Aleluia, Grêmio tem meio-campo

O Grêmio fez sua melhor partida no ano. Venceu o Cruzeiro por 3 a 1 com autoridade, quase sem sustos, e quebrou um tabu de 14 anos sem vencer o time mineiro fora do Olímpico.

O Grêmio foi tão bem que passou por cima do árbitro e de seus auxiliares.

Não por coincidência, pela primeira vez na temporada o Grêmio teve um meio-campo à altura de sua grandeza, de suas pretensões, de suas ambições.

Fernando, Souza, Elano e Zé Roberto.

Antes do jogo eu escrevi que temia pela terceira derrota consecutiva do Grêmio no Brasileirão, o que seria quase trágico.

Minha tímida esperança de um bom resultado era que Celso Roth desse mancada ou que Elano conseguisse acertar o time, dando o equilíbrio necessário para garantir ao menos um empate.

Não sei do Roth, que perdeu sua terceira seguida e foi vaiado pela torcida local, mas sem dúvida Elano, mesmo sem ser brilhante, fez o básico com qualidade, sabedoria.

Elano participou de uma jogada clássica do futebol bem praticado: Kleber lançou Elano pela direita. O estreante cruzou uma bola em diagonal, com peso e precisão, na cabeça de Marcelo Moreno. Um belo gol, especialmente pela jogada bem trabalhada, concluída com perfeição.

Fazia tempo que não se via isso no Grêmio. E não se veria nunca com Marco Antônio e Léo Gago no time.

E pensar que eu perdi um semestre da minha vida futebolística com esses dois… Sem falar na Copa do Brasil mais fácil dos últimos tempos.

Mas a tarde reservava outra jogada de alto nível. Tony foi ao fundo em velocidade, parecia que não alcançaria a bola, deu um toque rasteiro, curto, para Moreno dar um tapinha na bola, encontrando Kleber, que desviou do goleiro.

Então, na estreia de um meio-campo de qualidade que venho reclamando e implorando aqui desde fevereiro, o ataque voltou a funcionar, e a defesa de mostrou segura, eficiente, apesar da presença inconfiável de Pará, provando que um meio-campo eficiente é capaz de fazer milagres.

É o caso de Gilberto Silva: um gigante na área. Zagueiro funciona assim, ele precisa ter proteção e se sentir seguro. O mesmo vale para o goleiro. Marcelo Grohe fez duas defesas espetaculares.

A expulsão de Werley foi injusta. Aliás, o juiz agiu com rigor contra o time gremista o tempo todo. Amarelou com facilidades os jogadores do Grêmio. Sobrou até para o Luxemburgo.

No segundo tempo, mesmo com um a menos, o Grêmio controlou o Cruzeiro, e só passou a ser mais pressionado no final, já sem Elano, que saiu cansado.

Soberba atuação de Zé Roberto. Armou e desarmou como um guri. Souza e Fernando também em alto nível.

Souza fez a belíssima jogada do terceiro gol, matando o Cruzeiro. Deu uma arrancada de trás e achou Moreno livre na área.

Aí, Marcelo Moreno, que não deve ter feito festa no apartamento nesta semana, teve habilidade para limpar o lance e marcar. Esperemos que continue assim, compenetrado. Festas, sim, mas com moderação.

Por fim, volto a bater na mesma tecla: o meio-campo é a alma e o coração de um time.

Está no ABC do futebol. A direção do Grêmio é que desprezou esse fato.

O EMPATE

No Beira-Rio, o Inter sentiu os desfalques.O Santos da mesma forma. Foi o que concluí vendo alguns lances e ouvindo comentários dos analistas. O Inter foi melhor no primeiro tempo, o Santos no segundo.

Vi que Bolívar cometeu um pênalti claro num atacante do Santos, num lance em que a goleira estava vazia. Soube que o juiz foi rigoroso ao expulsar Juan, do Santos.

Vi o Milton Neves reclamando muito na Band e taxando Guinazú de ‘carniceiro dos pampas’. Segundo ele, Guina deveria ter sido expulso.

Vejo que a imprensa destaca muito os desfalques do Inter, mas ignora as ausências do Santos, a começar por Neymar e Ganso.

Miralles estreou no Santos. Pelo que soube, foi discreto. Nada de novo.

Roth, Koff e Miralles

Nem um sábado ensolarado me torna otimista em relação ao jogo contra o Cruzeiro em MG.

