Punição de festeiros equilibra o jogo

O pulso firme da direção do Flamengo, o que é atípico, pode dar uma mãozinha para o Grêmio no jogo deste domingo na Arena.

Se o Grêmio tem desfalques importantes, o time carioca não fica atrás.

Os jogadores Alan Patrick, Everton, Marcelo Cirino, Paulinho e Pará foram afastados. Flagrados em meio a uma ‘confraternização’ com mulheres e cervejas após o treino de terça-feira – eles levaram colchões para o caso de pernoitarem – num sítio que pertenceu ao funkeiro Mr. Catra, eles estão queimados com a direção e com a torcida.

Como o Flamengo é o Flamengo, não duvido que os festeiros sejam perdoados e joguem. Mas a tendência é mesmo de que eles fiquem de fora. Estão treinando em separado.

Marcelo Cirino, baita atacante, está lesionado e não jogaria mesmo. Já os outros quatro estavam à disposição do Osvaldo de Oliveira. 

Com isso, penso que o Grêmio assume o favoritismo. Ainda mais se a torcida for tolerante e paciente com o time, que não terá Wallace e Maicon. E muito provavelmente Luan, lesionado.

É muita qualidade fora do time. O pior é que as alternativas não inspiram confiança.

Se Luan não jogar, acho que poderia entrar Maxi Rodriguez. Habilidade e controle da bola não lhe faltam. O problema é que ele parece não resistir mais do que 45 minutos. Mesmo assim, ele é a melhor opção para Luan no momento. Sem contar o fato de que Maxi já fez belos gols no Flamengo. Dá liga.

Melhor que Maxi para substituir Luan só mesmo Lincoln. Quem sabe?

Sou contra deslocar Giuliano para volante. Perde em qualidade na armação e perde defensivamente. Melhor escalar Marcelo Oliveira ao lado de Moisés. Hermes entraria na esquerda.

É a alternativa menos ruim. Começar com Schuster e Moisés, que andaram treinando no time titular, é quase um suicídio.

Agora, confio no técnico Roger. Tenho certeza que ele armará o melhor time possível para esse jogo tão importante.

ÚLTIMA CHAMADA

Vamos dar força ao nosso amigo RW, unha encravada no dedão de um certo dirigente da praça.

Voto popular Jornalista web item 10
Ricardo Wortmann cornetadorw
http://revistapress.com.br/v15/?page_id=13

 

 

‘Truvisca no fedor que o beque faz contra’

Se o Grêmio jogasse com os titulares contra o Flamengo, domingo, não tenho dúvida de que venceria e conquistaria os três pontos, embalando para confirmar o G-3 e a vaga direta na Libertadores/2015, ambição de muitos e conquista de poucos.

Aqueles que desdenhavam de vaga em Libertadores dizendo que não torcem por vagas, mas por títulos, hoje estão aí desesperados por uma vaguinha até na pré-Libertadores, usando a calculadora alucinadamente.

O problema do Grêmio agora é interromper a tendência de queda. Se não for possível reverter, que ao menos mantenha o percentual de 50% de aproveitamento no segundo turno e conquiste nove pontos dos seis jogos que restam. Imagino que isso será suficiente para confirmar presença no G-3. Mas não tenho muita certeza disso.

Essa meta seria fácil de atingir, mas as lesões seguem atormentando o técnico Roger Machado. A notícia de que Maicon fica fora do time por um mês, ou seja, na reta final da competição, é péssima.

Maicon, ponto de equilíbrio da equipe, já fez muita falta em boa parte deste returno.

Considerando que Edinho, também lesionado, e Wallace, suspenso de novo pelo terceiro cartão amarelo, também estão fora, fica claro que o jogo na Arena passa a ser de alto risco.

O Flamengo não faz boa campanha, mas tem uma equipe de qualidade. E tem Paolo Guerrero, que a qualquer momento pode desencantar.

Felizmente, é possível que a dupla de área titular seja confirmada. Depende do Flamengo a liberação do zagueiro. Em troca, o Grêmio libera Pará. Por mim, Pará pode jogar, mesmo que Erazo não seja liberado.

Se Erazo não jogar, mais um sério problema. Thyere até que foi bem contra o Vasco, mas seria um reserva a mais num time que já terá problemas para montar um meio de campo confiável.

