Posts

O fusca e a kombi

Se o Grêmio vencer o Corinthians nesta quarta no Itaquerão vou, modesta e humildemente, pedir licença e aboletar um pé no fusquinha dos que nunca desacreditaram no título do Brasileirão/2015. São, claro, uns sonhadores, marcados por anos e anos de frustrações acumuladas nos campos de futebol.

Eu, aqui na minha racionalidade, tenho dificuldades de imaginar o Grêmio com seu grupo enxuto sendo campeão de uma competição tão longa e desgastante. Acredito muito mais na conquista da Copa do Brasil.

Mas não sou daqueles que colocam suas teses acima dos fatos. 

Então, se o Grêmio vencer, repito, vencer, o líder do Brasileirão nesse jogo de seis pontos, passo a acreditar que o impossível pode ser possível, basta não levar a sério a impossibilidade.

Se der empate, bem, aí vou ficar aqui acomodado na kombi dos que acreditam no título da Copa do Brasil, mantendo o posto de motorista, que é meu pela insistência em pedir que a direção do clube escolhesse a Copa do Brasil como prioridade das prioridades, contrariando uns e outros embarcados numa van de pneus carecas que gostariam de ver o Grêmio disputando a sul-americana, chegando a torcer para que o Criciúma eliminasse o Grêmio.

Sim, é verdade, e eles estão por aí dando suas opiniões furadas em meios de comunicação. O papel e o microfone aceitam tudo.

O JOGO

O juiz do jogo é um projeto de apitador. O Juca Kfouri, corintiano, fez questão de lembrar um erro grosseiro desse cidadão contra o Grêmio e a favor do Corinthians, tempos atrás. Achei estranho. Uma tentativa de condicionamento ao contrário?

Foi esse mesmo apitador que, como quarto árbitro, expulsou Roger.

Muita estranha a escalação de um apitador tão inexpressivo para um jogo tão importante.

MESTRE E O DISCÍPULO

Bem, eu acredito na vitória tricolor. Os dois times estarão desfalcados, times mistos. Tanto Tite quanto Roger sabem lidar com essa situação.

Ambos tem equipes bem estruturadas, tanto que as peças são substituídas e a engrenagem permanece quase inalterada.

Tite foi assim em 2001. Roger segue na mesma linha.

A cada jogo mais me convenço de que Roger é um discípulo do mestre Tite.

Um discípulo pronto a superar o mestre.

PRÊMIOPRESS

Atenção, vamos votar no blog do nosso amigo RW, dá pra votar uma vez por dia:

Este é o caminho:

Prêmio Press-Participação diária –Voto popularJornalista web item 10
Ricardo Wortmann cornetadorw
http://revistapress.com.br/v15/?page_id=13

Grêmio vence e mostra que tem grupo

Para um clube ‘sem grupo’, fazer 2 a 0 no embalado Figueirense no Orlando Scarpelli é uma vitória e tanto. São três pontos numa rodada em que os principais adversários na luta por vaga no G-4 patinaram, o que dá tranquilidade para seguir pensando no título da Copa do Brasil.

É claro que todo cuidado é pouco. Domingo tem o Goiás, na Arena. O Goiás sempre foi um pedra no sapato tricolor. Será preciso vencer de novo porque os adversários seguintes são Corinthians e São Paulo.

O importante é que o Grêmio venceu, somou três pontos, e reforçou o sonho de alguns gremistas que ainda acreditam em título no Brasileirão, até agora amplamente dominado pelo Corinthians, com uma ou outra ‘mãozinha humana’ de seus amigos de preto.

O Grêmio teve a felicidade de marcar logo no começo do jogo. E foi um gol raro: nascido de cobrança de escanteio, batido por Maxi Rodrigues – de boa atuação -, e com cabeceio de Bobô, que precisou se jogar ao chão para cabecear uma bola que caiu bem no centro da área, onde normalmente o congestionamento é de trânsito de final de tarde. Bobô estava sozinho, abriu-se um clarão para ele fazer seu primeiro gol com a camisa tricolor.

