Brocador não empolga, mas é um goleador

Chegou Hernane Brocador. O Grêmio tentou, e tentou de verdade, mas não conseguiu trazer André. Decidiu investir em outro centroavante de área, ao estilo de Jael.

São estilos parecidos, mas Brocador tem um histórico superior ao de Jael, apesar de instável, de irregular.

Na temporada 2013/2014, Brocador foi ídolo da torcida do Flamengo. Marcou 45 gols em 73 jogos. Não é pouca coisa. Tem muito camisa 9, alguns que inclusive passaram pelo Grêmio,que não atingiu esse número em toda a carreira.

Se for por uma questão de gols marcados, Brocador é até um reforço interessante.

No entanto, a contratação de outro ‘aipim’, outro camisa 9 de carteirinha, é uma sobreposição de peças.

O certo seria ter contratado um atacante com melhor técnica e mais mobilidade, como André, do Sport. Mas os pernambucanos pediram demais por um jogador de altos e baixos, inclusive com problemas extracampo em sua trajetória.

Ao não encontrar alguém do estilo de André, que joga pelo meio e pelos flancos, o Grêmio apostou em Brochador, que em abril completa 32 anos. É um atacante centralizado, de força e boa capacidade de conclusão, como provou em mais dois ou três clubes, o último é o Bahia.

Não é a contratação que eu esperava – não significa que o Grêmio desistiu de um goleador com a característica de André, ou do próprio André -, mas é melhor do que ficar dependendo de Jael.

Preferia apostar em alguém da base, mas quem?

O último camisa 9 inquestionável formado pelo Grêmio foi Alcindo. Sim, é verdade, podem pesquisar. É um dado alarmante, mas verdadeiro.

Por fim, Hernane Brocador é o que havia no mercado dentro das condições financeiras do clube. Se ele repetir sua passagem pelo Flamengo, se trata de um reforço importante para essa temporada de muitas competições.

Com ele, ao menos, diminui o risco de Jael entrar. Ele não empolga, mas se trata de um goleador.

Só espero que Renato não desista de sua preferência, um ataque de mais movimentação, sem centroavante fixo – como ficou provado na CB de 2016.

E que ele resista ao bombardeio midiático por um ‘aipim’, preferência de boa parte dos torcedores gaúchos, em especial os gremistas.

Bem, por enquanto, os fãs do camisa 9 gigolô de time estão vencendo.

 

 

 

Neca e o falso 9

O blog cornetadorw propõe um debate interessante ao lembrar que essa história de aipim x atacante flexível é mais antiga que ‘pedir fiado’, como se dizia.

RW recupera a figura de Neca, um atacante/meia que o Grêmio trouxe do Esportivo por indicação do mestre Enio Andrade.

Pois o cara empilhou gols, 42 num ano, em 1975. Vocês imaginam alguém fazendo tantos gols hoje no futebol brasileiro?

Neca, apesar de tantos gols e passagem pela seleção brasileira, era questionado. O Paulo Sant’Ana, guru de alguns, atacava o Neca, salvo engano de minha memória.

Agora ao que interessa: Neca era o falso 9 no esquema de Ênio. Seria um Luan hoje, só que com menos técnica, mas mais objetividade e força. E melhor capacidade de conclusão. Era um outro futebol.

O ‘texas’ acabou com o Neca, que foi brilhar em terras mais civilizadas.

Vale a pena ler o material do RW.

De minha parte, sou adepto fervoroso do falso 9, mas gosto de um 9 tipo o André, do Sport.

 

Grêmio entra de corpo e alma no campeonato

Foi uma vitória para matar secadores (gremistas e colorados). Dos colorados não esperaria outra coisa, mas é duro ver gremista secando o próprio time porque desprezam o Gauchão ou porque consideram que o ‘prazo de validade do Renato já venceu’ (sério, eu li e ouvi isso nesses dias bicudos) e para ter essa tese absurda confirmada acabam torcendo contra o clube.

Sei de gremista que gostaria de ver o Grêmio rebaixado no regional ‘só para sacanear o Novelletto’; tem também aquele gremista que colocaria um time C para enfrentar o Inter em algum momento, mesmo arriscando levar uma goleada histórica. Vá entender cabeça de torcedor.

