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Grêmio pode comprar Arena por R$ 100 mi

Ao contrário do que proclamam aves agourentas, arautos do apocalipse e simplesmente gente mal informada, a falência da OAS é positiva para o Grêmio.

Explico: o fundo de bancos credores sabe que não vai tirar dinheiro da empreiteira. Ao mesmo tempo, não tem ideia do que fazer com uma Arena.

Por isso, o melhor negócio é buscar um acerto com o Grêmio.

As informações do Mercado, hoje, dão conta de que o Grêmio pode comprar a Arena pela bagatela de R$ 100 milhões. É a cotação do momento.

Esse montante representa, segundo informações que coletei, 20% do valor global da dívida.

O Grêmio conseguindo investidores amigos, provavelmente algum milionário gremista, paga o fundo de banco e livra a cara da OAS, que, por sua vez entrega a Arena ao clube.

Simples, mas complexo.

O fato é que a operação Lava Jato vai facilitar a vida do Grêmio, ao contrário do que andam dizendo por aí os terroristas de plantão.

A notícia do link abaixo – extraído do twitter do analista Rafael Ferri – indica que a OAS está indo para o fundo do poço, deixando credores pendurados no pincel:

http://www.valor.com.br/empresas/3844994/oas-deixa-de-fazer-pagamento-e-tem-rating-rebaixado-pela-sp

Competições atraentes e rentáveis. Nos EUA

O Boteco apresenta hoje um relato muito interessante do parceiro Gunther Meyer, que saiu de Lajeado há décadas para vencer em Miami. É mais um indicativo de como se pode fazer campeonatos rentáveis, atraentes e competitivas, justo no momento em que volta o debate sobre mudança na fórmula do Brasileirão:

“Sempre gosto de citar a NFL como liga organizada que sabe fazer espetáculo e os times ganham dinheiro. Tem 32 times, cada time joga 16 jogos por ano, tem 65 jogadores ganhando fortunas, tem o técnico e mais uns 4 técnicos para (special teams, defesa, ataque, etc.). Fazer tanto dinheiro em 16 jogos tem que ser bom.

O campeonato funciona assim:

Os 32 times estão divididos em 2 ligas (National e American), 16 times para cada lado. Isso não muda.
Os 16 estão divididos em 4 chaves de 4, sempre iguais, ano após ano.
Em 16 jogos, se classificam o melhor de cada chave mais os dois melhores (quinto e sexto colocado da liga).
Os dois melhores primeiros colocados folgam uma rodada das finais, chamada Wild Card (uma espécie de repescagem) quando jogam os 2 campeões de chave que ficaram em terceiro e quarto lugar.
Eles jogam contra o quinto e sexto colocados (os dois que entraram sem ser os melhores de cada chave).
Os dois ganhadores do Wild Card jogam contra os dois melhores colocados da liga. A semi-final da liga.
Os dois ganhadores das semi, jogam a final da liga, sendo declarados campeões da American ou National League.
Os campeões de cada liga jogam o Super Bowl.
Só essas finais deve dar mais dinheiro de TV do que o campeonato todo e a verba dessas finais também vai para os que não se classificaram. Não sei como funciona essa divisão de verbas.

A ideia da NFL é exatamente contrária a liga Espanhola onde apenas o Real e Barcelona ganham.

Na NFL, não interessa para o lucro e espetáculo ter times fracos e fazem de tudo para que todos os times tenham condições de disputar o título.

Para contratar jogadores, os times são colocados em ordem inversa a colocação no campeonato anterior (o último colocado é o primeiro a escolher atletas vindos das Universidades) e o campeão é o último a escolher.

A NFL trabalha com 4 redes de TV:

Duas redes abertas (hoje são a CBS e Fox). Uma transmite os jogos dos domingos da American League e a outra da National League. Sempre tem 3 jogos, uns a 1 da tarde e outros as 4:15.

Outra rede (por cabo) tem os jogos isolados de domingo de noite (Sunday Night Football).