O centroavante aipim flexível – por que ele se movimenta muito na frente – teve participou também no segundo gol, com um excelente passe para Pedro Rocha mandar para a rede com categoria.

O time gremista ganhou pelo ótimo posicionamento defensivo, forte marcação no meio e velocidade na frente. O Figueira dominou, criou algumas situações e até levou perigo, mas esbarrou no goleiro Thiago.

Agora, ninguém no jogo foi melhor que Geromel. Domingo, na Arena, eu vi um show de Geromel. Ao vivo, no campo, sempre se pode fazer uma avaliação melhor. Pois Geromel me deixou muito impressionado. Eu gosto dele desde a estreia, mas agora estou entusiasmado. É zagueiro de seleção, que o Dunga não me leia.

Contra o Figueira, ele foi melhor. Foi eleito inclusive pelos profissionais das emissoras de rádio. 

É o tipo de zagueiro que consagra companheiro. Saiu Rodolpho, saiu Erazo e agora Bressan. Com todos eles, Geromel foi bem. E seus companheiros também cresceram com ele. Está aí uma das razões para a bela campanha gremista.

Por fim, quem como eu que sempre escrevi que o Grêmio não tinha grupo para enfrentar um Brasileirão mantendo alto nível de desempenho, eis que os fatos estão desmentindo a tese.

Pelo visto, o Grêmio tem grupo. Pode não ser o melhor, mas não perde para nenhum outro participante do Brasileirão.

Arena é do Grêmio, e ninguém tasca!

Quando o time do Grêmio entrar em campo às 21h desta quinta-feira que promete sera histórica, o clube já terá encaminhado de uma ver por todas a compra da Arena, como móveis, utensílios e penduricalhos.

O Grêmio será, enfim, dono da Arena em corpo e alma. Vai faltar apenas a assinatura do contrato. O acordo entre as partes – Grêmio e os bancos – será concluído, pelo que vi na imprensa, numa reunião em São Paulo neste glorioso 3 de setembro. 

Acordo firmado, o presidente Romildo Bolzan Jr terá conquistado seu primeiro grande ‘título’ como presidente do Grêmio. Uma conquista que, a meu ver, vale por um título nacional como a Copa do Brasil. 

Claro, ainda há alguns detalhes pendentes. Mas nada de preocupante. Eu estou convencido de que Romildo saberá superar os últimos entraves.

Em questão de dias, apesar do olho grande que envolve a negociação, esse contrato será assinado, e o incansável presidente Romildo poderá anunciar o término do imbroglio com a OAS – cada um para seu lado e fim de conversa.

O Grêmio assume a bronca e se livra dos parceiros indesejáveis. Passa a ter a gestão plena da Arena, com todos os seus aspectos positivos e negativos.

Vai começar uma nova história.

Com a competência, a firmeza e a seriedade de Romildo, não tenho a menor dúvida de que tudo dará certo. 

Não será fácil, mas será melhor do que é hoje. 

Nesse final de novela, cabe lembrar – e homenagear – o presidente Fábio Koff, que se recupera em casa de um problema de saúde.

Koff teve a coragem de declarar que a Arena não era realmente do Grêmio, escancarando o que todos sabiam e se recusavam a admitir.

Com seu brado retumbante, Koff chamou para a briga os escorregadios homens da empreiteira.

Depois, teve a sabedoria de indicar Romildo para o seu lugar.

O resultado está aí. Outra conquista do presidente mais vitorioso do clube, talvez a maior de todas, agora com a colaboração inestimável de Romildo.

Koff,  poderá agora afirmar, ao lado de seu sucessor e, pelo jeito, herdeiro político:

– A ARENA É DO GRÊMIO!!!

E eu, humildemente, acrescento:

– E ninguém tasca! 

Imperícia nas conclusões e show da torcida na Arena

Foi uma grande atuação na Arena. Domingo de sol, calor do meio-dia. Superação total. Um show.

Não estou falando do time que ficou no empate por 0 a 0, jogo duro como eu previ no texto anterior e fui chamado de pessimista.

