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Renato encaminha o time com MH e JP

Renato começou a definir o time para o jogo contra o Rosário. E o time, pelo que vi, terá a dupla Matheus Henrique e Jean Pyerre, com Maicon de volante. Se o capitão não puder jogar entra Michel.

Portanto, a meu ver, o coração do time para o confronto decisivo de quarta-feira está escalado. Admito que há um pouco de desejo meu. Renato, com isso, atende a torcida. Se der errado, erramos todos. Ou não?

Pelo mostra diante do São Luiz, que mostrou ser um time ajustado, com ideia moderna de futebol, nada de chutões e cruzamentos lotéricos, como defendem alguns na aldeia, MH e JP devem jogar, nada mais justifica que fiquem no banco.

Entre Michel e Maicon, sou muito mais o segundo. Maicon foi bem, meteu algumas bolas preciosas, e não se arrastou em campo, como dizem seus críticos, que parecem saudosos de volantes brucutus.

O problema é que ele parece ter sentido alguma lesão. Aí, entra Michel, liberando mais MH para articular. O time perde em qualidade na saída de bola. Olha, acho que o Renato vai aproveitar e preservar Maicon para o Gre-Nal de domingo, no BR.

Agora, antes que os amargos e sábios de plantão puxem minha orelha, é preciso enfatizar que o São Luiz não serve como balizador de nada.

Não fiquei entusiasmado com a atuação do time, mas gostei de algumas coisas.

Por exemplo, André, que tem feito boas atuações, a deste domingo então foi excelente. Foi dele o cabeceio para Alisson fazer 1 a 0, cruzamento perfeito do MH. Depois, ao receber passe do JP, desvencilhou-se com técnica e agilidade de um zagueiro e mandou no canto, fazendo 2 a 0.

Está credenciado para começar contra o Rosário, até porque está se revelando um aipim que se movimenta com inteligência e não é fominha, é participativo.

No segundo tempo, Éverton fez o terceiro, depois de receber bola enfiada por JP, livrando-se com categoria do marcador. Este é o Éverton que o torcedor quer ver.

O São Luiz chegou a merecer um gol. E ele só não saiu porque Paulo Victor fez uma defesa de reflexo e agilidade, digna de Marcelo Grohe. Mas não adianta, sempre vai aparecer um gênio para dizer que ele ‘chama gol’.

Gostei também da volta de Léo Moura. Enfim, lucidez e qualidade na lateral-direita. Pena que não dure muito.

No lado esquerdo, Capixaba mostra a cada jogo que ‘enganou’. Marcou mal e atacou sem competência. O adversário teve suas melhores chances ofensivas em cima dele. Tem sido uma constante. Lembrando que o titular também anda insuficiente. O pior é que Renato não toma providências para resguardar melhor esse setor – foi assim também contra o Universidad.

Neste aspecto, saudade de Pedro Rocha, que ajudava o lateral e ainda aparecia com força na frente.

Resta uma posição para o time ficar completo: o jogador pelo lado direito. Quem será o Ramiro (saudade do Ramiro dos melhores dias)? Tudo indica que será Alisson – como escrevi lá em cima, Renato aproveitou o jogo para definir o time.

Alisson não estava bem, mas fez o gol, e aí, para alguns, tudo muda. Como o jogo é em casa, até concordo com Alisson fazendo as jogadas pela direita, mas ajudando na marcação. Por mim, entraria o Thaciano, mas o Renato conhece melhor os jogadores e sabe quem está psicologicamente pronto para um jogo tão importante. Insisto, aqui de fora, eu escalaria Thaciano.

O ocaso de um sistema que encantou o país

Volto a usar o título acima, publicado anteriormente no dia 13 de março, logo após o fatídico jogo contra o Libertad.

Eu estava na Arena e senti que o Grêmio aquele das grandes atuações e conquistas já não existe.

Mais do que irritado com a derrota, fiquei triste por estar testemunhando o fim de um ciclo virtuoso. Então, desabafei minha angústia. Muitos aqui neste espaço democrático disseram que eu estava exagerando. Agora imagino que pensem diferente.

Essa sensação se repetiu contra o Universidad. O Grêmio ficou comum. Pode classificar-se na Libertadores? Pode, claro, mas é quase impossível.

Se o time tivesse perdido os jogos contra paraguaios e chilenos jogando um futebol convincente, pressionando o adversário, criando situações de gol, eu não estaria tão desanimado e cético.

