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O Cartola e os primeiros negócios do tricolor

Mozão47 Team é o grande vencedor do Cartola/2014 na Liga do Boteco. Decolinos ficou em segundo, com pequena diferença de pontos. Em terceiro, o Buddy.

O Mozão é do nosso parceiro constante aqui, o Márcio Tremarin, que até anunciou sua vitória, obtida com muito mérito, no tempo normal, sem ajuda da arbitragem.

Não lembro o que prometi de prêmio, nem se cheguei a prometer alguma coisa. Mas de qualquer forma ofereço ao campeão uma camisa da cerveja 1983, um copo 1983 e uma cerveja, talvez duas, conforme eu tiver de humor no dia da entrega formal, com direito a foto. Já o segundo e o terceiro ganham uma 600ml, cada um.

Meu time, o Alfredo, ficou em posição humilhante, caindo pra segundona. Aliás, tem muita gente boa ao meu lado nessa…

Confiram:

http://cartolafc.globo.com/#!/liga/boteco-ilgo

NEGOCIAÇÕES

Grêmio está fechando a venda de Barcos, notícia auspiciosa. E a volta de Douglas. Não acho que seja uma boa repatriar um jogador que divide tanto a torcida.

Douglas não fez uma temporada tão boa na segundona que justifique sua volta. Parece até que ele não foi muito bem no Vasco. E isso que os adversários eram de nível tecnicamente inferior.

Agora, pode ser um negócio de conveniência e oportunidade. O Grêmio está sem dinheiro, não tem grande coisa no mercado por um preço acessível. Então, aposte-se em Douglas.

Pelo menos o time ganha alguém que cobra falta e escanteio. Já é alguma coisa.

OLÍMPICO

Sábado, numa iniciativa do movimento Grêmio Multicampeão, participei de um festival de jogos no Olímpico. Era uma homenagem ao China.
Havia uns 80 gremistas, entre eles os campeões de 83 Mazaropi e Casemiro. Além do China, claro. Foi uma festa muito legal.

Saiu na TV:

http://globoesporte.globo.com/rs/videos/t/globo-esporte-rs/v/torcedores-se-despedem-do-estadio-olimpico-em-jogo-festivo/3817469/

Futebol ruim e entrevista infeliz

Não sei exatamente o que foi pior, se a atuação do time contra os reservas do Flamengo ou a entrevista de Felipão.

Estava a caminho de casa quando ouvi o Felipão se revelando feliz com a vitória de Abel Braga, e por consequência do Inter. Uma vitória aos 50 minutos, frisou o técnico do Grêmio que pareceu por momentos esquecer que é técnico do Grêmio.

Se ele é grato a Abel por alguma coisa – talvez pela solidariedade recebida de Abel após os 7 a 1 na Copa – que se manifeste de maneira mais contida, não tão esfuziantelo, tão apaixonada. E outra: poderia ter telefonado para a Abel e aí sim se derramado em elogios.

Agora, aproveitar uma entrevista coletiva e fazer esse tipo de declaração logo após uma atuação horrível do time titular contra os reservas do Flamengo, é muita falta de sensibilidade, de respeito até ao torcedor do Grêmio.

Fico imaginando se fosse o Luxemburgo ou o Enderson Moreira fazendo esse tipo de coisa.

Felipão tem muito crédito com a torcida, mas esse crédito diminuiu nos últimos jogos e caiu ainda mais depois de uma declaração que, de certa forma, praticamente comemora a conquista de vaga direta do Inter.

Felipão pecou pelo excesso verborrágico e pelo momento inadequado, ou seja, após um empate melancólico, resultado que tem responsabilidade direita do técnico tricolor.

Desnecessária também a confirmação de que em algum momento pensou em convocar o goleiro Alison, então segundo reserva do Inter, ignorando Marcelo Grohe, goleiro do ‘seu’ Grêmio e numa forma esplendorosa.

O JOGO

Sobre o jogo. Felipão jamais poderia começar o jogo com três volantes, sendo que nenhum deles saber armar. Imaginei que Felipe Bastos estivesse lesionado, não sabia que ele havia ficado no banco. Até poderia ser com três volantes, desde que um deles fosse Felipe. Nunca Wallace, Matheus Biteco e Ramiro. Defensivo e tosco demais.

Então, o que se viu foi um Flamengo superior no primeiro tempo, chegando com perigo, enquanto o Grêmio escancarava falta de qualidade para criar jogadas de ataque. Foi difícil escolher qual o pior do trio ofensivo: Luan, Dudu ou Barcos. Os três volantes estavam desorientados. Apenas a defesa se mantinha eficiente.

