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A melhor notícia: Éverton

O melhor do time foi Éverton. Respeito opiniões contrárias, mas gostei muito do guri.

Soube que Roger anda insistindo com ele, pedindo que toque mais a bola e que deixe os dribles, em geral, para a faixa intermediária ofensiva em diante.

Outros jogadores também estiveram em bom nível, mas destaco Éverton porque estamos falando um diamante bruto em lapidação. 

Eu só não fui à Arena porque soube que Lincoln havia jogado antes contra o Novo Hamburgo. Meu interesse nesse início de temporada é conferir os novatos, os jovens, porque se eles derem boa resposta imediata as chances de título na Libertadores aumentam. Caso contrário…

O gol de Éverton, partindo em velocidade do campo de defesa e chegando com força para concluir com um chute forte no ângulo é auspicioso. É cedo para uma análise definitiva, mas o fato é que ele saiu na frente na corrida para ser o atacante pela esquerda. Detalhe: o gol que ele marcou foi pelo setor direito.

Lincoln, infelizmente, jogou poucos minutos. Mas o suficiente para provar aos céticos que tem bola para disputar posição com Douglas, de atuação apenas regular.

Gostei da encarada do Lincoln no uruguaio que pisou em cima de Fernandino caído no chão.

Gostei também da entrada dura de Marcelo Oliveira, num lance que revoltou os uruguaios. 

Foi o momento Libertadores do amistoso. O problema é que num jogo oficial ele talvez fosse expulso.

No mais, não gostei da entrada de Ramiro no lugar de Giuliano, que sentiu lesão e pediu pra sair. 

Lincoln poderia ter entrado, nunca o volante Ramiro, que não tem a menor condição de exercer a função de Giuliano.

Tem ainda o gol contra de Kadu. Foi uma infelicidade, mas é preocupante.

Robinho, uma boa ideia sob determinadas condições

Se a contratação de Robinho significa esquecer nomes como o venezuelano Josef Martinez – tão elogiado pelo diretor Rui Costa que deve ter visto muitos jogos desse ilustre reserva do Torino – quero dizer que, em princípio e sob determinadas condições, sou a favor.

Robinho, mesmo parecendo um ex-jogador pelas notícias que chegam da China, pode dar ao time qualidade técnica, incluindo aí capacidade de finalização, experiência e, com o prestígio que ainda tem, contribuir para impor-se diante das tenebrosas arbitragens da Libertadores. Imagino que Robinho, pelo prestígio acumulado, pode fazer com que os homens do apito e das bandeirinhas pensem duas vezes antes de nos sacanearem. Quem no time do Grêmio tem essa condições de respeitabilidade no exterior?

A presença de Robinho no grupo, desde que realmente disposto a jogar e a se comprometer com o clube, serviria de estímulo e exemplo aos mais jovens. Lincoln, Éverton e Pedro Rocha teriam muito a aprender com Robinho, que já não dá pedaladas mas que hoje apresenta outros atributos que só o tempo pode acrescentar.

Bem, colocados os pontos positivos da contratação de uma estrela capaz de, num primeiro momento, ampliar o número de sócios do Grêmio, não se pode ignorar o custo dessa operação.

As informações indicam que investidores pagariam a maior parte de uma remuneração que chegaria a 700 mil mensais.

O problema é que não existe almoço grátis. Em troca desses recursos aplicados, quem investir vai querer algo em troca. Por exemplo, percentuais de promessas do clube.

Aí, o negócio começaria a ficar nebuloso e pesado demais. Não sei se é assim que se daria a transação. Penso que nesse caso o clube poderia pensar em transparência. Basta de ‘fatiar’ jogadores sem que o torcedor, que sustenta isso tudo, tome conhecimento dos fatos.

Outro aspecto que penso ser importante: fazer um contrato de produtividade com Robinho à semelhança do que existiria (segundo dizem) com Douglas.  

Robinho, pelo que li nos sites, demonstra um certo fastio com o futebol. Está muito rico, não precisa mais da bola para sobreviver.

Portanto, o ideal seria um contrato por apenas um ano, com cláusulas de produtividade, que é algo corriqueiro na Europa.

Não seria nenhuma novidade para Robinho.