Mas o Grêmio perdeu ao natural, ou ao menos sem mostrar um futebol digno de um campeão da América.

Confiram parte do texto com essa constatação tristemente pioneira do titular do blog, ou seja, eu, que não perco essa mania que tenho desde os tempos de Correio do Povo de antecipar aquilo que todos em seguida vão verificar e comentar.

O OCASO DE UM SISTEMA QUE ENCANTOU O PAÍS

Saí da Arena, terça à noite, muito irritado com a derrota
diante do Libertad. A irritação deu lugar à tristeza, à melancolia. Não sei se
o Grêmio será campeão da Libertadores – começo a duvidar muito -, mas de uma
coisa tenho certeza: o futebol que encantou o país, e conquistou até a simpatia
de rivais, está moribundo.

Não vi nesse jogo contra os paraguaios nenhum resquício, por
exemplo, daquele Grêmio que conquistou a Copa do Brasil de 2016 sob o comando
de Renato Portaluppi, e depois conquistou a América jogando bola. Sim, esse
Grêmio jogava bola, os outros jogavam só futebol.

Sinto saudade desse time. Um time que tocava a bola, cansava,
irritava os adversários, minava o moral dos jogadores. Por vezes, cansava até a
mim, que cobrava lançamentos longos e cruzamentos da linha de futebol, em vez
de ficar tramando a bola, costurando uma teia de aranha para golpear e engolir
o rival.

Mais títulos só não vieram por essas coisas do futebol.
Negociações de jogadores (Arthur) para manter girando a roda financeira do
clube e decisões dos cartolas e de arbitragens suspeitas, além de um ou outro
equívoco na formação do grupo.

É duro perder em função dessas coisas, mas faz parte.

O que dói mesmo é ter essa sensação que me aflige depois que vi o jogo
contra o Rosario e, principalmente, esse contra o Libertad.

 

Pior que jogo pelo youtube só o futebol do Grêmio no Chile

Pior que ver o jogo pelo youtube só mesmo o futebol abaixo da crítica que o Grêmio jogou na derrota por 1 a 0 diante do Universidad Católica.

Não vou afirmar que o Grêmio está eliminado, mas esta é a tendência. Se o time tivesse jogado bem, criado situações de gol e controlando o meio de campo, eu diria que nem tudo está perdido. Mas não é este o caso.

O técnico Renato terá de buscar outras soluções para devolver ao time um pouco daquele futebol que o levou ao tri da América, CB, etc.

Quero dizer que meu comentário está prejudicado porque aos 15 minutos do segundo tempo desisti de ver o filme de terror pelo youtube e passei para o rádio. Se desse um gol, daria tempo de abrir uma cerveja e preparar um sanduíche até essa droga do youtube exibir o lance.

Então, não vi nada do time, mas deu pra ter uma ideia.

Antes de seguir, quero confessar que gostei da formação sem o centroavante tradicional. Gostei e fiquei confiante. Só não gostei da escalação do Montoya. Este jogador se não falasse espanhol estaria jogando no Criciúma, com todo respeito ao Criciúma. Não fede nem cheira.

Então, Renato acertou na proposta, no conceito de um ataque com movimentação e revezamento para marcar e iniciar a articulação.

Errou feio com Montoya, burocrático e previsível. Quem tem Matheus Henrique não pode começar um jogo sem ele. Para essa função tinha também o Thaciano, mas Renato optou pelo cascudo que até agora nada mostrou no Grêmio.

Nas substituições mais uma vez equívoco de Renato, que, aliás, desde que voltou do cursinho na CBF parece ter esquecido como chegou a grandes títulos, calando seus secadores, aqueles da kombi, hoje mais disputada do que nunca.

Ele deveria ter sacado Montoya e escalado Matheus Henrique, para encorpar o meio de campo, melhorar o toque de bola. Eu não sacaria Luan. Nem colocaria André.

Estou convencido que o time renderia muito mais com a saída de Montoya e a entrada de MH. Simples. Depois, sim, talvez André no lugar de Tardelli, outro que ainda não justificou sua fama e seu salário.

Se ainda assim Luan não subisse de rendimento, eu colocar o Jean Pyerre.

Penso que o Grêmio deve buscar as causas dessa brutal queda de rendimento (Gauchão não vale) na competição que é prioritária.