O Flamengo abriu o placar contando com a sorte. Um chute de fora da área e o desvio em Bressan, deslocando Grohe. No segundo tempo, Felipão corrigiu sua mancada. Sacou Matheus e colocou Éverton. O time ficou mais agressivo. Dudu e Luan começaram a render mais. Barcos continuou destoando.

Aos 10min, Dudu lançou Barcos, que foi derrubado pelo goleiro fora da área. César foi expulso. Luan cobrou a falta com perfeição e empatou. Com um a mais, o Grêmio assumiu o controle do jogo, mas só levou algum perigo em chutes de fora da área.

O melhor deles foi de Felipe Bastos, que havia entrado no lugar de Wallace. Felipe acertou a trave direita. Então, no último jogo da temporada começou a justificar sua fama de bom chutador, algo que não havia conseguido em todo esse tempo.

Luan, após o gol, cresceu muito de produção, armando e organizando. O problema é que Barcos estava fazendo uma de suas piores partidas.

Cada vez que ele tocava ou tentava tocar na bola, eu pensava, feliz: estou vendo os últimos minutos de Barcos com a camisa do Grêmio.

E isso me conformava. Foi assim que saí da Arena, conformado.

Até ouvir a entrevista de Felipão…

Seguida de um telefonema de alguém muito irritado com tudo o que Felipão havia falado: o RW.

INTER

Os deuses do futebol estão olhando pelo Inter há alguns jogos, desde o São Paulo para ser mais preciso, com aquele gol em impedimento. Depois um erro de arbitragem a favor do Inter ainda mais clamoroso, contra o Atlético Mineiro, seguido um gol milagroso no último segundo. E por aí vai.

Sábado, o juiz teria exagerado nos acréscimos – não vi o jogo porque não tinha dúvidas de que o Inter venceria. O fato é que com gol aos 50min foi mesmo uma vitória heróica contra o Figueirense, que lutou como nunca e morreu como sempre.

Esse é o futebol que tem quatro clubes na série A, enquanto o futebol baiano, com seus torcedores sempre apaixonados. não terá nenhum representante na divisão principal do futebol brasileiro. Uma pena.

ACRÉSCIMOS

Há alguns anos, teve um jogo contra o Caxias em que o juiz Márcio Chagas deu meia dúzia de minutos de acréscimo – em função de cera técnica exagerada dos caxienses – e o Grêmio ganhou o jogo.

A mídia caiu de pau no Márcio,e isso durou muito tempo. Ele ficou marcado.

Até agora não ouvi nem li nenhuma crítica dessa mesma crônica esportiva. Será porque agora beneficiou o Inter?

Racismo no BR: o ruidoso silêncio da mídia

O brilhante, oportuno e provocativo texto abaixo foi extraído do http://blogremio.blogspot.com.br/ – Imortal Tricolor –

As pessoas nascem com igual dignidade, é o que nos diz a Constituição da República.
Como todos sabem, o STJD definiu que o Grêmio deveria perder pontos no jogo contra o Santos, ocasionando sua eliminação da Copa do Brasil por atos praticados por três ou quatro gremistas dentro de um universo de mais de 30 mil.
A análise técnica da inviabilidade jurídica de assim proceder, seja constitucionalmente, seja dentro da própria legislação esportiva, já foi feita em outro momento neste blog, como pode ser visto aqui .
Alguns expertos da área desportiva saltaram à frente e, mesmo que a Constituição da República dissesse o contrário, passaram a vender a tese da “responsabilidade objetiva” do clube por atos de seus torcedores, conforme temos neste link.
A incorreção desta afirmação esbarrava na “meia-analogia” de insistir que, se alguém jogasse um objeto no campo, o Clube seria responsável por tal ato, comparando situações distintas para justificar a punição do Grêmio.
Ocorre que, diferentemente do artigo 213, §3º, do CBJD, que prevê a punição do clube por atos individuais de seus torcedores no caso de objetos lançados ao gramado, a legislação esportiva não prevê idêntica hipótese nos casos de injúrias raciais (o art. 243-G diz que é necessário que a ofensa seja simultânea e praticada por um considerável número de pessoas). Por isso, precisaram da “meia-analogia” para justificar o injustificável.
É fácil constatar que os obstáculos construtivos de um estádio DEVEM evitar que alguém jogue um objeto em campo e esse é o objetivo da Lei e o que diferencia absolutamente do caso de ofensas verbais, impedindo uma comparação adequada.
Mas não é só isso: quando há a identificação da a pessoa que, individualmente, jogou o objeto no campo, o Clube não é responsabilizado por isso.
No “caso Aranha”, é notório que o Grêmio identificou os torcedores responsáveis pelo ato, mas nesta parte a analogia com objetos jogados em campo já não servia mais, porque levaria a se cogitar a absolvição.
Por isso, muito ouvimos nós gremistas estas “meias-analogias” para justificar os atos do STJD.
Ainda assim, o ponto é que não existe forma de um clube se responsabilizar por atos individuais de seus torcedores (e não praticados coletivamente, como em um cântico de torcida), ainda mais quando estes são verbais.

