O jogador-problema e o dirigente acomodado

Eu sou do tempo em que o bom dirigente de futebol dedicava parte do seu tempo para tornar o jogador-problema do dia-a-dia em jogador-solução na hora do jogo.

Lembro de um algoz meu – e de milhares gremistas que chafurdaram na lama do inferno nos anos 70, com uma breve pausa para respirar, em 1977 -, o Frederico Arnaldo Balvê, dirigente colorado. Era um mestre, porque sabia como chegar no jogador-pedra-no-sapato, como lidar com o jogador mordedor (não literal, tipo o Suarez), etc.

Lula e Manga, dois dos maiores problemas de Balvê se transformavam em solução nos jogos. Naquele tempo a gente dizia, ‘incomodavam durante a semana e resolviam no domingo’. Hoje, como os jogos acontecem em qualquer dia, a frase precisa ser adaptada.

Dirigente de futebol de verdade se preocupa em incorporar o jogador problemático (hoje, o maior problema parece ser o álcool e as drogas ilícitas) e trabalha forte nesse objetivo.

Mas pelo que tenho acompanhado, assim meio de longe, mais embasado em informação do que em observação, os dirigentes atuais, assim como boa parte dos treinadores, não se esforçam tanto quanto um Balvê.

Não consigo entender, tem aquele monte de especialista trabalhando no futebol e mesmo assim se perde algum jogador para as drogas. Será que não está faltando um corpo-a-corpo, uma conversa ao pé do ouvido? Talvez um carinho, uma atenção maior?

Poderia contar algumas histórias de como agiam técnicos como Espinosa, Ênio Andrade, Minelli e Felipão, só para citar quatro exemplos.

Realmente, não sei, por exemplo, o que faz o vice de futebol Duda Kroef, a respeito. Pra mim, um bom dirigente de futebol consegue recuperar as ovelhas desgarradas. Não pode ser acomodado.

E quanto menos se meter no vestiário, melhor. A não ser que seja alguém que conheça futebol e que o técnico respeite.

Outra posição que tenho: dirigente de futebol não pode tirar férias no período dos jogadores. Punta del Este que fique para depois, quando o time estiver estruturado, reforçado para enfrentar a temporada. Aí, só aí, o dirigente pode sair por aí curtindo a vida adoidado.

Bem, não sei se perceberam, mas tudo isso para falar do Luan. Ele estaria com problemas de comportamento. Setores do Grêmio querem negociá-lo. São os ‘modernos’, aqueles que acham que o jogador hoje é um atleta, um profissional, e que precisa ter responsabilidade natural, de acordo com a fortuna que lhe é paga mensalmente.

Esse tipo de dirigente não me serve. Os dirigentes atuais – treinadores – deveriam conhecer um pouco mais a história do futebol para ver que muitos clubes só foram campeões porque tiveram dirigentes que sabiam transformar o problema da semana na solução do domingo.

Penso que pode ser isso que está faltando ao Luan, jogador diferenciado, melhor da América em 2017. Um jogador que JAMAIS poderia entrar em troca-troca, ainda mais em negócio envolvendo jogadores medianos.

Negociar Luan para ‘livrar-se de um problema’ é, na verdade, o primeiro passo para criar outro muito maior.

Luan fica e Thiago Neves ainda pode vir

A notícia de uma eventual troca de Luan por Thiago Neves, Murilo e Raniel (os dois últimos tão bons que o Cruzeiro os coloca como moeda de troca, e o primeiro em suave decadência) realmente é assustadora.

O lado positivo é que partiu do Cruzeiro, que pelo jeito gosta de colocar suas promessas nos negócios. E promessas são promessas, nem sempre se cumprem. No futebol, a maioria acaba frustrando expectativas.

O lado negativo é que o Grêmio, segundo a saraivada de notícias (é sempre assim quando se trata de algo negativo para o clube), a direção e sua comissão técnica estariam avaliando a proposta.

Não sei se foi a força dos protestos de gremistas nas redes sociais, mas o fato é que esse negócio decididamente não sai.

