O Grêmio e a obsessão por centroavante de carteirinha

Nada contra o Gonzalo Carneiro, centroavante que o Grêmio parece estar contratando.

O que me preocupa é o que essa contratação representa. Ela indica um fascínio por atacante grandão, de técnica pobre, pouca velocidade e muita força física.

Eu pensei que Jael já satisfaria esses adoradores de aipim, fãs do camisa 9 tradicional, uma espécie cada vez mais rara e quase ausente de qualquer grande clube do futebol europeu.

Quem tem Jael, não precisa de outro ‘camisa 9’. Imaginei que o Grêmio, sua direção e comissão técnica, estaria em busca de um atacante de área, mas de movimentação, com flexibilidade e boa técnica, como foi Lucas Barrios em seus melhores momentos na Arena.

De certa forma, fico decepcionado com Renato, o ídolo que vai virar estátua, conforme ficou decidido em reunião do Conselho Deliberativo e com a qual eu não concordo.

Pensei que Renato, depois de acertar o time na Copa do Brasil de 2016, com um ataque de muita movimentação, sem o tal centroavante de área, capaz de fazer gols salvadores de cabeça, havia encontrado a fórmula do sucesso no futebol atual. Muita velocidade, troca de posições, movimentação intensa e chegadas surpreendentes dos homens de trás.

O experiente Robinho, vendo tudo isso no Grêmio campeão da CB 2016 saiu atordoado de campo e sequer disfarçou sua admiração pelo futebol que o tricolor jogou nas fases decisivas do torneio sem um atacante fixo na área.

Os sinais indicam, lamentavelmente, que Renato sucumbiu ao atacante de área, com a mobilidade de um cone, ou de um aipim. É uma pena.

Pode ser que o Grêmio esteja adotando a tática do quero-quero, que canta aqui e põe o ovo ali. Não é o que parece, mas é o que eu gostaria. Sugere a contratação desse talento do glorioso Defensor e anuncia um atacante mais adequado ao futebol atual e ao esquema de jogo do time.

Fora isso, resta torcer para que o uruguaio dê certo (o que eu duvido apesar dos lances que vi dele) e se transforme num novo Jardel, sonho que se renova a cada início de temporada na cabeça de certos gremistas na aldeia.

DE LEÓN

Hoje, li que o técnico do Defensor elogiou bastante esse jovem centroavante do decadente futebol uruguaio. É claro que ele só poderia elogiar.

Sugiro que ouçam o De León e algum técnico adversário do Defensor. Pelo menos serão opiniões mais confiáveis.

Segue a campanha deprimente e a fritura de talentos

Quando começou o Noveletão havia muita expectativa e, em alguns casos, entusiasmo em relação aos jovens que teriam uma sequência de jogos nas primeiras rodadas.

A gente sabe que o funil no futebol é inevitável. Esses que estão jogando venceram uma etapa, outros tantos ficaram pra trás. Então, esse grupo eleito para jogar (por bola e/ou por ‘quem indica’) está muito perto de atingir seu objetivo profissional: ascender ao grupo principal.

Mas todos nós sabemos que pela lei das probabilidades apenas uns dois ou três, se tanto, serão aproveitados agora, o restante, a maioria, vai acabar em algum clube médio/pequeno ou até voltar aos bancos escolares. É assim. É cruel, mas é assim. E isso vale para todas as profissões.

Vale também, por exemplo, para candidatos a treinador, como é o caso desse rapaz responsável por treinar o time de transição. A direção gremista cometeu um erro ao entregar esse grupo inexperiente e cheio de expectativa e ansiedade nas mão de um noviço.

Com tanto treinador experiente em Gauchão desempregado. Lembrei semana passada do Beto Almeida, mas há outros.

O fato é que o time está aí, na verdade uma caricatura de time. Eu não espero um time entrosado em tão pouco tempo, mas ao menos poderia ser um time compactado, sem essa distância entre os setores que mais uma vez se viu hoje no Passo d’Areia.

