Homenagem ao Olímpico

Recebo do gremistão Henrique Caravantes o material abaixo. É um projeto muito interessante em homenagem ao Olímpico Monumental. Confiram:

Desde sua fundação o Estádio Olímpico, que passou a ser conhecido como Monumental após reforma na década de 1980, tem sido a casa do Grêmio Foot-ball Portoalegrense. E isso irá acabar.

Em 2012 chega ao fim uma Era de Ouro, uma Era Dourada na história do Grêmio. O bairro Azenha perderá o convívio semanal com maior torcida do Rio Grande do Sul. E, por consequência, mudará a rotina de uma cidade inteira em dias de jogos do Imortal.

Prevendo a dolorosa, mas necessária e bem-vinda, mudança de endereço, um grupo de torcedores gremistas criou o site Vista Monumental (link)  para que outros torcedores pudessem enviar fotos, vídeos e histórias de sua vida no Estádio Olímpico Monumental,

“Será muito triste deixar o Olímpico. Tenho certeza que a mudança para a Arena será um grande alto na qualidade da Instituição, mas vou ao Olímpico desde os meus 7 anos, por isso, me mareja os olhos imaginar que terei filhos e que eles nunca conhecerão o estádio que me formou torcedor, me formou gremista.” – comenta Henrique Caravantes, coordenador do Projeto Vista Monumental.

O vídeo de lançamento do site pode ser visto abaixo
http://www.youtube.com/watch?v=-EwP7GXLu3o&feature=plcp

Acompanhe a postagem de fotos também nas redes sociais
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www.twitter.com/vistamonumental

ATENÇÃO

Enquete polêmica.

Acesse www.cornetadorw.blogspot.com.br

Eu já dei meu voto. Que é secreto…

Grêmio: compromisso com a história

O Atlético deu um jeito de esquentar ainda mais o Gre-Nal. Virou o jogo contra o Botafogo em pleno Engenhão e transferiu a decisão pelo vice-campeonato e pela vaga direta à Libertadores para a rodada final.

Mesmo que o time mineiro tivesse perdido, o que daria a vaga ao Grêmio independente do resultado de domingo que vem, o Gre-Nal continuaria sendo importante para o momento e, principalmente, para a história.

O último Gre-Nal do Olímpico precisa ser vencido pelo Grêmio. É quase uma obrigação. Em termos de Brasileirão, talvez uma derrota garanta o segundo lugar, mas, na realidade, isso é o que menos interessa.

É importante entrar direto na Libertadores sem passar por dois jogos decisivos poucos dias depois da pré-temporada. Dá mais tranquilidade. Mas não é essencial.

Conheço muita gente que gostaria de ficar com essa vaga da pré-Libertadores da qual o Grêmio tenta escapar.

O Grêmio, de uma forma ou de outra, está na Libertadores de 2013, e isso é o que realmente importa.

O compromisso do Grêmio agora é com a história. Deixar o Olímpico Monumental com vitória é mesmo quase uma obrigação. Pra não dizer uma obrigação, uma questão de honra.

Esse time do Grêmio, com Luxemburgo no comando, tem um peso enorme sobre os ombros. Não adianta o treinador dizer que será uma semana normal. Que não será uma semana normal.

De hoje até a hora do jogo, Luxemburgo vai perceber que, por mais que se esforce, os dias que teremos pela frente não serão qualquer coisa, menos dias normais.

Para os gremistas começou uma contagem regressiva marcada pela emoção.

Para os colorados, resta o medo de levar uma goleada em função do futebol que o time vem jogando, mas existe, ainda mais forte, a esperança – e a esperança é o que move os torcedores nas horas, nos meses e nos anos ruins – de terminar o ano vencendo essa Copa do Mundo em que será transformado, gradativamente, o último Gre-Nal do Olímpico.

Decididamente, uma semana de decisão de ‘Copa do Mundo’ está longe de ser normal.

Só espero que Luxemburgo não prepare seu time para disputar um jogo normal.

Será um erro monumental, maior que o Olímpico.

