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A Arena e os caranguejos rubros

A Arena desperta fortes emoções. Se os gremistas sentem acima de tudo muito orgulho, há quem não consiga conter um dos piores sentimentos do homem, aliás muito frequente: a inveja.

Todos são invejosos. Uns mais outros menos. Por exemplo, eu invejo os torcedores do Barcelona, que têm Messi e Neymar.

Aqui no Rio Grande do Sul, que muitos consideram terra dos caranguejos de tanto que se puxa para baixo, pouca coisa causou e continua causando tanta inveja como a Arena do Grêmio. Eu faço questão de salientar ‘do Grêmio’ porque sei que isso machuca certo tipo de pessoa.

Aquele tipo de que diz Arena da OAS ou algo parecido, escancarando uma inveja que corrói, machuca, dilacera, e que ele só consegue amenizar encontrando defeitos e levantando problemas nesse que já é o novo cartão postal de Porto Alegre.

Esse tipo de gente está em todos os lugares. Nos bares, nas esquinas, nos escritórios, nas redações de jornal, e, pior, em órgãos públicos, onde, aliás, eles são mais perigosos. Ali, detrás de uma escrivaninha, muitas vezes mirando o Guaíba, esse pessoal, caranguejos invejosos da espécie rubra, parece viver em função da Arena do Grêmio. Uma turma que tem pesadelos com essa obra grandiosa.

Não há nada de mais importante a fazer. Tudo em paz na segurança pública, nos hospitais, nas escolas. Invasão de espaço público por entidades privadas são por eles ignoradas, dependendo da entidade privada.

Então, lupa na Arena. E isso não é de agora. Vem de mais tempo. Se dependesse dos invejosos a Arena não teria sido erguida. Agora que ela está aí, faça-se de tudo para torná-la inviável de alguma forma. É o entorno, o acesso. Já foi a polêmica sobre ter ou não cadeiras em determinado espaço. E tantas outras questões que foram superadas e outras que permanecem.

A questão mais recente é essa inacreditável de permitir o acesso ao espaço mais barato da Arena do Grêmio unicamente a quem for vinculado a uma torcida organizada. Então, se eu quiser assistir a um jogo daquele lugar preciso ser sócio de uma organizada, mesmo que já seja sócio do Grêmio.

Uma ideia absurda, acho que até inconstitucional.

Mas tudo isso indica o quanto a Arena – enfatizo – do Grêmio continua doendo, corroendo por dentro.

Como diz aquele letreiro de caminhão: A Inveja é uma Merda.

O problema é que a inveja é destrutiva, e por isso deve ser combatida fortemente.

Mazembe e a resposta de Enderson

Sem qualquer chance de o Inter se atravessar no caminho do Grêmio, aumentam consideravelmente as chances de título da Libertadores.

Otimismo nessa hora, dois dias depois de levar outra surra em Gre-Nal?

Otimismo, ainda mais partindo de mim? Não me reconheço mais. Nos últimos anos, mais de uma década, tem sido muito fácil acertar previsões sobre o Grêmio.

Há anos que acerto que esse ou aquele treinador não vai durar mais que alguns meses no cargo. Não erro uma. Quem duvidar é só olhar meus posts desde o último título nacional do Tricolor, sob o comando sério e competente do TITE, nome que venho clamando desde então.

Quer acertar algo em relação ao Grêmio, diga que vai ser um fracasso.

Isso é sinal de que o problema não está na superfície do time da hora, do técnico da hora, do dirigente da hora. É preciso mergulhar mais fundo. A deplorável frase de Odone publicada no Correio do Povo ajuda a explicar por que o Grêmio não acerta o passo: “O grupo da morte era grupo dos mortos”.

Então, de fracasso em fracasso vamos sobrevivendo, mas mantendo acesa a chama cada mais tênue da esperança. Porque, como já disse, o torcedor é antes de tudo um forte, um crente. Acredita sempre, mesmo quando tudo aponta para o contrário. Lembram como foi aquela decisão da Libertadores contra o Boca com o seu último grande time, enquanto o Grêmio dependia de talentos como o Tuta com seu maldito chiclé? Todos acreditavam num milagre no Olímpico, na imortalidade.