Fora isso, melhor é começar a Libertadores com o que se tem.

Melhor insistir com Lincoln, que integra a lista das 50 maiores revelações sub-18 do futebol mundial.

Se isso não diz alguma coisa… 

 

Atração por castelhano e atacante que não faz gol

Estou preocupado com os atacantes especulados para o Grêmio. O mais recente – não o último, porque a fila parece ser grande, interminável – é Josef Martinez.

Deve ser o décimo jogador que, segundo a imprensa, em algum dia desse verão calorento e abafado esteve nos planos do Grêmio para ‘reforçar’ o time na Libertadores.

Bem, pra começar, dispenso os jogadores anunciados como reforços. Alguns deles com a credencial sedutora – para os comandantes do futebol tricolor – de serem argentinos.

É uma paixão inexplicável por jogadores argentinos. Da Argentina, me gusta el tango, el vino e las muchachas.

Gostava muito de Buenos Aires antes da decadência – dela e minha.

Nada tenho contra jogador argentino. Pelo contrário, mas eu gosto é dos bons jogadores argentinos. Não desses que ninguém conhece, e desconfio que até quem cogita de determinados nomes nada sabe sobre eles, a não ser o que é apresentado nos sempre suspeitos DVDs montados por empresário espertos para dirigentes nem tanto.

O nome da vez sequer é argentino. O tal Josef Martinez é venezuelano. Sério, venezuelano.

Sua maior credencial é ter se destacado no glorioso Young Boys, do glorioso futebol suíço.

Tem 22 anos. Joga no Torino. Marcou um gol – um gol – em dez jogos pelo campeonato italiano.

Claro, está sendo disputado por outros grandes clubes, entre eles o River Plate. Empresário bom sempre faz o pacote completo e nele sempre há outros interessados em sua ‘mercadoria’.

Desejo boa sorte ao River Plate nessa investida.

Agora, se for verdade que o Grêmio realmente está interessado nesse jogador – o que eu duvido muito, mas sempre com um pé atrás porque não dá para esquecer Vitinho e outros que vieram – vou acabar concluindo que existe na Arena uma atração doentia por atacante que faz poucos gols.

O exemplo mais recente e ilustre é Braian Rodriguez. 

Até dá pra entender. Goleador mesmo é coisa rara, e de alto custo. Não é todo dia que um Jardel cai no colo.

É preciso pesquisar, ter olheiros confiáveis e competentes, ter olho clínico, e ser ligeiro.

Do jeito que está, vai desembarcar aqui mais um ‘goleador’ que não faz gol.

Se for assim, melhor apostar na gurizada, e começar já neste sábado no amistoso contra o Danúbio.

O tempo ruge!

 

A realidade e o mundo da fantasia

Desde que tomou assento no panteão dos clubes brasileiros campeões do mundo o Inter, em todo começo de ano, vive a fantasia de que irá repetir temporadas vitoriosas.

Por exemplo, voltará a ser campeão brasileiro. Essa tem sido uma obsessão colorada, amparada e cobrada inflamadamente por setores da imprensa, inconformados com a realidade – como se sabe a realidade muitas vezes entra em conflito com sonhos e delírios, ainda mais no futebol – cruel de ter festejado o último título do Brasileirão em 1979. É muito tempo. Lá se vão, assim como num piscar de olhos, 35 anos. 

Falcão, grande craque daquele time, virou treinador, depois comentarista, voltou a ser treinador, etc. Da cabeleira loira e esvoaçante restaram uns poucos fios, que Falcão insiste em conservar, talvez como lembrança dos velhos tempos de craque dos gramados. Ênio Andrade, o mestre, faleceu faz tempo.

Batista, outro destaque daquele time que tinha ainda Mauro Galvão, Jair, Valdomiro, Mário Sérgio e Benitez, segue por aí, azucrinando a vida dos gremistas com seus comentários com forte tom vermelho.

Neste ano, o Inter inovou. As notícias ufanistas em torno do clube, com projeções para lá de otimistas, algumas vislumbrando o time vencendo outra Libertadores – neste ano ao menos isso ficou de fora dos devaneios – e, acima de tudo, e sempre, o tetra campeonato brasileiro, foram consideradas insuficientes.