O Grêmio perdendo por 2 a 0, faltando dez minutos, e nada de fazer uma pressão, marcar a saída de bola. Instalar-se no campo adversário é o mínimo que eu esperava. O goleiro do Zequinha foi um espectador, só não privilegiado porque o que se via nesse terrível campo sintético era uma pelada deplorável.

Temos, então, o Grêmio C/D despencando na tabela de classificação e na qualidade do seu futebol. Em Ijuí, o time até que foi bem e merecia ter vencido. No segundo tempo, fez um grande primeiro tempo, caindo no segundo. No terceiro jogo, dois tempos ruins, como agora.

Time em queda livre. Espero que já na próxima rodada entre o time titular. Porque queiram ou não é o Grêmio que está jogando, ou tentando jogar.

BRASILEIRÃO

Agora, o que me assusta são os sinais que saem da Arena anunciando o Armagedon gremista no Brasileirão/2018. Há indicativos assustadores, preocupantes, de mais uma vez priorizar a Copa do Brasil em detrimento do Brasileiro. Jogaria, como no ano passado, um time B/C.

Duvido que isso aconteça, até porque sempre tem o risco de rebaixamento. Mas são os sinais apocalípticos que ando percebendo.

Lembrando que esse time proposto no ano passado em dez jogos não venceu nenhum, conquistando apenas 2 pontos.

Repito, não acredito que isso se crie.

MATHEUS HENRIQUE

Nessa frigideira com pouca banha que virou o time de transição alguns guris da base estão se queimando. Hoje, o que mais aparece com condições de subir e até brigar por um lugar no time titular é Matheus Henrique. Depois, ou ao lado dele, o Jean Pyerre.

Os demais estão sendo fritos em pouca banha, conforme previ que aconteceria se não houvesse uma troca de comando no time.

Duvido que com Renato essa gurizada não apresentaria mais regularidade positiva.

Sobre Matheus Henrique, que era conhecido como Matheuzinho, é preocupante o fato de que ele, há três anos, foi dispensado. Ainda bem que foi trazido de volta. Ele estava no São Caetano

Importante saber quem foi o gênio que o dispensou e, principalmente, que foi o responsável por trazer esse talento de volta.

PADRINHO

Outra questão, quem é o padrinho do técnico César Bueno, que hoje culpou o campo sintético pela derrota.

JUIZ

O segundo gol do Zequinha foi marcado por um jogador que estava em posição de impedimento. Um lance difícil para o bandeirinha. Mas de novo temos ‘na dúvida contra o Grêmio’. E assim vai o Noveletão.

Mais do que na hora de Renato assumir o time no Gauchão

Esse time C do Grêmio repete o que fez seu similar no ano passado, acumulando algumas boas atuações e muitos resultados negativos.

Foi com esta frase que eu abri meu comentário anterior. Ela continua valendo.

O time do denominado time transição do Grêmio (transição para o inferno?) fracassou de novo. Desta vez, não dá para isentar de responsabilidade nem seu ataque. Mas ainda sem descer ao nível do seu sistema defensivo, que, na verdade, desconfio que nem exista.

Não assisti a todo jogo por questões pessoais. Vi boa parte do primeiro tempo, que terminou em 1 a 0, pênalti bem batido por Jean Pyerre. A penalidade resultou de bela jogada do Matheus Henrique.

Só voltei a ver o jogo quando, pra minha surpresa, deparei na tela com o placar de 2 a 1 para o Avenida, que, pra quem não sabe é meu time no interior.

Levei um susto. Decidi conferir o fiasco. Desisti. O Grêmio estava muito ruim. É um amontoado.

Renato precisa assumir imediatamente a função sob pena de queimar alguns talentos que estão surgindo e também porque quem entra em campo é o Grêmio, independente de que letra do alfabeto for o time.

Sei que a maioria dos parceiros deste blog rejeita o Gauchão custe o que custar. Pois bem, hoje o Grêmio está na zona do rebaixamento. O clube campeão da América está na zona do rebaixamento.