Então, é preciso acreditar. É mais fácil superar um San Lorenzo, com o Papa ou sem o Papa, e um Cruzeiro do que atropelar aquele Boca. Então, por que não acreditar?

Não precisam responder. Há vários motivos para não acreditar, começando pelo treinador, que se encaminha para ser unanimidade negativa. E pensar que muito fui criticado por questionar essa contratação.

Como apanhei! Confesso, gostaria de apanhar mais, como Cristo na cruz, com o Grêmio campeão e o Enderson apontando seu dedo de escriturário pra mim:

– Viu, você pode entender de cerveja, porque de futebol você não entende é nada.

QUESTÃO DE ORDEM para elogiar uma atitude de Enderson. Soube que quando foi demitido do Inter após ser eliminado pelo Cruzeiro no Gauchão, ele teve uma atitude sensacional, se é que a história é verdadeira mesmo. O Siegmann entrou no vestiário espumando e soltando fogo pelas ventas, gritando muito. Enderson, com a calma irritante que o caracteriza à beira do campo, teria respondido mais ou menos assim:

– Esse é o dirigente que perdeu pro Mazembe.

Foi demitido ali, na hora.

Ainda espero que esse Enderson da resposta mortífera, arrasadora, se revele e dê a volta por cima.

Afinal, ele não terá o Inter no caminho.

LUAN E ZÉ ROBERTO

Não tenho nenhuma dúvida de que os dois jogam contra o San Lorenzo.

Zé Roberto volta ao meio de campo, ao lado do trio de volantes.

Luan, se estiver bem mesmo, começa no lugar de Dudu, que retorna ao banco.

Será o time que começou a exitosa campanha na Libertadores.

É assim que eu penso que Enderson irá começar, e concordo com ele.

Acho que Bressan poderia formar dupla com Rodolpho.

RECORDE

O Boteco do Ilgo – que nem é mais meu, na verdade – bateu recorde de comentários. E comentários interessantes, o que me deixa muito contente. É bom saber que o boteco é visitado por gente inteligente, com ideias sobre futebol. As melhores, claro, são as que concordam comigo. Brincadeira. Seria uma chatice se não houvesse divergência.

Obrigado a todos.

O Grêmio precisa um técnico do seu tamanho

Estou sem vontade de escrever sobre o Gre-Nal. Violentei minha consciência e tentei passar otimismo e confiança. Deu no que deu.

Algum parceiro aqui do blog pode mandar um texto analisando o ‘passeio’ colorado no Centenário. Mande para meu e-mail que eu publico mais tarde.

Até escreveria, mas as entrevistas que ouvi depois dos 4 a 1 me fizeram mal.

Escrevi, como muitos, no tuíter, que é hora de buscar TITE, imitar o que o Inter fez trocando Fossati em meio a Libertadores.

Pode ser injustiça com Enderson, que vai bem na Libertadores.

Mas no futebol, como na vida, sem sempre a justiça prevalece.

Levar goleada é demais. São muitos os culpados. Já escrevi antes, o principal é a direção, que não contratou um centroavante para disputar posição com Barcos, e deixou o argentino tomar conta do vestiário.

E trouxe um treinador…

Bem, reproduzo um texto que cometi em dezembro passado, após a contratação de Enderson Moreira:

Se o Grêmio não tivesse uma Libertadores pela frente, eu entenderia a contratação de Enderson Moreira.

Se restasse ao Grêmio apenas o campeonato regional, eu entenderia a contratação do ex-treinador do Goiás.

Afinal de Gauchão, ele entende. Teve uma experiência breve, é verdade, e não das melhores.

Foi demitido do Inter B após eliminação para o Cruzeirinho, no verão de 2011.

A rigor, o Grêmio contratou um profissional que há dois anos era demitido do Inter B. Há dois anos.

Uma das coisas boas da vida é que ela nos reserva surpresas. Tudo pode acontecer. De bom e de ruim. É como uma montanha russa.

Logo em seguida, Enderson estava no Fluminense comandando o time numa Libertadores. Vejam só. Do Inter B para a Libertadores do Flu de Fred e Conca em questão de semanas.