Como vocês sabem, Montillo e Wellington Paulista podem passar o ano inteiro jogando mal, mas contra o Grêmio eles deslancham e ainda fazem gol.

Além do mais, tem o Celso Roth, que conhece bem demais esse time do Luxemburgo.

Como se não bastasse, o Grêmio de novo desfalcado, com moral baixo pelos maus resultados, contra um Cruzeiro que vem de derrota contra o Inter.

Mas tem mais: Borges, que sempre começa de maneira estupenda nos times e depois desaba de maneira mais estupenda ainda para ser negociado e faturar uma grana na transferência, deve estrear.

E outra: sabem aquele lateralzinho que se consagrou num jogo só, contra o Barcelona, marcando o maldito? Pois é, o Ceará é outro que pode jogar.

Outra coisa: o Grêmio não vence o Cruzeiro, fora, há 14 anos.

Então, se muitos fatores apontam para o mesmo lado, temos aí uma derrota anunciada.

Minha única esperança é que Elano consiga acertar esse time. Isso significa, portanto, que eu acredito em milagres.

Quer dizer, outra coisa que me dá esperança: a tendência do Roth em fazer m.

Por isso, estarei diante da TV, pronto para o que der e vier. Não tem sido assim a vida de gremista há onze anos?

CORRERIA

A direção do Grêmio, com seu planejamento de botequim de quinta, continua correndo atrás de reforços, trocando pneu com o carro andando.

Falo desta direção, mas a frase vale para todas as outras desde 2000. Ou até antes.

Não tenho ‘partido’ no Grêmio. Meu partido é o Grêmio e seus títulos. Quem chegar lá tem o meu apoio, quem perder por falta de competência, meu desprezo.

Quem perder, mas fazendo a coisa certa: meu incentivo para continuar.

Não é o caso atual, claro. Quem contrata, por exemplo, um auxiliar técnico do Inter para treinar o Grêmio merece o quê?

Não precisam responder…

Mas eu falava da correria em busca de reforços.

A prioridade, agora, parece ser um atacante de velocidade.

Pela lerdeza da direção, acho que não vão alcançar o tal atacante…

ELEIÇÃO

Hoje, meu candidato é Fábio Koff. Não vejo outro nome melhor para colocar ordem na casa e começar a preparar novas lideranças, que só surgem e se consolidam com títulos. E de títulos Koff entende.

MIRALLES

Quem quiser matar a saudade, o argentino estará em campo contra um time Inter bastante alterado. O Santos também tem alguns desfalques.

Fico pensando se o Miralles começa a jogar no Santos o que ensaiou em alguns raros momentos no Grêmio…

Ao lado do Neymar, eu também jogo.

Vejam o Borges no Brasileirão do ano passado.

Riquelme, e há quem seja contra

Eu nunca imaginei que um dia veria gremistas rejeitando o Riquelme.

Mas é o que está acontecendo, pelo menos entre boa parte dos gremistas que conheço e que frequentam o meu boteco preferido.

Concordo que Riquelme, que rescindiu com o Boca, já não tem a vitalidade de outros tempos, e que diante das contratações de Zé Roberto e Elano seria uma demasia, já que há outras prioridades, como um meia e um atacante de velocidade, um zagueiro de alto nível.

Enfim, Riquelme, ao menos para mim, seria um luxo.

Agora, não sou contra a sua contratação. O excesso de qualidade não me chateia, o que me irrita é o excesso de ruindade e de temporadas perdidas por falta de jogadores como Riquelme.

Os que não querem Riquelme no Grêmio estão:

– aqueles que se preocupam com o que ele vai ganhar

– ele é ex-jogador

– ele viria para disputar posição

São posições razoáveis, mas tenho resposta para todas:

– O salário de Riquelme fica em torno de 200 mil dólares, semelhante ao de Gabriel, e do nível do de Kleber;

– O ‘ex-jogador’ acaba ser vice da Libertadores jogando num time limitado tecnicamente, mas valente, guerreiro e com enorme tradição. Não vi, mas dizem que Riquelme jogou demais contra a LAU.

– Riquelme viria para disputar posição. Concordo que há outras prioridades, mas a lesão de Kleber hoje prova que é preciso mais jogadores de primeira linha para voltar a ser campeão.

Se Zé Roberto se lesionar, quem entra? O Marco Antônio? Não preciso dizer mais nada.

Portanto, sou a favor de Riquelme e quero dizer que sou a favor também de Sobis, embora não seja o meu preferido.