A punição do Grêmio no caso Aranha era necessária para que outros atos semelhantes não acontecessem. Quem não ouviu isso?
Pois bem.
O título da matéria é “Jogador Paulão relata ofensas raciais de torcedores do inter a sua mãe” . Veja aqui.
Poderia ser mais claro?
O jornalista Juremir Machado repercutiu o fato em seu blog.
E nada aconteceu.
Nem comparações com jogar objetos em campo.
Nem expertos defendendo a responsabilidade objetiva do clube por atos de sua torcida.
Nem reações iradas da imprensa em geral sobre o fato.
Nem um delegado aparecendo na casa da mãe do jogador Paulão para que ela reportasse o fato.
Nem um pedido de explicações ao clube.
Nem denúncia ao STJD.
Nem reportagens na televisão.
Enfim, nada.

O caso é diferente, alguns disseram. Não dá para comparar. Ainda que, na essência, os dois casos versem sobre injúrias raciais praticadas contra outro ser humano, vamos admitir que este caso não mereça uma “meia-analogia” como foi usada contra o Grêmio, vamos comparar coisas idênticas.
No Grenal do Gauchão da Arena, o jogador Paulão declarou ter sido ofendido pela torcida tricolor e esta denúncia não formalizada e apenas repercutida na imprensa foi suficiente para abertura de um processo disciplinar-esportivo contra o Grêmio.
Então, por qual razão, agora, as declarações do mesmo jogador Paulão de que a sua mãe foi ofendida não servem sequer para investigar o caso?
O que muda nos dois casos denunciados pelo mesmo jogador Paulão?
Por qual razão, em um deles, houve investigação e noutro, não?
Adianto aos leitores que a Legislação esportiva não determina que apenas as injúrias praticadas contra jogadores é que devam ser investigadas.
Em hipótese alguma mudamos de opinião sobre a impossibilidade de se punir o clube por atos de sua torcida. Mas nos chama muito a atenção os dois pesos e duas medidas na mesma matéria.
O combate a toda forma de discriminação é um assunto muito sério para ser tratado por paixões clubísticas.
O mínimo que se esperaria das autoridades responsáveis depois da repercussão das declarações do jogador Paulão sobre as ofensas raciais que a sua mãe teria sofrido dentro do Beira-Rio era uma investigação para verificar os fatos. E, eventualmente, punir os responsáveis pelas ofensas, ainda que apenas individualmente.

Postado por DANIEL MATADOR

O texto é de autoria do juiz Tiago Mallmann Sulzbach e do defensor público Rogério Souza Couto.
Contribuíram com este post Maichel Mattielo, Guilherme Zambrano, Evandro Krebs, Giovani Flores e Cristiano Becker.

Grêmio e as leis de Murphy

Nada é tão ruim que não possa piorar. É uma das leis de Murphy.

No caso do Grêmio se aplica há muito tempo.

Por isso, ao contrário de muitos, ainda vejo algumas coisas positivas no Grêmio. Por exemplo, a permanência de Felipão.

Se Felipão não ficasse – dizem que haveria uma proposta da China, onde ele ganharia muito mais dinheiro e não teria nem imprensa nem torcida para pegar no seu pé -, estaríamos agora especulando nomes.

E aí teríamos várias correntes, mais do que as do PT. Já cansei de ler e ouvir gente sugerindo o Cristóvão, do Fluminense. Gente garantindo que esse é o cara certo para o Grêmio. Não sei de onde tiram tanta certeza, mas é o que acontece. Além do mais, Cristóvão andou levando umas goleadas sonoras.

Há também os fãs de Ney Franco, se bem que esses andam meio quietos depois que a carreira dele entrou um curto circuito. Mas já vi muita gente boa exaltando esse treinador. Também não sei por que, talvez pelo rosto rechonchudo semelhante ao de Enderson Moreira.

Não faltaria gente para indicar o Mano Menezes. Nem vou comentar.

Ah, claro, tem a corrente dos que apoiam os noviços, de preferência gaúchos, com ou sem bombacha. Já li gremistas sugerindo o Lisca, de forte ligação com o Inter. Se ele é tão bom por que o Inter não o contrata?

Facilita apareceria alguém sugerindo o Luis Carlos Winck, de recente sucesso no meu Lajeadense.

