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Quem deve prevalecer no time: ‘Us guri’ ou os ‘cascudos’?

De tanto ler e ouvir gremistas disparando contra a escalação dos ‘cascudos’ em detrimento da gurizada da base, fui apurar como seria o time se o Vagner Mancini atendesse o clamor da torcida.

Primeiro, quero frisar que sou absolutamente a favor do aproveitamento dos jovens realmente talentosos, mas não sou contra os veteranos igualmente talentosos. A mescla, se sabe, é a melhor receita.

Agora, o que fazer quando os jovens entram no time e não dão a resposta esperada? Primeiro, insistir um pouco, pelo menos o suficiente para firmar-se convicção sobre seu aproveitamento. Depois, se for o caso, emprestá-lo. Vale ressaltar que a maioria dos que são emprestados acabam não ficando no clube.

Na gestão atual há forte preocupação em lançar jovens da base, até porque dali é que saem os jogadores que podem render bom dinheiro ao clube, como todos nós sabemos, além de títulos, conforme aconteceu recentemente com o tricolor.

Jean Pyerre é um que não se firmou, e não se diga que ele não teve oportunidade. Lembro que os ensandecidos das redes sociais atacavam Renato por não escalar o jovem. “Renato só escala os bruxos”, diziam os apressados em julgar e condenar o treinador mais vitorioso do clube os anos 90. Até o pai do JP se sentiu à vontade para atacar REnato.

Depois, aproveitado pore Renato, JP estourou. Ganhou as manchetes. Foi no Bem, Amigos, da Globo, e recebeu um artigo apaixonado do mestre Tostão, entre outros elogios Brasil a fora.

O Grêmio teria recusado uma proposta maravilhosa do Palmeiras, que teria oferecido quatro jogadores por JP. O Grêmio recusou, a torcida atacou a oferta, “onde já se viu?” Eu mesmo fui contrário. Afinal, estava ali uma pedra preciosa de imenso futuro.

Pois é, deu no que deu. Hoje, a maioria muda de assunto para não ter de admitir que Renato sempre teve razão. Ele não estava protegendo algum bruxo do meio de campo.

JP é um entre tantos jovens que surgiram e mostraram com o tempo que foram como foguete molhado, nunca estoura.

Poderia citar um time inteiro de promessas, do goleiro ao ponta-esquerda, hoje chamado de atacante pelo lado.

Mas vamos ao time que a torcida, ou a parcela mais ativa dela nas redes sociais, defende para concluir o fiasco no Brasileirão. Acredite, tem gremista querendo a dispensa de meia dúzia de cascudos e a ascensão imediata dos ‘guris’ que estão no grupo, e que entram de vez em quando.

Bem, o time com base nos jovens que estavam à disposição contra Atlético e Inter, e sem a maioria dos cascudos, seria mais ou menos esse:

Brenno (Chapecó); Vanderson, Rodrigues, Ruan e Guilherme Guedes; Darlan (Sarará), Fernando Henrique (Bobsin) e Jean Pyerre; Jonatan Robert (Pedro Lucas), Elias e Ferreirinha (Léo Pereira).

Esse seria um time com os formados na base. Seria um time radical, mas há quem o defenda. Fico imaginando esse time no Grenal passado. Não, não quero imaginar.

Mas é claro que mesmo os mais radicais defensores da juvenilização da equipe iria escalar alguns decanos. Por exemplo, a dupla de área. No meio de campo, pelo que leio nos grupos de whatts, Thiago Silva e Lucas Silva seriam detonados pela maioria.

Douglas Costa, desconfio, também teria lugar. O centroavante Borja, que está se revelando um perdedor de gol, disputaria posição o jovem Elias. Campaz disputaria uma vaga no meio, assim como Villasanti.

Acho que deixei algum nome de fora, mas já dá para ter uma ideia de como seria o time tendo como base a gurizada.

Podem não acreditar, mas tem gente nas redes sociais defendendo um time parecido ainda neste Brasileiro.

Desnecessário dizer que esse pessoal colocaria no primeiro avião, ou ônibus, os cascudos Diego Souza, Éverton e Saulo, entre outros.