No Flu, ele foi eliminado nas oitavas pelo Libertad. Venceu em casa por 3 a 1. Tinha tudo para classificar-se. Mas conseguiu levar 3 a 0 no jogo da volta.

Este, em rápidas palavras, é o treinador que o Grêmio traz para disputar a Libertadores.

Um técnico que iniciou no Ipatinga, há cinco ou seis anos. Uma ascensão rápida.

É óbvio que Enderson tem algum valor. Só o fato de fazer Walter jogar, e jogar bem, já o credencia.

Terá ele capacidade de fazer o esguio Barcos fazer gols como o balofo Walter?

Há uma semana, quando começou a aparecer com mais força o nome de Enderson para o lugar de Renato, alguém da imprensa afirmou que ele traria junto o Walter. Confesso que ri na hora.

Parei de rir hoje. Só espero que a informação esteja 100% completo e que Walter desembarque no Olímpico.

Ao menos isso. Poderemos ter, então, Walter e Barcos. O Gordo e o Magro.

E seja o que Deus quiser.

Agora, duvido que Deus irá querer a Libertadores para o Grêmio se o próprio Grêmio não parece determinado a fazer todo o possível pela Libertadores.

O Grêmio lutou tanto para conseguir essa vaga direta, tanto.

A Libertadores começa assim, com um jeito triste de ponto final.

Red Hot nunca mais

Li que a Cia andou torturando uns caras com um método extremamente cruel: rodar a mesma música por horas e dias. A música, sempre a mesma, era do Red Hot Chili Peppers.

Como a última banda – no meu tempo se dizia conjunto – que eu realmente curti foi os Beatles – está bem, tem os Bee Gees, Renato e seus Blue Caps, Fevers e mais uma ou outra que a maioria dos frequentadores do boteco nunca ouviu falar – fui atrás de uma música desse grupo, que eu conhecia apenas de nome.

Peguei no youtube uma música deles. Resultado, em um minuto em confessei que quando criança roubei uma barra de chocolate numa loja em Lajeado; que, sim, fui que soltei um passarinho da gaiola do vizinho também na infância.

No minuto seguinte, já estava confessando ser o mentor do assassinato de John Kennedy. Foi aí que eu desliguei o som com medo de confessar participação na morte do Bin Laden e sei lá mais o quê.

Agora, imagine ouvir horas e horas esse tipo de música, ou qualquer outra.

Aí, me ocorreu que esse tipo de procedimento poderia ser aplicado no Grêmio. Ainda há tempo.

Aproveitar a tarde de sábado e/ou a manhã de domingo para obrigar a comissão técnica e os jogadores do Grêmio a assistir aos 45 minutos finais do Gre-Nal que o Inter venceu por 2 a 1 na Arena.

Depois da quarta ou quinta sessão de tortura, todos saberiam que não podem cometer os erros primários que o time exibiu no jogo e que permitiu que o Inter deitasse a rolasse, quase sem reação do Grêmio.

Feito isso, o Grêmio estará pronto para vencer o jogo e quem sabe festejar o título.

Afinal, o que houve no segundo tempo não pode se repetir. E, não se repetindo, o Grêmio se credencia a vencer o Gre-Nal.

Respeito opiniões em contrário, mas o Inter não é melhor que o Grêmio. Mesmo um Grêmio sem Luan, que, aliás, no Gre-Nal foi um jogador comum.

Se o técnico Enderson Moreira sabe o que se passou nesses 45 minutos do segundo tempo, o Grêmio pode vencer e até conquistar o título gaúcho.

Com isso, o Grêmio estaria justificando a decisão do presidente Luigi, que poderá, então, dizer que estava certo ao transferir o jogo para Caxias, impedindo assim que o inimigo desse a volta olímpica no novo Beira-Rio.

Seria uma falácia, porque o Gre-Nal no BRio daria ainda mais vantagem ao Inter, uma vantagem que reduz bastante no Centenário.

Dito isso, vou curtir músicas do meu tempo. Red Hot nunca mais.

MEDO E SOBERBA

O Inter teve medo de jogar o Gre-Nal no Beira-Rio e ao mesmo tempo foi acometido de soberba por dispensar o apoio de 40 mil colorados na nova casa por considerar que o tetra já está garantido depois dos 2 a 1 na Arena.