Estou me referindo à torcida. Um espetáculo. E eu estava lá, enfrentei uma longa fila para entrar. Vi, com espanto, que a 10 minutos do jogo, havia centenas de torcedores em longas filas para adquirir ingresso. ‘Esses vão ver só o segundo tempo’, pensei.

Realmente, até o intervalo entrava gente. É muita paixão. Teve torcedor que pagou um ingresso e viu meio jogo.

Realmente, o show foi da torcida mais fanática do Brasil, e a maior do Sul do país.

Agora, o time em campo não decepcionou. Honrou a camisa tricolor e deu a vida em cada jogada até em respeito aos 46 mil gremistas que por momentos transformaram a Arena num caldeirão, um caldeirão de paixão e entusiasmo, e de temperatura elevada mesmo.

O Grêmio fez o que estava ao seu alcance. Foi superior ao Coritiba, que só criou algumas situações de gol no primeiro tempo. No segundo, só deu Grêmio, com raras escapadas do adversário e de alguns escanteios, sempre assustadores, porque é ali que o time inferior em campo pode derrotar o time superior técnica e taticamente, no caso o Grêmio.  

O Grêmio só não venceu por causa de seu velho problema. Não, foi porque o meio não criou e faltou insistência, pressão. Faltou perícia nas conclusões. E não dá pra culpar apenas um jogador por ter perdido ‘aquele gol imperdível’.

Todos do meio pra frente capricharam na arte de chutar fraco e desviado, forte e desviado. Enfim, sempre desviado. Fora quando insistiram em adentrar a área com infinitos toques de bola em vez de arriscar o chute. Irritante, e nesse quesito nada supera o maestro Douglas.

Bem, não me lembro de alguma defesa do goleiro do Coritiba. Dito isso, penso que está dito tudo. Vão chutar mal assim em algum potreiro em meio aos bovinos. É o caso de colocar Fernandinho, Douglas, Luan, Giuliano, Pedro Rocha e Wallace para treinar chute a gol, de curta e média distância. alguém lembra de algum gol recente em chute de fora da área? Ninguém chuta. 

Hoje, até nem sei o que é pior, porque se chuta, erra, se não chuta, perde a bola e arma contra-ataque. Foi assim contra o Coritiba. Exceções recentes foram os jogos contra o Inter e o Atlético. Depois, o time caiu de rendimento. Não foi o caso desse jogo, porque o Grêmio voltou a ter supremacia, quase não correu riscos e criou chances de gol. O erro: não aproveitar as oportunidades criadas.

O problema agora são os desfalques em função de cartões, lesões e principalmente convocações.

A briga será para continuar no G-4 e ainda arriscar um segundo lugar, torcendo para que o Corinthians comece, enfim, a perder, o que não parece estar nos planos do Tite, sempre compenetrado e focado, principalmente agora que pode dedicar-se apenas ao Brasileirão.

Não alimento nenhuma esperança de título no Brasileiro. Venho dizendo isso há horas. Imagino que hoje muito mais gente comece a pensar assim. 

Resta a Copa do Brasil. Esta sim pode levar a um título depois de 15 anos. Vaga em Libertadores é bom, mas é prêmio consolação.

Estou cansado de ser consolado. Espero que o presidente Romildo Bolzan – aconselho que todos leiam ou ouçam o forte e oportuno pronunciamento dele após o jogo – também pense assim e comece a concentrar energias na Copa do Brasil, sem descuidar, claro, do Brasileirão.

 

RECORDAR É VIVER

Só lembrando o que escrevi no texto anterior, projetando o jogo deste domingo. Aqui duas frases: 

1 – “O Grêmio caiu de rendimento depois dos 5 a 0 no Inter e da vitória eloquente sobre o Atlético Mineiro na casa do rival. Já não é mais aquele time que empolgou e que fez o torcedor sonhar até com o Campeonato Brasileiro. Há muito tempo venho alertando que o Grêmio, pelo time e pelo grupo que tem, pode ambicionar duas coisas: uma vaga na Libertadores no Brasileirão e o título da Copa do Brasil”.