A PENÚLTIMA RODADA

O Grêmio fez a sua parte com a eficiência que tem caracterizado sua participação no Brasileiro. Tinha pela frente um adversário de segunda divisão e o venceu. Mesmo fora de casa, venceu até com facilidade. Fez 3 a 0 no primeiro tempo, com Elano e Zé Roberto dando show, e no segundo administrou. Levou dois gols e antes que o Figueira se assanhasse demais Elano deixou Leandro livre na grande área.

O guri bateu forte, um golaço. Fiquei feliz que Leandro tenha feito essa belo gol, um gol importante àquela altura. Torço pelos oriundos da base. Ele nunca será titular do Grêmio, mas pode ser um jogador importante, como foi neste domingo.

Já o Inter completou quatro derrotas seguidas. Imaginava-se que o time renderia mais sem Fernandão no comando.

O time jogou mal de novo, mereceu a derrota.

A torcida vaiou. Eram uns cinco mil torcedores.

Está aí um aspecto positivo da reforma do estádio. De outra forma, seriam 30 ou 40 mil vaiando.

E aí a história seria muito diferente.

Agora, um alerta: é difícil um time grande completar quatro jogos oficiais com derrota. O que dirá cinco.

Paixão, Mano e Felipão

São cada vez mais fortes os indícios de que Paulo Paixão irá trocar o Grêmio pelo Inter.

Paixão é o Celso Roth da preparação física. Sai do Grêmio para o Inter, e vice-versa. Com uma diferença: ele é um vitorioso. Por onde passa, coloca faixas.

Sei que muita gente imagina que é mais uma manobra da imprensa para criar tensão no Olímpico e favorecer o Inter.

Mas não é nada disso.

O que existe é um fato concreto: o contrato de Paixão termina dia 31 de janeiro de 2013.

Outro fato: ele não foi procurado para renovar.

Outro: o Inter quer um novo e grande preparador físico depois de ter perdido o excelente Fábio Marseredian (algo assim).

Dito isso, passo ao dado mais importante, fruto da minha intuição e experiência no ramo:

Paixão deve estar se sentindo incomodado no Grêmio.

Eu no lugar dele estaria louco para ir embora. Sei, tem o desafio da Libertadores.

Mas há um componente que pesa mais: Paixão divide função e responsabilidade na preparação física com o parceiro do técnico Luxemburgo, o Antônio Mello, outro profissional vencedor.

Ora, um profissional do porte de Paixão não se sujeita a uma situação como essa por muito tempo. Foi o que aconteceu com o Fábio no Inter, que ficou em segundo plano quando Dorival Jr foi contratado e trouxe seu fiel preparador físico, cujo nome nem lembro.

Outra coisa: alguém lembra de alguma vez o Paixão ter usado a expressão ‘pijama training’?

Será que ele concordou com essa estratégia de preparação física? Será que foi consultado? Nem discuto se é certa ou errada, mas um profissional do porte de Paixão não trabalha apenas pensando no dinheiro.

Ele quer satisfação pessoal, quer reconhecimento, quer ser importante dentro do seu grupo de trabalho. Quer ser um protagonista, não um coadjuvante.

Como Luxemburgo não vai abrir mão de seu preparador físico de todas as horas e de tantos anos, Paixão deve mesmo estar pensando em deixar o clube.

Talvez nem vá para o Inter, mas acho difícil que fique no Grêmio.

MANO

Mano caiu. Até que resistiu muito tempo.

Com isso, passou a ser a bola da vez para treinar o Inter. Desconfio que o pessoal do Inter tivesse alguma informação privilegiada ou que apenas estivesse ‘secando’ o Mano.

Claro, Dunga é o mais fácil. Mas se ele fosse o primeiro nome – e não era -, talvez até já estivesse de contrato assinado depois que Luxemburgo assinou com o Grêmio.

É possível que Dunga até seja anunciado hoje, é possível.

Mas pouco provável.

O Inter quer mesmo um treinador de ponta, não uma aposta.

Mano é o que resta no mercado. Mano, que é colorado e que já trabalhou na base do Inter.

Só não sei se ele também não tem um preparador físico para trazer a tira-colo.

Aí, sobra para o Paixão.

Se Mano for contratado, teremos aqui o duelo de dois treinadores que fracassaram na Seleção.