E a quarta rede (aberta ou cabo, depende dos anos) tem os jogos de Segunda de noite, o famoso Monday Night Football.

Quase todos os jogos tem estádios lotados.

Ligas administradas com eficiencia, ganham dinheiro e agradam aos torcedores.

A NFL (Liga do Futebol) é composta pelos 32 donos dos times, não tem politicagem. Eles contratam um Commissioner para cuidar da administração e se não funciona, demitem e contratam outro. As cidades também são administradas assim, a Camara contrata um administrador e se não funciona, demitem e contratam outro.

Infelizmente, como em tudo, parece que o Brasil sempre quer copiar as coisas que não funcionam.”

Grêmio: mais do mesmo

O Ano Novo do Grêmio tem mais cara de 2014 do que de 2015. O ano começa com jeito de filme já visto, clima de fim de festa, quase de velório.

A grande notícia sobre o clube que li no sábado, chegando do litoral catarinense, tinha esse título:

‘Clube divulga mais um detalhes da nova camisa’.

Hoje, além da estimulante vitória do time na Copa São Paulo – 4 a 1 sobre o Rio Preto -, saiu outra bombástica informação, que, sem dúvida, irá elevar a auto-estime da torcida gremista:

‘Grêmio mostra distintivo da nova camisa’.

É ou não é de vibrar, de sentir um sopro de esperança?

Só falta anunciar que clube tem o melhor site, o ônibus mais confortável e bonito, e por aí vai.

Sei que o clube passa por dificuldades financeiras, resultado de um contrato danoso à instituição para erguer a Arena e de contratações caras e ruins.

Não digo que o Grêmio deveria fazer como o Inter, que desde o final da temporada acena com grandes nomes que nunca chegam. Mas a direção gremista deveria ao menos fazer o mesmo que o rival, deixar vazar nomes de algum grande jogador. Por exemplo, o Conca, que o Flamengo tenta tirar do Fluminense.

O Grêmio precisa pensar grande ou ao menos dar a impressão ao seu torcedor que 2015 não terá essa cara feia e já conhecida que está sinalizando desde o final do Brasileirão.

A melhor notícia, tirando as espetaculares informações sobre a nova camisa, até agora foi a saída de Pará. Que só não é melhor porque se sabe que o clube irá pagar o salário do seu ex-lateral por conta da dívida referente a Rodrigo Mendes. Aliás, a história dessa dívida precisa ser contada direitinho.

Agregada a esse fato, outra notícia com gosto de marmita requentada: Ramiro pode ser o lateral-direito. Ramiro começa a dar ares de ser um novo Pará: é preciso arrumar um lugar para ele. Ramiro até pode dar certo na lateral, ideia que eu e muitos aqui sugeriram ao longo do ano passado, e que só foi considerada em um ou outro jogo – claro, quando Pará não podia jogar. Quer dizer, Ramiro não servia para ocupar o lugar de Pará e agora pode ser solução, mas só porque Pará foi embora.

É por essas e outras que vejo este começo de ano como frustrante, pálido, amorfo e outros adjetivos que servem para definir um pouco o que sinto diante de notícia não dão alento e esperança ao torcedor.

No futebol, pode vezes é preciso vender ilusão, que tem sido uma especialidade colorada, principalmente na gestão Luigi. Tática, aliás, que parece ter seguimento com a nova diretoria.

O caso da contratação do treinador é um exemplo vigoroso. Depois de escorregar informações de que buscava grandes técnicos, acabou ficando com uma aposta, Diego Aguirre. O sétimo nome da lista, fato que o próprio Aguirre reconheceu em entrevista à imprensa uruguaia.

Mesmo sendo o sétimo nome, Aguirre foi festejado por setores da crônica esportiva, na contramão da torcida. Aguirre virou o estrangeiro mais brasileiro e um especialista em Libertadores.

Ainda sobre o Grêmio, é apavorante constatar que aquela grande notícia de que Barcos seria negociado e que entraria um bom dinheiro em caixa foi apenas um sonho de uma noite de verão. Barcos continua, e com ele Kleber e Moreno. Junte os três e aí sim pode resultar num camisa 9 à altura do Grêmio.