A grande maioria, porém, pensa diferente. Não aceita ver o time nessa situação humilhante. Por isso, vibrou muito com a reação diante desse time muito bem armado pelo Clemer (o que, aliás, constatei e escrevi aqui após assistir à vitória dos pelotenses sobre o Inter que o jogo seria duro).

O Brasil recuou todo e marcou firme, sem ser desleal para minha surpresa. Foi uma marcação tão bem feita que o Grêmio ficou girando a bola e praticamente não entrou na área do adversário no primeiro tempo. A melhor chance gremista foi um chute de fora da área do Maicon, que aos poucos volta a ser o grande Maicon da Copa do Brasil/2016.

Já o Brasil, com sua retranca sólida e opções ofensivas, poderia ter feito 2 a 0 no primeiro tempo. Marcelo Grohe fez milagre num chute à queima-roupa, da risca de pequena área. No minuto seguinte, Robério fez 1 a 0, um belo gol, mas a zaga ficou olhando.

No segundo tempo, Renato sacou Madson, figura de novo muito apagada, comprometedora mesmo, e também Jaílson. Entraram Alisson e Jael. com isso, Renato acertou o time. Já o Brasil não conseguia mais manter a marcação rígida do primeiro tempo, talvez em função do cansaço de algumas peças. O fato é que o Grêmio encontrou mais espaço para atacar.

Alisson empatou com um chute no canto direito, com Marcelo Pitol sendo traído pelo pique da bola. Depois, Éverton acreditou numa bola quase perdida, lançamento do Maicon, e cruzou para a área, onde apareceu Luan para fazer 2 a 1.

Depois disso, o Grêmio administrou a vantagem que o coloca na disputa por uma vaga à próxima fase, para frustração de um tipo de gremista que prefere ver o Noveletão  desmoralizado sem o Grêmio na disputa a ver seu time recuperando a hegemonia regional. Tem gremista que quer o Grêmio escapando do rebaixamento, mas ficando de fora da próxima fase.

De minha parte, vi um Grêmio entrando de corpo e alma no campeonato. Como deve ser.

ARBITRAGEM

Por fim, a arbitragem. Gostei do Anderson Farias. O problema dele foi o bandeirinha que marcou impedimento num lançamento para Alisson, que ficaria sozinho diante do goleiro. Poderia ser o terceiro gol. Continua valendo aquela máxima do Noveletão: na dúvida contra o Grêmio. Assim é e assim será.

TRANSIÇÃO

César Bueno (ainda não descobri quem é o padrinho dele no Grêmio) perdeu o cargo. Nada mais justo, seu trabalho foi muito ruim no time de transição. Só serviu para ajudar a queimar alguns jovens da base e deixar o clube em má situação no campeonato.

Sim, houve soberba da direção, que acreditava que com o time C faria uma campanha ao menos mediana para transferir o bastão aos titulares. Entregaram uma batata quente.

Agora a direção aposta em outro novato, Thiago Gomes, que foi auxiliar do Falcão no Sport. Insisto: por que não deixar essa gurizada com um técnico cascudo do nosso interior?

Tenho certeza que o Grêmio estaria hoje em situação muito mais confortável no regional.

Grêmio terá de jogar muito para seguir vivo no regional

“Restam seis vagas, uma delas é do Grêmio”, afirmou Renato Portaluppi após a surpreendente derrota por 1 a 0 diante do modesto Cruzeiro, em plena Arena.

Nem o gremista mais pessimista, – tão pessimista que não seria aceito nem no bando dos urubulinos, gremistas que invariavelmente preveem o fracasso tricolor – imaginaria um resultado negativo na volta do time titular. Jamais.

Foi um placar injusto, porque o Grêmio criou boas situações de gol. Seu goleiro foi destaque, enquanto Grohe quase não trabalhou. O Grêmio com sua equipe titular foi superior, mas não cristalizou isso no marcador.

Além da falta de perícia nas conclusões e também no penúltimo passe, tem a questão da arbitragem.