Claro, os jogadores colorados continuam sempre os mais valorizados e cobiçados. Anderson, de futebol apagado no ano passado, de uma hora pra outra, recebeu proposta de 25 milhões de reais do tuebol chinês. A proposta em si já é fantástica, mas como adjetivar a recusa?

Livra-se um salário altíssimo e ainda pega uma grana. Mas não, o Inter em sua Terra do Nunca quer mais, quer 42 milhões de reais por Anderson.

Curioso é que ninguém se aventura a pedir que o Inter mostre um documento com a proposta essa de 25 milhões para acabar com os comentários – inclusive de colorados – de que a proposta não existe de fato.

Ainda dentro dessa linha de dar um ‘up’ nas coisas do Inter, projeta-se agora que Andrigo será a grande afirmação de 2016. Ninguém arriscou-se a prognosticar um valor pelo seu passe, mas eu imagino que possa rivalizar com a ‘proposta’ de 100 milhões de reais por Rodrigo Dourado.

O mundo da fantasia criado em torno do Inter já não era suficiente. O Inter acabou mergulhando de cabeça na ilha da fantasia, com direito a desfile e tudo na terra de Mickey, Pateta, Donald e cia. 

O resultado na Florida Cup, vencida pelo Atlético Mineiro de Diego Aguirre e seu preparador físico ‘incompetente’, ficou em quinto plano.

A avaliação do clube é que ‘a internacionalização da marca ficou acima das expectativas’, mesmo considerando que a média de público nos jogos do torneio ficou em torno de mil e poucas almas, contando os pipoqueiros. Esse é um detalhe irrelevante dentro de uma pauta otimista.

Tampouco interessa o fato de que o clube teve prejuízo nessa investida. Pouco importa se ‘não houve resultados financeiros’, eufemismo utilizado para prejuízo, que, além de financeiro, pode ser técnico em função de uma pré-temporada fora dos padrões.

Quem se deu bem mesmo foi D’Alessandro. O midiático meia aproveitou o clima festivo e surreal para testar sua habilidade chutando a bola oval. Não faltou alguém para comentar que o argentino poderia arriscar uns chutes no futebol americano.

Duvida aparece uma proposta milionária na mesa mágica do presidente colorado, já com jeito de novo Rei Midas.

A um mês da estreia na Libertadores

A um mês da estreia na Libertadores está claro que o time do Grêmio é insuficiente para disputar o título.

Eu sei disso, vocês quatro ou cinco que estão lendo essas linhas, os jornalistas de todos os credos. Todos nós sabemos disso.

O bom é que a direção e a comissão técnica do Grêmio sabem que sem reforços, uns dois ou três para titularidade, a chance de conquistar o sonho tri da Libertadores não irá passar de um sonho bonito de verão.

Outro aspecto positivo é que aqui, Abaixo do Mampituba, apenas a torcida do Grêmio pode sonhar com o título da Libertadores.

O presidente Romildo Bolzan, que está fazendo tudo (ou quase tudo) que eu faria em termos administrativos para tornar o clube viável financeiramente, sempre que questionado admite que o time precisa de reforços, uns dois ou três, como ouvi em uma entrevista recente.

Então, estou tranquilo, porque sei que os reforços virão.

Dificilmente serão os reforços dos sonhos porque a grana é curta, a concorrência é predatória e não tem tanta gente boa assim no mercado.

RC

Outra coisa que me preocupa é a capacidade do sr Rui Costa para avaliar jogadores. Ele tem alguns acertos, mas muitos erros de avaliação que custaram e ainda custam caro. 

Mas se o presidente do clube o mantém é porque vê nele qualidades suficientes para ser mantido depois de três anos sem conquistar um gauchãozinho sequer. Eu acredito na capacidade de avaliação do Romildo. Portanto, aceito mais um ano com o sr Rui Costa no comando do futebol, se bem que esse comando parece ter esmaecido nos últimos tempos.

Nada passa sem o aval e o olhar crítico do presidente e de seu Conselho Administrativo. Estou convencido disso.

Não se pode deixar tudo nas mãos de um funcionário, por melhor que ele possa ser.