Foi uma ação desesperada do Cruzeiro, que faz de tudo para manter Thiago Neves, que se mostra muito inclinado a defender o Grêmio e trabalhar com o velho parceiro Renato Portaluppi.

O Grêmio, felizmente, quer continuar com Luan, cujo contrato vigora por mais dois anos. E Luan não quer sair. Está muito contente com seu salário de R$ 600 mil mensais, ou algo parecido.

Tudo se encaminha para a vinda de Thiago Neves. Sem Luan no negócio.

De minha parte, não me entusiasmo com Thiago Neves, que já foi um excepcional jogador. Não sei os valores da transação, mas é preciso muito cuidado em investir em um jogador que completa 34 anos ainda neste ano.

Espero que o presidente Romildo se mostre sábio mais uma vez e só faça negócio se realmente estiver dentro dos padrões estabelecidos pelo bom senso.

Uma estátua para Luigi

O ex-presidente do Inter, Giovanni Luigi, é um injustiçado. É raro encontrar um colorado que o exalte. Os elogios e homenagens são destinadas normalmente ao ex-presidente Fernando Carvalho, aquele que montou uma operação para impedir a queda para a segundona e acabou fracassando.

Luigi tem o jeito gentil e educado de FC, com quem começou no clube. Muito diferente, por exemplo, de Vitório Piffero, a quem sucedeu na presidência em janeiro de 2011 – pouco depois do histórico fiasco diante do Mazembe.

Com seu estilo discreto, mas incisivo, Luigi dirigiu o clube num momento importantíssimo, pouco reconhecido pela maioria dos colorados. Torcedor é assim, o que importa são os títulos, as grandes conquistas dentro de campo. Neste aspecto, ele ficou devendo.

Mas Luigi deixou o clube com um crédito enorme. Enfrentou todas aquelas questões nebulosas envolvendo a Copa do Mundo em Porto Alegre -lembram das estruturas temporárias?- e foi, principalmente, vitorioso numa queda de braço interna: a reforma do Beira-Rio.

Havia um grupo, liderado por Piffero, que pretendia bancar as obras com recursos próprios (uns 26 milhões oriundos da venda dos Eucaliptos). Foi uma árdua disputa interna.

Se Luigi tivesse perdido, a reforma seria feita por Piffero e seus parceiros.

Lembrei-me desse episódio hoje, diante da denúncia do MPE, que, analisando as polêmicas contas da gestão Piffero (2015/2016) concluiu ter encontrado no clube uma ‘verdadeira organização criminosa’ nesse período.

Desconfio que se não fosse Luigi o BR até hoje não estaria concluído.

Está aí um sujeito que merece ser reverenciado pelos colorados, e quem sabe até homenageado com uma estátua ou tendo seu nome em um dos prédios do clube, talvez o próprio estádio.

RENATO

Desde ontem o assunto predileto de alguns setores é o desligamento do diretor executivo do Grêmio, André Zanotta.

De repente, ele ficou muito valorizado.

Tudo porque rola por aí um boato de que ele teria batido de frente com Renato. Há inúmeras versões, e como se sabe as versões são mais picantes que os fatos.

Não vou entrar no mérito se o que dizem é ou não verdade.

Só sei que entre Zanotta e Renato eu fico com Renato. Não sei exatamente qual a contribuição desse profissional para as grandes vitórias recentes do time. Certamente, não fazem cócegas no trabalho desenvolvido por Renato.

Até onde eu sei, diretor executivo executa. Ele faz o que lhe é solicitado. É mais ou menos o que foi o ‘seu’ Verardi, mestre nessa área.

Zanotta encerrou seu ciclo, e talvez um dia volte.

Enfim, uma simples saída de um funcionário provoca boatos e intrigas. Tudo porque do outro lado está Renato, e ele sempre rende notícia, material raro nesta época do ano.

Os grupos e a politicalha no futebol

Não sou de ficar fazendo projeções a partir da definição de grupos ou de tabelas de jogos. 

A frase é velha, mas perfeita: o time é que faz tudo ficar mais fácil ou mais difícil.

