Hora de testar esquema com dois volantes

Há controvérsia nos debates esportivos sobre quem deve ser o substituto de Luan no jogo contra o Nacional, quinta-feira.

Surgem várias possibilidades: Deretti, Éverton, Alan Ruiz, Zé Roberto e Maxi Rodriguez.

Só o fato de ter tantas alternativas já é bom sinal.

Mas eu não vejo motivo para discussões. O substituto de Luan só pode ser um: Alan Ruiz.

Penso que o argentino é o que mais se aproxima de Luan. Como todos nós sabemos, Luan é um jogador diferenciado, que sabe reter a bola, esperar a movimentação dos colegas e dar o passe preciso. Além disso, tem drible, iniciativa e nenhum temor de arriscar e ser feliz.

Alan Ruiz pode fazer boa parte do que faz Luan. Sem contar que ele tem entrado mais vezes na equipe e está por merecer começar um jogo.

Jean Deretti e Éverton, pelo que vi até agora e não foi muito, são jogadores de drible e velocidade. O uruguaio Maxi é um ser indefinido, com características de articulador e de meia ofensivo. Tem muita técnica, mas parece faltar-lhe mais força e determinação.

Zé Roberto recém está voltando de lesão. Pode ser uma opção para o Gre-Nal, isto sim.

Fora isso, levanto outra questão: como o jogo é em casa, o Nacional vem desfalcado e quase sem motivação, talvez fosse o momento de escalar um time com dois volantes, deixando Edinho no banco.

Vocês vão ver: Edinho vai sobrar no jogo. Sobrar no sentido de ser desnecessário. Dentro de casa e contra um adversário que virou saco de pancadas no grupo, o técnico Enderson Moreira poderia jogar da forma como realmente gosta e como se viu no Goiás: mais ofensivo.

No entanto, desconfio que ele irá manter o esquema atual.

Se há uma coisa que a grande maioria dos técnicos não gosta é de arriscar.

Nessa hora eles sempre lembram: em time que está ganhando não se mexe, que nem sempre é verdadeira.