Libertadores: caminho pedregoso e espinhoso

O Reche abriu o Cadeira Cativa, ontem à noite, na UlbraTV, fazendo uma série de projeções sobre possíveis adversários do Grêmio na próxima fase da Libertadores. Dependendo dos resultados da rodada, alguns jogos em andamento naquele instante – 20h -, poderia ser este ou aqueles outros. Eram umas cinco ou seis possibilidades, que se alternavam a cada gol que acontecia.

Até que interrompi as elucubrações do apresentador, porque já estava perdido naquele emaranhado, que mais confundia do que explicava.

– Reche, para simplificar, me responde, qual seria o adversário mais forte, mais perigoso, e que seria bom evitar neste momento?

– Ora, o San Lorenzo e o Lanús – respondeu ele.

– Então, não precisa mais fazer cálculos, Reche, porque será um dos dois, mais provavelmente o San Lorenzo, que eu considero mais forte que o Lanús.

– Mas por que isso? – devolveu o Reche, com os olhares do Fabiano Brasil e do João Garcia se voltando para mim.

Fiz uma pausa e respondi:

– Simplesmente porque para o Grêmio tudo sempre é mais difícil e complicado.

Eles riram. Coisa de gremista -, disseram, praticamente em coro.

Os resultados acabaram confirmando o que eu havia antecipado. San Lorenzo, o clube do Papa, torna o caminho rumo ao título pedregoso e espinhoso, adjetivos que usei no programa da UlbraTV e que repito agora, porque realmente o clube argentino, que nunca venceu uma Libertadores, vem com tudo.

Mas o pior vem logo em seguida: o Cruzeiro, que começa a crescer de novo. Existe uma chance de ser o Cerro Portenho, mas dentro da lógica já expressada, vai dar o mais difícil, claro, o clube mineiro.

Mas quem quer ser campeão e se julga preparado, não pode escolher adversário.

TORCIDA

Como se não bastassem as dificuldades dentro de campo, o Grêmio ainda precisa conviver com torcedores que conseguem prejudicar mais o clube do que qualquer colorado fanático.

NACIONAL

O Grêmio jogou para o gasto. O Nacional nunca foi um adversário tão temível, como apregoavam os secadores que falavam em Grupo da Morte, nem tão papinha, como proclamaram depois que o Grêmio foi lá em Montevidéu e venceu o time uruguaio, que de repente virou, para esses, uma desgraça de time.

O fato é que era um jogo tranquilo, ótimo para fazer experiências. O gol da vitória saiu cedo, com o bandeirinha sinalizando pênalti sobre Barcos, lance que o juiz estava deixando passar.

Com a vantagem, o Grêmio administrou e visivelmente seus jogadores tomavam cuidado nas divididas e não apertavam o ritmo.

No intervalo, o técnico Enderson Moreira fez o que eu imaginava e registrei aqui na ata do boteco: sacou Edinho e colocou um jogador ofensivo, o Jean Deretti.

O Grêmio passou a atacar mais e criou chances para ampliar, mas abriu um pouco seu setor defensivo. O Nacional chegou a levar algum perigo.

Deretti perdeu um gol de dentro da pequena área após bela jogada do Pará. É que ele foi pego no contra-pé. Depois, Deretti recebeu passe do Barcos, que jogou muito bem, e chutou por cima. O próprio Barcos teve chance de ampliar, mas por excesso de preciosismo perdeu o gol duas vezes.

Gostei do Lucas Coelho. Sei que alguém vai lembrar que ele chutou uma bola para a arquibancada. Mas é por esse lance que eu gostei do guri.

Ele recebeu pela esquerda, junto à grande área, cortou para dentro e livrou-se do marcador. Clareou a jogada, tinha tudo para fazer 2 a 0, mas o chute saiu muito alto.

O mesmo Lucas que teve serenidade e técnica para driblar, foi ansioso demais ao se deparar com a chance que o colocaria em outro patamar dentro do grupo. Coisa de guri inseguro que luta para se afirmar.

GRE-NAL

Se o Grêmio for campeão gaúcho e fizer a festa no Centenário, o presidente Luigi, que pensa que todo mundo é trouxa, poderá, então, dizer: viram como eu tinha razão em não querer jogar no Beira-Rio? A festa deles não aconteceu em nosso estádio novo.