Acredito que é o momento também de redefinir prioridades. Por exemplo, o Brasileirão finalmente em primeiro lugar.

CHAPISTAS E URUBULINOS

A julgar pela mostra dos comentários que ilustram o post anterior, sugiro aos chapistas que deixem de opinar, de preferência sequer leiam o que vem logo abaixo. Evitem aborrecimentos e mais irritação. Se quiserem debater, o façam com educação e calma.

O momento é dos urubulinos. Temos que reconhecer.

Uma vaga em aberto, mas com dono: Matheus Henrique

Com a volta de Geromel ao lado de Kannemann, o Grêmio fica com apenas uma vaga em aberto. Quem será o companheiro de Michel e Maicon?

Eu escalaria Matheus Henrique. O guri deixa o setor de marcação mais encorpado e torna o setor ofensivo menos burocrático e previsível. Sem contar que ele ainda contribui para Maicon apoiar mais e Luan ter mais liberdade para criar.

Se Renato, não optar por MH estará cometendo um erro, mas esta é minha avaliação, sujeita a um desmentido humilhante se o time ganhar três pontos contra o Universidad, nesta quinta-feira do jogo pelo youtube – nunca pensei que viveria para assistir a isso.

O que eu quero é vitória sobre os chilenos, independente do time que Renato escalar. Mas acredito que a chance de vencer aumenta com MH, acredito que Renato já tenha se dado conta disso.

Claro, ele pode achar que Alisson será mais útil. Alisson, a meu ver, só para entrar no decorrer do jogo para prender a bola e garantir vantagem, ou para evitar uma calamidade com seus dribles.

Tem ainda o Thaciano, que tem vigor físico, velocidade, arranque, boa técnica e marca bem. Thaciano seria minha segunda opção.

Renato pode manter o que vem fazendo e escalar Marinho. Acho uma temeridade. Marinho é outro que deve ser preservado para alguma emergência.

Há quem defenda Montoya, mas ainda não vi nada nesse jogador que chegou com cartaz, mas que até o momento não convenceu, pelo menos a mim.

Por fim, temos Luan e Éverton na frente, acompanhados de André. Vizeu ficou em Porto Alegre, é menos um aipim para atrapalhar.

Ainda espero que Renato me surpreenda e comece o jogo com o aipim André no banco de reservas, e com Luan e Tardelli se revezando pelo meio. Duvido que isso aconteça.

Então, só resta desejar que André cale minha boca empilhando gols a partir de agora.

RIVER

Não li nada sobre o River Plate ‘ser o pior River Plate da história’, como costumam fazer os vermelhos quando o jogo envolve o Grêmio.

E isso que time vem bastante desfalcado, pelo que tenho lido.

Vem pronto para ser abatido.

Empate em Ijuí revela limitações técnicas no time

Aqueles que defendem a juvenilização do time a qualquer custo levaram um banho de água fria. A atuação do Grêmio, com apenas três titulares (um deles improvisado em outra função) no empate por 0 a 0 em Ijui foi decepcionante.

A gurizada, que tanto destaquei acompanhando a opinião quase unânime da torcida, desta vez não deu a resposta esperada.

O campo ruim e adversário fechado pra não levar goleada (efeito Juventude) foram complicadores, mas ainda assim eu esperava mais. Terei exagerado na minha expectativa?

Pode ser, o fato é que dos jovens apenas Matheus Henrique manteve o padrão de futebol, demonstrando amadurecimento. Está pronto para entrar do time e confirmar titularidade. Mas antes, eu ainda insistiria com a dupla Michel e Maycon.

MH poderia entrar no lado direito, mais ou menos na função que era de Ramiro. A questão é que pelo jeito quem vai ocupar essa vaga na quinta-feira, no Chile, será Thaciano.

No jogo contra o São Luiz, Thaciano passou o tempo todo jogando pela lado direito, tentando jogadas com o lateral Gallardo, que amadureceu, mas continua com dificuldade de acertar um cruzamento. Renato está adaptando o jogador à função. Então, penso que existe uma tendência de Thaciano jogar por ali, o que dará mais consistência defensiva ao time, sem perder força ofensiva.

Voltando ao jogo deste domingo, Jean Pyerre se esforçou, mas mostrou aos que querem sua escalação imediata no lugar de Luan que ainda precisa evoluir. Hoje, é uma alternativa interessante, não mais do que isso, apesar do seu enorme talento.