Anotem os nomes desses jovens da base para conferir, depois de alguns meses no Gauchão e na série B (ou na A), quais deles vão continuar vestindo a camisa tricolor. Aposto que a maioria não será aprovada. Estatística, não opinião.

Grêmio merecia um resultado melhor, mas voltou a perder

Mais uma vez o Grêmio foi valente, disputou cada palmo até o último minuto – e até depois do jogo -e por momentos se impôs no estádio tomado por colorados, mas outra vez perdeu, consolidando sua posição no grupo dos que irão disputar a série B no próximo ano.

Aliás, a confusão no fim do jogo foi porque Patrick, irresponsavelmente, desfilou com dois caixões, numa afronta aos jogadores do Grêmio. Dois deles, Thiago Silva e Cortêz, foram para cima do jogador colorado. E aí sobraram tapas, empurrões e safanões para tudo que é lado. Gostei da reação dos jogadores gremistas, podem me condenar, assim como gostei do soco do saudoso Everaldo num árbitro, que havia marcado pênalti contra o tricolor.

Sem querer, recuei no tempo para lembrar nossa estrela amarela na bandeira – não é alusiva ao goleiro Lara, diferente do que divulgou o clube nas redes sociais, um erro absurdo.

Mas, sem me alongar, o Grêmio não mereceu vencer. Jogou relativamente bem, e seria mais justo o empate. Infelizmente, a sorte parece abandonar os grandes clubes quando eles ingressam na zona de risco. É tipo um grande complô, que parece contar inclusive com arbitragens sempre, ou quase sempre, favoráveis ao adversário.

Ah, e também os comentaristas de arbigragem parece que participam. Nesse jogo, o comentarista da rede Globo não viu pênalti de Moisés. Ele puxou Geromel, que tentava correr sem ser agarrado, pelo menos por uns quatro metros dentro da área. Pênalti aqui e na China.

Já Douglas Costas fez um primeiro tempo de luxo, driblando e, diferente de Ferreira, se impondo fisicamente à marcação. No segundo tempo, ele jogou mal, e acho que só não saiu pela bola parada e por ser uma preocupação para qualquer sistema defensivo.

No mais, gostei do sistema defensivo. O goleiro gremista quase não trabalhou até em função disso. Não acho que ele tenha errado no gol vermelho. Gostei da dupla de volantes. Só o sistema ofensivo deixou a desejar. Continua faltando um meia habilidoso, que centralize o jogo. E este não é, decididamente, o tal de Campaz.

Bem, só nos resta lamber as feridas e lamentar o resultado negativo (injusto) que nos afunda cada vez mais.

Por enquanto, depois desse 1 a 0 amargo, era isso que o resto que sobrou de mim tinha a dizer.

O favorito não assume o favoritismo mesmo num estádio com torcida única

O Grenal que tem a numeração de um esquema de jogo, o 434, não apresenta um favorito. Não deveria ser assim. Afinal, um clube disputa vaga direta para a Libertadores 2022, enquanto o outro vive a constrangedora situação de lutar contra o rebaixamento.

O favorito, em tese, é o Inter. Tem um time mais entrosado e com moral mais elevado, enquanto o Grêmio tenta se aprumar na competição. Mas não está fácil, porque mesmo quando joga melhor, como foi contra o líder Atlético, ainda enfrenta arbitragens devastadoras.

O Grêmio tem a seu favor neste sábado, 19h, no Beira-Rio, só com torcida vermelha – é impressionante a agilidade do tribunal desportivo gaúcho quando se trata de punir o Tricolor – o retrospecto recente.

São 20 clássicos com o técnico Renato Portaluppi no comando. NOVE vitórias, 8 empates e 3 derrotas. Vinte gols a favor e oito contra.

Além de uma sequência humilhante de vitórias em clássicos, não pode ser ignorado o lance do arrego, no qual jogadores colorados pediram que o Grêmio diminuísse o ritmo para não golear.

Foi um evento marcante, inédito, raríssimo, que os colorados amargam e alguns gremistas azedos menosprezam porque foi sob a tutela do técnico Renato, talvez o profissional que mais grenais venceu com a camisa tricolor.