A lesão do Kleber me preocupa. Miralles saiu. Quem joga ali? O Sobis seria útil, ainda mais que o Kleber leva muita pancada e pelo jeito se lesiona com alguma facilidade.

Se o Grêmio trouxer o Nilmar, então…

Agora, a realidade: o Grêmio quer Riquelme. Baidek está empenhado nisso.

Mas a contratação do Riquelme é incerta.

O que é certo é que bons gremistas são contra a sua contratação.

Aí, eu enlouqueço. Salta uma 1983 pra eu voltar ao passado feliz no futebol.

OUTROS MOTIVOS

… ‘relevantes’ para não querer Riquelme:

ele não é loiro, não tem cabelos encaracolados, não é fashion, não usa roupas de grife e não é marqueteiro.

Ah, e parece que não usa as redes sociais na internet.

Elano devolve a esperança

Existem muitas coisas erradas no Grêmio. Todas conhecidas, nem vale a pena repetir. Os problemas começam no vestiário e terminam na direção, ou o contrário.

Houve erros graves de avaliação, como acreditar que Marco Antônio pode ser titular do Grêmio, ainda mais ocupando uma posição vital.

Poderia citar outros jogadores, mas aí me tornaria cansativo, e repetitivo.

Não se pode desprezar também a fatalidade. Lesões graves que desfalcaram o time no Gauchão com reflexos na campanha da Copa do Brasil.

Feita a introdução – no bom sentido -, quero declarar que ainda acredito no Grêmio.

Ao contrário de Luxemburgo, não descarto nem a briga pelo título.

Aqui um aparte: o treinador errou ao afirmar, depois da derrota para o Santos, que ainda vai atrás de uma vaga na Libertadores, que ele costuma chegar lá, o que é inaceitável num início de competição. Eu posso dizer isso, não ele, mesmo que essa classificação à Libertadores possa mesmo ser o máximo que o clube tenha condições de atingir.

Essa minha confiança se deve ao simples fato de que agora sim o Grêmio tem um meio de campo digno de um time capaz de ser campeão de alguma coisa realmente expressiva. Lamentável que esse meio de campo, ou alguma do mesmo nível, estivesse aqui nos jogos contra o Palmeiras.

Com Fernando, Souza, Elano e Zé Roberto é possível sonhar e ter esperança. Desde que essa formação fique disponível na maior parte dos jogos.

O meio de campo é a alma e o coração de um time de futebol.

O Grêmio só agora, com a contratação de Elano, tem um meio de campo competitivo. Ao menos no papel.

Acredito que Elano vem decidido a jogar e a mostrar que ainda é aquele meia que marca, organiza e conclui. Um meia completo, uma raridade. Estrela maior da seleção armada por Dunga. Se ele não tivesse se lesionado numa entrada criminosa o Brasil poderia ter sido campeão. E quem sabe, ele Elano, eleito o melhor do mundial?

Posso estar exagerando, mas eu penso assim, e não bebi nenhuma Mazembier ainda.

Tampouco estou febril, delirando. Se Forlan é um grande jogador, Elano também é. Elano era titular absoluto da seleção brasileira, que é superior a do Uruguai.

Os dois jogadores vêm de mau momento, tanto que seus clubes os liberaram com extrema facilidade. Elano trocado por um argentino desinteressado – só o Grêmio encontra um jogador argentino assim – e Forlan liberado de graça pela Inter, que, segundo o Inter, nem quis indenização pelo investimento feito. Os italianos fizeram as contas e viram quanto custaria bancar o uruguaio por mais dois anos e preferiram se livrar esse ônus. Essa é a versão que nos foi passada pelo Inter e pelo jogador.

Arrumado o meio de campo, resta esperar que Marcelo Moreno volte a jogar o futebol de seu começo no Olímpico. Hoje ele negou que seja festeiro. Se não é festeiro, é aquele jogador pesado, sem velocidade e explosão que vimos contra o Santos e em outros jogos recentes? Agora está errado, e eu confio nas minhas fontes. Ele que se emende.

Depois, a defesa. Continua faltando um zagueiro realmente competente, principalmente um que se imponha e que não deixe um moleque subir em suas costas para cabecear.

Nessas horas eu penso que até no Pereira. Mas o que há é um veterano volante improvisado. Gilberto Silva não pode ser titular da zaga.

Outro problema: as laterais. Resta torcer pelo Anderson Pico e acreditar em Tony, ou no Edilson.