Outro nome: Gilmar dal Pozzo, que já esteve bem cotado. Tem ainda o Rogério Zimermann, de bom trabalho no Brasil de Pelotas. São técnicos de bom potencial, mas precisam passar por clubes de porte médio antes.

Então, felizmente o Grêmio tem o seu treinador. Devemos todos agradecer, mesmo aqueles que por ‘ene’ motivos rejeitam o Felipão. Aliás, o que tem de gremista que abomina os maiores vencedores na história do clube.

Felipão comete seus erros, claro. Ou erros que a gente imagina que são erros, porque na verdade, nós aqui de fora, temos menos conhecimento das coisas internas do que o Felipão.

Como eu acredito na capacidade – e na honestidade – de Felipão como treinador, tenho muito cuidado em criticar grande parte de suas decisões.

No caso Alan Ruiz, se Felipão decidiu não ficar com ele penso que ele tem razões fortes para isso. Felipão já administrou jogadores mais complicados e mais talentosos. Deve ter avaliado que seria perder tempo insistir com o argentino. Não tenho dúvida de que o Grêmio pagaria o valor solicitado se tivesse convicção de que seria um bom investimento.

Agora, se fosse um Enderson, um Julinho Camargo ou um Caio Jr tomando a decisão de não utilizar Ruiz, eu já veria a situações de forma diferente. Pela simples razão de que eles não possuem a credibilidade de Felipão, ao menos para mim.

Então, lamento muito esse final de campeonato tão melancólico, mas comemoro que ao menos temos um treinador de alto nível.

Sempre lembrando que Felipão pegou um time montado por outros treinadores, assumindo no meio da temporada. Agora é diferente, ele começa a temporada no Grêmio.

Pode não ser muito pra muitos gremistas, mas eu saúdo o fato de estar livre da ameaça de aparecer outro pouca prática para comandar o time.

Para encerrar, outra lei de Murphy, e esta também cabe perfeitamente para o Grêmio dos últimos anos:

Se alguma coisa pode dar errado, dará. E mais, dará errado da pior
maneira, no pior momento e de modo que cause o maior dano possível.

O Jânio Quadros do vestiário gremista

O ano do Grêmio, em termos de futebol, só se salva pelos 4 a 1 no Gre-Nal.

No mais, foi um acúmulo de erros que começam na presidência e terminam no vestiário. O resultado é esse final melancólico no Campeonato Brasileiro.

O único alento é que poderia ter sido pior. Os responsáveis pela contratação de um técnico demitido do Inter B para comandar o time na Libertadores – há anos que o Grêmio não sabe exatamente o que fazer para aproveitar de maneira digna a vaga na Libertadores – só tiveram um acerto neste ano:

a demissão de Enderson Moreira.

O problema é que demorou muito, não demais, porque se tivesse demorado demais o Grêmio estaria hoje ameaçado de rebaixamento, ou até já rebaixado.

A troca de treinador demorou o suficiente para reduzir drasticamente as chances de briga por vaga na Libertadores.

O técnico Felipão, vejam só, tivesse optado pelo Grêmio quando chamado pela primeira vez por seu amigo Fábio Koff, teria escapado do vexame na Copa do Mundo e hoje o Grêmio talvez estivesse brigando pau a pau com o Cruzeiro pelo título nacional.

São as decisões que a gente toma na vida.

A pior decisão que Koff tomou foi ter mantido um treinador que ele não apreciava, o Luxemburgo. É preciso registrar que ele tentou Felipão, insistiu com Felipão, mas Felipão estava seduzido pela Seleção, onde ganhou muitos dinheiros, mas perdeu muito mais em prestígio.

Então, pressionado pelo ‘fica, Luxemburgo’ e determinado a impedir que Odone seguisse no poder para concluir sua obra – imagino que hoje os mais ferrenhos críticos de Koff sabem do que estou falando -, Koff cedeu. Manteve Koff. E aí começou tudo.

Lembro de um velho dito popular que aprendi na infância: é de pequenino que se torce o pepino. Ou pau que nasce torto nunca se indireita.

Tudo o mais é consequência de uma decisão equivocada tomada lá no começo da gestão.

A conta chegou e só não é mais salgada porque Felipão ainda chegou a tempo de impedir o pior, e todos os gremistas sabem do que estou falando porque também perceberam que a nau endersiana estava naufragando.

O que se viu contra o Bahia neste domingo em Salvador foi a cereja estragada de um bolo embatumado.

A derrota, no final das contas e friamente falando, pode ser considerada uma dádiva. Mesmo se vencesse, o Grêmio dificilmente ficaria com uma vaga na Libertadores, vaga indireta, e continuaria com vários jogadores prestigiados.