O meio de campo. Está aí o grande desafio de Roger Machado. Moisés parece confirmado. Não acredito que Roger ouse começar também com Schuster. Seria quase um suicídio. É preciso colocar alguém mais experiente e qualificado por ali. No caso, Marcelo Oliveira, entrando Hermes na lateral-esquerda.

De qualquer modo, será um meio de campo sem o potencial daquele que vem sendo usado, inclusive com Edinho como opção.

Incrível, mas os três volantes principais estão fora de um jogo tão importante.

Os deuses do futebol que deram uma forcinha em alguns jogos entraram em férias.

Felizmente, Luan, ao que tudo indica, estará de volta para completar o setor ofensivo com Douglas e Giuliano. Completando o time, Pedro Rocha ou Éverton.

Bobô só como alternativa para a hora de desespero, a hora do vai que dá. Aquela hora em que o técnico grita para que joguem a bola pra área de qualquer jeito: “Truvisca no fedor que o beque faz contra”.

LIBERTADORES

Vejo com alguma perplexidade um pessoal projetando o time para a Libertadores. Sugestões de contratações e dispensas.

Isso me espanta e me preocupa.

É a tal da carroça na frente dos bois. Espero que no Grêmio esse tipo de pensamento não ocorra.

Primeiro, vamos garantir a vaga direta. Depois, a gente conversa.

Mas se quiserem continuar sonhando, tudo bem. Quem sou eu pra vetar sonhos?

Calculadora na mão: ponto por ponto

Na reta de chegada do Brasileirão eu esperava estar agora com uma calculadora na mão para avaliar as chances de título. 

Foi Roger Machado quem me deixou assim confiante.

Antes dele, a calculadora serviria para contar os pontos que faltariam para garantir presença na séria A em 2016. Eu, como muitos, temia um desastre.

Mas veio Roger para erguer minha auto-estima a um patamar que eu não alcançava faz tempo.

É claro que sempre ponderei que o Grêmio não teria grupo para suportar uma maratona de jogos. Por isso, apostei minhas fichas num tiro curto, a Copa do Brasil.

Me quebrei. Sobrou o Brasileirão. Quando o Grêmio bateu o Atlético em pleno Mineirão – jogo dos seis pontos – logo depois de golear por 5 a 0 – não canso de repetir esse resultado -, cheguei a sonhar que havia chance de título, caso o Grêmio mantivesse essas atuações e o Corinthians começasse a desandar minimamente.

Nem uma coisa. nem outra. O futebol do Grêmio está se esvaindo rodada após rodada, enquanto o do Corinthians se robustece.

Resta a vaga direta para a Libertadores.

É aí que tenho usado minha calculadora. Antes da catastrófica derrota para a Chapecoense em plena Arena, eu acreditava que a vaga era uma meta fácil de se atingir. 

Havia apenas o Santos no calcanhar. Hoje, são três, São Paulo e Inter. O Inter é o sexto com os mesmos 50 pontos dos demais, mas para certos setores ele já está no G-4.

O Grêmio ainda está numa situação tranquila, consequência da gordura acumulada nos melhores momentos do time.

Mas, como alertei dias atrás aqui, o momento é delicado.

O Grêmio arrancou um empate contra o Vasco. Se o Santos tivesse vencido – deu empate também por 0 a 0 – o Figueirense fora, estaria a quatro pontos do Grêmio.

E aí, como as águas dos rios e riachos que transbordaram deixando muita gente desabrigada, bateria o desespero. E quanto bate o desespero a gente sabe como funciona. Nada mais presta. Que é o pior erro que se pode cometer. 

O empate contra o Vasco acabou sendo bom, diante do futebol ruim que o Grêmio jogou, tanto defensiva como ofensivamente. O Vasco chegou com perigo muitas vezes e se não estivesse nessa situação desesperadora talvez tivesse aproveitado melhor seus arremates.

A zona frontal diante entre o meio campo e a grande área do Grêmio parecia o Largo Glênio Peres de tanto espaço que os vascaínos ganharam para atacar.

O Grêmio, claro, também teve chances. No fim das contas, o empate foi justo. Combinado com o empate do Santos, um ótimo resultado.