Por mim, enfrentaria sempre os mais fortes no início. Detesto morrer na praia, depois de chegar tão perto. Exemplo, se o Grêmio tivesse sido eliminado pelo River e pela Comebola logo no começo, teria mais condições de se dedicar ao Brasileirão. 

Então, prefiro adversários fortes no começo e mais fracos no fim. 

Como não sou estudioso do futebol latino-americano, não sei se o grupo do Grêmio (cabeça de chave do grupo H), é fraco ou complicado. Leio que é complicado.

Meu olhar de neófito na matéria diz o contrário: é um grupo relativamente fácil. Mas, repito, não sou especialista.

Rosário Central, Universidad Católica e o vencedor do grupo 3 são os adversários. Penso que dá pra classificar em primeiro lugar.

Desde que não perca mais um titular, como aconteceu com Ramiro (ele vai fazer falta, embora saiba que poucos concordam comigo).

Novelletto vem aí

Já o Inter pegou o River Plate. Agora só com ajuda do Novelletto, que em abril assume uma vice-presidência da CBF e anda se assanhando para os lados da Conmebol.

Não sei nada sobre os times latino-americanos, mas sei tudo sobre a politicalha no futebol.

Vão lembrar de mim – espero que não – quando coisas estranhas começarem a acontecer na Libertadores.

Viva ‘Urubulinos e Oficialistas’

Meu afastamento do blog está servindo para um monte de coisas, a começar por uma reflexão sobre se vale a pena, na última curva da minha existência, ainda assumir compromissos e responsabilidades.

O blog, que comecei a escrever com outro nome, no começo da década passada, servia como uma válvula de escape. Era meu refúgio, onde eu poderia escrever o que quisesse sem dar satisfação para ninguém, apenas para minha consciência.

Aos poucos fui sendo possuído pelo blog. Hoje, eu sei que o blog tem vida própria, já não me pertence, e isso me deixa sereno e feliz.

Eu já desconfiava que era uma partícula descartável quando percebia que quase ninguém comentava o que eu escrevia. Cada um saía por um lado, cada um na sua trincheira, disparando farpas e torpedos. E eu no meio do fogo cruzado.

Hoje, constato feliz que se eu largar tudo agora o blog vai sobreviver, moto-contínuo, até o fim dos tempos – que pelo jeito não está longe.

Vi que são mais de 800 comentários na minha ausência. Nenhum deles, claro, comentando o artigo sobre a permanência de Renato. 

Que bom que esta é uma terra de ninguém. Cada um é livre para expressar o que sente, dentro de limites éticos e morais por todos aqui conhecidos. Não tenho jeito para censor, prezo a liberdade, mas com responsabilidade.

Portanto, me poupem de intervir. Vocês já são bem marmanjos.

Então, cada um por si, Deus por todos. E seja o que Deus quiser.

Não sei quando escreverei de novo – lá em cima escrevi que estou fugindo de mais responsabilidades -, mas quando o fizer será com muita gana e entusiasmo.

Se não escrever nos próximos dias, Feliz 2019 para todos os gremistas. É isso, estou de volta.

Então, podem cantar ‘o chapa-branca voltou, ououou…’

No mais, meus sinceros agradecimentos a todos que contribuíram com o blog para que a chama não se apagasse. 

Viva ‘Urubulinos’ e ‘Oficialistas’…

Renovar com Renato é o melhor que poderia ser feito

A renovação de contrato com Renato Portaluppi é um importante passo para a dura caminhada  que teremos pela frente.

Sei que uma parte da torcida tricolor, uma minoria na verdade, mas ruidosa como alguns torcedores que frequentam este espaço, não queria a continuidade de Renato.

Não sei o motivo, talvez por que Renato tenha comandado o time na conquista de quatro títulos, um deles a cobiçada Libertadores. Desconfio que acham pouco, desprezando os problemas enfrentados ao longo do ano com lesões, como a de Luan.

A maior prova de que ficar com Renato foi um grande acerto da direção, um golaço mesmo, é que havia uma dezena de nomes sendo cogitados pela imprensa e pelos torcedores.

