Os reservas do Grêmio e a provocação de Krieger

É impressionante como o técnico Celso Roth não consegue fazer esse time reserva jogar bem. São jogadores que estão juntos há algum tempo, muitas vezes treinando na mesma equipe. Cada um já mais ou menos conhece como o outro joga, como gosta de receber a bola, se no pé ou mais na frente, pelo alto ou por baixo, etc.

É lógico que o entrosamento não é o ideal. Aí seria até exigir demais, porque nem o time titular mostra bom entrosamento.

Sexta-feira, depois da jornada aqui no CP, num boteco, tomando umas geladas (boa a propaganda da Sol, a aquela da gelaaaada, embora a cerveja não seja boa, é quase tão ruim quanto tem sido esse time reserva do Grêmio), com uns amigos colorados, ouvi restrições ao time do Inter. Críticas fortes até ao Nilmar. E, claro, ao Tite.

No dia seguinte, ou seja, no sábado, o Inter goleou o NH e seguiu seu passeio pelo Gauchão, esperando por outro Gre-Nal, que, a julgar pelo que tem ocorrido, será a cereja no bolo. Alecsandro, substituindo Nilmar, fez dois gols. Ponto para quem critica Nilmar? Bem, eu sou muuuito mais Nilmar. A respeito do Tite nem escrevo mais, porque todos sabem o que penso dele, resumindo: um baita técnico.

Voltando ao Grêmio no empate por 1 a 1 contra a Ulbra: sem organização tática os melhores jogadores caem de rendimento e os ruins afundam. Então, fica difícil julgar quem pode ser útil na Libertadores. Do time que jogou ontem, mesmo com a avaliação prejudicada pela desorganização ‘organizada’ pelo Roth, vejo com chances de titularidade o Saimon, tanto na lateral quanto na área; o Maylson, como segundo volante de preferência, ou até como articulador no lugar de Tcheco; o Júlio César, como primeiro volante; o Herrera e o Reinaldo, que continua sendo, na minha opinião, o atacante mais completo do Grêmio. Vá lá: talvez superado pelo Jonas, que está arrebentando.

Douglas Costa entrou no segundo tempo e já fez mais do que qualquer outro. A posição ideal dele, pelo que tenho visto, é na função do Souza, mais solto, com liberdade para exercer seu talento. Pode ser também um segundo atacante. Eventualmente, na função do Tcheco. Ontem, o guri foi esperto: ajudou a marcar. Quando vi estava ao lado do Heverton. Já cresceu no conceito do Roth. Facilita, vira um volante.

Ah, Maxi Lopez já mostrou algumas qualidades.

Questão de ordem

O repórter Carlos Corrêa chega esbaforido de Canoas, onde acompanhou o empate do Grêmio com o Canoas, digo, Ulbra. Ele perguntou ao André Krieger se o Grêmio poderia mais adiante jogar com reservas num eventual clássico contra o Inter, já que há problemas de datas em função da Libertadores, o dirigente foi irônico:
– Não sei se é interesse do Noveletto (presidente da FGF) que a gente jogue com os titulares.
Depois de uma brevíssima pausa, Krieger concluiu:
– Afinal, ele é conselheiro do Inter.

O garoto rosa choque

A brincadeira tramada pelos jogadores – o técnico Roberto Fernandes não teria sido o autor da ideia – do Figueirense repercutiu em todo o país.
 
Essa de obrigar o pior do treino anterior a treinar com um vestido rosa realmente é algo que merece repercussão.
 
A OAB, talvez porque o Brasil atravesse um momento de calmaria ética e moral e por isso não tenha muito o que fazer, se meteu e até publicou nota de repúdio à  atitude, condenando o técnico.
 
Tudo indica que não se trata de uma punição verdadeira, até porque Fernandes poderia ser alvo de processo por parte da vítima, no caso o meia Jairo.
 
O caso faz lembrar outro ocorrido há um mês. No Santa Cruz, o técnico obrigou dois jogadores brigões a dar voltas no gramado, correndo qual duas gazelas, de mãos dadas. Isso sim é algo constrangedor, porque se trata de penalização imposta por um superior.
 
Na redação do CP, sobrou para o colega Alfredo Possas, que é natural de Pelotas. Um brincalhão chegou dizendo que o Pelotas vai adotar a ideia dos catarinas, só que o vestido rosa será um prêmio, não uma punição, ao melhor do treino anterior.

 

A 'média' do Roth e o show da Liza




O Celso Roth foi ver o show da Liza Minelli. Um coleguinha da redação acredita que ele foi por engano, achando que era uma palestra do Rubens Minelli.

Ao deixar o teatro, Roth teria dito: quem tem bom gosto não poderia deixar de assistir a esse espetáculo.

 

Está aí uma descoberta: o técnico do Grêmio tem bom gosto.

 

Pode até ser, mas não para escolher jogadores.

 

O repórter Carlos Corrêa, atento setorista tricolor, me contou que no treino de ontem ele tentou o Diogo na lateral-direita. Foi um fiasco. O rapaz não acertou um cruzamento. Só o Roth acreditou que ele acertaria. O que é a vontade de escalar o seu ungido.

 

Isso revela uma certa insatisfação com o Ruy. Ou não? Ele colocou o Saimon por ali. Acho que ele quer alguém mais forte, melhor na marcação. O requisito básico para um time com três zagueiros (não gosto desse esquema) é ter dois laterais que apóiem bastante e com facilidade.

 

Outra que me contaram, eu não vi, mas imagino que um dos meus 18 parceiros de blog tenha visto.

 

No jogo contra o Zequinha, ele, ele é o Roth, chamou o Makelele para entrar na partida. A torcida, lógico, vaiou. O Roth está naquela fase do se espirrar tem vaia e saquinho de xixi. Mas ele pede.

 

– Burro, burro – gritavam.

 

Foi então que baixou uma luz no técnico. Conversou um pouco com Makelele, ambos sorridentes, se aproximou da casamata, deu um tapa na cobertura da casamata, e – me juraram que a RBSTV captou isso mesmo -, falou, rindo (ele ri, agora ficou provado):

 

– Vou fazer uma média com a torcida.

 

E chamou o Maxi Lopez.

 

Aplausos. Fecha a cortina. Entra a música New York, New York, na voz de Rubens Minelli, digo, Liza Minelli.


Prova da modernização da redação do CP



Em primeiríssimo plano, o Paulo Moura, resmungando um “pára ( este pára precisa de acento) Ilgo”, expressão que ele mais gosta de usar. Outra: “é tudo japonês”, se referindo aos boleiros atuais. A modernização não se refere aos jornalistas, por enquanto.


A garrafa de vinho sobre a mesa é minha, pode tirar o olho.

Em frente, o Carlos Corrêa escolhendo seu melhor ângulo para a foto.

À direita dele, ela, a Mariana, fazendo de conta que não está interessada, mas pensando “será que estou bem maquiada?”