Domingo, contra o Flamengo na Arena, eu só espero uma coisa do Roger Machado: a volta de Luan como falso camisa 9, com Pedro Rocha ou Éverton, que entrou bem ontem, fazendo o lado esquerdo.

Chega de invenção!

Ah, como é bom ter um goleiro seguro, confiável.

INTER

O sonho de todo colorado neste exato momento em que o Inter divide o quarto lugar em pontos com SP e Santos, não é apenas entrar no G-4, mas, principalmente, passar à frente do Grêmio. Seria o resgate da expressão ‘flanelinha’. 

Mais um motivo para o Grêmio começar a reagir.

PRÊMIO PRESS

Atenção, últimos dias:

 Prêmio Press-Participação diária
Voto popular Jornalista web item 10
Ricardo Wortmann cornetadorw
http://revistapress.com.br/v15/?page_id=13

O acerto de Dunga e os inimigos da Liga

Finalmente, Cássio na seleção brasileira. É o melhor goleiro, na minha opinião. Mas o melhor não é a convocação de Cássio, é a não convocação de Marcelo Grohe. Valeu, Dunga.

Lamento por aqueles que gostariam de ver Grohe vestindo a amarelinha, se consagrando ainda mais. Respeito esse sentimento.

Agora, eu prefiro o jogador no meu clube, não na seleção. Na verdade, não me importo com a seleção. E faz tempo.

Já vi muitos jogadores mudarem para pior depois da convocação. Damião, é um exemplo. Desabou tecnicamente depois de jogar na seleção.

Sem contar os que voltam lesionados, como o próprio Grohe. 

Fora isso, a seleção virou um balcão de negócios, lícitos ou ilícitos. Não sei. Mas um balcão de negócios.

Portanto, ao contrário de muitos, estou contente.

LIGA

Na edição de ontem da ZH o colunista Wianey Carlet parecia feliz com o fato de a Primeira Liga, na opinião dele, estar naufragando. Chegou a terminar seu texto com uma frase que mostra bem sua alegria: “A liga foi pra banha”.

Hoje, ele meio que pede desculpas, mas não disfarça sua satisfação. Um recuo estratégico, até porque a Liga, e ele deve ter percebido isso, segue viva e parece até revigorada.

Aí, no clicrbs, vem o Pedro Ernesto, que o RW chama de Legado, uma das pessoas mais ufanistas com a Copa do Mundo, também atacar a Liga. E, bingo!, defende o Gauchão do parceiro Noveletto, um dos maiores anunciantes do Estado. Ah, Noveletto já estaria sendo favorável ao torneio. Mas acho que é da boca pra fora.

Confiram o texto do PE: http://diariogaucho.clicrbs.com.br/rs/esporte/noticia/2015/10/pedro-ernesto-a-liga-sul-minas-rio-e-estranha-e-nao-leva-a-lugar-algum-4883718.html

VALDÍVIA

O guri deu entrevista dizendo, ao ser questionado, que poderia vestir a camisa do Grêmio se isso fosse bom pra ele e sua família.

Pronto, desabou um temporal sobre a cabeça dele. Colorados indignados. Só falta cair granizo do tamanho de bola de tênis.

JARDEL

Jardel virou o ‘cristo’ da hora. A geni. Ele usou uma verba legal da AL pra viajar. Uns 40 mil reais. O problema a meu ver é existir essa verba para viagens ao exterior. Quer viajar, que pague. A não ser que seja em alguma situação de representação em algum evento que resulte em benefício aos contribuintes. Aí, ele fez o que muita gente faz quando volta de Portugal: trouxe bacalhau na mala. Foi barrado no aeroporto. Fato banal que virou manchete.

 

Tudo em relação a Jardel é amplificado. Não estou aqui pra defendê-lo. Não votei nele.

Mas acho que ele está sendo alvo de preconceito.

Pra ele virar o jogo, só fazendo como Romário, que começou desacreditado e hoje é respeitado.

Jardel pode tentar ser Romário, ou acabar como Tiririca.

 

Sem vocação para avestruz

A verdade, a dura verdade, é que o Grêmio caiu muito de rendimento em relação ao primeiro turno. Há uma tendência de queda que precisa ser revertida já no difícil jogo contra o Vasco, no Rio.