É preciso valorizar mais os verdadeiros gremistas, os abnegados, que dedicam horas gratuitamente ao clube.

ARGENTINOS

Os jornais e as emissoras de rádio, além de setores da internet, já anunciaram o interesse de pelo menos uns quatro ou cinco argentinos para o ataque do Grêmio. Até o final do mês imagino que estarão na lista todos os atacantes da Argentina.

É impressionante o lobby em favor de argentinos. Sei que não é invenção de jornalista, e sim jogadas de empresários ansiosos para negociar jogadores e faturar um bom dinheiro.

O problema é que de tanto insistir – água fria em pedra dura tanto bate até que fura – desembarque mais um Herrera ou um Amato da vida como ‘grande reforço para a Libertadores’.

O pior é que os nomes citados nas especulações não são melhores que o Bobô e até o Braian Rodriguez. Na verdade, eu não os conheço, mas também nunca os vi cogitados para defender a combalida seleção argentina. Então, grande coisa não são.

O fato é que o Grêmio precisa um atacante (ou dois) mais experiente, mais egoísta na cara do gol, e mais frio para fazer gols. Enfim, matador impiedoso.  

Precisa de um meia titular para o lugar de Douglas. Apesar de toda a sua técnica, Douglas não tem condições de enfrentar uma competição tão árdua.

Se Wallace corresponder na lateral-direita será meio caminho andado. Caso contrário…

GURIZADA

Importante que Roger aproveite ao máximo a gurizada no Gauchão e no torneio da Primeira Liga.

Acredito que da base podem surgir uns três jogadores para a campanha da Libertadores.

NOVELETAÇOS

Nova seção no boteco, com apoio do corneta do RW:

http://cornetadorw.blogspot.com.br/2016/01/o-presidente-presente-e-frase-remanejar.html

 

O jogo de verdade começa depois da base

Nunca fui de me empolgar com vitórias e títulos conquistados pelas categorias de base. Tampouco faço terra arrasada quando um time de guris é derrotado, como aconteceu com o Grêmio na Copa SP diante do forte time do Ituano, por 3 a 0.

Claro, acho legal vencer. Dizem que erguer taças ajuda a formar o tal ‘espírito de vencedor’, embora eu não tenha convicção sobre o que isso significa exatamente. Na verdade, sei de inúmeras gerações que venceram na base, com vários de seus integrantes com cadeira cativa em seleções sub isso e sub aquilo, e hoje estão por aí trabalhando em bancos, lojas, etc.

Então, não sei se existe mesmo o tal espírito vencedor. Vai muito de cada um assimilar um tropeço e entender uma vitória. Lembro do Lúcio, o zagueiro que foi contratado pelo Inter depois de sofrer uma goleada estrondosa defendendo o glorioso Planaltina, isso lá em meados dos anos 90.

Caberá a cada jogador desse time meio que improvisado – e desfalcado – assimilar a eliminação na Copa SP e tirar desse tropeço uma lição. É preciso que todos entendam, também, que estão num funil. A maioria deles fará no máximo uma carreira mediana. Essa afirmação vale para os vencedores do jogo em Itu, e todas as outras equipes. É uma questão estatística.

É por isso que realmente encaro vitórias e derrotas na base com serenidade. O time vencedor, em média, vai revelar tantos jogadores quanto o time derrotado. 

O importante é saber trabalhar bem esses jogadores da base para que eles possam dar uma resposta realmente positiva, entusiasmadora.

Tanto faz se o time voltou mais cedo de uma competição, ou se chegou à final e conquistou um título.

É mais ou menos como pegar o diploma no curso de graduação. O diploma está na mão, mas é só o começo.

Agora é que o jogo realmente vai começar. 

Destaques da Copa SP

Assisti a apenas alguns minutos dos dois últimos jogos do Grêmio na Copa São Paulo júnior. Vi alguns jogadores com potencial. Todos já citados em comentários de parceiros aqui do Boteco.

Mas um jogador em especial chamou minha atenção. Estou me referindo ao Luan, atacante de área. Aliás, referido com entusiasmo pelo Alexandre Sanz no comentário que publico mais abaixo.