Bem, lá no finalzinho liguei o rádio. Já estava nos acréscimo. Gol de Paulo Miranda. Foi aí que soube que ele havia falhado no segundo gol do Avenida. O primeiro foi falha coletiva e outro gol de cabeça.

Desliguei o rádio e corri para ligar a TV e ver os minutos derradeiros. A primeira imagem que vi foi a torcida da minha terra comemorando. Pensei: comemoram o empate. Ledo engano. Inacreditável, em menos de dois minutos o Grêmio havia levado o terceiro gol. Outra derrota. Jogou como nunca, perdeu como sempre.

Desta vez, sem erro de juiz.

RENATO

No comentário anterior sugeri que Renato assumisse imediatamente o lugar do César Bueno, que conseguiu perder dois jogos seguidos no segundo tempo, indício de que ele não sabe o que está acontecendo.

Se não der para Renato assumir, que se contrate alguém mais experiente, um Beto Almeida, por exemplo. Tenho certeza de que com ele a situação seria muito melhor.

PARANOICO

Como eu sou muito paranoico, cheguei a pensar o seguinte:

se o Grêmio queria avacalhar com o Noveletão sendo eliminado na fase classificatória (por favor, rebaixamento não), mas sem perder a grana da TV, está no caminho certo (com apoio de muitos gremistas).

Mas é claro que não se trata disso. Ou se trata?

Mas acho que é ruindade coletiva mesmo.

CAXIAS

Muita gente acreditava que o Caxias iria abrir as pernas. Eu mesmo pensava que o Inter passearia no Centenário. Surpresa: Caxias venceu a ‘máquina’ por 2 a 1.

Um duro golpe para os reds da mídia.

Vencer o Gauchão é questão de honra

Esse time C do Grêmio repete o que fez seu similar no ano passado, acumulando algumas boas atuações e muitos resultados negativos.

No jogo deste sábado, então, a gurizada gremista arrasou no primeiro tempo do meio para a frente, a ponto de a torcida cantar ‘olé’ antes do intervalo, uma precipitação que custou caro.

A amostra é pouca, mas já indica que é preciso fortalecer o time o mais rápido possível. O time está naquela de ‘jogou como nunca e perdeu como sempre’.

É inaceitável, mesmo para um time inexperiente, permitir tantos cabeceios em sua área.

O técnico Roger Machado começou sua derrocada no Grêmio quando os adversários se divertiam vencendo as disputas pelo alto e acumulando gols de cabeça.

Foi preciso trocar de treinador para ‘fechar a casinha’, armando uma artilharia antiaérea.

RENATO PRECISA ASSUMIR

Posso estar sendo precipitado, mas esse técnico do time C não sabe como impedir os gols pelo alto. Assim como não soube evitar a reação caxiense. César Bueno disse que o time foi inexperiente. Eu acrescento que ele também o foi.

Aliás, penso que o titular Renato Portaluppi deveria comandar o time.

O fato é que o Caxias deitou e rolou. Nicolas, que marcou o primeiro gol na vitória de 5 a 3, poderia ter feito pelo menos mais um de cabeça. O zagueiro Laércio fez um pelo alto e outro de chiripa, com a bola batendo em sua coxa após cobrança de escanteio.

ARBITRAGEM

É bem verdade que o juiz Vinicius Amaral deu uma mãozinha ao assinalar um pênalti inexistente (ainda veremos muito disso), que o experiente João Paulo converteu.

O juiz foi conivente com as pancadas dos caxienses principalmente os talentosos Matheus Henrique e Jean Pyerre. Mas esse é o noveletão…

O goleiro Bruno Grassi, que até salvou um gol, não chegou a cometer falha mais grave, mas não sei se Marcelo Grohe não teria evitado uns dois gols. Agora, ele é o menos culpado.

TÍTULO REGIONAL É QUESTÃO DE HONRA

Cabe agora à direção atuar para evitar que esse tipo de coisa aconteça, começando por mandar Renato para a casamata, que é o seu lugar, não o camarote.