Não dá para colocar os três numa impressora 3-D e imprimir para sair um só. Agora, infelizmente dá para somar a remuneração deles e ver que não fica longe de R$ 2 milhões mensais.

Com metade disso o Grêmio contrataria Conca para resolver o problema de criação e articulação do time. Ah, mas tem o Douglas. Tem mesmo?

Enfim, o Grêmio de 2014 está impregnado na temporada que começa. Até Rui Costa continua. Por favor, uma boa notícia de verdade!

O Grêmio é, por enquanto, mais do mesmo.

ANO NOVO

Pessoal, muito grato pelas mensagens e comentários. Eu os li durante a minha folga, apesar da dificuldade de acessar a internet.

Fiquei emocionado com algumas palavras.

Bom saber que estamos juntos, resistindo bravamente.

Aguirre e a (falta de) convicção no futebol

Pau que nasce torto, nunca se endireita. Esse provérbio português se aplica hoje ao Inter. Já coube sob medida no Grêmio.

Iniciar uma temporada com um treinador que não estava nos planos é sempre um erro. E um erro que chama outro e assim sucessivamente.

No Grêmio há o caso recente da contratação de Enderson Moreira para disputar uma Libertadores. Na época escrevi que não era um técnico à altura da competição e menos ainda do clube.

Antes, houve Luxemburgo, praticamente imposto pela torcida ao presidente Fábio Koff, que cometeu ali seu primeiro e maior erro em sua volta ao Grêmio. Ele não queria Luxemburgo. Tudo mais foi consequência.

Pau que nasce torto, até a cinza é torta.

São inúmeros os exemplos de como são nefastos os efeitos de começar um trabalho com um técnico que não tenha muita credibilidade entre os dirigentes, principalmente entre os dirigentes, mas também junto à torcida. As primeiras pesquisas indicam que a torcida colorada, em sua maioria, reprova a contratação de Diego Aguirre.

Pesa contra o uruguaio, sem dúvida, o fato de o Inter ter acenado com Tite, Luxemburgo, Mano e Abel. Nada contra o técnico uruguaio, mas ele não tem a dimensão de nenhum dos quatro citados. Sendo que nos bastidores o Inter ainda sondou Muricy.

Sem contar o fato de que o presidente eleito foi taxativo ao afirmar que não contrataria técnico estrangeiro. Assim como descartou Abel Braga e depois, vendo que as alternativas escasseavam, recuou.

Então, Aguirre é uma alternativa improvisada. Também entre os estrangeiros ele estava em plano inferior de preferência. Aliás, desconheço caso de técnico estrangeiro dar certo no futebol brasileiro na era moderna.

Tem ainda outro ponto curioso: os veículos de comunicação, depois de insistirem demais com Tite – nome que descartei logo de cara e deixei registrado aqui – como quem diz ‘é o Tite que nós queremos’. Parecia até campanha política. Tinha gente no palanque bradando o nome de Tite.

Bem, agora, há um esforço para encontrar aspectos favoráveis a Aguirre. Por exemplo, já jogou no Inter, disputou o Gre-Nal do Século. Assim, já teria alguma identificação. Só que há uma história estranha envolvendo essa passagem do atacante Diego Aguirre pelo Inter, uma briga no vestiário envolvendo até o presidente da época, o Pedro Zachia. Mas isso é o de menos, porque o que vale é o hoje.

Pelo enfoque financeiro, outra vantagem de Aguirre: ele sua comissão técnica vão custar pelo menos que a metade da anterior.

Nada disso, porém, reduz o risco que é começar temporada com um técnico que é bem diferente daquele que se pretendia inicialmente, mandando a convicção – se é que havia – para o espaço.

E fazer futebol sem convicção é o primeiro passo para o fracasso.

Pau que nasce torto vira lenha.

