Jogar sempre pelos 3 pontos, na Arena ou na Lua

As ‘verdades definitivas’ do futebol não resistem, muitas vezes, à próxima rodada.

Vejamos o São Paulo, que saiu da Arena endeusado, elogiado por ter uma grande equipe, e com um técnico que havia dado ‘um nó tático’ em Roger.

Quem acompanha minimamente o SP do colombiano Juan Osorio sabe que o time não é tudo isso. Osorio, muito menos, é um treinador em que se possa apostar muitas fichas. Na verdade, duvido que o ‘treinador que superou Roger’ dure muito tempo.

Depois da vitória sobre o Grêmio, obtida muito mais pelos próprios erros do Grêmio não por virtudes do adversário, eis que na rodada seguinte o festejado – pela mídia gaúcha e alguns torcedores distraídos – São Paulo sucumbiu em casa diante da Chapecoense, agora treinada por Guto.

Terá Guto aplicado um ‘nó tático’ no SP, ou o SP, a exemplo do Grêmio, teve aquele dia ‘não’, em que tudo tudo dá errado?

O fato é que o São Paulo foi vaiado ainda no intervalo e o técnico Osorio deu entrevista criticando as torcidas brasileiras, comparando-as com as europeias. Uma comparação despropositada, sinal de alguém que está sentindo a batata assar. Desespero mesmo.

Outro que vinha sendo festejado é o Flamengo. Levou um laço do Coritiba diante de 70 mil eufóricos e deslumbrados flamenguistas. E tudo começou com um pênalti cometido com a mão por Pará. Gol de Kleber. É da vida, é do futebol.

SP e Flamengo patinaram, permitindo a aproximação do pelotão de trás e se distanciando do Grêmio, que é o que interessa. O Grêmio está cada vez mais consolidado como dono de uma das vagas à Libertadores. 

Por isso, cresce em importância o jogo contra o Palmeiras, outro clube que busca essa vaga, mas sem qualquer esperança de título, diferente do Grêmio, que ainda pode sonhar, e sonhar não custa nada como dizem meus amigos gremistas que não deixam o ‘fusquinha dos que seguem acreditando em título no Brasileirão’.

Depois da alentadora vitória sobre o Atlético Paranaense, em Curitiba, o empate neste sábado em SP não deixa de ser um bom resultado, ainda mais se vier acompanhado de outros resultados favoráveis.

Mas, ainda que o RW me coloque no grupo dos sindicalistas de ‘um pontinho só’, quero dizer que esse Grêmio do Roger, mesmo com desfalques importantes, tem potencial para jogar SEMPRE pelos três pontos.

Seja na Arena, seja na Lua.

GAÚCHO DA COPA

Pior que a ridícula decisão de não fazer um minuto de silêncio a esse personagem mundial é a defesa que alguns setores fazem desse desatino juvenil de um dirigente colorado.

A posição do presidente da FGF, como não poderia ser diferente vindo de quem vem, é deplorável.

Foi um erro, assuma-se o erro, e que se tente minimizar o estrago com uma homenagem no jogo contra o Figueirense.

O Gaúcho da Copa era gremista, mas era antes de tudo um mascate de nossas tradições, de nossa cultura, do nosso futebol, e isso inclui o próprio Inter.