Jogo em Caxias equilibra a decisão

Se o Inter se empenhasse como fez em 2012, quando o Beira-Rio podia ser comparado ao Coliseu, para realizar o Gre-Nal de domingo em sua casa, agora limpa e vistosa, não tenho qualquer dúvida de que saberia sensibilizar de novo os órgãos de segurança pública do Estado.

É fato que existem alguns problemas no estádio remodelado, mas nada que realmente impeça a realização de um jogo que contará com número muito pequeno de torcedores rivais, facilitando o trabalho do policiamento.

Se em agosto de 2012, dia 28, o Gre-Nal aconteceu em meio aos escombros, com lonas pretas cobrindo entulhos, por que mesmo não pode haver outro clássico no estádio que acabou de receber perto de 50 mil pessoas. A torcida do Grêmio chegou ao estádio escoltada pela BM e foi separada dos colorados com tapumes para ter acesso às arquibancadas, ou o que restava delas naquele momento. Se foi possível em 2012, por que não agora?

Não posso acreditar que o Inter teme que o Grêmio faça festa em sua nova casa. O Inter é mais do que favorito, é o virtual campeão gaúcho, tetra por sinal.

O Grêmio levou 2 a 1 na Arena, e poderia ter levado mais não fosse o goleiro Marcelo Grohe. É claro que o Grêmio pode reverter, mas é muito mais provável que o Inter aproveite a vantagem de jogar por empate e até por derrota por 1 a 0 e faça ele mesmo a festa no novo BRio.

Se a direção colorada realmente teme a derrota a ponta de transferir o jogo para Caxias – ou Erechim, proposta absurda feita durante à tarde e rechaçada pelo Grêmio -, é porque merece perder o título, que ficará mais ao alcance do Grêmio se o jogo for mesmo em Caxias do Sul.

Analisando friamente, o Gre-Nal em Caxias beneficia o Grêmio. Mas dez entre dez gremistas querem a decisão no Beira-Rio só pela esperança de poder dar a volta olímpica na casa remodelada do grande rival.

Hora de testar esquema com dois volantes

Há controvérsia nos debates esportivos sobre quem deve ser o substituto de Luan no jogo contra o Nacional, quinta-feira.

Surgem várias possibilidades: Deretti, Éverton, Alan Ruiz, Zé Roberto e Maxi Rodriguez.

Só o fato de ter tantas alternativas já é bom sinal.

Mas eu não vejo motivo para discussões. O substituto de Luan só pode ser um: Alan Ruiz.

Penso que o argentino é o que mais se aproxima de Luan. Como todos nós sabemos, Luan é um jogador diferenciado, que sabe reter a bola, esperar a movimentação dos colegas e dar o passe preciso. Além disso, tem drible, iniciativa e nenhum temor de arriscar e ser feliz.

Alan Ruiz pode fazer boa parte do que faz Luan. Sem contar que ele tem entrado mais vezes na equipe e está por merecer começar um jogo.

Jean Deretti e Éverton, pelo que vi até agora e não foi muito, são jogadores de drible e velocidade. O uruguaio Maxi é um ser indefinido, com características de articulador e de meia ofensivo. Tem muita técnica, mas parece faltar-lhe mais força e determinação.

Zé Roberto recém está voltando de lesão. Pode ser uma opção para o Gre-Nal, isto sim.

Fora isso, levanto outra questão: como o jogo é em casa, o Nacional vem desfalcado e quase sem motivação, talvez fosse o momento de escalar um time com dois volantes, deixando Edinho no banco.

Vocês vão ver: Edinho vai sobrar no jogo. Sobrar no sentido de ser desnecessário. Dentro de casa e contra um adversário que virou saco de pancadas no grupo, o técnico Enderson Moreira poderia jogar da forma como realmente gosta e como se viu no Goiás: mais ofensivo.

No entanto, desconfio que ele irá manter o esquema atual.

Se há uma coisa que a grande maioria dos técnicos não gosta é de arriscar.

Nessa hora eles sempre lembram: em time que está ganhando não se mexe, que nem sempre é verdadeira.