Difícil é pouco. Dificílimo, se considerarmos que o Grêmio tem sido generoso com os desesperados clubes da ponta de baixo da tabela. A Chapecoense é apenas uma das equipes que recebeu uma mãozinha para fugir do rebaixamento.

O Grêmio precisa deixar de ser bom samaritano, parar de ‘amar o próximo como ama a si mesmo’.

O que a torcida espera é um Grêmio agressivo do primeiro ao último minuto, parecido com aquele que empilhou 5 gols no Inter sem dó nem piedade.

É isso, um Grêmio impiedoso.

O Grêmio atual é pacato demais. Parece que perdeu a capacidade de indignação que revelou antes de sair dos trilhos, correndo agora o risco de descarrilar.

Sim, se o ‘maquinista’ Roger Machado não reagir, pode acontecer aquilo que 99% dos gremistas projetava antes de o campeonato começar: uma campanha apenas para continuar na primeira divisão e, no máximo, beliscar uma vaga na sul-americana.

O Grêmio se mantém no topo graças à sua campanha no primeiro turno. No segundo, o percentual é de 52% apenas.

Como eu não tenho vocação para avestruz, que, reza a lenda, enfia a cabeça no buraco para não ver o que está acontecendo, não posso deixar de registrar o que estou vendo. E o que vejo é um time que gradativamente deixa de ser confiável. 

Até pouco tempo atrás, o torcedor, com a auto-estima elevada em função do magnífico trabalho que Roger realizava, rumava para a Arena confiante, seguro de que veria mais uma bela atuação e, claro, uma vitória.

Isso terminou. A derrota por 3 a 2 diante da Chapecoense acendeu o sinal amarelo. Se eu fosse um alarmista diria que o sinal é vermelho. Mas não chega a tanto. Agora, se não vencer o Vasco…

Uma rápida espiada na tabela de classificação do segundo turno revela que o Grêmio, hoje, está três pontos atrás do Inter. Na classificação geral, a diferença a favor do Grêmio é larga. Mas já foi mais folgada. 

O que preocupa mesmo, ao menos a mim, é a diferença para o quarto colocado, o Santos. Apenas seis pontos. 

Se o Grêmio seguir claudicante a vaga direta à Libertadores/2016 estará ameaçada. Aliás, o que não será nenhuma novidade – vide Luxemburgo no Grêmio.

Cabe à direção tricolor e ao técnico Roger, que já provou sua capacidade, avaliar o que está acontecendo – alguns jogadores já não conseguem manter um futebol de alto nível – e tomar as providências necessárias.

Sem enfiar a cabeça no chão.

OVO OU A GALINHA

Percebo revolta entre grande parte dos gremistas em relação a alguns nomes do time. Sou da seguinte opinião: o jogador que teve grandes momentos pode voltar a jogar bem. É preciso verificar o que está acontecendo para uma queda de produção. O coletivo depende das individualidades, e vice-versa. Se o coletivo vai mal, sucumbem primeiro as individualidades menos talentosas, digamos assim. Se as individualidades vão mal, afeta o coletivo. Quem nasceu primeiro? O ovo ou a galinha?

O AIPIM

De uma vez por todas, chega de inventar. O esquema que deu certo é aquele com Pedro Rocha, muito importante por sua movimentação tanto ofensiva como defensiva. Com ele, vários jogadores crescem. Inclusive Marcelo Oliveira, hoje tão criticado. Sem falar no Luan. Pedro Rocha tem seus defeitos, sem dúvida, mas foi com ele em campo que o Grêmio viveu seus melhores momentos.

Pode ser que ele, agora, não resolva. Pode ser. Mas um aipim na frente é certo que não resolve. 

 

Opinião de colaborador/debatedor

Não assisti ao jogo/fiasco -felizmente. Por isso, recorro ao botequeiro Alexandre Sanz, que enviou o seguinte comentário. 
 