FELIPÃO

Felipão é o cara para assumir a Seleção. Este não fracassou com a amarelinha. Pelo contrário.

Falta pouco tempo para a Copa.

Não dá mais pra fazer experiências. É Felipão na cabeça, para desespero de uns e outros.

Luxemburgo e Dunga

Que cessem todos os debates sobre se Luxemburgo ser ou não ser o técnico ideal para 2013!

Luxemburgo reuniu-se com Fábio Koff e finalmente acertou sua renovação de contrato.

Será mesmo por dois anos – o que considero um absurdo, mas o que se há de fazer? – com salário que ficaria entre 600 mil e 1 milhão de reais. Mais premiações milionárias para o caso de conquista da Libertadores e do Mundial, o que acho muito justo.

Luxemburgo já deixou com o presidente eleito uma lista preliminar de reforços.

Koff também confirmou hoje que Rui Costa será o diretor remunerado no lugar de Paulo Pelaipe.

Segunda-feira, Koff irá reunir-se com Paulo Odone.

Koff, que já convidou Antonini para continuar tocando a Arena, mostra a cada movimento que continua sendo um grande dirigente de futebol.

Cala a boca de seus críticos com ações firmes, serenas e sábias.

Enfim, depois de década e meia, o Grêmio tem de novo um PRESIDENTE.

E quem diz isso é alguém que preferia Felipão a Luxemburgo, mas que sempre salientou que acataria respeitosamente a decisão que um presidente campeão do mundo, bicampeão da Libertadores, um dos maiores vencedores do futebol brasileiro, fosse tomar.

Se Koff renovou com Luxemburgo é porque o acerto entre eles foi muito além de questões contratuais.

DUNGA

Agora, temos o seguinte quadro: um presidente que ainda não assumiu acertou a contratação de um treinador, enquanto outro presidente, em pleno exercício do poder, ainda titubeia, justificando as críticas que o apontam como um dirigente devagar quase parando.

É verdade que Giovani Luigi não tem muitas opções. Ele aparentemente esperava por uma definição do caso Luxemburgo.

Se isso é mesmo verdade, é possível que ainda hoje ele encaminhe a contratação que grande parte da mídia gaúcha defende: Dunga.

A dupla em busca de técnico

Luxemburgo desmentiu, via twitter, que estaria negociando com o Palmeiras. Havia fortes rumores nesse sentido. Inclusive, Pelaipe, seu novo melhor amigo, iria junto, repetindo a dobradinha Batman e Robin.

Os dois estão tão afinados que Pelaipe iria junto caso Luxemburgo acabe no Beira-Rio. Esse é outro boato que circula nessa época fértil para a boataria.

O que existe de concreto é que nem Grêmio nem Inter estão com treinadores contratados para 2013.

Fernandão foi demitido horas depois de ser confirmado até o fim do campeonato pelo presidente Luigi.

Quem conhece um pouco de futebol sabe que Fernandão era uma aposta, uma aposta que tinha tudo para dar errado. E deu.

Foi uma história que começou mal: o diretor remunerado assumindo o lugar do subalterno, o treinador.

Não adianta: esse tipo de coisa pega mal no vestiário. Parece puxada de tapete, trairagem.

Sem contar que Fernandão não tinha experiência nem para diretor de futebol – cargo que ele admitiu detestar -, e menos ainda para assumir um clube como o Inter, com um bando de medalhões vaidosos no vestiário.

Para piorar, ainda veio Forlán para ofuscar D’Alessandro, Dagoberto, Damião…

Se ainda Fernandão tivesse ao lado um dirigente experiente, mas havia Luciano Davi, que estreava na função.

Dois noviços num vestiário complicado.

Agora, o Inter procura  um técnico. Está mais do que na cara que seu objetivo primeiro é Luxemburgo.

Há boatos, e eles seguem aí, de que o Inter teria feito proposta milionária para ter Luxemburgo. Sinceramente, não acredito nisso.

E duvido que Luxemburgo troque o Olímpico/Arena pelo Beira-Rio assim tão rápida e abruptamente.

Já começaria com um clima pesado.