Gostei de rever Lincoln, que foi lançado por Felipão quando tinha apenas 16 anos. Foi um lançamento prematuro. Muitas vezes defendi sua escalação no lugar de Douglas. Quando entrou, até em função de problemas particulares, nunca deu a resposta desejada.

Em dez minutos, ele recebeu apenas dois ou três passes, embora tenha se descolado bastante. Achei estranho isso. Em sua primeira bola com mais qualidade, ele bateu forte e obrigou o goleiro a fazer difícil defesa. Será que Lincoln vai, enfim, justificar tudo o que dele se dizia e se esperava?

Os laterais foram razoáveis. Nenhum deles tem a mínima condição de titularidade. Se não for preciso contar com eles, melhor.

Na frente, Felipe Vizeu sofreu com o esquema defensivo do São Luiz, que povoou o setor defensivo, sobrando pouco espaço para o centroavante. Mais um motivo para colocar um meia de movimentação na posição.

Ainda torço para que Renato comece o jogo no Chile com Luan e Diego Tardelli, deixando os aipins só como alternativa. Claro, sem Marinho também.

Na entrevista coletiva, Renato reclamou de Pepê e Thaciano por terem perdido duas chances ótimas de gol. Usou até de ironia na crítica. Estava nervoso o técnico, que levava muita fé na vitória para chegar com boa vantagem para o jogo da volta. Como no meio do caminho tem uma pedra, o jogo pela Libertadores, ele já deve estar pensando em escalar mais titulares do que o inicialmente planejado para superar o São Luiz. Por isso, a irritação.

Faltam zagueiros, sobram opções na frente

O futebol é mesmo empolgante. Marcelo Oliveira, quem diria?, virou problema. Estamos diante de um jogador-problema, segundo boa parte da torcida, pelo menos a mais ruidosa, que se manifesta de forma truculenta e desrespeitosa em relação a alguns profissionais que vestem o manto tricolor.

Até o jogo-treino desta noite, na Arena, empate por 0 a 0 diante do Juventude, MO era problema porque jogava. Agora, porque talvez não possa jogar. Ele saiu de campo lesionado e deve ficar de fora do jogo contra o São Luiz, domingo, 19h, em Ijuí.

Não sei como estão os titulares Geromel e Kennemann, só sei que a direção do Grêmio, tão eficiente e atenta, está brincando com fogo ao não reforçar o time com pelo menos um zagueiro, que seja minimamente competente. Andaram falando em Paulão. Ora, se não tem coisa melhor, por que não? ele jogou bem com Renato, tanto que arrumou um belo contrato no exterior.

O que não pode é ficar improvisando a toda hora um volante como zagueiro. Domingo, foi Michel. Agora, Rômulo. Vai fazer isso na Libertadores pra ver o que acontece. Ou num Gre-Nal.

Se há carência na zaga, sobram possibilidades do meio para a frente.

Por enquanto, com alguns jovens ganhando espaço e lesões que afastam um ou outro, Renato vai levando, fazendo um rodízio para testar as melhores alternativas para escolher seu onze titular. Chegará o momento em que ele terá de definir, por exemplo, quem é o camisa 9. Ou até mesmo – e torço por isso -, que não haverá um camisa 9, um centroavante típico. E sim um ataque móvel, com muita movimentação na frente.

Outra questão, quem será o jogador para fazer o flanco direito, ao estilo Ramiro? Eu colocaria Thaciano, já escrevi a respeito, mas meu palpite é que ele vai optar por Alisson, que voltou bem e tem ficha 1, a meu ver. Alisson não marca tão bem , mas tem mais qualidade com a bola nos pés, e é um jogador inteligente.

Diego Tardelli está recuperando o ritmo de jogo, e quando estiver bem Renato terá de arrumar um lugar pra ele: falso 9 ou na direita.

Marinho apenas como alternativa.

Mais um dilema, o volante ao lado de Maicon. Eu acredito que Michel é o primeiro da fila. Mas Matheus Henrique pede passagem. Não duvido que Renato mude o esquema para um 4-3-3, acomodando MH como um dos três volantes. Jean Pyerre fica como opção ao Maicon.

Bem, vamos aguardar os próximos movimentos de Renato nesse tabuleiro de xadrez.