Pois agora, mesmo com um time melhor estruturado, contra um Grêmio instável, nem assim os colorados, de um modo geral, arriscam apontar o favoritismo do Inter.

Até os mais fanáticos colorados da mídia estão discretos. Aprenderam nos últimos anos a respeitar mais o seu grande rival. Fazem brincadeiras, em especial com o fantasma da segundona (dizem que ele vai aparecer durante o jogo), mas são cautelosos, não falam em placar avantajado, por exemplo.

Mas não disfarçam o sonho de uma goleada estrondosa, como aqueles 5 a 0 aplicados pelo Grêmio com Roger Machado no comando. Essa goleada doeu, e ainda dói nos colorados.

Os colorados querem porque querem recuperar a hegemonia no Estado. Estão poupando jogadores nos últimos 15 dias só para colocar em campo sua força máxima no jogo deste sábado. Perderam muitos pontos com essa estratégia.

Portanto, o Grêmio terá de ser muito valente. O Inter praticamente joga sua vida neste Grenal. Se perder, depois de tanto esforço, a casa poderá cair.

O TIME GREMISTA

Eu começaria praticamente com o time que venceu moralmente o Atlético Mineiro, e que teve um começo avassalador, reconhecido até pelos atleticanos.

Nesse jogo, o time de Mancini mostrou a sua cara, mostrou que pode competir de igual para igual com qualquer outro do Brasileiro. Pena que chegou tarde…

Então, acredito que o time terá:

Chapecó; Rafinha, Geromel, Kanemann e o eterno Cortez; Lucas Silva, Thiago Santos e Villasanti; Douglas Costa, Borja (que vai fazer os gols que ficou devendo) e Ferreira (Campaz ou Alisson).

Esse deve ser o time que irá enfrentar um estádio todo vermelho, torcendo para que a arbitragem não lhe prejudique, que tenha uma atuação correta, imparcial.

Se isso acontecer, o Grêmio vence.

Grêmio joga bem, mas Borja perde gols e VAR volta a anular gol do time

O Grêmio jogou bem. Por vezes calou o Mineirão quase lotado. Vale aquela máxima: jogou como nunca, perdeu como sempre. E assim, jogo a jogo, a esperança de salvação vai se esvaindo.

No jogo desta noite, como foi contra o Palmeiras e também em mais alguns outros, o time teve chances de vencer, suando sangue, é verdade, mas as oportunidades apareceram.

Mas aí faltou perícia nas conclusões. Faltou sorte também. Sobrou empenho muitas vezes. Para dificultar ainda mais, erros de arbitragem, tanto do juiz de campo como do VAR.

A derrota, pelo placar de 2 a 1, foi cruel, uma injustiça, provando que ‘quando quer’, o Grêmio joga mais.

Poderia ser diferente se um sujeito contratado para fazer gol não tivesse perdido dois gols ‘feitos’ logo nos primeiros minutos, dando um susto nos atleticanos e nos secadores colorados.

Quer dizer, a derrota passa por esses dois lances. Fora isso, o sr. Borja jogou bem, foi participativo, esforçado, etc. Mas perdeu dois gols. Ele poderia ter jogado mal, mas estaria perdoado se tivesse cumprido sua missão: fazer gol.

Ele até que fez um ao mandar para a rede uma bola lançada por Douglas Costa, que voltou a jogar bem. O auxiliar assinalou impedimento. A comentarista de arbitragem da Globo, por óbvio concordou, e o VAR, é claro, ratificou.

Uma situação quase igual a do jogo anterior. Lances discutíveis. Mas é como eu sempre digo, na dúvida contra o Grêmio.

Nenhuma novidade.

Outro colombiano, Campaz, finalmente ‘estreou’. Fez um belo gol, numa jogada trabalhada com a participação de Borja.

Depois, indicando que o destino do tricolor está traçado, Campaz cometeu um pênalti idiota. O pontinho que o time estava garantindo com muito esforço, virou pó nos pés de Vargas, que bateu o goleiro Chapecó.