Esse risco já não existe.

A hora é de varredura. E fique claro que Rui Costa, que já teve todas as chances, não pode ser o homem da vassoura, o Jânio Quadros do vestiário.

GROHE

De vez emquando deparo com críticas a Marcelo Grohe. Que não é goleiro para o Grêmio. Li e ouvi muito disso em relação a Victor.

Pois bastou Victor ir embora para conquistar títulos, os títulos que não conquistava aqui. Mas não por culpa dele, diferente do que pensavam os ‘especialistas’ em goleiro.

Deram um time para Victor e ele foi campeão, e hoje é herói e ídolo em MG.

O mesmo deverá acontecer com Grohe se ele sair e encontrar um time tão qualificado quanto ele.

INTER

Fiquei comovido com a emoção colorada no sábado. Nunca tinha visto volta olímpica, ou algo parecido, para comemorar vaga em Libertadores.

Quando a torcida gremista ficou feliz com vagas alcançadas nos últimos anos, vi muito colorado debochando. Hoje, eles vibram. Só faltou festa na Goethe.

Mas a festa colorada no Beira-Rio teve até deboche de D’Alessandro, que voltou a fazer das mãos binóculos para ironizar o Grêmio.

Quer dizer, ele brinca com os outros, mas não aceita que brinquem com ele.

Fora isso, o Inter mereceu a vaga, apesar de uma campanha que fica marcada pelos 5 a 0 diante da Chapecoense.

Caso Petros: quando o correto precisa explicar o seu voto

Eu não ia comentar essa decisão do Tribunal de Justiça Carioca e Paulista que absolveu o Corinthians pela inscrição irregular do jogador Petros.

Afinal, todos sabiam qual seria o resultado, assim como há meses se sabe que o Cruzeiro seria campeão desse longo e chato Brasileirão.

Com um tribunal assim fica difícil lutar.

Tudo indica que cada vez ficará mais difícil para a dupla Gre-Nal ser campeã nacional. Há um abismo separando a dupla de Corinthians e Flamengo, por exemplo. Os dois lá de cima vão ganhar 170 milhões da TV, enquanto os nossos aqui vão ficar com 60 milhões de reais.

Está passando da hora de amarrar nossos cavalos no obelisco em são Paulo, como em 1930.

Alguém acredita nessa notícia de que a dupla se uniu e pensa em levar o caso à Fifa? Se fizerem isso, nossos clubes vão perder lá também. É tudo farinha do mesmo saco. Fora isso, irão sofrer retaliações do tribunal que parece ser propriedade da família Zveiter.

Bem, decidi comentar mais esse episódio nojento do tapetão – tem aquele, do tapetinho, o nosso aqui, em que um auditor trouxe o voto de casa para absolver um jogador colorado de doping num Gre-Nal – porque leio que o auditor gaúcho Décio Neuhaus, advogado e jornalista, está tendo que explicar seu voto pela condenação do curintia.

Quando o correto precisa explicar sua decisão é sinal de que realmente não há mais salvação.

Leiam, por favor:

http://globoesporte.globo.com/rs/noticia/2014/11/unico-auditor-que-nao-absolveu-timao-nega-lobby-no-stjd-e-explica-o-voto.html

Conheço o Décio, advogado e jornalista, de forte atuação no sindicato dos jogadores de futebol do RS. Trata-se um profissional sério e correto. Só exagerou um pouco anos atrás com aquela história de proibir jogos no calor. Tanto exagerou que nunca mais repetiu.

Então, quando Décio precisa explicar seu voto pela legalidade, ignorando o poder do reú e as ameaças recebidas, fica complicado deixar de comentar mais essa decisão que abala ainda mais a já abalada imagem do tal tribunal desportivo.

Para esse pessoal, só chamando o Chapolin Colorado. É, mas agora é tarde.

Morreu o inesquecível Roberto ‘Chaves’ Bolaños, levando consigo seus personagens.

Prêmio Press

Quero agradecer a todos que contribuíram pra colocar esse boteco entre os ‘top five’ do jornalismo na web.

A divulgação do resultado foi ontem, com uma bela festa no Teatro Dante Barone, na Assembleia Legislativa.

Ali foi anunciado o campeão, digo, o vencedor, uma espécie de Cruzeiro da premiação lançada há 15 anos pelo bravo Júlio Ribeiro, um empreendedor, um herói.

Deu o favorito: www.previdi.com.br, leitura obrigatória para quem quer saber coisas da mídia gaúcha e algo mais. O Previdi já venceu outras vezes e é quase imbatível.