Conforme tenho escrito e repetido há anos, no Gauchão vigora uma norma que não está escrita, mas paira no ar: na dúvida, contra o Grêmio. Na maioria das vezes é isso que acontece.

Sábado, naquele horário absurdo, o juiz Jean Pierre (sempre que deparo com esse nome lembro daquela inaceitável não expulsão do Damian, em Santa Cruz), foi ágil e preciso para marcar pênalti contra o Grêmio. Ele acertou, foi mesmo, mas é daqueles lances corriqueiros, que normalmente um juiz deixa passar.

Depois, ele deixou de assinalar dois pênaltis contra o Cruzeiro. No primeiro, Éverton foi calçado junto à linha de fundo, com a bola dominada. O ‘comentarista’ Batista disse que houve o toque, mas foi sem força e que Éverton se jogou.

No outro pênalti, Lima foi empurrado quando invadia a área. O adversário foi direto no corpo de Lima dentro da área. Pierre, em cima da jogada, fez olhar de paisagem.

Posso estar enganado, mas não ouvi ninguém do Grêmio reclamando. Estarei eu vendo coisas, ou o silêncio sobre os dois lances foi por constrangimento.

Para um time que está pegando ritmo, cada erro desse tipo tem um peso enorme.

Resumindo, o Grêmio até que jogou bem para quem está voltando. Mereceu vencer na bola, mas encontrou uma arbitragem que cometeu os tais erros humanos, tão comuns no Noveletão.

O maior ensinamento desse jogo contra o Cruzeiro é que o Grêmio terá que jogar mais do que jogou no sábado, porque precisará superar outros obstáculos.

E de nada adiantará Renato prometer isso ou aquilo. Antes que qualquer coisa, é preciso combinar com os russos (como diria o Garrincha), mas os ‘russos’ não estão a fim de conversa.

Assisti hoje à vitória do Brasil de Pelotas sobre o misto do Inter. Esse time, adversário tricolor na quarta-feira, armado pelo Clemer tem qualidade, marca bem e contra-ataca com velocidade. Será muito mais difícil que o Cruzeiro.

Aonde eu quero chegar? Simples, não será nada fácil a classificação.

Mas como disse o presidente Romildo, se o Grêmio ficar de fora não será problema. Parece que será um alívio a eliminação (sem o rebaixamento humilhante, lógico). Percebo que muitos gremistas pensam da mesma forma.

Os onze mil heróis que foram à Arena no sábado à noite não pareceram muito incomodados com resultado negativo. Em outros tempos, haveria vaia, ou pelo menos murmúrios.

Esse sentimento, eu acredito, se deve aos efeitos do tri da América e ao desprezo que nove entre dez gremistas têm pelo campeonato do Novelletto.

Eu também desprezo o Gauchão, mas acho que o Grêmio deve brigar pelo título.

O primeiro passo, agora, é garantir a classificação. Para isso, será necessário encarar o Gauchão como uma mini Libertadores.

Sinceramente, não sei se o Grêmio quer tanto assim esse título.

 

Noveletto: o cavalo passou encilhado e o Grêmio não montou

Que o presidente Noveletto dá uma sorte danada para o Inter, ninguém tem dúvida. O curioso é que essa sorte nos últimos tempos só acontece regionalmente, ou seja, na região abaixo do Mampituba.

Cruzou a divisa com Santa Catarina tudo muda.

Esse fenômeno tem me tirado o sono. Faz tempo. Fico imaginando o que aconteceria se Noveletto, conselheiro colorado que um dia tentou ser presidente do clube, assumisse um cargo de relevância nacional no futebol.

Uma vice-presidência ou, pior, a presidência da CBF. Quem sabe um posto internacional, uma diretoria da Conmebol.

Não se enganem, Noveletto tem ambições. E é competente. Andou se assanhando para disputar o comando da CBF, mas encontrou pela frente gente mais ligeira que ele.

E olha que Noveletto é rápido no gatilho. Por exemplo, o estatuto da FGF dizia que conselheiro eleito de algum clube filiado não poderia ser presidente da entidade. Ou seja, a candidatura de Noveletto contrariou o estatuto. Ele poderia ter sido destituído.