Pancadaria no sub-14 gaúcho

O Gre-Nal sub-14 disputado sábado, em Alvorada, terminou em pancadaria, batalha campal. O mais grave é que um preparador físico do Inter agrediu um ‘de menor’, um atleta do Grêmio. Os dois foram parar na delegacia. O próprio Inter admite que a agressão aconteceu.

O Grêmio havia vencido o jogo anterior e jogava pelo empate para ser campeão gaúcho. Diante do que aconteceu, a Federação tem mais é que encerrar o campeonato e dar o título ao Grêmio.

Lembro que um caso de racismo na Arena resultou em eliminação do Grêmio da Copa do Brasil deste ano.

Então, medida extrema, e nada de cestas básicas como aconteceu no ano passado com Dunga, então técnico colorado. Insultou árbitros e o tribunal desportivo gaúcho. Pena: cesta básica.

Confiram o vídeo amador e a matéria sobre o lamentável incidente envolvendo jovens de 13 e 14 anos e adultos, que deveriam dar um exemplo de uma saudável conduta desportiva.

http://globoesporte.globo.com/rs/noticia/2014/12/testemunha-relata-tensao-em-briga-em-gre-nal-sub-14-descontrolados.html

A base gremista e os falsos brilhantes

O Grêmio vai aproveitar o Gauchão para lançar/testar jovens atletas de suas categorias de base. Um melhor aproveitamento da base é uma unanimidade entre torcedores de todos os clubes, tanto pequenos quanto grandes.

Sempre defendi que entre contratar um jogador médio e aproveitar alguém formado no clube, de custo mais baixo e maior comprometimento, é muito melhor, e recomendável, investir na segunda hipótese.

Agora, se a intenção é boa, nem sempre os resultados são os melhores. Muita gente assiste aos jogos das diversas categorias, em especial a sub-20, e fica apavorada com o baixo nível da maioria dos jogadores. Não há nenhuma novidade. Sempre foi assim.

O time sub-20 do Grêmio acaba de ser eliminado do Brasileiro da categoria pelo Atlético/PR. O Inter havia sido eliminado na fase anterior.

É óbvio que sempre há um ou outro jogador que se destaca e que acaba sendo aproveitado no time principal. Raros são os que realmente brilham e que acabam conquistando a torcida e, claro, os empresários, sempre atentos aos talentos que surgem.

Aliás, hoje as verdadeiras pedras preciosas começam a despontar ali pelos 16, 17 anos. Vejam o caso de Lincoln, o guri do Grêmio que sonha em ser um novo Messi. É a faixa etária também em que surgem mais falsos brilhantes. O clube faz um contrato por 3 anos e o resultado não aparece. Faz parte. O sistema todo é perverso para os clubes, que investem muito dinheiro para bancar tudo isso. Mas todo sacrifício vale a pena quando desponta um jogador diferenciado, um craque. Tudo se paga.

Mas encontrar um guri realmente talentoso é mesmo muito difícil, ainda mais na categoria sub-20. A impressão que dá é quem não estourou antes, não estoura mais. É como pipoca com caruncho. Do sub-20, a maioria, quase a totalidade, não permanece. Isso não impede, porém, que mais adiante o patinho feio se transforme em cisne. Acontece.

Foi pensando nesse projeto do Grêmio de apostar forte na base nesse início de temporada, o que aplaudo com entusiasmo, que recuei um pouco no tempo.

Em 2008 e 2009, o Grêmio foi campeão brasileiro sub-20. Eliminou o Inter nas duas oportunidades. Lembro-me que vislumbrei alguns talentos entre os jovens gremistas.

Defendi o aproveitamento imediato de alguns deles, no que fui acompanhado por outros analistas aqui deste espaço.

Não achei a escalação completa do time de 2008, treinado pelo Julinho Camargo, mas encontrei alguns nomes.

Um dos destaques daquele time campeão sub-20 era Mithyuê. Tinha um volante muito bom, Paulinho, capitão do time. Outro que defendi. Os dois ‘sumiram’ do mapa. Gostei também do volante Bruno Renan, do meia Roberson e do atacante Rafael Martins. Insisti aqui em vê-lo no time principal. Nunca mais ouvi falar dele. E o glorioso Bruno Colaço?