Está passando da hora de romper a hegemonia vermelha na aldeia. O Grêmio terá de jogar o suficiente para também atropelar as arbitragens do Gauchão. Vejo o título como uma obrigação, questão de honra mesmo.

Respeito quem pense o contrário.

DESTAQUES

O primeiro tempo do Grêmio, tirando os cabeceios em sua área, foi estimulante. Posso estar equivocado, futebol tem disso, mas há algumas pedras preciosas a serem lapidadas.

Destaco nesse jogo o Matheus Henrique, Jean Pyerre, Isaque, Pepê e Lima.

Quem fez o que eles fizeram no primeiro tempo e em alguns lances do segundo merece todo apoio e incentivo. E paciência.

A volta de Cacalo e as mudanças no Sala

A grande notícia do dia é a mudança no programa Sala de Redação, que já não é o mesmo faz tempo, nem nunca mais será.

Ontem, consumou-se o que era murmurado na ‘rádio corredor’, a saída do Cacalo. Sai Cacalo, entra David Coimbra, que funciona melhor escrevendo do que falando. Mas é um grande nome, sem dúvida.

Não vou entrar no mérito das mudanças, feitas para estancar a audiência em queda, conforme percebo em contatos com amigos, conhecidos e assemelhados.

O que interessa aqui – e aí pensando no Grêmio -, é que um dos dirigentes mais vitoriosos do clube está liberado, pronto para assumir uma postura mais atuante, mostrando a cara, pronto para calçar a chuteira e, quem sabe?, até disputar a presidência em 2019.

A oposição, que não se considera oposição, tem agora o nome que lhe faltava para confrontar com Romildo e sua gestão vitoriosa.

Cacalo, que na verdade nunca se afastou da política tricolor, atuava mais nos bastidores defendendo suas ideias, entre elas a de que é preciso empilhar centroavantes para ser campeão.

Uma concepção de futebol que defendi por muitos anos, mas que considero superada.

Sou minoria aqui no ‘Texas’, apelido que cornetadorw deu para esse território abaixo do Mampituba em que predominam os defensores do futebol força, do calção embarrado, do volantão que bate na sombra e do gol de cabeça do centroavante aipim.

Bem, mas não é isso que importa agora. A grande notícia do dia é, na verdade, não a mudança no Sala, mas a volta de Cacalo, agora sem amarras, ao jogo de poder no Grêmio.

Aguardemos as movimentações no tabuleiro tricolor.

DOZE EM TREZE

Estou engajado na campanha do cornetadorw de homenagear os esquecidos campeões dos anos 50 e 60. Foram 12 títulos regionais em 13 anos. Naquele tempo, o Gauchão era o que nos restava.

Quem souber o paradeiro de alguns craques daquele tempo por favor nos informe.

 

Empate em Ijuí e os destaques do tricolor

O pior que se pode fazer ao analisar um time de gurizada é sair por aí fazendo comparação com alguém consagrado ou pelo menos afirmado como bom jogador.

É o caso do Matheus Henrique, o Matheuzinho, autor do gol gremista nesta quarta-feira, na abertura do Gauchão 2018. Já li e ouvi comentários de que ele seria um novo Arthur. Até pode ser que confirme, porque mostrou futebol para isso, mas é um peso a mais sobre os ombros de um jovem que recém começa a buscar o seu espaço.

Arthur, em seus primeiros movimentos no grupo principal, não passou por isso. E só começou a ser comparado ao Iniesta (o que considero um exagero) quando já era festejado como grande revelação do time comandado pelo treinador Renato Portaluppi.

Agora, Matheus tem mesmo qualidades que lembram o Arthur, mas ainda precisa mostrar mais até mesmo para ser aproveitado no grupo principal mais adiante, o que, para ele, já estará de bom tamanho. Aí, então, poderá confirmar se mesmo um novo Arthur, mas nós sabemos que jogadores como Arthur são raros, e não surgem a todo instante.

Por enquanto, fica o registro de que Matheus Henrique foi, a meu ver, o destaque individual no campo pesado e irregular do Sao Luis, no empate por 1 a 1.