Renato se rende ao talento da gurizada

Lamentei a expulsão do agressor de Pepê, que poderia ter saído de camburão do Jaconi. Genilson, com sua voadora no atacante gremista, mereceu o cartão vermelho direto (é raro o Leandro Vuaden fazer isso a favor do Grêmio). O problema é que prejudicou meu planejamento.

Eu esperava ver o Juventude com onze, jogando em sua casa, para observar melhor os jogadores que estão pedindo passagem ao time titular, ter uma avaliação mais precisa.

Mas o Ju ficou com um a menos logo aos 19 minutos, o que facilitou e muito o trabalho do time misto de Renato, que voltou a improvisar na zaga – o Midas do futebol está revelando um zagueiro, Michel, e recuperando o que parecia irrecuperável, o Marcelo Oliveira, que até goleador virou ao abrir o placar com um belo gol.

Exagero meu, e é de propósito, só para jogar um pouco de água fria na fervura em que ficou boa parte da torcida com a estrondosa goleada de 6 a 0 no clube que durante um certo período foi um adversário que impunha mais dificuldades e que não cairia para time misto algum dos grandes.

É preciso destacar, para não cair no esquecimento, que o Juventude terminou o jogo com dez em campo pela tolerância de Vuaden, que deixou em campo até o final o volante Rafael Jataí, que cometeu pelo menos duas faltas criminosas, dignas de vermelho direto. Mas se expulsasse mais um do Ju num jogo contra o Grêmio, Vuaden não estaria sendo Vuaden.

Dito isso, mesmo considerando as facilidades encontradas, não tem como enaltecer mais uma vez a atuação de Thaciano. Com ele, Matheus Henrique.

O técnico Renato mostrou-se sábio mais uma vez para estupefação de seus críticos e detratores, aqueles que hoje já não lotam sequer um fusca, quanto mais uma kombi.

SEm querer insinuar qualquer coisa, parece até que REnato é leitor desse blog e nele se inspira para arrumar a casa, nem tanto pelo que escrevo, mas pelo que dizem nos comentários os gremistas mais lúcidos e menos rabugentos.

No post anterior, após o jogo em Pelotas, destacamos que Thaciano tem todas as condições, e até mais e melhores, para substituir Ramiro. DEixamos uma porta aberta também para Matheus Henrique. Pois os dois foram escalados por Renato para essa função, revezadamente. A meu ver, acabou se impondo Thaciano, mas não tem por que não repetir a dupla em jogos realmente mais competitivos.

Para concluir, como é bom ver jogadores já descartados por muitos dando a volta por cima. É o caso de André, que está se revelando um jogador solidário e participativo.

Mesmo assim, ainda insisto que o Grêmio jogaria melhor sem o camisa 9 tradicional, ainda mais se há Diego Tardelli aquecendo os motores. Tardelli e Luan (que um tapa de luva em seus algozes habituais) se revezando; MH e Thaciano se revezando. SEria de pirar qualquer sistema defensivo.

Bem, Renato, fica a dica.

A gurizada pedindo passagem

Escrevi que o jogo contra o Pelotas não valia nada. Deveria ter ressalvado que serviria ao menos para conferir melhor alguns jogadores, e não apenas a gurizada, mas também Montoya e outros.

Além de reafirmar a liderança isolada do regional com os 2 a 0 na Boca do Lobo, um local sempre difícil de jogar, o jogo serviu basicamente para revelar (ao menos para mim) que Thaciano pode ser titular, basta que o técnico Renato abra sua mente, esqueça tudo o que ‘aprendeu’ no curso da CBF e invista mais nesse volante de múltiplas funções e de forte personalidade, um jogador que não se intimidade, como já foi visto em outras oportunidades.

Faltava a Thaciano uma atuação exuberante como essa de quarta-feira. Antes de ele fazer o gol (na verdade um golaço) eu refletia, entusiasmado com o futebol desse jovem destemido e desassombrado. Com o gol, então, fiquei eufórico.

Vejo em Thaciano condições de ser o primeiro volante, com a vantagem de ele chegar com facilidade ao ataque; pode ser também como segundo volante; e principalmente executando a função de Ramiro.

Olha a gente aqui discutindo alternativas para substituição de Ramiro, que muitos que conheço gostariam de ver fora do time e que vibraram com sua saída. Perdoai-os Senhor…

Thaciano tem a aplicação tática do ex-titular, marca forte e aparece como elemento surpresa na frente. Sem contar, que tem porte físico maior, inclusive para a bola aérea defensiva e ofensiva.