Não havia um consenso mínimo, tirando o esforço de alguns em decretar que Roger Machado seria um técnico capaz de comandar o clube nesse desafiador 2019 que se aproxima.

Alguns nomes da moda, nomes de técnicos que aparecem bem durante um semestre e até um ano, e que depois sucumbem é enorme. Gosto de citar um em especial, o Fernando Diniz, festejado por muitos gremistas por seu trabalho nos poderosos Paulista e Audax, e sei lá em que potências mais.

(A propósito onde anda essa sumidade futebolística?)

Antes de Renato ser contratado ele foi muito lembrado, até que Adalberto Preis decidiu bancar Renato (com Espinosa), mexendo com um vespeiro.

Então, se Renato não renovasse, o Grêmio teria de encontrar um técnico em condições de comandar o time de forma a manter o atual patamar do clube no cenário brasileiro e sul-americano.

Qualquer um que viesse teria atrás de si a sombra do ídolo multicampeão.

Portanto, mesmo contrariando um grupinho suficiente apenas para lotar uma kombi, afirmo: foi muito bom renovar com Renato.

 

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Renato Portaluppi, a estátua e o gardelon cara-de-pau

Eu fui contra a estátua em homenagem ao Renato. Não que ele não mereça, ao contrário. O problema é homenagear um profissional que está na ativa. Sempre há o risco de algum constrangimento.

Um erro em bronze é um erro eterno, escreveu Mário Quintana.

A homenagem em si não é um erro. A questão é que em algum momento Renato teria de cuidar de sua vida, como agora. Ou começaria a perder, o que é natural. A eternidade no futebol não passa de dois ou três anos.

Nenhum treinador, por mais vitorioso e idolatrado, resiste a uma série de resultados negativos. E, quando decide trocar de clube, não falta alguém para dizer que se trata de alta traição. Já li isso nas redes sociais.

Bem, de minha parte, acho que Renato só deve anunciar sua decisão antes do jogo contra o Corinthians – muito importante para o planejamento de 2019 – se for para dizer que fica.

Se for para comunicar a saída, que seja depois do jogo. Nunca antes, porque pode desmobilizar o time.

Então, pela lógica, se ele não falar nada até domingo, 19 horas, é porque realmente acertou-se com o Flamengo.

Renato tem direito de buscar o que ele considera o melhor para si, pessoal e profissionalmente.

Eu espero que ele continue, até para dar continuidade ao trabalho vitorioso. Continuidade. Não é isso que se busca e se cobra no futebol?

Os colorados da imprensa e fora dela querem o fim do ciclo. “Não tem de continuar nada!”, dizem, babando de alegria. Querem o fim de Renato, o maior pesadelo vermelho desde o Mazembe e o Kidiaba, passando pelo caso do PDF.

Enquanto isso, pipocam nomes. Não tenho opinião sobre esses nomes. Só tenho uma certeza: quem vier vai enfrentar o desafio de substituir um ídolo.

Não será nada fácil.

GARDELON CARA-DE-PAU

O presidente do River, D’Onofrio, é um baita cara-de-pau, pra não dizer coisa pior.

Esse gardelon está cobrando do presidente do Boca Jrs. o cumprimento de um ‘pacto de cavalheiros’.

D´Onofrio: “Yo cumplo con lo que firmo y exijo lo mismo”, disse o cartola argentino agora à tarde. Só rindo mesmo.

Algo parecido com o acordo de fair play firmado pelos quatro semifinalistas da Libertadores.

Um acordo que acabou sendo pisoteado, conforme lembrou o presidente Romildo após o afago da Conmebol no River Plate no caso Gallardo.

MUNDIAL DE CLUBES

O tempo vai passando e nada de um representantes sul-americano para disputar o Mundial de Clubes.

Duas semanas atrás eu escrevi que a vaga poderia cair no colo do Grêmio, o atual campeão da América.