Depois dele, cito o zagueiro Mendonça, o volante Balbino e o atacante Pepê. É importante destacar que é um time jovem, com bom potencial, e que pegou uma encrenca logo de cara. Jogar em Ijuí nunca é fácil.

Sobre o jogo, o empate ficou de bom tamanho. O Grêmio foi melhor durante boa parte do jogo, mas o São Luiz foi valente e lutou muito pelo empate. O pessoal reclama de pênalti do Bruno Grassi, que entrou precipitadamente no lance e atingiu o atacante do São Luiz. Houve o choque, mas provocado pelo atacante, que mereceu o cartão amarelo por simulação. Independente disso, o juiz poderia ter marcado o pênalti tendo em vista a forma com que Bruno se jogou. Muito amadorismo.

TV

Assisti ao jogo pela RBS TV.

Quero fazer um apelo ao Luciano, o narrador. Num jogo como esse em que o torcedor fica diante da TV para conferir o potencial dos garotos e dos reforços, é importante acompanhar o jogo e citar os nomes dos jogadores com mais frequência. Evitar, por exemplo, “afasta a defesa” no lugar do nome de quem afastou a bola. O jogo rolando e o Luciano fica falando de outras coisas em vez de citar quem está com a bola, que driblou, quem cruzou, etc.

Fica a crítica construtiva.

A briga pelos ‘furos’ e a despreocupação com a credibilidade

Essa história de que o Cruzeiro ofereceu 6 milhões de euros pelo Geromel,  – um zagueiro de 32 anos -, quatro anos de contrato e salário mensal de 1 milhão de reais é fantasiosa.

Só serve pra mexer com a cabeça do jogador e tumultuar o ambiente no Grêmio. Não há um dirigente sequer confirmando. Tem o empresário dele dizendo que o Cruzeiro teria oferecido isso e aquilo, mas tudo na condicional.

Quer dizer, coisa que parece ter sido criada para agitar mesmo, e isso que partiu de um cronista aqui da terra, dos mais afamados. Um cara que não precisaria desse tipo de coisa, porque já tem uma carreira consolidada como cantor, com uma dezena de CDs lançados, shows concorridos, plantação de rúcula orgânica, etc.

Sei que o Pedro Legado (apelido carinhoso que Ernesto ganhou do blog cornetadorw pelo empenho em trazer a Copa) não inventaria essa ‘informação’, e isso é o que me preocupa. Tem alguém dentro do Grêmio, desde o ano passado, abastecendo do apresentador do Sala de Redação.

Aposto que é alguém da alta cúpula. Tenho até um suspeito, mas por enquanto vou deixar assim. É alguém que acredita que ainda é possível ganhar a simpatia de jornalistas passando ‘uma de cocheira’, uma ‘quente’ exclusiva, esperando ter algum ganho lá na frente.

De vez em quando, quem recebe a tal informação passa para algum repórter fazer a divulgação. Afinal, fica chato sempre o mesmo dar supostos ‘furos’. Mas a fonte é a mesma.

Então, no caso Geromel, os números são tão exagerados, tão inverossímeis, que a gente fica pensando sobre o que estaria por trás disso? A tal proposta é alta demais para o nosso mercado, ainda mais partindo de um clube muito endividado, que não consegue honrar compromissos básicos como salário mensal em dia.

Geromel, segundo leio na internet, nem quis conversa. Portanto, é o tipo de boato que já nasceu morto. É um boato da família daquele de quem clube europeu estaria oferecendo 100 milhões de reais pelo Dourado, isso há uns dois anos, quando o guri mal despontava. Também nesse caso faltou uma checagem, nem precisaria ser rigorosa.

Cabe ao repórter mais ponderado, mais comprometido com a informação séria e que preze sua credibilidade, questionar, buscar a verdade, antes de publicar qualquer coisa só para ganhar um cliques.

Sou do tempo em que o maior patrimônio de um jornalista era a credibilidade. Hoje, me sinto ultrapassado.

Todo mundo diz ( escreve) qualquer coisa e depois fica por isso mesmo.