Na época, o presidente Romildo partia para um enfrentamento com o chefão da FGF. Eu cheguei a pensar que o Grêmio poderia ingressar com uma ação para afastar Noveletto da federação.

Tem um ditado português que diz: ‘Antes que o mal cresça, corte-lhe a cabeça’.

Em setembro, foi alterado o estatuto, que agora permite que um conselheiro eleito seja dirigente da federação, inclusive presidente. Ele arrumou a casa.

São praticamente 14 anos de presidência obtida de forma irregular, ilegal, como está claro no estatuto anterior. Aliás, a mudança apressada do estatuto é uma confissão.

O fato é que o cavalo passou encilhado, e o Grêmio não montou.

O interessante é que o estatuto, em vigor desde setembro, não estava publicado no site da FGF, conforme divulgou o blog cornetadorw ontem pela manhã.

CONFIRAM: http://cornetadorw.blogspot.com.br/2018/01/como-se-faz-um-post-sem-internet-de.html

O documento apareceu hoje, como num passe de mágica. Resultado, claro, da repercussão nas redes sociais do fato descoberto pelo RW e sua rede de  corneteiros.

Então, agora Noveletto está tranquilo, sereno, pode continuar articulando para cruzar o Mampituba. Está no seu direito. Não duvidem, um dia ele chega lá. Parte por culpa do Grêmio.

Restar esperar que a sorte que ele dá ao Inter não o acompanhe na CBF, nem na Conmebol.

GAUCHAO

O time titular do Grêmio volta neste sábado. Local: Arena. Horário (acreditem): 21h30

Esse é o tamanho do respeito que a federação tem pelo Grêmio, e sua torcida.

O Grêmio e a obsessão por centroavante de carteirinha

Nada contra o Gonzalo Carneiro, centroavante que o Grêmio parece estar contratando.

O que me preocupa é o que essa contratação representa. Ela indica um fascínio por atacante grandão, de técnica pobre, pouca velocidade e muita força física.

Eu pensei que Jael já satisfaria esses adoradores de aipim, fãs do camisa 9 tradicional, uma espécie cada vez mais rara e quase ausente de qualquer grande clube do futebol europeu.

Quem tem Jael, não precisa de outro ‘camisa 9’. Imaginei que o Grêmio, sua direção e comissão técnica, estaria em busca de um atacante de área, mas de movimentação, com flexibilidade e boa técnica, como foi Lucas Barrios em seus melhores momentos na Arena.

De certa forma, fico decepcionado com Renato, o ídolo que vai virar estátua, conforme ficou decidido em reunião do Conselho Deliberativo e com a qual eu não concordo.

Pensei que Renato, depois de acertar o time na Copa do Brasil de 2016, com um ataque de muita movimentação, sem o tal centroavante de área, capaz de fazer gols salvadores de cabeça, havia encontrado a fórmula do sucesso no futebol atual. Muita velocidade, troca de posições, movimentação intensa e chegadas surpreendentes dos homens de trás.

O experiente Robinho, vendo tudo isso no Grêmio campeão da CB 2016 saiu atordoado de campo e sequer disfarçou sua admiração pelo futebol que o tricolor jogou nas fases decisivas do torneio sem um atacante fixo na área.

Os sinais indicam, lamentavelmente, que Renato sucumbiu ao atacante de área, com a mobilidade de um cone, ou de um aipim. É uma pena.

Pode ser que o Grêmio esteja adotando a tática do quero-quero, que canta aqui e põe o ovo ali. Não é o que parece, mas é o que eu gostaria. Sugere a contratação desse talento do glorioso Defensor e anuncia um atacante mais adequado ao futebol atual e ao esquema de jogo do time.

Fora isso, resta torcer para que o uruguaio dê certo (o que eu duvido apesar dos lances que vi dele) e se transforme num novo Jardel, sonho que se renova a cada início de temporada na cabeça de certos gremistas na aldeia.

DE LEÓN

Hoje, li que o técnico do Defensor elogiou bastante esse jovem centroavante do decadente futebol uruguaio. É claro que ele só poderia elogiar.