Eu se fosse Renato já colocaria Thaciano nessa função contra o Juventude, domingo, 16h, no Jaconi.

Se Thaciano me anima e me dá esperanças de um meio de campo mais forte e combativo, Montoya é só decepção. Primeiro, ele me parece desinteressado, parece que o jogo não é com ele. Toca a bola como um escriturário aplica o carimbo.

Teoricamente, Montoya foi contratado para jogar na de Ramiro. Mas até o momento não mostrou nada que justifique sua escalação. Está em adaptação, dizem. A gente percebe que ele tem qualidades, mas o que mostrou até agora foi pouco. Está devendo.

Por fim, bonita a jogada do segundo gol. Thaciano, Jean Pyerre (de ótima atuação), Alisson (dispensa maiores comentários), Pepê e Thony Anderson. Uma blitz de cinco gremistas contra dois zagueiros. A bola foi rolada por Jean Pyerre, que encontro Thony livre para fazer 2 a 0.

Destacando ainda Matheus Henrique, que a cada jogo adquire mais maturidade e confiança. Ele pode jogar na de Maicon ou, com mais urgência, poderia ser testado na função antes exercida por Ramiro.

Opções existe. Vamos ver o que Renato vai fazer diante de tantas alternativas e possibilidades táticas.

GALLARDO

Depois de 3 anos, ele voltou. Jogador mediano, bom para compor o grupo.

Resta saber por que o Grêmio não faz o mesmo em relação a um zagueiro, que pode ser mediano, tipo nota 7, mas que seja eficiente e seguro.

Pelo jeito o pessoal curte improvisações na zaga e viver fortes emoções.

HOMENAGEM

Com atraso, registro aqui a passagem para outro nível de um querido amigo, o Jornalista (assim com jota maiúsculo) Raul Rubenich. Foi no mês passado que ele nos deixou. Gremistão dos maiores e um especialista em política internacional (atuou durante anos nessa editoria nos jornais Correio do Povo e Zero Hora).

Descanse em paz, amigo.

HOMENAGEM ll

Segunda-feira será inaugurada a estátua do Renato. Será cobrado um quilo de alimento não perecível para quem quiser participar.

Há boatos de que até o Pedro de Lara, um gremista rabugento, admirador do Joel Santana, estará presente. Outro que está sendo esperado é o Francisco, que vai deixar sua Recife para comparecer e prestigiar o ato. Dizem que ele irá, enfim, fazer um elogio ao Renato.

Amanhã citarei outros nomes desses ‘passageiros da kombi’.

A zaga e o erro do ano passado

É um jogo que não vale nada, tanto quanto uma cédula de 3 reais (ao menos para o Grêmio), mas poderia ser um decisivo, como aquele contra o River Plate, quando na hora ‘h’ só havia Bressan de zagueiro.

Passei o ano todo cobrando a contratação de mais um zagueiro. Nada mudou. Estou eu aqui, ao lado de muitos do blog, implorando por um zagueiro que possa substituir Geromel e Kannemann sem maiores sustos e sobressaltos.

O último de bom nível é Paulo Miranda, contratado na gestão do Ico Roman. Quer dizer, faz tempo.

Apostar as fichas em Marcelo Oliveira, por melhor que seja sua participação como liderança positiva, é desafiar os deuses do futebol, mesmo aqueles que costumam olhar para o tricolor com carinho.

Por sorte, os três zagueiros de alto nível está indisponíveis num jogo que só interessa ao Pelotas. O Grêmio já está classificado, inclusive em primeiro lugar.

O Grêmio vai com Marcelo Oliveira de zagueiro, o que já é uma improvisação, e com um volante na zaga. Aí, eu pergunto: não tem alguém na base para uma emergência como essa?

Aliás, faz horas que não aparece um zagueiro competente oriundo das categoriais de base.

Espero que a direção entenda essa situação como um sinal de que precisa contratar, urgentemente, um zagueiro de bom nível. O ano é longo, os jogos quase se sobrepõem (a FGF está agora tentando alterar datas de dois jogos do clube na Libertadores).

Confira: https://gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/eduardo-gabardo/noticia/2019/03/fgf-aciona-conmebol-para-tentar-resolver-problema-de-calendario-do-gremio-cjtfzebu204o401uj76xy2cor.html

O mínimo que eu espero que a direção, de tantos acertos, tenha aprendido a lição e não repita o erro do ano passado.