Atribuo isso à pressa em dar a ‘notícia’ na frente da concorrência, inclusive das redes sociais. Então, mais do que informar apressadamente, o melhor é informar com mais dados, com mais consistência, porque uma nota que eu publicar no tuíter em segundos já tem outros ‘donos’.

No mais, voltando ao Cruzeiro, nas redes sociais já circulam diversas brincadeiras: o clube mineiro estaria interessado em contratar a “Geral do Grêmio”, com charanga e tudo; o Gaúcho aquele e até o hino do Lupicínio, trocando o Grêmio da letra por Cruzeiro, etc.

Agora, para finalizar, como o assunto hoje são ‘as notícias’ nossas de cada dia, uma realmente de cocheira, que, na verdade, eu não chequei.

Ico Roman se afastou do Grêmio porque teria sido contratado pelo Cruzeiro.

Acho que não preciso esclarecer, mas antes que alguém leve a sério, quero deixar claro que é uma brincadeira.

Mas não sei se não estou dando uma ideia ao Cruzeiro…

Serrafione: Noveletto anuncia socorro ao Inter

Da série ‘morro mas não vejo tudo’.

Recolho do blog cornetadorw – sempre uma leitura obrigatória – uma frase que me levou a escrever algumas linhas, tal a minha surpresa e indignação.

É um tuíter do inquieto Lacerda, repórter da rádio Grenal.

Segundo ele, o presidente da FGF afirmou o seguinte, durante entrevista à emissora que segue ampliando sua audiência:

Noveletto: “Chamei o presidente do Inter na FGF, ele explicou que está agindo dentro da lei, vamos mandar um advogado para Argentina tentar a liberação do Serrafione antes da metade do ano”.

Quer dizer, o presidente isento, como diz o RW, está se mobilizando para ajudar o Inter a trazer esse argentino? É isso?

Mas é atribuição de uma federação de futebol imiscuir-se em negociações de jogadores entre dois clubes?

Só por muita paixão clubística mesmo!

Eu ouvi parte da entrevista do sr. Noveletto na rádio Grenal. Ele, claro, negou que em algum momento tenha ajudado o Inter no Gauchão.

E disparou:

-Se eu tivesse que ajudar algum clube seria o clube do meu coração, o Zequinha.

Eu estava dirigindo, quase bati o carro num poste.

O São José é o clube onde o sr. Noveletto investiu. E não foi por amor ou paixão. O clube dele, de verdade, é o Inter. Tentou até ser presidente.

Mas o que chama atenção é que a frase sugere que ele, como presidente da federação (um feudo vermelho de tanto tempo que é dirigida por colorados), poderia, sim, mexer os pauzinhos para ajudar este ou aquele clube.

É o que está implícito na frase “se eu tivesse que ajudar algum clube…”.

Ou não?

Por fim, alardeou que sempre conduziu a federação com isenção e anunciou que o próximo presidente da entidade será um gremista, seu atual vice, o Hocsman, ‘um gremista’.

Então tá.

DOZE EM TREZE

Pessoal, grande iniciativa do cornetadorw. Vamos reunir os jogadores que contribuíram para o Grêmio conquistar 12 títulos em 13 anos seguidos.

Um feito pouco valorizado.  Precisamos resgatar aspectos esquecidos da história do tricolor.

http://cornetadorw.blogspot.com.br/2018/01/homenagem-confirmadaagora-e-hora-de.html

 

Odorico, entre a inveja e o reconhecimento

Blogueiro dos mais atuantes na defesa do Grêmio – sem perder o senso crítico – e sempre atento aos excessos da mídia esportiva gaúcha, Odorico Roman chegou lá.

E isso dói em algumas pessoas. Os papagaios de dirigentes, ex-dirigentes e aspones de todos os escalões expressam essa dor, esse recalque que machuca a alma, essa inveja que corrói. A ciumeira é grande.

Odorico, o Ico, que eu mal conheço, assumiu o futebol do clube desacreditado. Eu ouvi e li comentários jocosos, duvidando de sua permanência na vice-presidência por mais que dois ou três meses.