Ele foi decisivo na virada contra o forte time do Ituano (próximo adversário), quando sofreu um pênalti, que ele mesmo cobrou e converteu com serenidade, frieza de matador. Neste sábado, ele aproveitou um chute enviesado e apareceu entre os zagueiros para marcar na vitória, também de virada, contra o Desportivo Brasil, um time de empresários.

Portanto, Luan é o cara que eu, descontando a pequena amostragem, vejo com chances de ser aproveitado imediatamente no time principal.

CAIO

Caio é o nome do camisa 10 do Santos. A mística camisa 10 eternizada pelo Rei do Futebol, PELÉ!

Esse Caio joga muita bola. É um articulador de primeira grandeza. Lembra o Lucas Lima.

O problema é a companhia dele. O Santos conseguiu ser eliminado pelo Ceará.

Quem sabe o Grêmio não tenta sua contratação?

ANÁLISE DOS BOTEQUEIROS

Enquanto o patrono do Boteco, especialista em categorias de baixo, o Francisco Coelho, não comparece com um comentário sobre os 2 a 1 sobre o Desportivo Brasil, ficamos com Alexandre e Gabriel.

Alexandre Sanz:

“Grêmio classificou na Copinha, vi o jogo e não gostei do que vi, os laterais são muito fracos, na zaga o Santiago é bom mas o Jesus é um horror, gostei do Machado e do Nathan, mas ambos são bons na marcação, na hora de criar é muito barulho e pouco resultado, Jean Pyerre estava muito burocrático, Dionathã foi irregular, e a dupla Careca e Erik foram muito mal, gostei muito do Nikolas (desta vez assumiu o jogo, foi o melhor) e do Luan (fez gol, mais dois anulados e ainda deu uma bicicleta sensacional na trave) porquê estavam no banco??? Inexplicável, esse time do Grêmio tem seríssimos problemas de finalização, todos, menos o Luan não sabem finalizar uma jogada, seja no penúltimo como no último toque.

Tem jogadores que comprometem o time, Liverson, Jesus, Dartora simplesmente não conseguem dar sequência nas jogadas, ou erram bisonhamente causando contra ataques, agora este time já mostrou força de reação, mas realmente não tem como ser campeão, vamos ver até onde chega”.

Gabriel:

“Vi um pouco da partida, mas do que vi ninguém foi melhor que o Nicolás. Também chamou a atenção o centroavante Klaus, não lembro dele como titular, mas sempre metendo gols importantes. O de cabeça hoje e aproveitando um belo cruzamento foram mostras disso”.

O AMIGÃO NO RW

http://cornetadorw.blogspot.com.br/2016/01/as-propriedades-do-amigao.html

FIM DO PRIVILÉGIO?

http://esportes.r7.com/blogs/cosme-rimoli/a-bilionaria-turner-com-seu-esporte-interativo-pressiona-e-globo-tem-de-recuar-para-nao-perder-o-campeonato-brasileiro-acabara-com-a-espanholizacao-chega-de-corinthians-e-flamengo-todos-os-dom-09012016/

A intrigante frase do sr Noveletto

O presidente da FGF hoje se superou: afirmou claramente que seca a Primeira Liga. Quem quiser ouvir essa declaração deplorável que escancara o desespero de um coronel do futebol ameaçado de ter seu poder reduzido pode acessar o blog cornetadorw. Está tudo ali. Ninguém inventou.

Mas a frase que mais chamou minha atenção em meio ao circo armado para o sr. Noveletto defender o Gauchão e atacar a Primeira Liga foi outra.

“Eu mandava na Sul-Americana… Mas meu amigo foi preso”, afirmou sem pudor. Certamente referia-se ao uruguaio Figueredo, que presidiu a Conmebol e hoje está ‘com restrição de liberdade’, pra usar um eufemismo tão em moda nesses tempos de Lava-Jato.

Essa amizade foi revelada com euforia tempos atrás pelo colunista Luiz Zini Pires, sempre muito bem informado.

Essa frase intrigante mexeu com minha imaginação. Pensei um punhado de coisas.

Alguém que mandava na Conmebol pode ter mexido alguns pauzinhos para que determinadas coisas acontecessem.