RW mata a cobra e mostra o pau

Sabe aquela história de que o ‘novo’ Beira-Rio invadiu espaço público e tomou parte da calçada? Pois é, o RW foi lá para provar que houve a ‘integração’ – como rotulou cinicamente um colunista – entre o público e privado.

Aí, eu me pergunto, repetindo pergunta que fiz tempos atrás, onde está o sempre atento MP? E a prefeitura?

Eu moro numa rua tranquila, com pouca gente usando as calçadas, que tem uns 4 metros de largura. Essa junto ao Brio tem em torno de 1 metro.

Estou pensando fazer uma integração do espaço público avançando meu pátio uns 3 metros. Será que a prefeitura permite e o MP vai silenciar?

Está aí, confiram. O RW matou a cobra e mostrou o pau.

http://www.cornetadorw.blogspot.com.br/2014/04/amplo-material-fotografico-da-calcada.html

RW FAMOSO

http://blogdopaulinho.wordpress.com/2014/04/05/novo-beira-rio-avanca-na-via-publica-sem-o-menor-constrangimento/

Os inimigos na Libertadores

O botequeiro Alexandre Sanz fez uma análise dos clubes que disputam a Libertadores. Como eu não conheço praticamente nenhum, e imagino que a maioria realmente não acompanha tanto, publico o estudo para conhecimento dos demais botequeiros.

O texto do Alexandre é o mesmo publicado nos comentários do post anterior, sem muita preocupação com firulas estéticas.

O espaço está aberto para alguma outra análise sobre os participantes da Libertadores.

Confiram:

1. O melhor futebol de time estrangeiro é do Defensor, tem dois craques no time o Gedoz e o Dearrascaeta;
2. O Velez, não joga bonito, mas é efetivo e tem jogadores experientes, é um time perigoso o Pratto nós já conhecemos, mas não é ,melhor que o Grêmio;
3. O Santos Laguna, tem bons valores, mas é dificil avaliar jogou num grupo muito fácil, chama atenção os lançamentos longos nas costas da linha de defensores e um tal de Quinteros;
4. Os times chilenos (Ohiggins e U. Española), se equivalem, tem bom toque de bola e são ofensivos em casa e fora, mas estão num segundo escalão, La U infelizmente chora de ruim;
5. O Nacional de medellin é o melhor colombiano, esse nós já conhecemos;
6. O Newells, não é bicho papão, jogamos melhor que eles em 2/3 dos 180′, não vencemos por detalhe, apesar da meia pressão lá, parece que cansam no final;
7. Botafogo e CAP, acho que não passam de fase, se passarem não vejo times fortes ai;
8. Flamengo ta no mesmo nível dos dois anteriores, mas é um que pode crescer nos matas e no Maraca como na CB 2013
9. Atl.MG. não está jogando bem, tem bons jogadores mas não deu liga com o Autuori, acho que não chega nas semis, vai depender dos enfrentamentos;
10. Cruzeiro, é meu maior temor, tem time, mas não está jogando bem, se der liga vai complicar, na minha opinião é o melhor time.
11. Os bolivianos, The Strongest é outro que chora de ruim, é só cuidar na altitude, já o Bolivar se mostrou bem montado, mas também não é páreo.
12. Arsenal é um pouquinho melhor que o Nacional e o Peñarol, não deve incomodar, mas é argentino e jogam com muita garra;
13. o Lanus é bem montado, tem jogadas de bola parada, batem até na sombra e jogam como o mesmo esquema do Boca jrs de 2007, é perigoso tem garra e jogadores manhosos, time duro mas sem bons valores individuais;
14.times com mais chances de chegarem nas semis (minha opinião e depende dos cruzamentos):
Defensor, Velez, Cruzeiro, Lanus, newells e Grêmio

A ‘briga’ do ano: RW x IW

Fiquei surpreso quando comecei a ler, no começo desta noite, os comentários do ‘artigo’ anterior sobre a vitória em Medellin.

Tive um dia muito agitado, muita correria, e isso que estou meio aposentado. Ao meio-dia, no Ganhando o Jogo da Rádio Guaíba, ainda duelei com o Vinicius Sinott – um cara que conhece muito futebol – a respeito do Ronaldinho, que poderá enfrentar o Grêmio pela Libertadores.