2 – “Domingo, 11h, na Arena, o Grêmio pega o Coritiba, que vem com sua melhor formação porque luta para não cair. Pelas dificuldades que o time titular do Grêmio teve nesta quinta-feira, acho difícil uma vitória”.

 

CACHOEIRA DE LÁGRIMAS

O oba-oba em torno do técnico colorado terminou. O técnico do ‘rachão moderno’, conforme definiu o RW em sua corneta (leiam abaixo), vai conhecer agora a ira dos bajuladores da semana passada. Argel terá de responder com uma vitória imediata para não ser devorado pelas feras que até poucas horas o colocavam no patamar dos técnicos mais promissores do futebol brasileiro, se não mundial.

Perder de 3 a 0 de um time que vai cair para a segunda divisão é humilhante. Não vi o jogo. Dizem que a arbitragem foi muito prejudicial ao Inter.

O fato é que teremos muito choro, o que é normal. Teremos cachoeiras de lágrimas. 

Confiram:

http://cornetadorw.blogspot.com.br/2015/08/o-fim-do-sonhoe-derrocada-dos-machosdo.html

Grêmio avança na CB e pode pegar o Inter

Com mais seis jogos o Grêmio poderá festejar o penta – neste ano do ‘cinco’ – da Copa do Brasil. Poderá conquistar um título nacional depois de 15 anos, mas a julgar pelo que vi nos últimos jogos acho muito difícil chegar à final do torneio.

O Grêmio caiu de rendimento depois dos 5 a 0 no Inter e da vitória eloquente sobre o Atlético Mineiro na casa do rival.

Já não é mais aquele time que empolgou e que fez o torcedor sonhar até com o Campeonato Brasileiro. Há muito tempo venho alertando que o Grêmio, pelo time e pelo grupo que tem, pode ambicionar duas coisas: uma vaga na Libertadores no Brasileirão e o título da Copa do Brasil.

São poucos os clubes com essas possibilidades. Portanto, o Grêmio está hoje num grupo de elite. O que não é pouco levando-se em consideração que até algumas semanas atrás havia muita gente com calculadora na mão para ver quantos pontos faltavam para escapar do rebaixamento. 

Todos aqueles que temiam pela queda para a segundona devem estar hoje soltando foguetes, porque a ameaça já não existe. Pelo contrário, o Grêmio está na ponta de cima e liderando um certo campeonato só nosso: o campeonato Gre-Nal. Sei, é uma coisa menor, mas terminar o Brasileirão na frente do rival tem praticamente o peso de um Gauchão.

A competição do Grêmio, aquela que pode levar a um título importante e, de lambuja, a volta à Libertadores, é a Copa do Brasil. O Corinthians, favoritaço agora ao título do Brasileirão, fez a sua opção: abriu mão da Copa do Brasil. Acabou eliminado. Tite deve estar festejando secretamente.

Já o Grêmio claramente, ao menos para mim, está jogando todas as fichas – sem descuidar completamente do brasileirão – na CB. Tanto que poderia ter poupado dois ou três titulares com evidente desgaste – é o caso de Giuliano, dúvida até a última hora. Ao escalar Giuliano o Grêmio mostrou que vai com tudo na Copa do Brasil. O que interessa é um título, não uma vaga.

Eu cheguei a pensar que Giuliano e/0u Douglas poderiam ser poupados. Felizmente o técnico Roger colocou em campo o que há de melhor. Se com força máxima – sem Maicon, lesionado -,  o time sofreu para vencer o mistão do Coritiba, imagino como seria sem Giuliano, por exemplo.

Feitas essas considerações, vejo que o Grêmio terá vida curta na CB se em algum jogo contra adversário mais qualificado que o Coritiba – Figueirense e Vasco são os únicos que destoam entre os oito classificados – estiver desfalcado de jogadores como Luan, Giuliano e/ou Douglas.

Mais uma vez o Grêmio teve uma atuação preocupante. Venceu por 3 a 1, mas não convenceu. 

