Vencer o Gauchão é questão de honra

Esse time C do Grêmio repete o que fez seu similar no ano passado, acumulando algumas boas atuações e muitos resultados negativos.

No jogo deste sábado, então, a gurizada gremista arrasou no primeiro tempo do meio para a frente, a ponto de a torcida cantar ‘olé’ antes do intervalo, uma precipitação que custou caro.

A amostra é pouca, mas já indica que é preciso fortalecer o time o mais rápido possível. O time está naquela de ‘jogou como nunca e perdeu como sempre’.

É inaceitável, mesmo para um time inexperiente, permitir tantos cabeceios em sua área.

O técnico Roger Machado começou sua derrocada no Grêmio quando os adversários se divertiam vencendo as disputas pelo alto e acumulando gols de cabeça.

Foi preciso trocar de treinador para ‘fechar a casinha’, armando uma artilharia antiaérea.

RENATO PRECISA ASSUMIR

Posso estar sendo precipitado, mas esse técnico do time C não sabe como impedir os gols pelo alto. Assim como não soube evitar a reação caxiense. César Bueno disse que o time foi inexperiente. Eu acrescento que ele também o foi.

Aliás, penso que o titular Renato Portaluppi deveria comandar o time.

O fato é que o Caxias deitou e rolou. Nicolas, que marcou o primeiro gol na vitória de 5 a 3, poderia ter feito pelo menos mais um de cabeça. O zagueiro Laércio fez um pelo alto e outro de chiripa, com a bola batendo em sua coxa após cobrança de escanteio.

ARBITRAGEM

É bem verdade que o juiz Vinicius Amaral deu uma mãozinha ao assinalar um pênalti inexistente (ainda veremos muito disso), que o experiente João Paulo converteu.

O juiz foi conivente com as pancadas dos caxienses principalmente os talentosos Matheus Henrique e Jean Pyerre. Mas esse é o noveletão…

O goleiro Bruno Grassi, que até salvou um gol, não chegou a cometer falha mais grave, mas não sei se Marcelo Grohe não teria evitado uns dois gols. Agora, ele é o menos culpado.

TÍTULO REGIONAL É QUESTÃO DE HONRA

Cabe agora à direção atuar para evitar que esse tipo de coisa aconteça, começando por mandar Renato para a casamata, que é o seu lugar, não o camarote.

Está passando da hora de romper a hegemonia vermelha na aldeia. O Grêmio terá de jogar o suficiente para também atropelar as arbitragens do Gauchão. Vejo o título como uma obrigação, questão de honra mesmo.

Respeito quem pense o contrário.

DESTAQUES

O primeiro tempo do Grêmio, tirando os cabeceios em sua área, foi estimulante. Posso estar equivocado, futebol tem disso, mas há algumas pedras preciosas a serem lapidadas.

Destaco nesse jogo o Matheus Henrique, Jean Pyerre, Isaque, Pepê e Lima.

Quem fez o que eles fizeram no primeiro tempo e em alguns lances do segundo merece todo apoio e incentivo. E paciência.