Sugiro que ouçam o De León e algum técnico adversário do Defensor. Pelo menos serão opiniões mais confiáveis.

Segue a campanha deprimente e a fritura de talentos

Quando começou o Noveletão havia muita expectativa e, em alguns casos, entusiasmo em relação aos jovens que teriam uma sequência de jogos nas primeiras rodadas.

A gente sabe que o funil no futebol é inevitável. Esses que estão jogando venceram uma etapa, outros tantos ficaram pra trás. Então, esse grupo eleito para jogar (por bola e/ou por ‘quem indica’) está muito perto de atingir seu objetivo profissional: ascender ao grupo principal.

Mas todos nós sabemos que pela lei das probabilidades apenas uns dois ou três, se tanto, serão aproveitados agora, o restante, a maioria, vai acabar em algum clube médio/pequeno ou até voltar aos bancos escolares. É assim. É cruel, mas é assim. E isso vale para todas as profissões.

Vale também, por exemplo, para candidatos a treinador, como é o caso desse rapaz responsável por treinar o time de transição. A direção gremista cometeu um erro ao entregar esse grupo inexperiente e cheio de expectativa e ansiedade nas mão de um noviço.

Com tanto treinador experiente em Gauchão desempregado. Lembrei semana passada do Beto Almeida, mas há outros.

O fato é que o time está aí, na verdade uma caricatura de time. Eu não espero um time entrosado em tão pouco tempo, mas ao menos poderia ser um time compactado, sem essa distância entre os setores que mais uma vez se viu hoje no Passo d’Areia.

O Grêmio perdendo por 2 a 0, faltando dez minutos, e nada de fazer uma pressão, marcar a saída de bola. Instalar-se no campo adversário é o mínimo que eu esperava. O goleiro do Zequinha foi um espectador, só não privilegiado porque o que se via nesse terrível campo sintético era uma pelada deplorável.

Temos, então, o Grêmio C/D despencando na tabela de classificação e na qualidade do seu futebol. Em Ijuí, o time até que foi bem e merecia ter vencido. No segundo tempo, fez um grande primeiro tempo, caindo no segundo. No terceiro jogo, dois tempos ruins, como agora.

Time em queda livre. Espero que já na próxima rodada entre o time titular. Porque queiram ou não é o Grêmio que está jogando, ou tentando jogar.

BRASILEIRÃO

Agora, o que me assusta são os sinais que saem da Arena anunciando o Armagedon gremista no Brasileirão/2018. Há indicativos assustadores, preocupantes, de mais uma vez priorizar a Copa do Brasil em detrimento do Brasileiro. Jogaria, como no ano passado, um time B/C.

Duvido que isso aconteça, até porque sempre tem o risco de rebaixamento. Mas são os sinais apocalípticos que ando percebendo.

Lembrando que esse time proposto no ano passado em dez jogos não venceu nenhum, conquistando apenas 2 pontos.

Repito, não acredito que isso se crie.

MATHEUS HENRIQUE

Nessa frigideira com pouca banha que virou o time de transição alguns guris da base estão se queimando. Hoje, o que mais aparece com condições de subir e até brigar por um lugar no time titular é Matheus Henrique. Depois, ou ao lado dele, o Jean Pyerre.

Os demais estão sendo fritos em pouca banha, conforme previ que aconteceria se não houvesse uma troca de comando no time.

Duvido que com Renato essa gurizada não apresentaria mais regularidade positiva.

Sobre Matheus Henrique, que era conhecido como Matheuzinho, é preocupante o fato de que ele, há três anos, foi dispensado. Ainda bem que foi trazido de volta. Ele estava no São Caetano

Importante saber quem foi o gênio que o dispensou e, principalmente, que foi o responsável por trazer esse talento de volta.

PADRINHO

Outra questão, quem é o padrinho do técnico César Bueno, que hoje culpou o campo sintético pela derrota.

JUIZ

O segundo gol do Zequinha foi marcado por um jogador que estava em posição de impedimento. Um lance difícil para o bandeirinha. Mas de novo temos ‘na dúvida contra o Grêmio’. E assim vai o Noveletão.

