A Libertadores e o São Brasileirão das Almas Perdidas

Depois do susto no jogo contra o Estudiantes, com a classificação sendo alcançada de maneira dramática e ‘enfartante’, passou pela minha cabeça o pensamento de que o campeonato brasileiro seria mais fácil de conquistar, mesmo a partir de agora, do que a Libertadores.

Penso que há consenso de que o título estaria encaminhado se o Grêmio tivesse desde o início eleito o Brasileirão, colocando Copa do Brasil e Libertadores em segundo plano.

Quero deixar claro que concordei com a decisão de priorizar o torneio sul-americano e a CB. Foi a melhor decisão. Sei que os radicais devotos do São Brasileirão das Almas Perdidas pensam diferente, faz parte.

Quero me deter no momento atual. Para chegar ao título da Libertadores o Grêmio terá adversários muito poderosos na semi e na final. Claro, antes tem de passar pelo Tucuman, um clube de menor peso, mas nem por isso fácil de ser superado.

Então, considerando o parto que foi bater o Estudiantes, que não pode ser comparado a um River Plate ou a um Boca Jrs, entendo que a Libertadores este ano está mais complicada de ser conquistada.

O problema é que para chegar com força e em condições de título o Grêmio terá de seguir sua estratégia de poupar titulares em jogos dos brasileiros, escalando em alguns casos time reserva mesmo.

Se fizer o contrário, o Grêmio terá muito mais chances de ganhar o Brasileirão. Só não defendo com mais ardor essa ideia por dois motivos: já no jogo desta quinta, contra o Santos, o time será obrigatoriamente misto. Não jogam Éverton, Kannemann, Cortez e Maicon. Quer dizer, não tem como vencer o Santos, condição fundamental para continuar com chances sólidas de tri.

Ah, não tem como desconsiderar também a arbitragem. Será a mesma do grenal do primeiro turno e do jogo entre Cruzeiro e Inter, em que o sr Wilton Sampaio anulou um gol legítimo do Cruzeiro.

Temo, ainda, por cartões que possam desfalcar o Grêmio para o clássico de domingo.

Prosseguindo: o segundo motivo é justamente o Grenal. Em condições normais, o Grêmio entraria como favorito, mas com os desfalques de Éverton e Kannemann, e mais algum outro que pode acontecer a partir da arbitragem no Pacaembu.

Esses dois motivos prejudicam um pouco a tese de que ainda pode ser mais fácil o Brasileiro do que a Libertadores.

O que está muito claro é que a estratégia atual afasta o time do título do Brasileiro, deixando o caminho mais tranquilo para o rival, que tem sido abençoado pelo São Chico do Apito Amigo.

Mas fica a competição maior, que é só para os mais fortes.

Temos de acreditar. E, se for o caso, orar pedindo a benção dos Deuses do Futebol.

PREMIO PRESS

Pessoal, vamos apoiar nosso amigo RW, devoto maior do São Brasileirão das Almas Perdidas:

http://cornetadorw.blogspot.com/2018/09/iniciou.html

Adversários da ponta patinam e o Grêmio avança

O que vou escrever nas linhas abaixo dificilmente será encontrado na mídia  local, ao menos na intensidade que a situação requer. O árbitro Wilton Pereira Sampaio, aquele do Gre-Nal do primeiro turno, quando o Grêmio foi prejudicado pela não marcação de três pênaltis, anulou um gol legítimo do Cruzeiro no início do segundo tempo.

Não assisti ao jogo entre Cruzeiro e Inter, que ficou no 0 a 0 por causa do equívoco – de novo – a favor do time gaúcho. Mas vi e revi os principais lances, entre os quais esse do gol anulado de Raniel. A bem da verdade quem sinalizou foi um auxiliar, mas era lance para o juiz assumir a responsabilidade.

A alegação é de que Bruno Silva teria empurrado o lateral Iago, antes de cabecear a bola para dentro da pequena área. O curioso é que nem Iago, que teria sido a ‘vítima’, nada reclamou, nem seus companheiros que estavam no lance.

Quem rever a jogada vai confirmar que realmente não houve nada parecido com uma falta do Bruno Silva.

O técnico Mano Menezes ficou muito indignado:

-Nem os jogadores do Inter reclamaram. O gol foi legal.

Se houve má-fé? Mano comentou:

-Claro que não acho que é má-fé. Má-fé é quando se tem provas.

Pois é, vamos ver o que dizem nossos isentos (?) comentaristas de arbitragem.

Não ouvi nenhum até agora. Quem ouviu por favor nos informe.

GOLEADA

Com um misto muito quente, o Grêmio fez mais do que o dever de casa contra o Botafogo. Não apenas venceu, como goleou por 4 a 0 e até poderia ter feito mais. O juiz deu dois pênaltis, ambos claros, e sonegou um sobre Jael, puxado na risca da pequena área.

Jael foi o destaque do jogo.

Seu segundo gol, o dos 2 a 0, é enaltecido pela imprensa, não a daqui, mas a do centro do país. O Grêmio trocou passes durante um minuto e meio, até a bola cair nos pés de Cícero, que não é craque, nem merece ser titular, mas é um jogador importante muito útil, o que não é reconhecido pelos neófitos.

Pois Cícero, tido como ‘bruxinho’ de Renato por esse pessoal ingrato, fez um lançamento primoroso para Jael, que dominou já se livrando da marcação, mandando a bola para as redes.

Agora, o mais importante é que o Grêmio foi o único dos integrantes do G-4 que somou três pontos. Está agora a apenas seis do líder São Paulo, um time que decididamente não tem fôlego para se manter muito tempo na liderança

O risco é considerável de que o Inter assuma a posição. Afinal, Grêmio e Flamengo estão envolvidos em outras competições. Sabe como é, coisa de clube grande…

Por outro lado, o Palmeiras, com seu futebol pragmático, vem escalando a tabela rapidamente. Está ao lado do Grêmio, 40 pontos.

É importante que o Grêmio faça 100% de aproveitamento antes do jogo contra o Tucuman, pela Libertadores. Se isso acontecer, se manterá na briga pelo título.