Ao ouvir a frase-confissão de um dirigente se vangloriando dessa forma pensei na hora no jogo Inter x Nacional, em 2006, pela Libertadores. Até o então presidente Fernando Carvalho admitiu que time foi beneficiado.

A imprensa uruguaia rugiu, mas não adiantou. confira:   http://esportes.terra.com.br/futebol/libertadores2006/interna/0,,OI990612-EI6358,00.html

O fato é que o sr Noveletto é no mínimo pé-quente quando se trata do seu clube do coração. Na sua gestão como presidente da FGF o Inter conquistou seus maiores títulos. E o Grêmio nada, nadinha. Até no Gauchão não deu ‘sorte’.

Não vai aí nenhuma insinuação. O futebol é marcado por coincidências.

Além do mais, a gente sabe que não há espaço pra sacanagem no futebol, como, por exemplo, compra de juiz, manipulação de resultado, gaveta de jogador, etc. 

Agora, o que eu sei de verdade é que está fazendo falta no futebol brasileiro e sul-americano um sujeito como Sérgio Moro.

 

Aí, talvez, as investigações avançassem sobre os feudos regionais do futebol brasileiro.

PERGUNTINHA 

Ah, se o amigo Figueredo não estivesse preso o que poderia acontecer?

De minha parte, eu aqui com minha imaginação em ebulição, acho que as chances do Grêmio na Libertadores aumentaram.

 

 

Argentino marqueteiro, quase uma redundância

Só pela reação de colorados que conheço eu me esforçaria para contratar Alán Ruiz. Os colorados, assim como D’Alessandro, não querem o meia argentino de volta ao Grêmio.

Ok, tem gremistas que não também não querem Alán Ruiz. Mas são poucos. Nenhum deles, por certo, estava na Arena naquele Gre-Nal dos 4 a 1, em que Ruiz encarou o ídolo vermelho e ainda fez dois gols, um deles primor de técnica e força. 

Faz tempo que um dos critérios que uso para saber o que é bom ou ruim para o Grêmio é verificar o que dizem por aí meus amigos colorados. Eles funcionam como bússola.

É claro que não me limito a isso, mas já é um começo.

Bem, a favor de Alán Ruiz, então, o fato de ele preocupar os colorados. A favor, também, o fato de que ele não cansa de se oferecer para voltar à Arena.

A última contra ele é de que não passa de marqueteiro. Curioso, todo jogador que demonstra um certo carinho pelo Grêmio é considerado marqueteiro. Lembro do André Lima, apontado como marqueteiro até por alguns gremistas que caem nessa esparrela. O fato é que André Lima gosta do Grêmio, mas, evidente, é profissional. Vale o mesmo para Ruiz.

Nenhum deles trabalharia de graça no Grêmio.

Nem mesmo o marqueteiro Barcos, este sim um sujeito que sabe trabalhar sua imagem. Tanto que tem gente que o considera um grande centroavante.

Outro marqueteiro de primeira grandeza: D’Alessandro. Este talvez o maior marqueteiro que surgiu no futebol gaúcho em todos os tempos. Mas é um marqueteiro que joga (jogava) bola, e que marcou seu nome por aqui.

Não há problema em ser marqueteiro, desde que corresponda em campo. Não é o caso de Barcos.

Voltando ao Alán Ruiz, que, entraria fácil na minha lista de meias para o Grêmio. Há melhores que ele, sem dúvida, mas desses melhores quantos estão ao alcance do Grêmio, um clube com reduzida capacidade de investimento fruto, principalmente, do contrato mal feito com a empreiteira para erguer a monumental Arena?

Jogadores como Alán Ruiz são raros. 

Penso que vale investir nele mais uma vez. Quem contratou Vitinho contrata Alán Ruiz de olhos vendados. 

Agora, dentro de padrões salariais compatíveis à realidade do clube e ao tamanho do futebol do argentino, que até hoje não se afirmou em lugar algum.

Conclusão: defendo a contratação de Alán Ruiz – mas mantendo a busca de um meia titular para o lugar de Douglas – como uma aposta com chance de dar certo na Libertadores.

Na pior das hipóteses será mais um argentino marqueteiro na praça.