Não gosto de ver Fernandinho começando o jogo. Pedro Rocha fecha melhor o esquema. Ah, mas ele conclui mal. E o Fernandinho, conclui bem? O melhor Grêmio do ano teve Pedro Rocha no ataque. Fernandinho é uma arma importante para entrar no segundo tempo. Espero que Roger recupere essa ideia.

No mais, é torcer para que nos jogos da CB o Grêmio esteja sempre com sua força máxima. Aí, o título será possível.

Domingo, 11h, na Arena, o Grêmio pega o Coritiba, que vem com sua melhor formação porque luta para não cair. Pelas dificuldades que o time titular do Grêmio teve nesta quinta-feira, acho difícil uma vitória.

O Inter, por sua vez, bateu o Ituano: 2 a 1. Sem muito esforço. O adversário é mesmo muito fraco. O gol do Ituano termina com essa lenga-lenga da mídia esportiva gaúcha, que já falava em cinco jogos sem sofrer gol. Esse discurso morreu. 

Na segunda-feira, sorteio para definir os jogos da CB. Pode dar até Gre-Nal.

Coluna de jornal pode motivar o Coritiba

O Grêmio é o favorito contra o Coritiba, sem dúvida. Mas ainda precisa confirmar esse favoritismo. Portanto, é preciso respeitar o adversário. 

O fato de o Coritiba estar focado em escapar do rebaixamento no Brasileirão – por isso, o jogo contra o Grêmio que lhe interessa realmente é o de domingo – é favorável ao tricolor, que ainda tem a vantagem de jogar pelo empate e com apoio de sua torcida.

Agora, esses ‘considerandos’ não permitem que um analista com um mínimo de bom senso possa decretar que é jogo jogado. Muito menos autorizam que um profissional da imprensa ocupe seu espaço num jornal para afirmar que o Grêmio passa pela Coritiba nesta quinta-feira até com time de juniores (na verdade, ele escreveu sub-15).

Ora, sabendo-se que o futebol por vezes é traiçoeiro e causa as maiores surpresas – uma goleada de 5 a 0 em Gre-Nal é um exemplo, que, aliás, não canso de lembrar -, é de se perguntar o que leva um analista esportivo profissional, que jacta-se de seus longos anos de crônica esportiva, a declarar simplesmente que um time junior do Grêmio seria capaz de bater o Coritiba?

Se ele fizesse o mesmo em relação ao Inter contra o Ituano, até seria aceitável. Poderia ser um arroubo bairrista. Mas só o Grêmio?

Não gostaria de acreditar que possa ser uma iniciativa insidiosa, ardilosa. Uma forma premeditada de estimular o adversário do Grêmio. 

O técnico Ney Franco pode agora pegar a coluna do referido jornalista e levar para o vestiário. Junta os jogadores e diz:

– Olha o que estão dizendo de nós na imprensa gaúcha. Dizem que perdemos até para um time de garotos do Grêmio.

Pronto. Está feita a lambança. O Coritiba vem turbinado contra o Grêmio. Não seria a primeira vez que um recorte ou página de jornal é utilizada como estimulante, fator de motivação extra. 

Claro, não posso acreditar que seja essa a intenção do respeitável colunista, mas que é estranho, é.

MOMENTO CULTURAL

Significado de insidioso:

 adj. Diz-se das doenças que, principiando com aparência de benignidade, só manifestam seus sintomas quando a afecção já evoluiu: o começo do câncer é quase sempre insidioso.
Que arma ciladas: questão insidiosa.
Característica do que é traiçoeiro, pérfido: indivíduo insidioso.
(Etm. do latim: insidiosus)

 

Milagrohe cresce ainda mais quando tudo está mal

Pode ser exagero, mas acho que essa atuação que o Grêmio ‘cometeu’ contra a Ponte Preta, neste domingo, no potreiro do Moisés Lucarelli, foi a sua pior do Brasileirão.