Se o Grêmio tivesse jogado sempre assim não estaria correndo risco de rebaixamento, e talvez até conseguisse vaga no grupo da Libertadores, que é, como todos sabem, o lugar do clube.

GRENAL

Domingo, Grenal. O jogo fora do campo já começou. Querem o Beira-Rio com uma torcida só. Imaginem, perder para o vice-lanterna. Esse risco eles não querem correr. Então, vale tudo.

Time por time, com arbitragem isenta, sou mais o Grêmio.

Acho que o técnico Mancini acertou a mão.

FESTA

Soube que um colorado muito rico já prometeu um bicho milionário em caso de vitória no clássico, e até já reservou um espaço na zona sul da Capital para ‘a festa da vitória’.

Gosto muito desse ufanismo. Me lembra o mazembaço.

Grêmio tenta mais uma vez decolar no Brasileiro

Dois meses atrás, mais exatamente no dia 29 de agosto, eu escrevi que o Grêmio só escaparia do rebaixamenteo se as contratações anunciadas como reforço para o Brasileirão dessem uma resposta muito positiva.

A direção do Grêmio foi às compras e trouxe três jogadores muito mais ou menos: Borja, Villasanti e Campaz. O que mais prometia, Campaz, é o que menos futebol mostrou.

Nesta quarta, em Minas, o Grêmio tenta mais uma vez decolar na competição. O problema é que o adversário lidera o campeonato e precisa da vitória. O Atlético vem com tudo contra o time de Mancini.

Já contabilizo outra derrota. Mas vou assistir ao jogo, porque a gente sempre acredita que a qualquer momento dê um estalo e o time acorde para a vida.

Mas, na verdade, eu já joguei a toalha.

Vejam o que escrevi no blog há dois meses:

“Dias atrás eu escrevi que o Grêmio só não cairia se as contratações anunciadas dessem resposta de alto nível, jogadores realmente capazes de fazer a diferença. Os três, digamos, reforços, até agora foram discretos, opacos, no momento em que o time precisa de talentos individuais.

Borja, Villasanti e Campaz, pelo que mostraram até agora, são medianos. Está certo que a mostra ainda é pequena, não dá para tirarmos conclusões definitivas, mas já sinalizam alguma coisa.

Borja, que era o mais conhecido de nós, é um centroavante dependente da qualidade dos companheiros, em especial dos ‘pontas’ e dos meias. Não gosto desse tipo de jogador parasita, incapaz de um drible. Ontem, perdeu um gol no seu forte, o cabeceio.

Villasanti é um volante/meia, um Luiz Carlos Goiano, conforme definiu Felipão, que ainda busca um ‘Roger’ para a lateral-esquerda, onde o carimbador Rafinha busca preencher o espaço, mas parece mais preocupado em discutir com a arbitragem. Faz caras e bocas de indignação.

Mas voltando ao Villasanti, tem tudo para ser o titular, mas não é o cara capaz de resolver uma partida numa bola enfiada, um drible, um chute de fora da área. Enfim, o Grêmio precisa mais do que ele apresentou.

Campaz, dos três, é o que aparentou em um jogo e meio ter potencial para ser o jogador que rompe paradigmas dentro do jogo, rompendo as linhas, como costumam dizer comentaristas, técnicos e jornalistas. Até agora não rompeu coisa alguma. Potencial ele tem, se movimenta, é inquieto, briga pela bola, e até parece se dar bem com ela. Mas contra o Corinthians ele foi insuficiente para o que o time tricolor precisa para escapar do inferno que é esse Z-4.

Enfim, em resumo, se Villasanti e Campaz não jogarem bem mais no ‘terço ofensivo’ (outra expressão dos tempos atuais), o Grêmio não escapa da queda. Nem mesmo se Douglas Costa se recuperar e voltar a ser uns 80% do que um dia foi o Grêmio escapa.

Não, não vou rezar. Deus tem coisas mais importantes para resolver.”

PRÊMIO PRESS

Agradeço pelo apoio de todos aqui do blog. E pelos cumprimentos por estarmos entre os cinco na categoria Jornalista de Internet.