Eu mesmo não acreditava que ele fosse dar certo, mas tinha informações que apontavam o contrário. Homem sério, de conduta irretocável, aposentado do Banco do Brasil, Odorico foi ocupando espaços gradativamente.

Discreto, contido, mas sempre firme, mostrou que estava nascendo um bom dirigente para um Grêmio tão necessitado de novos nomes. Todos falam em renovação, mas quando ela começa muitos se opõem. Velhos cardeais se sentem ameaçados. Temem perder o resto de influência que ainda possuem.

A vida é assim, o novo assusta. No futebol não é diferente, e talvez seja pior.

Odorico saiu afirmando que seu afastamento foi por razões pessoais. Não adiantou. Surgiram especulações de todo o tipo. A última, lançada por um cronista esportivo de forma irresponsável – por ser mera especulação -, dá conta que Odorico quis sair por cima já projetando voos mais altos no clube.

Quer dizer, nenhum respeito ao dirigente que em um ano conquistou dois grandes títulos, o que o faz ingressar no pódium dos dirigentes vencedores, onde não há lugar para muitos.

Competência e sorte do novato. Sim, sorte, porque sem sorte ninguém vai a algum lugar no futebol. Odorico pegou uma batata quente, poucos lembram disso. Não se assustou. Enfrentou, aprendeu. Venceu.

Merece aplausos, não especulações rasteiras.

Felizmente, a imensa maioria respeita e admira o trabalho de Odorico Roman, que, se Deus quiser, voltará a trabalhar pelo clube, e não apenas pelas redes sociais.

Robinho e o resgate da história tricolor

Foi com espanto que recebi a ‘informação’ de que o Grêmio já estaria acertado com o decadente – e de elevado custo para pouco benefício – Robinho. O clube estaria procurando um investidor para ajudar a bancar o salário de Robinho, que seria, segundo a especulação, de 500 mil mensais.

Primeiro, não acredito que o presidente Romildo vá jogar para o alto toda sua política restritiva de gastos por um jogador que já foi craque, ou perto disso, e que hoje vive seu ocaso profissional. Dia 25 de janeiro, ele completa 34 anos.

Segundo, não acredito também que Robinho aceite calçar as chuteiras por essa ‘merreca’ de meio milhão de reais. Ele que no ano passado recusou – pelo que li – oferta de 1 milhão de reais do Santos.

Esse tipo de ‘notícia’ só serve para tumultuar um início de temporada que promete ser das mais promissoras.

É coisa plantada por algum empresário desesperado para colocar Robinho em algum grande clube depois do fracasso no Atlético Mineiro.

Missão nada fácil para um jogador encrencado com a justiça italiana, que o condenou à prisão por estupro.

Não é o tipo de jogador que irá agradar as torcedoras.

Espero que o Grêmio não embarque nessa canoa furada.

12 EM 13

O blog cornetadorw está numa campanha das mais meritórias e oportunas: resgatar feitos gloriosos do Grêmio ao longo de sua maravilhosa história.

Coisa que o clube mesmo poderia começar a fazer e colocar em seu site.

Destaque para o Grêmio dos anos 50 e 60. Dos 13 títulos regionais disputados, venceu 12.

A hegemonia massacrante começou em 1958 e terminou em 1968 (interrompida em 1961).

RW sustenta que esse Grêmio foi superior ao festejado Rolo Compressor, hexacampeão nos anos 40. E eu concordo plenamente.

O fato é que esse Grêmio de Airton Ferreira da Silva foi também um rolo compressor, mas que não teve o mesmo tratamento dado ao Inter, que já naquele tempo tinha uma máquina de propaganda para exaltar seus feitos.

Como diria o RW, o Grêmio nunca teve uma IVI (sigla criada pelo RW e que alguns aventureiros buscam se adonar ou atribuir a outro esse conceito).

CONFIRAM

http://cornetadorw.blogspot.com.br/2018/01/geracao-12-em-13os-grande.html