Existe muita subjetividade nessa avaliação, mas há um fato inquestionável a favor da minha conclusão, que deve ser a de muitos: o time criou apenas uma chance de gol. Uma.

Em outros tempos eu diria que o Grêmio jogou por uma bola só. No primeiro tempo, foi uma cobrança de falta em que a bola passou longe. Só. E isso que o time era o titular, com a volta de Luan.

Luan, que fez muita falta nos dois jogos anteriores, não fez nenhuma falta neste empate com a Ponte Preta por 0 a o. Luan parecia uma zumbi em campo. Ele estaria ainda debilitado por causa da doença e da febre que teve dias antes. Pode ser. O fato é que sua volta nada acrescentou. Mas ele tem crédito, e com certeza voltará a ser o Luan que nós conhecemos.

O Braian que todos nós conhecemos voltou a mostrar que não é um goleador. Por falta de sorte e também por falta de técnica. No lance fatal, no finalzinho, quando o Grêmio esboçou a reação do moribundo depois de ficar se defendendo o tempo todo, Braian pegou mal na bola, mas enganou o goleiro. Mas aí apareceu um zagueiro desvairado para impedir o gol que poderia ser o da redenção do atacante. Mas Braian, além de tudo, não tem sorte. Como diria Baltazar, Deus deve estar guardando algo melhor para ele.

Agora, não joguemos sobre Braian a responsabilidade pelos dois pontos perdidos. O time todo errou o tempo todo, só crescendo nos minutos finais com a entrada de Pedro Rocha – aliás, eu escrevi que esse Fernandinho é jogador só de segundo tempo, mas não me leem e/ou não acreditam em mim. 

Agora, para o bem do time e da imensa torcida gremista, quando tudo parece desmoronar em campo, eis que se mantém altiva e imponente a figura de Marcelo Grohe. 

Foi graças a ele – e também a pontaria deficiente dos atacantes da Ponte  – que o Grêmio garantiu ao menos um ponto. 

Milagrohe evitou o pior. É um goleiro que cresce quando o time está mal. Claro, há quem não admita.

Por fim, meu consolo é que essa atuação pífia aconteceu no Campeonato Brasileiro, no qual o Grêmio não tem nenhuma chance de título, apesar dos otimistas e sonhadores de plantão.

Repito: a competição a ser vencida – não falo de vaga para isso ou para aquilo, falo de título nacional – é a Copa do Brasil. Portanto, só espero que nos jogos pela CB o Grêmio não repita o que aconteceu no potreiro do Moisés Lucarelli (o estado do campo contribuiu para a má atuação).

ARGEL

Pois não é que Argel está dando certo. É cedo para uma avaliação segura, mas o fato é que o Inter está jogando melhor. A atuação diante do Atlético PR, pelo menos no tempo em que vi o jogo, foi muito boa. O início do time foi o que se pede de um time quando joga em casa. Pressão total. Várias situações de gol.

A continuar assim, o Inter vai brigar por vaga no G-4. O problema é continuar assim.

 

 

Roger sinaliza que descarta rodízio no Grêmio

‘O desgaste é natural e é para todos’. Foi com essa frase singela e serena que o técnico Roger resumiu seu pensamento sobre a maratona de jogos do Grêmio.

Espero que com isso as vozes que já estão pregando rodízio de atletas deem um tempo e silenciem. E aqueles que ficam se lamuriando pelos cantos e nas redes sociais em função do excesso de jogos se aquietem.

É fácil reduzir o número de jogos: é só perder do Coritiba. Alguém quer? Que eu saiba só os colorados. Nem os torcedores do Coritiba querem, porque para eles o foco neste momento é fugir do rebaixamento. Para eles, a Copa do Brasil é um estorvo, já que o título é algo inatingível para o time paranaense.

Alguém já disse: o excesso de jogos no futebol brasileiro é o ônus do clube grande.

É fato que os jogadores sentem. Ah, mas Messi joga sempre e se ele pode os outros também podem, alegam. Contra esse argumento, lembro apenas que as viagens aqui são muito mais longas, com enervantes esperas em aeroportos e coisa e tal.