Reproduzo trecho de matéria da ZH, dezembro de 2008:

“Do atual time Sub-20, todos na faixa etária entre 18 e 19 anos, pelo menos cinco jogadores são apontados como potenciais reforços já na pré-temporada: Roberson, o zagueiro Wagner, o volante Paulinho, o lateral-direito Thiaguinho e o meia Mithyuê, o ídolo do futsal de Chapecó e que está tentando a carreira no campo. O volante Thiago Dutra é outra aposta, mas, lesionado, está fora do torneio. Todos têm contratos longos com o clube e multas rescisórias na casa dos R$ 10 milhões”.

Em 2009, o bi campeonato. O time era mais ou menos esse: Busatto; Spessato (Fogaça), Saimon, Neuton e Dener; Felipe, Fernando (Gérson), Bruno Renan e Ricardo Maria (Sérgio); Bergson (Vinícius) e Alex (Everaldo). Técnico: Andrey Lopes.

Desses, apenas Fernando realmente teve e tem sucesso. E rendeu um bom dinheiro ao clube. Os demais estão aí no chove não molha. Saimon talvez ainda se afirme, embora considere isso muito difícil. O Neuton merece nova oportunidade como lateral-esquerdo. O Bergson, que muito defendi, é outro que vai seguir jogando em times médios, a não ser que aconteça algum milagre.

Então, é importante, é imprescindível investir e acreditar na base, mas que não se espere demais dessa gurizada.

De minha parte, se surgirem uns dois ou três jogadores de qualidade nessa safra de verão, já estará de muito bom tamanho.

PREVIDI

O jornalista, escritor e polemista de carteirinha, o José Luiz Prévidi está lançando mais um livro, o 11º livro. É o “A Porto Alegre Deles – Histórias de Famosos que Passaram por Aqui”. Ele explica:

– Poderia ter escolhido dezenas, centenas de personalidades que moraram na cidade ou que de alguma forma tiveram alguma relação com Porto Alegre. Mas escolhi apenas onze pessoas, que poderiam ser os primeiros dessa Calçada da Fama, mesmo que, em alguns casos, numa homenagem póstuma – explica Prévidi.
Deu um trabalho danado, comenta, porque na maioria dos casos não existe nada documentado e muito menos fotos. “Ainda bem que contei com os amigos, como o pesquisador Marcello Campos. Se não fossem as colaborações o livro não sairia. E alguns lances de sorte, como textos que ‘surgiram’ num momento de desespero”, lembra ele. E completa: E fundamental o apoio da Cia. Zaffari, na pessoa de Airton Zaffari.

Em ordem alfabética, os primeiros nomes da Walk of Fame do Prévidi:
Ancheta, Caetano Veloso, Elke Maravilha, Figueroa, Geraldo José de Almeida, João Gilberto, Noel Rosa, Paulo Coelho, Ray Charles, Richard Gere e Rubem Braga.

– Ótimo que as pessoas estranhem alguns nomes ou mesmo não identifiquem num primeiro momento. Mas todos têm histórias maravilhosas com Porto Alegre. Acreditem!
A Porto Alegre Deles – Histórias de Famosos que Passaram por Aqui” vai ser lançado no próximo 22 de dezembro, uma segunda, a partir das 18 horas, no Tapa’s Bar (Rua da República, 30 – Cidade Baixa – Porto Alegre).

– Como nas vezes anteriores, sem aquela irritante fila de autógrafos. Programe-se para uma simples happy hour: bater papo, dar risada e tomar e comer umas coisinhas. De quebra, tem o livro.

Estarei lá para comemorar com o Previdi e adquirir o livro, claro. Estão todos convidados.

Ah, mais detalhes no site: previdi.com.br

Quem não conhece não sabe o que está perdendo. Tem muita informação sobre jornalistas e jornalismo.