Eu disse que RG é ex-jogador e que gostaria de vê-lo na Arena. Depois, o assunto descambou para a tumultuada saída dele do Grêmio. Eu acompanheir, como repórter, a história de muito perto. Foi uma baita sacanagem contra o Grêmio, clube que amparou toda a família, que vivia na linha da miséria.

Vinicius sustentou que a história não era bem assim, que o Grêmio tinha vacilado e coisa e tal. O ótimo narrador Mário Lima ficou ao lado de Vinicius.

Duas pessoas que acompanharam o caso de longe – no caso de Vinicius, como ele admitiu, me lendo naquele tempo – queriam saber mais do que eu, que vivi aquilo tudo muito de perto.

A gente se alterou um pouco, mas ficou tudo bem. Acho eu. Pode ser que não me convidem para outro debate lá, mas ficou tudo bem. Se não ficou, deveria ficar. De minha parte, tranquilo.

A surpresa com o RW

Tudo isso para dizer que fiquei realmente espantado com o comentário do meu amigo RW, remetendo ainda para o seu prestigiado site, onde havia outro comentário a meu respeito.

Aí eu entendi por que cresceu tanto o número de frequentadores do boteco. Muita gente leu o cornetadorw e ficou se perguntando ‘quem diabos será esse Ilgo, que merece uma crônica inteira do Ricardo e ainda com direito à reprodução de outro comentário?’.

Então, graças a a nossa ‘briga verbal’ há fila com senha e tudo para entrar no boteco, cujo público normalmente não lota uma kombi. Somos poucos, mas ativos e cheios de opinião, como deve ser porque se não fica tudo muito chato. O pau tem que comer, não literalmente, claro…

Até o meu velho companheiro de Caldas Jr, o Joabel Pereira, apareceu. Pra me atacar, claro. O Joabel faz parte dos corneteiros da Redenção, grupo que invadiu o boteco esgrimindo argumentos todos a favor de RW, contra mim e, claro, contra o Renato.

RW diz que parou de me ler – ele não está perdendo nada mesmo -, mas que recebeu recados dos bravos corneteiros denunciando ‘alfinetadas’ minhas no boteco.

Quero afirmar, peremptoriamente, como diria o Tarso, que os corneteiros têm toda a razão.

Só faço um reparo: as alfinetadas que dou não são específicas para o Ricardo, mas para um monte de gente, que me retribui da mesma forma, alguns usando termos mais fortes, talvez por falta de argumento.

Então, quando defendo minhas ideias eu vou até o fim. O troco vem por vezes em dobro.

Eu me irrito muitas vezes. Muitas mesmo. Algumas vezes descarrego minha irritação, mas na maioria das vezes procuro irritar meus algozes com provocações. Outras vezes com expressões mais fortes, como a ‘desonestidade intelectual’, que deixou o RW tão chateado. Ele não é um desonesto intelectual, mas pode, como qualquer um, cometer desonestidade intelectual em meio ao desespero, atormentado por anos e anos de frustrações sucessivas no futebol.

Quando usei essa expressão dias atrás era pra ele e mais uma kombi lotada, em especial com alguns cronistas esportivos profissionais. Poderia citar exemplos, mas aí terminaria de escrever de madrugada.

Bem, a quem me leu até aqui, vem agora a grande revelação.

Foi tudo uma jogada minha. Pensei: ‘Como tornar o botecodoilgo mais conhecido?’ Ora, batendo no cara de maior audiência. Quem? o RW. ora.

Deu certo. O problema é que agora o RW me despreza.

Não quer me ver nem fantasiado de Renato ‘meu grupo’, como ele costuma dizer pra atacar o maior responsável pelo título mundial do Grêmio. Bah, comecei tudo de novo, ehehehe. Não adianta, eu não vou mudar. Nem ele.

Ele me alfineta de lá, eu respondo daqui.  Agora, a gente pode continuar assim, mas unidos por uma causa maior, o Grêmio e a conquista de um grande título. Nós não aguentamos mais, é muita frustração acumulada.

Bem, de minha parte encerro esse drama com uma cervejada no Bar do Beto entre botequeiros e corneteiros.

Com direito a selinho depois da quinta cerveja.