Entregada
 
O jogo de ontem deve ser analisado sob o seguinte prisma, foi entregue, mesmo com todos os erros, limitações e dificuldades que o adversário poderia impor, conforme será relatado na sequência, o Grêmio, se não entrasse no segundo tempo de salto alto, teria vencido, no mínimo não perderia, de qualquer forma, essa derrota escancarou os muitos problemas que possuímos durante toda a temporada, os quais vou elencá-los de acordo com minhas observações.
1. Limitação do time e elenco: O Grêmio possui jogadores insuficientes nas duas laterais, na armação e em uma das posições do ataque, no banco temos mais problemas de limitação também, no jogo de ontem nossos laterais foram muito mal, o Marcelo e o Galhardo conseguem ser médios, no máximo, se jogarem no limite e sempre focados, quando pensam que são craques ai a cobra fuma, os gols foram todos na suas costas. Já o Douglas é um jogador que consegue apenas jogar 20 minutos, no segundo tempo estava mortinho, não viu a cor da bola e sua falta de combatividade estourou lá atrás.
2. O sistema de jogo tem que ser com atacantes de movimentação, o Bobô fez o que um centroavante deve fazer, gol, mas só isso é pouco no futebol moderno, ficou claro que ele é um peso ao time, principalmente quando o Douglas cansa e o Luan, fora de posição, vai mal, o time foi muito bem no primeiro tempo, apesar disso, na verdade enquanto o Douglas teve pernas, isso havia acontecido contra o Santos, só que a diferença foi o nível de concentração que se manteve nos 90 minutos.
3. O Roger erra, durante o jogo, parece que ele não tem boa leitura, talvez por inexperiência, não quero parecer eu o entendido, o Roger pegou um time que certamente disputaria a parte de baixo da tabela e está virtualmente classificado para a LA2016, mas não dá para esconder o sol com a peneira, a Chape já havia mexido no goleiro, e depois colocou um armador no lugar de um volante, além de adiantar o time, o Roger tinha 3 substituições para fazer, sou contra 3 volantes, mas em situações de jogo deve-se optar por essa escalação, ele deveria ter sacado o Douglas, morto, e colocar o Moisés, adiantar o Maicon e depois tirar o Luan, ai poderia escolher entre o Maxi ou Pedro Rocha para contra-ataques, ao contrário, ele tirou o Bobô e colocou o Pedro Rocha, apesar de o Luan ter sido uma piada em todo o primeiro tempo, depois tirou o Luan e colocou o Mamute, entendi que ele tentou jogar as costas do Apodi, mas para isso ele tinha que ter o poder de retomada da bola, o que não aconteceu, bem o Braian não vou perder tempo de comentar, mas o absurdo é ter um jogador que consegue jogar 20 minutos e deixá-lo em campo por 90. 
Acho que o Roger, e nessa hora o Presidente deve entrar em campo, deve repensar alguns conceitos, bruxismo e interferências externas estão atrapalhando, deve ser dadas as devidas proporções, obviamente é importante ter o vestiário na mão, mas isso não pode atrapalhar o desempenho do time, não queremos ser campeões de vestiário unido, já ouvir opinião de outras pesoa é importante mas isso apenas como idéias não precisam ser seguidas e sim utilizadas em situações aplicadas durante o jogo e não como idéia principal e definitiva, ele encontrou a melhor forma de jogar e mudou, coincidentemente quando o time passou a oscilar.

As uvas estão verdes

A grande vitória sobre o Santos por 1 a 0 – resultado com sabor de goleada -, o Grêmio praticamente confirma sua classificação direta à Libertadores de 2016. Muita gente queria essa vaga e agora a desdenha. A velha fábula das uvas verdes continua muito atual.

Nove pontos separam o Grêmio de seu mais próximo rival, o Santos, quarto colocado. Os mesmos nove pontos separam o Grêmio do líder e virtual campeão, o Corinthians. Então, se o Grêmio está classificado, também não tem nenhuma chance de título. Mas por que será que eu sigo acreditando? Porque é ofício do torcedor acreditar, acreditar sempre.

Sobre acreditar, quero dizer que eu acreditei que depois de 24 horas sem energia elétrica, eu ainda poderia assistir ao jogo contra o Santos pela TV.

Ledo engano. Eu sou um dos ‘500 mil domicílios da grande Porto Alegre’ que ficaram sem luz em razão do temporal terrível que devastou o Estado.