O radialista e o velho Luxa de guerra

Há menos de duas semanas, participando do programa Cadeira Cativa, Ulbra TV, canal 21, afirmei que Tite não treinaria o Inter enquanto D’Alessandro lá estivesse e também porque ele não tem o perfil da diretoria que acabou eleita, e que era amplamente favorita, o que ficou ratificado nas urnas.

Acompanhei com um sorriso irônico toda essa pirotecnia em envolvendo a ‘disputa’ de Corinthians e Inter por Tite. De um lado a imprensa paulista garantindo que Tite estava contratado e de outro a imprensa gaúcha sustentando que não, que Tite seria do Inter, que estaria apalavreado com o presidente eleito Vitório Píffero.

Conhecendo o perfil da nova diretoria colorada, que de pronto descartou Abel e depois deu a entender que gostaria de ficar com ele a partir da classificação colorada, afirmei no mesmo programa que o Inter acabaria contratando Mano Menezes ou Luxemburgo.

O que eles têm em comum? São técnicos que participaram ativamente das contratações. Em sua passagem pelo Grêmio, Luxemburgo mostrou que ataca em várias frentes, um misto de empresário, procurador, treinador, manager e porteiro, sim, porteiro porque ele é quem fica com a chave do vestiário.

Leio que site do Globo que o Inter fez propostas ‘astronômica’ por Luxemburgo. É muita vontade de ter esse profissional. E aí isso me remete ao radialista Fernando Carvalho. Já faz algum tempo, também no programa do Reche, ele revelou que gostava muito desse profissional multifunção e que até já havia tentado sua contratação.

Minha conclusão é que o multicampeão FC está dando as cartas no Inter. O próximo passo é a volta de Chumbinho.

Agora, pela reação de colorados nas redes sociais e nos programas esportivos, talvez o Inter recue. E volte para Mano, que está desempregado e custa menos.

Mas, assim como bancou Roth para ser bi da América, acredito que o radialista não irá se intimidar, avalizando a contratação do velho Luxa de guerra.

Curioso agora para saber o que é exatamente essa proposta ‘astronômica’.

A ser confirmado Luxemburgo, aguardo a volta de Pará para Porto Alegre. Ah, e quem sabe Fábio Aurélio.

O dirigente que encarou Luxemburgo

Em primeiro plano, Preis e Arataca, o grande técnico de atletismo da Sogipa; ao lado de Arataca, o Selaimen, que tem à sua frente o médico Saul Berdichevski. Ao lado do Saul, eu mesmo, junto do Giovanni, tesoureiro do Multicampeão, que não quis pagar a minha conta apesar dos meus apelos, rsrsrs Depois, o resto da galera na festa de fim de ano do grupo.

Conheci ontem à noite, dia 11, um sujeito que defende mais o aproveitamento da base do que o patrono do Boteco, o Francisco Coelho.

Entre goles de cerveja e garfadas de um suculento filé do Velho Quintino, conversei com o cara que enfrentou Luxemburgo e… se quebrou. Mas ele cresceu no meu conceito e sei que no conceito de muitos gremistas que queriam o Luxa longe do Grêmio.

Trata-se do Omar Selaimen, que ficou poucas semanas no clube, tempo suficiente, porém, para constatar que com Luxa o Grêmio não iria longe. Ao bater de frente com o técnico, Selaimen percebeu que só tinha uma saída, a porta da rua.

Com Luxa, o Grêmio gastou demais, e, o principal, muito mal. Depois, uma indenização milionária a quem nem deveria ter renovado seu contrato.

Por essa e outras que o clube está atolado em dívidas.

Pois o Omar, que estava sentado praticamente de frente ao novo titular do futebol, Adalberto Preis, que fica no cargo do ex-presidente Koff até o final de janeiro.

Comenta-se que Omar seria convidado para assessorar Preis. Aliás, passamos a noite inteira brincando com essa possibilidade. Os dois só desconversando. Na real, Preis só vai assumir mesmo na segunda-feira, e só então tomará pé da situação e da bronca em que se meteu.

Conversando com Omar, constatei que sua saída do Grêmio foi prejudicial ao clube. Em linhas gerais, ele pensa como a maioria aqui do Boteco. É contra a política de contratar medalhões, principalmente aqueles que chegam já com problema de lesão.