Sem falsa modéstia, o ponto alto do blog são os comentários de vocês.

Eu sou como aquele comediante que faz escada para o colega mais talentoso fazer a plateia ria.

Um agradecimento especial ao Copião de Tudo, incansável coordenador da campanha que já considero vitoriosa.

Derrota e vandalismo, mas ainda há esperança

Autor do texto: Copião de Tudo (interino)

Os nomes do jogo negativo do Grêmio tem 5 letrinhas: Tiago Santos + VAR diante do que vimos nesta tarde na Arena e mesmo não sendo ufanista bobo das “teses” do eu falei aqui, eu disse, está correto afirmar há dois anos que seria ruim com Renato e muito pior sem ele até dezembro/22 vendo HOJE o time em 27 rodadas na ZR depois de sua saída. Por isso ele jamais passaria no comando time.

Começamos outra vez o jogo bem, nos impondo, um gol cedo para dar aquela tranquilidade. Mas apareceu o árbitro dando faltinhas, parando o jogo, invertendo outras e foi minando os caras até aparecer o Tiago Santos que fez uma falta dura no Scarpa na entrada da área mostrando que com aquela falsa desculpa do ombro mais adiante onde ele parecia que estava ”no bolso” do Palmeiras, fez um pênalti que foi muito pênalti porque se fosse a nosso favor, EU queria.

Logicamente que isso “mais uma vez” afetou o poder anímico do time, e logo em seguida veio a virada ainda no 1º tempo fazendo o time voltar mais pressionado ainda para a etapa final.

Mancini fez duas substituições acertadas e logo depois mais três previsíveis com Elias mostrando que tem potencial forte para o futuro, não esquecendo que ele é atacante pela esquerda sem estatura e força de um NOVE. E Campáz vai se adaptando com muita vontade, mas Churín é fraco e sem vibração dentro de campo, apenas na rodinha de fé do vestiário “antes dos jogos”. Só isso.

Aí, apareceu o VAR que estragou uma linda jogada bem acabada anulando gol do Elias com aquela linha VARmelha absurda onde até o Palmeiras já havia assimilado o gol de empate aos 86 minutos de jogo com mais um golpe no Tricolor.

Parece que quando as coisas já não andam bem TUDO conspira contra, e para completar, houve uma invasão de campo por alguns torcedores baderneiros idiotas tatuados de Grêmio, e isso não é paixão, é selvageria pura de alguém sem cérebro num momento delicado desses. Pareciam abutres.

Como precisamos de 5 vitórias + 1 empate em 11 jogos, EU ACREDITO SEMPRE mesmo que haja “até” torcida contra esta minha vontade e otimismo, mas eu não desanimo nunca, com o Grêmio onde ele estiver.

Oremos ….. !!!!!

Como impedir a queda do Grêmio? Saiba aqui, e agora

Como impedir o rebaixamento do Grêmio?

Esta é a grande preocupação da maioria dos gremista – digo maioria porque tem uma parcela que torce mais para si mesmo e suas teses, e contra alguns personagens, como o presidente, o treinador e alguns jogadores. Tudo isso está escancarado nas redes sociais.

Então, vou direto ao ponto, como dizia o slogan do Correio do Povo no meu tempo de redação: O jornal que vai direto ao ponto!

Tenho vontade de ficar enrolando aqui, como fazem certos apresentadores de TV em programas populares. “E agora ele vai revelar o grande mistério… mas antes vamos ao intervalo. Voltamos já, já, não saia daí”, berra o sujeito, deixando a resposta no ar. Escrevo e me vem à mente o João Kleber, do SBT, eu acho.

Mas deixando de enrolação.

Eu sei como evitar a queda do Grêmio para a segunda divisão. Pronto, falei.

Eu e um grupo de gremistas estamos trabalhando pela volta do técnico Renato Portaluppi. “Bah, o Ilgo ficou maluco”, vão concluir.

Não fiquei maluco, nem peguei a Covid (estou usando a ivermectina há quase um ano e tomando todas as precauções, porque, como eu disse, não sou louco nem nada).