Mais do que na hora de Renato assumir o time no Gauchão

Esse time C do Grêmio repete o que fez seu similar no ano passado, acumulando algumas boas atuações e muitos resultados negativos.

Foi com esta frase que eu abri meu comentário anterior. Ela continua valendo.

O time do denominado time transição do Grêmio (transição para o inferno?) fracassou de novo. Desta vez, não dá para isentar de responsabilidade nem seu ataque. Mas ainda sem descer ao nível do seu sistema defensivo, que, na verdade, desconfio que nem exista.

Não assisti a todo jogo por questões pessoais. Vi boa parte do primeiro tempo, que terminou em 1 a 0, pênalti bem batido por Jean Pyerre. A penalidade resultou de bela jogada do Matheus Henrique.

Só voltei a ver o jogo quando, pra minha surpresa, deparei na tela com o placar de 2 a 1 para o Avenida, que, pra quem não sabe é meu time no interior.

Levei um susto. Decidi conferir o fiasco. Desisti. O Grêmio estava muito ruim. É um amontoado.

Renato precisa assumir imediatamente a função sob pena de queimar alguns talentos que estão surgindo e também porque quem entra em campo é o Grêmio, independente de que letra do alfabeto for o time.

Sei que a maioria dos parceiros deste blog rejeita o Gauchão custe o que custar. Pois bem, hoje o Grêmio está na zona do rebaixamento. O clube campeão da América está na zona do rebaixamento.

Bem, lá no finalzinho liguei o rádio. Já estava nos acréscimo. Gol de Paulo Miranda. Foi aí que soube que ele havia falhado no segundo gol do Avenida. O primeiro foi falha coletiva e outro gol de cabeça.

Desliguei o rádio e corri para ligar a TV e ver os minutos derradeiros. A primeira imagem que vi foi a torcida da minha terra comemorando. Pensei: comemoram o empate. Ledo engano. Inacreditável, em menos de dois minutos o Grêmio havia levado o terceiro gol. Outra derrota. Jogou como nunca, perdeu como sempre.

Desta vez, sem erro de juiz.

RENATO

No comentário anterior sugeri que Renato assumisse imediatamente o lugar do César Bueno, que conseguiu perder dois jogos seguidos no segundo tempo, indício de que ele não sabe o que está acontecendo.

Se não der para Renato assumir, que se contrate alguém mais experiente, um Beto Almeida, por exemplo. Tenho certeza de que com ele a situação seria muito melhor.

PARANOICO

Como eu sou muito paranoico, cheguei a pensar o seguinte:

se o Grêmio queria avacalhar com o Noveletão sendo eliminado na fase classificatória (por favor, rebaixamento não), mas sem perder a grana da TV, está no caminho certo (com apoio de muitos gremistas).

Mas é claro que não se trata disso. Ou se trata?

Mas acho que é ruindade coletiva mesmo.

CAXIAS

Muita gente acreditava que o Caxias iria abrir as pernas. Eu mesmo pensava que o Inter passearia no Centenário. Surpresa: Caxias venceu a ‘máquina’ por 2 a 1.

Um duro golpe para os reds da mídia.

Vencer o Gauchão é questão de honra

Esse time C do Grêmio repete o que fez seu similar no ano passado, acumulando algumas boas atuações e muitos resultados negativos.

No jogo deste sábado, então, a gurizada gremista arrasou no primeiro tempo do meio para a frente, a ponto de a torcida cantar ‘olé’ antes do intervalo, uma precipitação que custou caro.

A amostra é pouca, mas já indica que é preciso fortalecer o time o mais rápido possível. O time está naquela de ‘jogou como nunca e perdeu como sempre’.

É inaceitável, mesmo para um time inexperiente, permitir tantos cabeceios em sua área.

O técnico Roger Machado começou sua derrocada no Grêmio quando os adversários se divertiam vencendo as disputas pelo alto e acumulando gols de cabeça.

Foi preciso trocar de treinador para ‘fechar a casinha’, armando uma artilharia antiaérea.