Luxemburgo desmente, mas desconfio que ele irá assumir o Palmeiras. Com Pelaipe.

Se é verdade que o Grêmio concordou com as pedidas de Luxemburgo, atendendo plenamente o que o profissional exigiu, ele já deveria ter dado o ‘sim’.

Não tem outra coisa a fazer. É uma questão ética. Havia uma negociação, uma parte resistia, mas acabou indo ao encontro do que a outra parte queria. Ponto final.

Agora, duvido que a parte financeira seja essa que li hoje na mídia: em torno de 600 mil reais por mês e premiação milionária.

Ora, Luxemburgo é um profissional. Um sujeito experiente. Ele jamais faria uma proposta com salário ‘baixo’ projetando uma fortuna em caso de conquistar títulos.

Se Abel está renovando com o Fluminense por 1 milhão de reais, Luxemburgo não vai acertar por menos com nenhum clube.

Dizem que Luxemburgo gosta de um poquerzinho. Mas ele não seria maluco de projetar ganhos financeiros em cima da loteria que é um campeonato, um jogo de futebol, onde nem sempre vence o melhor time, e há fatores de toda a ordem influindo no resultado.

Temos, então, que a dupla busca treinador. A tendência é de que Grêmio e Luxemburgo se acertem.

Se eu fosse dirigente do Grêmio não ficaria com Luxemburgo. Contrataria Felipão.

Koff e Felipão: esta dobradinha tem tudo para dar certo. Sintonia fina.

Já o Inter, ao que tudo indica, vai ficar com Dunga. Outra aposta, mas uma aposta com mais condições de dar certo do que a anterior.

Olhos de ressaca para o futebol

Assisti ao empate por 2 a 2 entre Grêmio e Portuguesa com olhos de ressaca, como diria Machado de Assis.

Ressaca de futebol, de frustrações e decepções. A eliminação da Sul-Americana contra um timeco de segunda categoria, que aqui no Brasileirão seria lanterna, foi demais.

Na verdade, eu até deveria estar preparado para os maus resultados, porque há tempos venho salientando a pobreza técnica do grupo gremista. Do grupo, não do time titular.

Com a ressaca, vi a Portuguesa fazer dois gols sem maior susto ou sobressalto. Pensei: “Quem leva três do Millonarios pode levar dois de um candidato ao rebaixamento, por que não?”

Quando o Grêmio chegou ao empate após substituições bem efetuadas por Luxemburgo, nem me liguei. Confesso que estou sem forças, sem energia para vibrar ou me revoltar.

Estou me sentindo como num final de festa, com todas as mulheres interessantes, ou nem tanto, já ‘casadas’.

Vivo agora da esperança de me sair melhor na próxima. Felizmente, eu ainda terei uma bela chance, enquanto outros nem isso. Um pessoal aí que ficará me secando para que eu não me dê bem. Natural. É assim mesmo.

Quem fica de fora, não é convidado, fica secando os outros.

O Grêmio empatou e segue vice-líder, um ponto à frente do Atlético Mineiro, que por detalhe não perdeu em casa para o Atlético Goianiense.

No perde e ganha do campeonato, só o Inter insiste em contrariar essa norma. Só perde.

Pelo que soube, o time foi deprimente e mereceu levar 2 a 0 do Corinthians em casa.

No final, ao ser questionado sobre o risco de levar goleada no Gre-Nal – aliás, quem foi o ‘fora da casinha’ que conseguiu levantar essa possibilidade? -, D’Alessandro reagiu forte, diferente do que vem fazendo em campo.

Disse que nunca foi goleado em Gre-Nal e que esse talvez fosse um desejo da mídia.

É claro que não é desejo da mídia, mas o fato é que, por bem ou por mal, a mídia conseguiu remotivar o argentino para o jogo final do campeonato e, por enquanto, o derradeiro do Olímpico.

Goleiro Alberto e o caso Paysandu

Estive fora de ontem pra hoje e fiquei meio desligado do futebol. Normal, depois daquele golpe de conseguir ser eliminado por um time colombiano de quinta categoria.

Além de profunda irritação, essa derrota me rendeu provocações como pedidos pra fazer a cerveja Renteria.