Sei que muita gente se empenhou para me colocar entre os cinco finalistas. E isso é muito gratificante, emocionante até. Não cito os nomes para não cometer injustiça de esquecer algum ‘militante’ do boteco. Somos poucos, mas unidos e combativos.

O importante é que fiquei no G-5. Espero que o Grêmio também chegue lá.

FIGUEIRENSE

Sei que o Figueira tem que jogar fora de sua casa. Mas precisa ser nos domínios do Inter? Chapecó é dividida entre gremistas e colorados, fora os torcedores da Chapecoense, claro.

Não deve ter um torcedor sequer do Figueira por lá. Então, o Inter vai jogar praticamente em casa.

O Figueira poderia, por uma questão de equilíbrio da competição, jogar talvez mais ao Norte de SC.

Mas o que importa é alguns trocados, ao que parece, fora o benefício explícito ao Inter que talvez chegue na última rodada precisando de vitória.

Mais um motivo para eu ser contra o campeonato por pontos corridos.

CORNETA

O blog do meu amigão RW, que atuou intensamente em favor do boteco no Prêmio Press, divulga uma notícia que a gente dificilmente encontra na imprensa abaixo do Mampituba. Confiram:

http://www.cornetadorw.blogspot.com.br/2014/11/noticia-acima-do-mampituba.html

A conveniência de culpar arbitragens

Atribuir a erros de arbitragem as dificuldades do Grêmio no Brasileirão, em especial nos dois últimos jogos, é muito conveniente.

É conveniente ao torcedor – pelo menos para boa parte deles -, que assim pode conviver melhor com a sua dor, uma dor que vem desde 2001 – quer dizer, faz tempo que existe esse complô.

É conveniente à direção – e aí entram as anteriores -, porque tira o foco da verdade: a falta de planejamento, o excesso de gastos, a incompetência na tomada de decisões, de avaliação de determinadas situações e na formação do grupo.

Poderia citar vários exemplos que os gremistas estão cansados de colocar nas redes sociais, como a ausência de um meia de articulação – incrível, mas até o redondinho Douglas seria útil – e um camisa 9 de verdade para no mínimo fazer sombra ao instável Barcos.

Ah, ia esquecendo os equívocos na contratação de treinadores. Felizmente, Felipão chegou a tempo para evitar o píor. Aí, então um grande acerto.

É conveniente à comissão técnica, principalmente ao treinador. Quando goleou o Inter por 4 a 1 – só isso já justificaria sua contratação – e bateu o Criciúma, Felipão não denunciou nenhum esquema para prejudicar o Grêmio. Bastou perder duas seguidas, que velhos fantasmas vieram à mente do experiente técnico.

Sinceramente, eu acredito que Felipão realmente acredita que existam interessados em alijar o Grêmio do grupo que irá disputar a Libertadores em 2015. Não sei exatamente quem seriam esses conspiradores. Eu, que também tenho minhas ‘nóias’, imagino que possam ser indivíduos/empresas que se sentiram prejudicados pelo presidente multicampeão Fábio Koff na gestão do Clube dos 13.

A meu ver, os tais erros de arbitragem nos jogos contra Cruzeiro e Corinthians não pesaram tanto no resultado quanto a falta de qualidade nas conclusões e a demora do próprio Felipão na tomada de decisões para neutralizar a pressão dos adversários.

O Grande Erro de Arbitragem – o toque de mão de Fábio Santos dentro da área o que configuraria pênalti a favor do Grêmio – está provado agora que não aconteceu. Neste caso especificamente, muita gente que não estava dentro do campo na hora, eu inclusive, errou ao criticar o juíz, que, por linhas tortas acabou acertando.

Sobre esse juiz, senti que ele foi tendencioso a favor do Corinthians nos detalhes do jogo. Fiquei impressionado com a reação dele quando Barcos, no exercício do cargo de capitão do time, foi reclamar de uma decisão. O tal juiz ficou enlouquecido, cuspindo fogo na cara de Barcos, uma reação que ele não teve contra nenhum atleta corintiano.

Agora, não se pode atribuir a derrota à arbitragem. Ainda mais que o Grêmio teve um primeiro tempo ridículo e depois, quando melhorou, pouco criou em termos de situações claras de gol. Cássio, a rigor, fez apenas uma defesa difícil.

Então, antes de culpar arbitragens e operações secretas contra o Grêmio, é hora de Felipão e dirigentes olharem para dentro de si e tentar corrigir os erros que estão levando o clube a ficar fora da Libertadores 2015.

Afinal, como se diz na fronteira: não tá morto quem peleia. E enquanto há vida, há esperança.

INTER

Enquanto o Grêmio é prejudicado, o Inter é beneficiado. Nessa grenalização envolvendo arbitragens, o Inter está dando de relho.