Já estou fugindo do assunto de novo. Bem, vou revelar.

Estou, junto de amigos, empenhado em derrubar o Renato. Sempre que o Flamengo joga a gente se reúne, reza para todos os santos, acenda velas, faz oferenda na encruzilhada, e se concentra para que o Flamengo perca.

Nosso esforço se junta, mesmo sem querer, ao de colorados e gremistas do tipo descrito no primeiro parágrafo. Eles também querem a queda do Renato. São os inocentes úteis da minha estratégia, desse plano aparentemente absurdo.

Estou fazendo essa revelação hoje porque o Flamengo conseguiu ser eliminado da Coa do Brasil pelo Atlético PR (o clube que eu mais detesto). Foi uma baita injustiça a derrota. O Flamengo teve 25 chances de gol contra quatro do adversário. Os caras perderam gol de tudo que é jeito, e o culpado é o treinador.

Renato ficou balançando no cargo. No final do jogo, ele realmente colocou o cargo à disposição. Eu desconfio que ele não passa de sábado, quando o Fla enfrenta o líder Atlético Mineiro.

Aí, Renato poderá estar livre. Primeiro passo para a salvação. Renato livre.

Com Renato pela bola 7, falta agora o mais fácil: a queda de mais um treinador do Grêmio, seria o terceiro na temporada. Vou torcer pelo Mancini contra o Palmeiras, domingo, 16h, mas o time está desfalcado de titulares importantes. Então, tudo aponta para mais um resultado negativo.

Se Mancini tiver sucesso, e vencer o jogo, que bom!

Caso contrário, Renato em seguida estará aí para atender a convocação (ele disse meses atrás que um chamado do Grêmio é uma convocação) da diretoria e resgatar o clube do buraco em que se meteu.

Se acontecer o que projetamos, Renato irá salvar o Grêmio pela terceira vez do rebaixamento.

Grêmio afunda cada vez mais no Brasileiro, para desespero de sua torcida

Futebol não se ganha no grito, nem por ter ou não cabelo no peito. Menos ainda com o anacrônico pontapé na porta do vestiário, como sonham alguns torcedores achando que isso funcional.

É o que eu comentei com alguns amigos dias atrás, mas achei melhor não escrever aqui porque o momento era de esforço concentrado e união de todos para tirar o clube desse atoleiro humilhante.

Se os discursos fortes não vierem acompanhados de mais eficiência dentro de campo, logo viram fanfarronice. Um discurso motivacional como o do diretor de futebol Dênis Abraão em sua apresentação, e nos dias que se seguiram, serve para uma largada, mas é efêmero, seu efeito tem curta duração.

Eu só não imaginava que duraria tão pouco. Já no segundo jogo com a nova comissão técnica o time volta à realidade. No primeiro tempo, o Grêmio fez uma de suas melhores atuações – o que também não significa grande coisa -, criou chances, dominou e merecia um golzinho, um mísero golzinho.

Mas quem marcou foi o Atlético-GO, numa falha, numa cochilada, como diziam os narradores do século passado, do Selecionável Vanderson. Aí tudo desandou. No segundo tempo, aquilo que estava faltando na atuação do Grêmio: a tradicional falha, ou pixotada, do infeliz Paulo Miranda, que até vinha bem no jogo. Mas Paulo Miranda é como o Bressan, atrai raios e trovões. Como consequência, pênalti, e gol de outro adversário do tricolor.

Para completar, a parte do técnico, que na verdade é o menos culpado. Mas ele errou ao manter Alisson tanto tempo em campo. Errou mais ainda ao não sacar Diego Souza para a entrada de Borja, mantendo os dois em campo para arriscar um golzinho de cabeça. Isso que a zaga dos goianos tinha se mostrado muito competente nas bolas pelo alto, sinalizando que o Grêmio deveria buscar outro tipo de jogada para tentar ao menos o empate.

Individualidades: gostei de novo de Brenno e do Kannemann, um gigante, além do paraguaio Villasanti. Os demais razoáveis, ruins e péssimos.