Passam os dias e a vaga ainda não foi preenchida…

 

Última vaga no G-4 parece uma batata quente

Grêmio e São Paulo pegam a última vaga no G-4 como se ela fosse uma batata quente. Nenhum deles a segura por muito tempo.

Nesta noite de final de rodada, depois do empate por 0 a 0 do SP com o Sport Recife, em pleno Morumbi, os urubulinos que não param de execrar o Grêmio, sua direção e metade do elenco de atletas, bem que poderiam migrar em revoada para o SP, por exemplo -, a batata caiu de novo nas mãos dos tricolores.

Os críticos de Renato, os enrustidos que não saem do armário e aqueles que vivem dizendo que, quando o Grêmio vence, é porque o técnico tem muita estrela, nunca reconhecendo suas virtudes – sim, ele também tem defeitos e isso ninguém aqui nunca negou, mas muito menos do que enxergam seus detratores.

Pois é, quem pensava que a sorte havia abandonado o time nessa reta de chegada, a partir da misteriosa lesão de Luan somada às constantes ausências do capitão Maicon, eis que agora sim a estrela de Renato ressurge coruscante.

Depois de um jogo em que perdeu muitos gols, contra o Vitória, foi a vez do São Paulo fazer o mesmo, mas contra o Sport. Os dois goleiros desses times foram os destaques. Ou seja, não faltou esforço de Grêmio e SP, ao contrário do que dizem alguns. Sobrou é incompetência para mandar a bola para a rede.

O resultado é que o Grêmio hoje estaria no G-4, vaga direita para a Libertadores. Para manter a posição ‘basta’ vencer o claudicante Corinthians domingo, 17h, na Arena.

LIBERTADORES

Escrevi faz uns 15 dias que a Conmebol poderia acabar indicando o Grêmio para disputar o mundial de clubes. Escrevi meio de brincadeira. Ainda parece uma brincadeira, mas hoje, com tudo que está acontecendo, quem duvida?

Ah, já tem gremista dizendo que melhor seria não ir para não passar ‘vergonha’. Bem, vergonha tenho eu desse tipo de gremista, com todo respeito.

Frustração na reta final do Brasileiro

Pior que terminar o ano brigando por vaga direta na Libertadores é não conquistar essa vaga. Claro que existem coisas piores como a fuga do rebaixamento e a disputa de uma lugar na Sul-Americana, mas me detenho à ponta de cima.

É ali que está o Grêmio. A rigor, o time que desdenhou do Brasileirão (por um objetivo maior) até que não termina mal a competição, porque jogou inúmeras vezes com equipes descaracterizadas em função de priorizar Copa do Brasil e principalmente a Libertadores. Pagou o preço. Deixou escapar o título do Brasileirão e perdeu os dois prioritários.

O problema é que ficar entre os primeiros é pouco para um clube do tamanho do Grêmio. Se tivesse retomado o Brasileirão a pleno após a dura e injusta eliminação na Libertadores, o Grêmio estaria hoje em segundo lugar, mas encostado no campeão Palmeiras.

Por razões de todos conhecidas, o Grêmio não voltou a jogar aquele futebol competitivo e ambicioso, capaz de enfrentar e superar os maiores desafios. Nem me refiro aquele time que encantou o país, que começou a desmoronar com a saída de Arthur, seguida da de Jaílson e queda técnica e física de alguns titulares importantes. O Grêmio nessa reta final caiu muito, passou a ser um time comum, situação agravada pela perda em especial de seu principal jogar, sua maior referência técnica, o Luan.

O que restou foi um time incapaz de vencer, por exemplo, o pobre Vitória. O Grêmio até que criou chances de gol, mas não foi competente para superar o goleiro João Gabriel, que fez algumas boas defesas. João Vitor, diga-se, também foi exigido e voltou a corresponder.

A esperança agora é que a direção e sua comissão técnica, com ou sem Renato, saiba fazer a leitura correta do que aconteceu e tome as providências necessárias, afastando quem comprovadamente não tem condições (todos sabem quem são) de seguir no clube e fazendo contratações que qualifiquem o time.

Por fim, está difícil superar a frustração com essa reta final.