Os próprios colorados admitem que foram beneficiado, principalmente contra o time reserva do Atlético Mineiro.

Bom pra eles, mas que dá uma baita inveja, dá.

COMPLÔ

Só pra deixar bem claro, não acredito em esquema para prejudicar o Grêmio. Mas também não duvido.

Afinal, para a rede de TV o que seria melhor, comercialmente falando, ter Grêmio ou Corinthians na Libertadores?

Acho que os fantasmas do Felipão está incorporando em mim…

RACISMO

Aqui sim vejo complô. Racismo no Grêmio tem peso muito maior do que racismo no Inter.

Sobre o caso de racismo envolvendo a torcida colorada, no Beira-Rio, e a mãe do zagueiro Paulão, recomendo essa leitura. Vale a pena, ajuda a diminuir a irritação:

http://www.cornetadorw.blogspot.com.br/2014/11/do-facebook-guberman.html

Os culpados são sempre os outros

Que o técnico Felipão queira jogar sobre o lombo das arbitragens a responsabilidade de duas derrotas seguidas, nada a opor. Faz parte do show do futebol. Os culpados são sempre os outros.

Agora, eu não vou entrar nessa. E está aqui alguém que viu nos sonoros 4 a 1 do Gre-Nal um divisor de águas. Um novo Grêmio surgia para retomar o caminho das vitórias e dos grandes títulos. Eu acreditei muito nisso. Eu que sempre fui pessimista, deixei-me iludir com uma facilidade que neste momento me repugna.

Eu acreditei!

É inegável que o Grêmio foi prejudicado pela arbitragem. Mas também é inegável que já foi beneficiado outras vezes, menos vezes, claro. Só pra ficar no campeão brasileiro por antecipação nesse campeonato em que o campeão se conhece com antecedência quando dispara na frente, desde que não seja treinado por Celso Roth, lembro o jogo do primeiro turno, quando o Grêmio também foi vítima de arbitragem, digamos, incompetente.

Voltemos ao presente, ao jogo em que o Grêmio foi batido pelo Corinthians por 1 a 0: Fábio Santos ergueu o braço no cruzamento de Ramiro. A bola bateu no braço. O bandeirinha viu e assinalou. Foi instintivo. Ele ergueu ‘seu instrumento’, como diziam alguns narradores, e marcou a infração. O juiz correu em sua direção. Conversaram rapidamente. No meio do caminho, Fábio Santos garantiu aos dois que não havia tocado com a mão na bola. Ah, bom, diante de um depoimento tão ‘neutro’ e de tanta ‘credibilidade’ não tem como marcar infração, não é mesmo?

Entre dar um pênalti contra o Corinthians num lance desse tipo, sempre muito polêmico, e marcar lateral, o juiz fez o melhor para a sua carreira. Livrou sua pele, ferrou o Grêmio.

Mas aí é que está. O Grêmio já estava ferrado. Jogava um futebol pobre. Seu trio ofensivo foi inofensivo. O goleiro Cássio, que é o melhor em atividade no Brasil, seguido de Grohe, quase não foi importunado. Dudu e Luan não conseguiram armar jogadas. Barcos, coitado, sequer teve chance de desperdiçar alguma oportunidade incrível como a que teve contra o Cruzeiro dias antes na Arena.

Aliás, quando não vale, Barcos marca gols decisivos. Ontem, ele fez um ao pegar rebote do Cássio num chute de Giuliano – foi a única defesa de Cássio no jogo. O problema é que ele saía de posição de impedimento. Mas o que importa é que ele fez o gol, numa situação muito, mas muito mais difícil daquela contra o Cruzeiro e que todos os gremistas não conseguem esquecer. Tenho um amigo que sofreu pesadelo com esse lance na Arena.

Se perder para o Cruzeiro foi um crime, porque o Grêmio merecia no mínimo um empate, a derrota para o Corinthians foi até justa, descontando o pênalti não marcado. O Grêmio, a rigor, não jogou nada. E quem não joga nada merece perder, embora algumas vezes acabe até vencendo. Ainda mais se contar com uma mãozinha dos homens de preto.

Foi o caso do Inter, sábado. O adversário era o time reserva do Atlético Mineiro. Imaginem Grêmio ou Inter jogando com reservas contra um time forte como esse mineiro. Aconteceu no inverso no Beira-Rio. Pois o Inter penou para vencer os reservas do Atlético. Fez um gol mágico nos últimos segundos da prorrogação, e justo por um jogador duramente criticado por 99% dos colorados, o Fabrício. Gol mata-secador.