Um mistério: descobrir quem o é “pai” do Campaz. Estou atrás dessa informação já faz algum tempo. Todos desconversam, inclusive os principais suspeitos. Claro que foi uma “construção coletiva”, mas sempre tem um nome principal, o cara que deu a ideia e a defendeu.

Está aí um fato que ajuda a explicar como o Grêmio chegou a esse vexame.

Grêmio encara outro jogo decisivo na luta contra a queda

Vejo a escalação do Grêmio para enfrentar o Atlético-GO, nesta segunda-feira, em Goiânia, e me sinto seguro, confiante na vitória. Isso não significa que possa ser uma barbada, pelo contrário.

Não existe jogo fácil para ninguém neste Brasileiro. O Flamengo com sua constelação de astros que o diga – Renato está sendo muito cobrado pela derrota diante do Fluminense.

Vejo um tipo de gremista aliado aos colorados na secação ao Renato. Tenho uma tia, que já dobrou o cabo da boa esperança, colorada doente (redundância) que me telefonou ontem, sábado, aos gritos de felicidade porque Renato havia sido derrotado.

“Estou muito feliz, mais do que se fosse uma vitória do meu Inter”, confessou ela, que tem próteses nos dois joelhos, o que não impede que vá a todos os jogos do time dela. Eu respondi que tem gremistas nas redes sociais tão felizes quanto ela, e ela duvidou dessa informação. Eu mesmo custo a acreditar, mas é a mais pura verdade.

Dia desses, semana passada, entrei num grupo de whats. Tinha um carinha lá que só corneteava o Renato por isso e por aquilo. Eu entrei ironizando, escrevi: “Informação, Renato não é mais técnico do Grêmio faz tempo”. Ele nada respondeu, nem eu quis saber.

Mas voltando ao jogo, decisivo como todos os que virão, eu confio na vitória, mas tenho uma preocupação, vamos ver se vocês adivinham.

O time que vai jogar é este:

Brenno; Vanderson,Paulo Miranda, Kannemann e Rafinha; Thiago Santos e Villasanti; Alisson, Jean Pyerre e Douglas Costa; Diego Souza (Borja).

É o Grêmio consolidando uma escalação, e isso é muito bom.

Eu sei que vocês também não confiam no Paulo Miranda. Realmente, é difícil de entender, mas a opção seria Ruan, que não anda bem faz alguns jogos. Vamos confiar que PM esteja iluminado, não sofra cãibra antes do intervalo ou não seja expulso, deixando o time na mão.

Tirando isso, o time é muito bom no papel. Tenho minhas dúvidas em relação ao JP, um meia dos anos 60 que veio parar por enganho neste século.

Enquanto escrevo o Inter faz 1 a 0, logo no começo. Larguei. Vou concentrar minhas energias no jogo de amanhã, este sim crucial.

PREMIO PRESS

Segue a briga pelo G-3. Votação é por aqui:

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O blog e a ‘trincheira’ de cada um

Entrei nessa de blog no começo dos anos 2000.

Escrevia sobre o que tivesse vontade, qualquer assunto, desde um domingo na Redenção à crítica de filme. Futebol também, óbvio. E política.

Minha posição era contra Lula, Zé Dirceu e Cia, porque eu tinha certeza que mais cedo ou mais tarde eles iriam roubar o país. Sério, eu tinha certeza disso.

Na real, eu escrevia pra mim e mais meia dúzia de pessoas, ovelhas desgarradas. Repercussão zero.

Certo dia apareceu um leitor denominado ‘Trincheira Vermelha”, de posição franca e irritantemente petista. No segundo ou terceiro comentário dele eu escrevi mais ou menos isso:

– Amigo, nós temos posições antagônicas e consolidadas. Eu não vou mudar tua opinião e você não vai mudar a minha. Então, pra não tomarmos o tempo um do outro, além de preservarmos nossa saúde mental, convido você a retirar-se da minha ‘trincheira’.

Ele prontamente atendeu meu convite de maneira elegante e cordial. Retirou-se e nunca mais mantivemos contato. Simples. Ele ficou na trincheira dele, e eu na minha, civilizadamente, respeitosamente.

Acho que me fiz entender.