Ao retornar, leio aqui no boteco uma notícia que fez passar essa revolta: a morte do goleiro Alberto, comentada pelo meu velho amigo dos tempos de Lajeado, o Gunther.

Vou procurar nos sites e encontro essa notícia:

“Goleiro do Grêmio no heptacampeonato gaúcho conquistado na década de 1960, Alberto Silveira morreu, aos 74 anos. Vítima de um acidente vascular cerebral (AVC) há cerca de 50 dias, ele estava internado desde então no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, onde sofreu de falência múltipla dos órgãos. O corpo do ex-atleta está sendo velado na capela 4 do Cemitério da Santa Casa, onde será enterrado neste sábado, às 11h30min.

Titular nas conquistas do Gauchão do Grêmio em 1963, 65, 66, 67 e 68, Alberto formou uma defesa que tinha ainda Altemir, Airton Pavilhão, Áureo e Ortunho. Também jogou ao lado lendas gremistas como Everaldo e Alcindo e chegou a ser convocado para a Seleção Brasileira, atuando na companhia de Pelé e outros astros. Em 1968, foi considerado o melhor goleiro do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o embrião do Campeonato Brasileiro.

Seu nome era cotado como possível convocado para a Copa do Mundo de 1970, mas um impasse na renovação de contrato com o Grêmio, em 1969, acabou emperrando a carreira do goleiro. Grêmio e Alberto não chegaram a um acordo e o então atleta foi colocado na “geladeira” _ ficou mais de um ano sem jogar”.

Eu morava em Lajeado quando vi Alberto fazer defesas espetaculares em jogos contra o Botafogo e o Vasco, no Rio, com Alcindo estraçalhando no ataque. Isso lá em 1968 ou 69.

Eram imagens em preto e branco.

Mas aqueles lances me marcaram muito. Alberto foi convocado para a Seleção Brasileira e fez alguns amistosos antes da Copa de 70.

Alberto seria o goleiro do Brasil no México. Sem dúvida alguma.

Imaginem, naquela época, ter jogador gaúcho em seleção era coisa incomum.

Sempre que me perguntam qual o melhor goleiro que eu vi jogar – e só vi pela TV -, eu respondo prontamente, sem qualquer vacilo:

– Alberto.

Pode ser os meus olhos de guri, pode ser.

O fato é que eu nunca vou esquecer aquelas defesas de Alberto no Maracanã.

Defesas em preto e branco, mas coloridas na minha memória.

O CASO PAYSANDU

Transcrevo o que foi publicado no CP de sábado, excelente matéria do grande repórter Fabrício Falkowski:

17/11/2012 08:16 – Atualizado em 17/11/2012 08:51

Ex-dirigente do Paysandu reacende polêmica após quase descenso do Inter

José Artur Guedes Tourinho garantiu que quatro jogadores se venderam antes do jogo

Ex-dirigente do Paysandu reacende polêmica após quase rebaixamento do Inter<br /><b>Crédito: </b> Carlos Silva / CP Memória

Ex-dirigente do Paysandu reacende polêmica após quase rebaixamento do Inter
Crédito: Carlos Silva / CP Memória
Ex-dirigente do Paysandu reacende polêmica após quase rebaixamento do Inter
Crédito: Carlos Silva / CP Memória
“Quatro jogadores do Paysandu se venderam. Não tenho provas e, por isso, não vou citar nomes, mas é certo que aconteceu.” Assim, o ex-presidente do clube paraense fala, pela primeira vez, sobre os rumores que cercaram a partida daquele 17 de novembro de 2002. José Artur Guedes Tourinho hoje está afastado do futebol e ocupa a presidência da Junta Comercial de Belém. Na época, presidia o Paysandu. ‘É a lei da oferta e da procura. A torcida não aceita que um clube do tamanho do Inter caia”, observa.Tourinho revela detalhes de como tudo teria acontecido. Segundo ele, o assédio começou na quinta-feira que antecedeu a partida, quando os primeiros contatos de pessoas ligadas ao Inter ocorreram. No dia seguinte, prevendo que a oferta também chegaria aos jogadores, Tourinho procurou um contraveneno: uma premiação extra para vitória, não para derrota. Buscou junto à Amazônia Celular um bicho extra de R$ 50 mil para dividir entre os atletas. “Na sexta-feira à noite, peguei os R$ 50 mil, juntei com mais R$ 20 mil do caixa do Paysandu e fui para o hotel da concentração. Reuni o grupo, olhei na cara de cada um e disse: “Tem alguém que quer se vender aqui?”. Ninguém confirmou. Então, disse que daria os R$ 70 mil para o time ganhar do Inter. O rebaixamento do Inter seria uma notícia mundial, e todo mundo ganharia, inclusive o patrocinador”, afirma ele.