Ah, como é bom ver quem não ‘comemorava vaga’, chorando de emoção e soltando foguetes pela vaga no G-4.

VITÓRIA

Lamento muito a queda do Vitória. Foi o clube brasileiro que mais me deu alegria. Jamais vou esquecer sua contribuição decisiva para o rebaixamento do Inter, dentro e fora de campo.

Assim como o Mazembe, o clube baiano mora no meu coração.

CONMEBOL

Os presidentes dos grandes clubes brasileiros já garantidos na Libertadores 2019 se reúnem nesta segunda na CBF. Espero que tomem uma posição séria e firme em relação à Conmebol. O momento de cobrar e assegurar direitos é agora. A entidade está fragilizada e desmoralizada diante do fiasco que é a fase final da competição.

Aliás, o certo, diante da selvageria dos torcedores do River, seria dar o título ao Boca. Simples.

Não duvido que tudo que está acontecendo tenha por trás a força mental da torcida gremista. Não provoquem essa torcida…

 

 

Misto do Grêmio perde e complica vaga no G-4

Com Kannemann, Maicon e Luan já não seria fácil vencer o Flamengo, todo embalado, no Maracanã, sem esses três pilares do time, então, era mesmo quase impossível.

Mas no futebol nada é impossível. Tudo pode acontecer, até o Brasil levar 7 a 1 da Alemanha. O Grêmio fez uma partida digna, marcada pelo esforço e por alguns lances de qualidade. O Flamengo foi superior, mereceu vencer, mas pelo que o Grêmio fez, pelo enfrentamento e pelo calor que deu no adversário depois do primeiro gol carioca, o empate não seria injusto.

Bem, com toda essa vantagem o Flamengo só abriu o placar porque o juiz não quis marcar falta sobre Bruno Cortez. Jogo perigoso com falta, tiro livre a favor do Grêmio. Era o certo. Mas o juiz deu gol.

Com os dois guris no meio de campo, Marcelo Oliveira de zagueiro, Jael na frente, o Grêmio até que fez muito. Agora, o segundo gol, aos 45, foi uma demasia.

Um pouco antes, aos 42, o goleiro César  fez uma defesa espetacular no cabeceio de Geromel, mais uma vez um gigante em campo, mesmo sem seu parceiro argentino.

Destaque também para o goleiro Paulo Vitor, com pelo menos três grandes defesas. Bruno Cortez fez outra boa partida, tirando os cruzamentos que nunca chegam aos atacantes. MO foi eficiente. Michel e Matheus Henrique oscilaram no jogo. O guri está um degrau abaixo de Jean Pyerre, este com todo jeito de craque de bola. Éverton, um tanto isolado, foi mais um vez o jogador mais perigoso.

Com a derrota, as chances de terminar no G-4 diminuíram muito. Vai depender do São Paulo diante do Vasco, nesta quinta.

Agora, o que mais lamento é o Grêmio não ter ganho só para igualar ao Inter na tabela, (65 pontos) e aí com chances de ultrapassar o rival. Tudo indica agora que o Grêmio vai ficar atrás, disputando o quarto lugar com o SP.

 

DAMIÃO

Endeusado por setores da crônica esportiva gaudéria, recebendo páginas páginas de jornal e elogios um tanto exagerados, mas cheios de paixão, Damião teve o jogo duas vezes aos seus pés.

Em dois lances parecidos, ele ficou livre para marcar, a bola saltitante à sua frente, pedindo para ser envolvida pela rede, o goleador colorado conseguiu fazer o mais difícil: mandar a bola para as estrelas.

Quem não faz, leva. O Atlético, que saiu na frente e sofreu o empate porque se acadelou demais, numa jogada rápida pela direita chegou à vitória.

De minha parte, objetivo atingido. Torcia pra que o Inter não chegasse ao título, e isso era possível até que as arbitragens não tiveram mais erros ‘humanos’ a favor.

Salvo engano, o segundo gol do Galo aconteceu a partir de um passe errado de Cuesta, o Bressan com grife.