Antes disso, o lateral Gilberto havia confundido futebol com vôlei. Ergueu os dois braços como quem faz um bloqueio na rede para defender um chute do adversário. Dentro da área. O juiz Péricles Cortez chegou a levar o apito à boca, mas em vez de apitar optou por engolir o instrumento, ou algo parecido. O fato é que ele, tão perto do lance, deixou a jogada seguir como se nada tivesse ocorrido.

Bom para o Inter, que, a bem da verdade, mesmo com altos e baixos, faz tempo se mantém no grupo de cima da competição e agora se encaminha para disputar a Libertadores de 2015, prêmio consolação que tem servido para a dupla Gre-Nal mascarar sua incompetência para conseguir isso que o Cruzeiro faz com espantosa naturalidade: ser campeão do brasileirão por pontos corridos.

Era doce e se acabou

Era doce e se acabou. É com esse sentimento que começo a escrever depois da vitória do Cruzeiro sobre o Grêmio por 2 a 1, resultado que garante o título de campeão brasileiro aos mineiros, e nada mais justo.

O Cruzeiro mostrou em plena Arena, com toda uma atmosfera de otimismo e confiança da torcida gremista, por que é o campeão.

O Grêmio foi superior no primeiro tempo. Mas, assim como foi melhor no jogo do primeiro turno na casa do adversário, o Grêmio voltou a perder.

E perdeu porque não soube aproveitar as chances de gol que criou enquanto foi melhor. Já o Cruzeiro, com seus jogadores com auto-estima passeando entre as nuvens, quando foi melhor, e isso aconteceu no segundo tempo, foi lá e aproveitou.

Mas até quando o Cruzeiro era melhor, o Grêmio teve uma oportunidade daquelas feitas para encaminhar a vitória, porque seria um balde de água fria no entusiasmo do campeão brasileiro.

Dudu foi ao fundo, aos 25min, e cruzou. Um zagueiro rebateu nos pés de Barcos. E aí faltou ao Barcos a frieza do matador, a frieza, por exemplo, desse infernal Everton Ribeiro no lance do segundo gol dos mineiros. O zagueiro se jogou à sua frente, enquanto Fábio, goleiro que parece ter nascido para impedir vitórias do Grêmio, se jogava no mesmo sentido, ou seja, o lado óbvio de chute do atacante, no caso, o canto direito. Com isso, o canto esquerdo, uns 3 ou 4 metros, ficaram à disposição de Barcos. O argentino fez o que Fábio esperava. Por isso, Fábio defendeu.

Não tenho nenhuma dúvida que Éverton Ribeiro e Ricardo Goulart – que parece ter um imã que atrai bolas bêbadas na área – teria feito o gol. Jogariam a bola, sem necessidade de força, no canto esquerdo, como já ensinava o baixinho Romário.

Tudo isso não para culpar Barcos, que fez uma partida relativamente boa, mas para salientar que o Cruzeiro virou o jogo porque tem jogadores que definem, que decidem. Esse Ricardo Goulart, que tem 14 gols ao lado de Barcos, não jogou nada, mas quando a bola sobrou pra ele fez o que manda a cartilha dos matadores, matou.

O Grêmio, no Gre-Nal e contra o Criciúma, seguiu à risca a cartilha, e teve bom aproveitamento das oportunidades criadas, muito diferente do que aconteceu nesta noite de quinta-feira na Arena.

O gol no início, marcado por Riveros – outro volante goleador – e o domínio amplo do jogo, levou à torcida ao paraíso, aos sonhos mais doces.

Por isso, quando o Cruzeiro fez o segundo gol como quem rouba pirulito de criança fiquei mesmo com essa sensação de que era doce e se acabou. E quando digo isso me refiro ao fato de que o time vinha num crescendo revigorante, luminoso.

Até o empate, o Grêmio se encaminhava para conquistar a vaga da Libertadores e até podia sonhar com o segundo lugar.

Agora, tudo ficou mais difícil. Mas não impossível.

FELIPÃO

O técnico gremista tem muitos méritos. Ele é o artesão desse novo time gremista, um time que por vezes empolga a faz sonhar.

Agora, quando ele viu que o Cruzeiro voltara melhor do intervalo, mais ameaçador, e se mantendo no campo ofensivo, penso que seria o caso de colocar Alan Ruiz para fazer a função de Luan, que não conseguia desenvolver nenhuma jogada, abusando de toques para o lado e pra trás.

Sei que Felipão apostou na estrutura do seu time, uma formação que está dando certo.

Mas era preciso naquele momento, ali pelos 15 minutos, colocar alguém com novo ânimo para sacudir o time e voltar a equilibrar o jogo antes que fosse tarde demais.

Quando Felipão se deu conta, era tarde demais.

Não se brinca com um time como o Cruzeiro.