Mas o plano teria dado errado. “Os quatro jogadores tiveram uma reunião com um empresário no sábado, véspera da partida. Foi no almoço. Acho que foi ali que acertaram tudo”, lembra. Hoje, o empresário citado encontra-se preso em Belém acusado de duplo homicídio.

O ex-presidente do Paysandu conta que, depois do jogo, foi até o vestiário sob um chuva de moedas atiradas pela revoltada torcida. Chegando lá, conta que perdeu a razão e tentou agredir um dos “vendidos”. ‘Fui para cima dele. Mas o pessoal separou”, conta. Segundo Tourinho, houve também um sério desentendimento dos quatro atletas com o resto do grupo. Afinal, segundo a versão do dirigente, os quatro receberam uma bolada, enquanto que os outros nem os R$ 70 mil puderam amealhar.

Para Clemer, “papo-furado”

Já na época da partida, as informações de que alguns jogadores do Paysandu teria “facilitado” circulou tanto em Porto Alegre quanto em Belém. A manchete do jornal O Liberal, um dos principais do Pará, anunciou no dia seguinte ao jogo: “Papão envergonha a Fiel”.

O Correio do Povo também noticiou o fato e naquele época entrevistou Tourinho, que confirmou ter sido assediado por “pessoas interessadas em intermediar um encontro” entre ele e dirigentes colorados. Hoje, como naquela época, todos ligados ao Inter negam com ênfase e indignação: “Isto tudo é papo-furado. Aquele jogo foi muito difícil”, relembra Clemer

Luxemburgo e mais uma eliminação

O presidente eleito Fábio Koff foi obrigado a agir rapidamente para apagar o incêndio causado por um assessor pouca prática, um boca-grande, que saiu a deitar falação sobre os valores que Vanderlei Luxemburgo teria pedido para renovar seu contrato.

Sempre tem um dirigente de segundo escalão para repassar informações sigilosas para algum repórter. Eles querem ficar bem com algum repórter ou colunista ou simplesmente mostrar que ‘estão por dentro’, próximos do poder e participando das decisões, quando normalmente são os sujeitos que nada decidem, mas que tudo ouvem.

O fato é que Koff deu uma de bombeiro. As informações sobre a proposta de Luxemburgo acabaram vazando. Luxa ficou irritado e informou seu empresário, Gilmar Veloz, que manteve contato com quem decide, Koff. Era uma negociações sigilosa que uma das partes deixou vazar. Sentindo-se prejudicado, Luxemburgo já não estaria mais disposto a renovar com o Grêmio. Culpa do boca-grande.

Koff, então, acelerou todo o processo, e chegou aos números propostos por Luxemburgo, em especial a exigência de um contrato de dois anos.

O salário ficaria em torno de 1 milhão de reais, mais premiações pela Libertadores e Mundial, que juntas chegariam a 8 milhões de reais.

Se Luxemburgo for demitido durante o contrato, o clube terá de seguir pagando até completar os 24 meses.

Se for assim, sou contrário. Considero um absurdo firmar contrato com treinador, qualquer treinador, por dois anos.

Prefiro pegar esse dinheiro todo e aplicar em jogadores de qualidade.

Não há treinador que consiga grandes títulos sem grandes jogadores.

O próprio Luxemburgo só conquistou títulos importantes quando teve ao seu dispor uma série de jogadores diferenciados.

O medo de perder Luxemburgo em função do assessor boca-grande levou Koff a ceder.

