da prefeitura. Aos poucos, foi avançando aqui e ali, chegando a ocupar até aquele ano um total de 31 hectares, comprovadamente, segundo afirmou na época o Fortunatti, encarregado do assunto.

E isso que não estou contabilizando outros 8 hectares doados para o Parque Gigante

Meses depois, a prefeitura enviou tratores para derrubar cercas e muros erguidos pelo Inter em espaços que pertenciam ao município, ao povo gaúcho, a gremistas, colorados, ateus, cristãos, ciclistas, homoafetivos, negros, brancos, etc.

Lembro que o falecido Paulo Rogério Amoretti postou-se diante das máquinas e evitou a queda do muro colorado. E ficou por isso mesmo.

Até há alguns anos, uns três ou quatro, foi finalmente oficializada mais uma doação ao Inter.

Essa área, agora, poderá servir para uma ‘nobre’ causa: garantir a Copa em Porto Alegre, e no Beira-Rio, claro.

Em troca, então, teremos um paredão de arranha-céus junto ao Guaíba.

A Copa vai durar um mês, a muralha de concreto será eterna.

Vamos deixar isso acontecer?