RENATO PRECISA ASSUMIR

Posso estar sendo precipitado, mas esse técnico do time C não sabe como impedir os gols pelo alto. Assim como não soube evitar a reação caxiense. César Bueno disse que o time foi inexperiente. Eu acrescento que ele também o foi.

Aliás, penso que o titular Renato Portaluppi deveria comandar o time.

O fato é que o Caxias deitou e rolou. Nicolas, que marcou o primeiro gol na vitória de 5 a 3, poderia ter feito pelo menos mais um de cabeça. O zagueiro Laércio fez um pelo alto e outro de chiripa, com a bola batendo em sua coxa após cobrança de escanteio.

ARBITRAGEM

É bem verdade que o juiz Vinicius Amaral deu uma mãozinha ao assinalar um pênalti inexistente (ainda veremos muito disso), que o experiente João Paulo converteu.

O juiz foi conivente com as pancadas dos caxienses principalmente os talentosos Matheus Henrique e Jean Pyerre. Mas esse é o noveletão…

O goleiro Bruno Grassi, que até salvou um gol, não chegou a cometer falha mais grave, mas não sei se Marcelo Grohe não teria evitado uns dois gols. Agora, ele é o menos culpado.

TÍTULO REGIONAL É QUESTÃO DE HONRA

Cabe agora à direção atuar para evitar que esse tipo de coisa aconteça, começando por mandar Renato para a casamata, que é o seu lugar, não o camarote.

Está passando da hora de romper a hegemonia vermelha na aldeia. O Grêmio terá de jogar o suficiente para também atropelar as arbitragens do Gauchão. Vejo o título como uma obrigação, questão de honra mesmo.

Respeito quem pense o contrário.

DESTAQUES

O primeiro tempo do Grêmio, tirando os cabeceios em sua área, foi estimulante. Posso estar equivocado, futebol tem disso, mas há algumas pedras preciosas a serem lapidadas.

Destaco nesse jogo o Matheus Henrique, Jean Pyerre, Isaque, Pepê e Lima.

Quem fez o que eles fizeram no primeiro tempo e em alguns lances do segundo merece todo apoio e incentivo. E paciência.

A volta de Cacalo e as mudanças no Sala

A grande notícia do dia é a mudança no programa Sala de Redação, que já não é o mesmo faz tempo, nem nunca mais será.

Ontem, consumou-se o que era murmurado na ‘rádio corredor’, a saída do Cacalo. Sai Cacalo, entra David Coimbra, que funciona melhor escrevendo do que falando. Mas é um grande nome, sem dúvida.

Não vou entrar no mérito das mudanças, feitas para estancar a audiência em queda, conforme percebo em contatos com amigos, conhecidos e assemelhados.

O que interessa aqui – e aí pensando no Grêmio -, é que um dos dirigentes mais vitoriosos do clube está liberado, pronto para assumir uma postura mais atuante, mostrando a cara, pronto para calçar a chuteira e, quem sabe?, até disputar a presidência em 2019.

A oposição, que não se considera oposição, tem agora o nome que lhe faltava para confrontar com Romildo e sua gestão vitoriosa.

Cacalo, que na verdade nunca se afastou da política tricolor, atuava mais nos bastidores defendendo suas ideias, entre elas a de que é preciso empilhar centroavantes para ser campeão.

Uma concepção de futebol que defendi por muitos anos, mas que considero superada.

Sou minoria aqui no ‘Texas’, apelido que cornetadorw deu para esse território abaixo do Mampituba em que predominam os defensores do futebol força, do calção embarrado, do volantão que bate na sombra e do gol de cabeça do centroavante aipim.

Bem, mas não é isso que importa agora. A grande notícia do dia é, na verdade, não a mudança no Sala, mas a volta de Cacalo, agora sem amarras, ao jogo de poder no Grêmio.

Aguardemos as movimentações no tabuleiro tricolor.

DOZE EM TREZE

Estou engajado na campanha do cornetadorw de homenagear os esquecidos campeões dos anos 50 e 60. Foram 12 títulos regionais em 13 anos. Naquele tempo, o Gauchão era o que nos restava.

Quem souber o paradeiro de alguns craques daquele tempo por favor nos informe.