Direção gremista no caminho certo

Diferente de muitos torcedores, estou gostando do jeito como o presidente Romildo Bolzan e seus companheiros de diretoria estão conduzindo o Grêmio.

Sei que há muita ansiedade em relação ao time que será montado para disputar pau a pau pelo título. Vale o mesmo para a questão da Arena.

Em ambas as situações é preciso paciência, cautela e nervos de aço.

Os dirigentes, que não passam de torcedores com cargo, também gostariam de solucionar muita coisa, anunciar um acordo com a empreiteira e dar um ponto final (feliz) nessa novela que se arrasta de forma modorrenta como o impeachment da presidente da República, e anunciar também contratações de jogadores de exceção, capazes de agregar qualidade ao time.

Mas a grana é curta e o mercado competitivo, ainda mais com a chegada dos chineses. Ficou tudo inflacionado, mais até do que lata de cerveja no auge do verão. 

Ao mesmo tempo, é preciso qualificar o time logo, porque a Libertadores está logo ali adiante. É um dilema.

Eu me coloco no lugar dos dirigentes e, sem esforço, entendo a difícil situação em que se encontram.

Seria muito fácil sair por aí gastando um dinheiro que não está nos cofres nem no ponto futuro, como diria um técnico já falecido.

Não faz muito, tivemos um exemplo da ansiedade por contratações para voltar a conquistar um grande título. O então presidente Fábio Koff, atendendo clamor da torcida, manteve o técnico Vanderlei Luxemburgo, de remuneração elevada e métodos que me desagradam, e gastou muito dinheiro contratando para vencer uma Libertadores.

A pressa é inimiga da perfeição. O apressado come cru.

O resultado foi o clube ainda mais endividado, na penúria mesmo, e eliminação prematura.

Sinceramente, não me importo em desperdiçar outra oportunidade de chegar ao tri da Libertadores.

Prefiro perder a ver o clube se afundando financeiramente.

Até porque gastar em contratações milionárias não garante absolutamente nada. Ou melhor, garante um clube com orçamento comprometido.

Então, estou com a direção. Vejo seriedade e inteligência no trabalho que está sendo desenvolvido. Algumas coisas me inquietam, me preocupam mesmo, mas no geral o caminho é esse, um passo atrás do outro, com segurança e firmeza.

Gosto também da insistência com Henrique. É o tipo de jogador que falta ao time, uma liderança ativa, positiva, capaz de injetar sangue nos olhos dos companheiros até no decorrer do jogo.

O Grêmio não tem esse jogador. Por isso, vale o esforço. Não duvido que Henrique seja contratado tamanha é a convicção da direção e sua determinação.

É assim que se começa a montar um time vitorioso, mesmo sem dinheiro: com convicção e clareza de ideias sobre futebol.

Posso estar enganado, mas vejo isso no Grêmio. 

É com esse sentimento de otimismo que me despeço dos amigos, desejando a todos um feliz 2016 e pelo menos um grande título.

ASTROLOGIA

Recordar é viver:

Muitos já conhecem essa história, mas vale a pena repetir.

Durante uns 15 anos publiquei no Correio do Povo, sempre na virada de cada ano, previsões do astrólogo Bruno Vasconcelos sobre a dupla Gre-Nal.

Nesse período ocorreram muitos acertos incríveis. Está na coleção do CP, é só conferir.

Um deles foi na virada 2004/2005.  Bruno afirmou que o Inter estava começando a reviver a vitoriosa década de 70, que, como todos sabem, foi um período trágico para os gremistas. Eu e o RW nos consideramos sobreviventes desses anos de chumbo. Bem, o Inter ganhou a Libertadores duas vezes e um mundial, fora o Brasileirão do chororô, o de 2005.

Bruno previu, ainda, que o Grêmio estava entrando num longo período de indigência de títulos. Garantiu que antes de 2015 ou 2016 o Grêmio não ganharia nada de significativo.

Fiquei tão espantado e incrédulo que decidi poupar meu amigo do ridículo e não publiquei a previsão sobre o período de vacas magras do tricolor. Mas nunca a esqueci, e já escrevi sobre elas algumas vezes. 

O ano de 2015 já passou. Resta o ano que está começando…