Como diz o Roger, sabiamente, o desgaste atinge a todos. Mais, é claro, aos times que disputam competições paralelas, como é o caso do Grêmio e de alguns outros clubes, entre eles fortes candidatos ao título. Rivais que terão de ser superados. Se o Grêmio enfrenta problemas com lesões, dores musculares e até estresse, os outros clubes passam pela mesma situação. 

O importante é saber administrar esse problema, planejar bem para chegar nos jogos decisivos, em especial os mata-mata da Copa do Brasil com o time mais completo possível.

Está certo o Roger em escalar força máxima para enfrentar a Ponte Preta domingo, 11h, em Campinas. Até Luan está de volta, o que é garantia de mais qualidade ao time.

E também estará certo o treinador gremista se decidir poupar alguns titulares que, segundo avaliação médica, poderiam estar necessitando de uma pausa para meditação.

Agora, se todos estão cem por cento, o que eu  duvido, que volte a jogar o time titular completo.

O mais sensato mesmo será poupar quem está precisando de um descanso, porque daqui pra frente os jogos serão ainda mais duros na Copa do Brasil, que é a competição ser vencida depois de tantos e penosos anos de seca.

Grêmio vence e encaminha classificação

O Grêmio voltou a sentir falta de Luan. Repetiu a atuação pobre de domingo, mas foi o suficiente para vencer o Coritiba por 1 a 0, encaminhando sua classificação à próxima fase da Copa do Brasil. Agora, basta um empate na Arena no jogo da volta.

O resultado foi bom até para o Coritiba, que ao perder poderá dedicar-se inteiramente ao que realmente lhe interessa: fugir do rebaixamento no Brasileirão. O técnico Ney Franco provavelmente virá de time misto a Porto Alegre, muito mais para cumprir regulamento. O grande título do Coritiba neste segundo semestre é mesmo escapar da segundona.

Já o Grêmio precisa manter o foco na Copa do Brasil. É a competição a ser vencida, o título ao alcance de um time titular forte, mas de grupo insuficiente. Prova disso é que o time mostrou-se Luan-dependente. Sem Luan, o Grêmio se transforma num time comum, capaz de conseguir no máximo uma vaga na sul-americana de 2016.

Sem Luan, o Grêmio escapou por pouco de uma derrota diante do Joinville. E nesta quarta, em Curitiba, o time não mereceu mais do que um empate. Em ambos os jogos venceu. Para seguir vencendo, o Grêmio terá de jogar mais do que jogou no Couto Pereira. Foi praticamente um chute a gol, e um gol. Aproveitamento fenomenal. O Grêmio jogou por meia bola.

O sistema defensivo foi bem, melhor do que domingo ao menos. O Coritiba dominou, mas poucas vezes levou perigo ao goleiro Marcelo Grohe.

O problema foi a criação e as conclusões. Douglas teve duas boas chances de chutar com a esquerda e preferiu dar o passe. 

Giuliano se movimentou muito, mas visivelmente sentiu a falta de Luan para tabelar. O mesmo vale para Douglas.

Na frente, Bobô penou pela falta de jogadas de linha de fundo. Mas em próprio não se ajudou. É cedo para uma avaliação definitiva, mas por enquanto ele está mostrando que não pode ser mais que um reserva. 

Pedro Rocha caiu de rendimento. Fernandinho entrou em seu lugar e deu nova vida ao ataque. Agora, com pouca efetividade. Muitos dribles, muita agitação, e pouca objetividade. 

Vitinho foi lembrado por Roger. Sinceramente, difícil de entender a entrada desse jogador, principalmente quando havia Lincoln no banco.

O importante, contudo, é que o Grêmio venceu e tem tudo para avançar na Copa do Brasil.

Contra a Ponte Preta, em Campinas, é preciso ir com força máxima. Se for o caso, poupar um ou dois jogadores, não mais do que isso.

O título do Brasileirão é muito difícil, mas terminar no G-3 é possível.

Portanto, não é hora de priorizar esta ou aquela competição.