Não tenho dúvida de que Koff vai acabar esfriando esse assessor ou dirigente, forçando seu pedido de demissão.

SUL-AMERICANA

O Grêmio foi eliminado da Sul-Americana de forma dolorida.

Saiu na frente com gol de Werley. Depois, no segundo tempo, o time começou a sentir os efeitos da altitude, mas principalmente faltou qualidade.

É claro que a arbitragem foi tendenciosa, favorecendo o time da casa.

Mas, acima de tudo, faltou aquela qualidade que o time tem apenas quando está com seus titulares. Elano entrou no segundo tempo, mas sem suas melhores condições. Kleber entrou e logo saiu, sentindo a lesão.

Por outro lado, o time colombiano foi insistente. O Grêmio cansou, sentiu a altitude.

Os colombianos viraram o placar. Mas o Grêmio garantia a vaga mesmo perdendo por 2 a 1. Nos acréscimos, Werley cometeu pênalti.

Renteria cobrou e marcou.

O Grêmio segue sem conquistar grandes títulos.

Felizmente, Fábio Koff voltou.

PERGUNTINHA

Aqueles que gritaram ‘fica Luxemburgo’ continuam gritando depois do quarto título do ano que o Grêmio perdeu?

Fato: Luxemburgo disputou quatro competições. Nenhum título.

Será que ele merece mesmo ganhar toda essa grana que está sendo comentada?

Eu sou contra.

Novo projeto do Boteco: Sou Fitness!

Não, não tem nada a ver com cerveja artesanal ou com futebol gaúcho.

O novo projeto parceiro do Boteco é um site destinado a quem costuma beber todas e começa a ficar com uma barriguinha (na verdade uma senhora barriga) tipo a do Luis Carlos Reche, a tal barriga de bebedor de cerveja.

Pois está mais do que na hora de a gente se cuidar.

Foi pensando nisso que um tal de Matheus Wink – já vi este nome em algum lugar… – criou um site com dicas de treinos e de motivação – e haja motivação pra quem não troca o levantamento de copos por nada deste mundo – para fazer atividades fisicas.

O nome do site é Sou Fitness: www.soufitness.com.br

Peço a todos os frequentadores deste boteco que cliquem em Curtir na página Sou Fitness no Facebook, pois é por lá que o Matheus divulga em primeira mão todoo conteúdo do site.

E o melhor, semana que vem ele vai fazer um sorteio para todos que tiverem curtido a página!

Toda sugestão (e crítica) será bem-vinda, o email para entrar em contato é matheus@soufitness.com.br

Vamos lá, participem! Vamos trocar o ‘pijama training’ por uma malhação de verdade.

Ah, mas nada de excessos. Pratiquem com moderação. Que ninguém é de ferro.

Link do site: http://www.soufitness.com.br/

Link da página no Facebook: https://www.facebook.com/SiteSouFitness

Roth, Renato e Luxemburgo: a história se repete

Quem acompanha futebol com um pouco de atenção sabe que o torcedor – de qualquer clube – salta do amor ao ódio com muita facilidade.

Sem consultar o google e evitando datas, porque minha memória para guardar nomes de filmes e jogos de futebol é sofrível, lembro que essa paixão que a maior parte da torcida devota a São Luxemburgo, já dedicou a outros treinadores.

Até Celso Roth viveu um período de romance – olhos nos olhos, mãos entrelaçadas, longos suspiros e silêncios que só os muito enamorados são capazes – com a torcida tricolor.

Sei, há situações que é melhor deletar, como aquela da mulher desprovida de beleza física que restou na boate e que você levou para casa todo animadinho, quase trocando as pernas, e que no dia seguinte, consumado o crime, você olha para o lado e leva um susto.

Celso Roth é um caso assim. Conheço gremistas que negam peremptoriamente que um dia ovacionaram Roth. Foi naquele Brasileirão que liderou o Brasileirão a maior parte do tempo, entregando para o São Paulo a partir da metade do segundo turno.

Eu mesmo fiquei várias rodadas empolgado com Roth. Eu assumo. Outros, covardes, negam. Roth, como faz agora Luxemburgo, garantiu vaga para a Libertadores.