Então, fui obrigado a ‘ver’ o jogo de uma maneira inusitada: à luz de vela e radinho portátil. 

Penso que muita gente fez o mesmo.

O importante é que o Grêmio venceu e o sol voltou.

O que faz um gol do Bressan? Até o sol voltou.

Bressan é a prova de qualquer jogador pode a qualquer momento nos dar alguma alegria. É do futebol!

 

 

Arena, cenário de um grande jogo nesta quinta

O Santos com Ricardo Oliveira e Lucas Lima é um adversário poderoso. Esses dois estão levando o técnico Dorival Jr nas costas.

Se eles não puderem jogar nesta quinta será um presente dos deuses do futebol ao Grêmio.

Lucas Lima cria a maioria das jogadas santistas. Ricardo Oliveira aproveita e mete a bola pra dentro.

Simples, porque o futebol, por natureza, é simples. As pessoas que complicam. Os analistas de nariz empinado criam frases e desenham esquemas que, na prática, não existem. É hexagono pra cá, triângulo pra lá. 

Bem, dentro da lógica muito conhecida de todos os gremistas um pouco mais atentos de que tudo muitas vezes conspira contra o Grêmio, os dois vão jogar.

Tem essa história da CBF que não permite que o atleta jogue antes do período de 60 horas entre uma partida e outra.

É claro que essa norma será pisoteada pelo simples fato de que o clube a ser prejudicado é o Grêmio.

Vão dizer que eu exagero. Pode ser, mas tenho minhas razões.

Eu tenho memória ruim para as coisas do futebol. Mal e mal sei que o último jogo do Grêmio no Brasileirão foi contra o Cruzeiro e deu empate por 0 a 0. E fico por aqui.

Mas tem algumas coisas que estão marcadas a ferro e fogo em minha mente de sobrevivente dos anos de chumbo, a década de 70.

Por exemplo, não esqueço que esse presidente da comissão de arbitragem, Sérgio Corrêa, foi o bandeirinha que em meados dos anos 90 anulou um gol legítimo de Jardel numa Copa do Brasil.

Esse nome está na boca do sapo.

Agora, nada mais eloquente para exemplificar o que digo foi o que aconteceu na decisão Grêmio x Ajax, no Mundial.

Pela primeira vez e, salvo engano, a única, que um juiz expulsou um jogador por causa de repeteco do lance no telão do estádio.

O juiz marcou falta de Rivarola, mas ao ver o lance no telão decidiu dar o vermelho para o zagueiro tricolor, que passou a jogar com um a menos contra o forte time holandês.

Há outros exemplos. Vocês devem lembrar de outros casos semelhantes.

É por essas e por outras que não tenho dúvida de o Santos vai jogar com seus dois melhores jogadores.

Já o Grêmio não terá seu melhor jogador: Marcelo Grohe. Há quem não goste dele – futebol é fascinante também por isso -, mas Grohe transmite segurança ao time, em especial aos zagueiros. Quem conhece um pouco de futebol sabe o quanto é importante essa confiança mútua ali atrás.

Joga Bruno Grassi. Poderia ser Thiago.

Tanto faz.

Em compensação, volta Maicon, e com ele a formação titular que levou o Grêmio a empilhar vitórias.

Se o time voltar a jogar aquele futebol de semanas atrás é possível vencer esse jogo de seis pontos, mesmo que Lucas Lima e Ricardo Oliveira realmente joguem.

Difícil prever quem ganha, mas o fato é que a Arena será cenário de um grande jogo.

Os Fagundes x Os Moreiras

O Rio Grande do Sul parece que é formado por duas espaçosas famílias: a primeira, claro, é a dos Fagundes, brincadeira criada pelo pessoal de ‘obairrista.com’. A ideia é que sempre tem um Fagundes envolvido nas coisas do Rio Grande.

A outra grande família, pelo que constato a partir do que leio, escuto e assisto nos meios de comunicação – RBS em especial -, é, bingo!, é a dos Moreiras.

Não passa um dia em que ‘Os Moreiras’, que até poderia ser nome de um conjunto musical (no meu tempo de reunião dançante era conjunto, nada desse negócio de banda ou algo assim), não aparecem com um baita destaque. 

Na maioria das vezes para especular sobre uma possível volta da estrela maior da família ao Grêmio. 