Por ele, o Grêmio deveria começar o Gauchão com o grupo atual, apostando pesado e com insistência na gurizada. Reforços de fora mesmo só a partir de março ou abril, depois de dar oportunidades aos jovens da casa. Se não tiver um lateral na base, que se teste um volante, sustenta Omar.O discurso dele é idêntico ao do nosso Francisco Coelho.

Gosto dessa ideia, assino embaixo, com a ressalva de que talvez fosse mais adequado contratar já um ou dois jogadores diferenciados. Por exemplo, um goleador, um goleador de verdade, que aproveite a maioria das oportunidades que surgem.

Adalberto Preis, por exemplo, defende a vinda de um centroavante – que pode ser Moreno – quase que como prioridade absoluta.

Agora, que fique bem claro: a grana está curta mesmo. Preocupante.

Tão preocupante que decidi antecipar minha mensalidade, pagando de uma vez o ano todo, o que resulta num desconto significativo. Bom pra mim, bom para o clube.

Outra coisa: consenso entre os gremistas presentes: o Rui Costa deve ceder lugar para outro. Errou demais. E agora já não há espaço para erros.

COMUNICADO

A Indústria de Cervejas Boteco do Ilgo Ltda comunica que o estoque secou. Deu problema num lote, que foi contaminado. Prejuízo irreparável. Portanto, cerveja só no final de janeiro. O pior é que vai faltar Mazembier para comemorar o Mazembe Day. Aliás, curtam a página no face.

O Grêmio e as aves de mau agouro

O novo presidente do Grêmio está mostrando nas entrevistas que sabe aonde se meteu, e, principalmente, que está preparado para o desafio de substituir Fábio Koff depois da farra de gastos dos últimos anos com a contratação de jogadores de custo alto e futebol rasteiro.

Romildo Bolzan Jr é um político, tem toda uma história política, e isso é muito bom para o clube neste momento. Só alguém com jogo de cintura e muita habilidade – além de perfil austero – em negociações pode levar adiante esse projeto de corte de gastos ao mesmo tempo em que mira títulos.

Aqueles que pregam renovação de dirigentes também devem estar satisfeitos, porque Romildo, apesar de longa vivência no clube, só recentemente teve um cargo na administração.

Em suas entrevistas, o sucessor de Koff – enganam-se aqueles que pensam que o presidente multicampeão seguirá mandando – adiantou que a folha de pagamento do futebol sofrerá redução drástica, devendo ficar entre 4 e 5 milhões de reais por mês.

Eu penso que é possível formar um time competitivo com esse dinheiro, um time capaz de brigar por grandes títulos. São inúmeros os exemplos de nem sempre jogador caro é jogador bom, jogador capaz de fazer a diferença. Nem precisamos ir longe.

Vamos supor que esse jovem, Lincoln, for tudo o que estão dizendo. Ele vai começar ganhando um salário modesto, que talvez seja inversamente proporcional à sua efetividade em campo. Então, se a gurizada que Felipão vai lançar der resposta positiva, teremos um time barato e forte.

As contratações devem ser cirúrgicas. Buscar fora só o que realmente não tiver em casa.

No momento, o primeiro caso é Douglas. É uma contratação polêmica, que divide os gremistas. Mas se vem como aposta de Felipão, por que não apostar junto?

Não vi na base do Grêmio, nem ouvi nada a respeito, de que ali exista um meia articulador, que bata bem na bola, etc. Então, Douglas não estará bloqueando o surgimento/crescimento de nenhum guri do clube. Então, que Douglas seja bem-vindo.

Se o Mestre Renato fez Douglas jogar a ponto de ser chamado para a Seleção, por que outro Mestre, o Felipão, não pode fazer o mesmo? Ou parecido?

Apesar das aves de mau agouro que profetizam algo próximo do fim do Grêmio, estou confiante porque vejo nessa direção seriedade e competência para iniciar uma nova fase de conquistas.