Em função da queda do time, que deixou escapar o título brasileiro, eu defendi a não renovação de contrato de Roth. Mas a direção na época o manteve e deu no que deu. O refri dois litros ficou sem gás.

No segundo semestre de 2010 – esse ano eu não esqueço porque foi quando comecei a fazer cerveja e foi também o ano de uma das grandes alegrias no futebol, a vitória do Mazembe sobre um Inter coberto de soberba -, Renato Portaluppi veio aqui tirar o Grêmio das profundezas do inverno em que se encontrava no Brasileirão.

Renato, sem craques como Zé Roberto e Elano, não apenas afastou o risco de rebaixamento como levou o Grêmio a chegar muito próximo da liderança, como agora. E, como agora, conquistou uma vaga na Libertadores.

Empolgada, apaixonada, enlouquecida, a torcida gritou ‘fica, Renato, fica’.

O presidente eleito, Paulo Odone, ficou na obrigação de manter Renato. Não queria desafiar a torcida. Ficou com um treinador que não era o seu e… deu no que deu. Renato saiu desprezado por boa parte dos mesmos que o endeusaram meses antes.

Há uma pressão, agora, para que Fábio Koff repita o que Odone fez e renove com o treinador da vez, o ídolo do momento.

Dizem que Koff gostaria de trabalhar de novo com Felipão, formando aquela dobradinha que levou o Grêmio a ser o melhor time brasileiro da década de 90 do século passado.

Há quem seja contra. Incrível, mas há quem repudie Felipão visceralmente. Alguns deles só porque Felipão vibrou quando o Palmeiras eliminou o Grêmio da Copa do Brasil. Realmente, um motivo muito ‘forte’…

Havia outro ‘argumento’: Felipão está ultrapassado. Aí, Felipão pegou esse time ruim do Palmeiras – e todos concordam que é ruim, até mesmo quem é contra Felipão – e conquistou uma vaga na Libertadores, essa mesma que Luxemburgo acaba de ganhar.

Contra Felipão restou o fato de ter vibrado quando bateu seu velho rival, o Luxa, em pleno Olímpico lotado.

Sim, Felipão venceu o duelo com Luxa. De novo, aliás. Manteve a escrita.

Eu também acho que Luxemburgo, pelo trabalho que fez, inclusive revelando e recuperando jogadores, merece continuar.

Mas eu respeito muito o conhecimento e a experiência do multicampeão Fábio Koff.

Por isso, não estou entre aqueles que exigem a renovação de contrato de Luxemburgo. Sou contra, e aí radicalmente, a que seja firmado um contrato por dois anos.

Um ano é a medida certa. Luxemburgo pode levar o Grêmio ao tri da Libertadores e depois do bi mundial.

Feito isso, será glorificado para todo o sempre. Um ano a mais, portanto, se torna um excesso. Nem ele ficaria após a conquista de um título mundial. Com certeza, iria em busca de novos desafios.

Assim, um ano está de bom tamanho. Nem mais, nem menos.

Sei que Koff tomará a decisão certa, avaliando os custos da operação e considerando a torcida, mas sempre levando em conta o quanto ela é volúvel em suas paixões.

Passado o amor, vem o ódio. E, no futebol, essa transição se dá quase num piscar de olhos.

Luxemburgo é a bola da vez. Assim como já foram Roth – não neguem! – e Renato.

CELERIDADE

Há quem diga com a direção eleita está indo muito devagar. Vou dizer uma coisa: a mídia precisa de fatos. Ela fica em cima o tempo todo. Quando não há fatos, há especulações, e aos montes. Afinal, há espaços a serem preenchidos nos jornais, horários no rádio e na TV.

No momento em que o presidente Koff anunciar a renovação com Luxemburgo, o assunto do momento na mídia, sabem o que vai acontecer: especulações em torno de reforços. Sim, porque aí já teremos o treinador engatilhado, por que então não começarmos a falar em nomes de jogadores.

Resultado: tudo isso vai repercutir no vestiário.

Portanto, vamos devagar, sem ansiedade.

Se não confiam nos novos dirigentes, ao menos acreditem no multicampeão Koff.