Não adianta você se esconder, mudar-se para o Congo – refúgio de alguns gremistas atuantes e resistentes como o Ricardo W. -, ou comprar um apartamento em Miami, lugar preferido de nove entre dez adoradores do Cuba.

Com essa história de internet – não sei como Os Fagundes deixaram isso se criar aqui em nosso país gaudério – não tem como escapar. Tenho um amigo que apelou: se inscreveu para a primeira viagem civil para Marte.

Desconfio que não vai adiantar: soube de fonte ‘segura’ – a mesma que garantiu que R. renovaria com o seu ‘clube do coração’ em 2001 – que um  dos Moreiras estará nesse voo. Acompanhado, é óbvio, de um repórter do grupo de comunicação para registrar suas impressões sobre o planeta ‘vermelho’.

O MAIOR

‘Não me pergunte qual o clube mais presente em decisões. Siga o rumo do seu coração’.

Veja qual o clube mais presente entre os quatro melhores na Libertadores e em competições nacionais. Coincidência ou não é o mesmo que ficou na ponta do ranking da CBF do ano passado, e que está entre os primeiros este ano.

http://www.90min.com/pt-BR/posts/2622513-ranking-os-clubes-que-mais-chegaram-entre-os-4-primeiros-em-libertadores-e-competicoes-nacionais?utm_source=twitter.com&utm_medium=share

TROPA DE CHOQUE

Há dois grandes movimentos de setores da mídia: o primeiro, é defender o Dunga; o segundo, este mais determinado e raivoso, é atacar a Primeira Liga, que pode ser, na minha opinião, a salvação do futebol brasileiro a médio prazo.

O curioso é que esse ataque só acontece aqui Abaixo do Mampituba. Por que será?????

Bem, resta a resistência do cornetadorw.

http://cornetadorw.blogspot.com.br/2015/10/tropa-de-choque-da-ivi-da-ipiranga.html

 

Futebol brasileiro: fundo do poço é mais abaixo

Se alguém imagina que o fundo do poço do futebol brasileiro é a goleada de 7 a 1 da Alemanha, sinto informar que ainda há mais espaço para descer.

O fiasco na Copa do Mundo, dentro de casa, foi apenas um sinal.

Falava sobre isso com uns amigos dias atrás. Previ que o Brasil talvez ficasse de fora da Copa do Mundo de 2018. Claro, é difícil, quase impossível, assim como 0s 7 a 1 eram inimagináveis. Até que aconteceram.

Argumentei que o futebol está muito nivelado, que há várias seleções competitivas na América do Sul e que todas elas jogam com muito mais garra, mais disposição, mais vontade e determinação do que a nossa – digo, essa da CBF.

Argumentei mais: como se sente um jogador consagrado, milionário, que suou para chegar aonde chegou, quando percebe certas coisas no mínimo curiosas. Por exemplo, um diretor de futebol que até bem pouco tempo era empresário de futebol? Segundo Romário, ainda é.

Será que esse jogador ainda tem disposição para vestir a amarelinha?

E se ao entrar no vestiário depara com um guri que recém começou no futebol e, mesmo sem mostrar grandes atributos, vai sentar ao seu lado porque um treinador viu nele qualidades que ninguém mais percebeu?

Esse mesmo jogador, diante de tantas notícias sobre corrupção no futebol e na cúpula da CBF, realmente irá jogar com o empenho que se exige hoje para superar seleções inferiores tecnicamente, mas superiores em vontade?

Será que esse jogador vai ter orgulho de vestir a camisa que já foi honrada e dignificada por tantos jogadores em tempos não tão distantes?

E mais, será que a camisa verde-amarela ainda exerce fascínio entre essa gurizada que surge num dia e no outro já está embarcando para ganhar milhões na Europa e adjacências?

Hoje, vestir a amarelinha nem é mais condição para um jovem promissor ajeitar a sua vida e a da geração seguinte.

São questionamentos que fiz nesses dias que antecederam ao jogo desta noite contra o Chile.

Depois dos 90 minutos, com vitória dos chilenos por 2 a 0, estou convencido de que o meu temor não é infundado.

O futebol brasileiro ainda não chegou ao fundo do poço.