A linha de defesa é inconfiável, mas ainda assim acredito que ela também irá melhorar com esse meio de campo, com dois jovens e dois veteranos.

É fundamental, também, que Luxemburgo pare de inventar.

FACUNDO

O argentino Facundo Bertoglio insiste com o o seu clube, o Dinamo. Quer continuar no Grêmio. Se ele vier, será o jogador de velocidade para atuar no ataque e ajudar a compor a articulação. Uma excelente opção que até pode se tornar titular. Torço ainda mais por esse jogador: ele quer jogar no Grêmio. E se esforça para isso, mais até que os doutos homens do comando gremista.

INTER

O Inter está armando uma seleção. Nome por nome, do meio para a frente, tem a melhor equipe do país, sem dúvida. E pode ficar ainda melhor. Giovani Luigi não vai sossegar. Ele quer provar que pode ser tão bom quanto foi Fernando Carvalho. Quer mostrar que é muito mais que a sombra do ex-presidente.

Luigi segue, sem querer é claro, o exemplo de todos os dirigentes que ocuparam a presidência do Grêmio depois de Fábio Koff. Todos, sem exceção, tentaram superar o mestre. O resultado foi desastroso, como todos nós sabemos.

Kleber: indignação dentro e fora de campo

Além de futebol, falta ao Grêmio indignação.

No primeiro gol do Santos, Neymar se apoiou nos ombros de Wilson para cabecear e encostar para o Dracena marcar.

O Wilson não reagiu, não ergueu o braço para reclamar de falta. Nada.

Mais adiante, no segundo tempo, Kleber sofreu pênalti. O juiz não deu e no contra-ataque aconteceu mais um gol do Santos. Kleber reclamou, levou cartão amarelo.

Depois, na entrevista, Kleber reclamou justamente disso: a falta de atitude, de revolta diante de um erro de arbitragem. “A gente tem que ficar doído com a derrota, não pode considerar normal’, protestou um dos poucos jogadores que tem se doado, lutado e brigado pela bola com vontade.

No mesmo vestiário, tivemos o discurso de novo apático do Luxemburgo. Ele não ergueu a voz, não bateu na mesa, falou que o campeonato é longo e que o time vai reagir e reafirmou que costuma levar os times que dirige para disputar a Libertadores, e que só não fez isso com o Atlético Mineiro.

Não é exatamente o que eu gostaria de ouvir de um treinador com uma história vitoriosa e salário astronômico, e que acabara de começar uma partida armando um time ridículo, uma invenção que custou muito caro. Custou três pontos e um golpe na auto-estima do torcedor e abalou a confiança dos próprio time.

Essa de colocar o Marco Antônio mais adiantado, como se fosse um atacante que não ataca, é coisa de inventor. Não se pode ficar mexendo no esquema a cada jogo. Três zagueiros? Tudo isso era medo do Neymar?

Deu no que deu. A arbitragem errou contra o Grêmio, mas Luxemburgo errou mais que a arbitragem, e seu erro com agraventa de ter sido proposital. A escalação foi decisão sua.

O time errou também, mas muito por culpa de seu comandante.

Quem escala mal, mexe bem. No Intervalo, Luxemburgo corrigiu a besteira, eu ia escrever outra palavra, mas o Boteco do Ilgo é um ambiente família.

Gabriel imagino que só entrou porque Tony tinha um cartão amarelo. Ele estava bem.

Marcelo Moreno entrou por razões óbvias.

O Grêmio, é claro, melhorou. Foi pra cima, mas aí levou mais dois gols, ambos com participação do Marcelo Moreno, que está se mostrando um atacante mais perigoso em sua própria área do que na área adversária. Um fenômeno.

Moreno, já escrevi aqui, é uma caricatura daquele jogador que vi fazer tanto sucesso no Cruzeiro. Começo a acreditar que isso é resultado das festas que dizem que ele anda fazendo em seu apartamento.

Depois de ressuscitar o Gabriel, Luxemburgo trouxe de volta o Marquinhos. Eu pensei que ele já estivesse acertado com o Avaí. Quando vejo, está lá o Marquinhos de novo. Mais um pra tocar a bola no meio de campo. E nenhum para pegar a bola de trás, como fazia o Facundo.

Aí, ele faz um gol. Um belo gol, que pode resultar até em sua permanência no Grêmio. É outro jogador frio, que nunca vi protestar, reclamar. Típico desse time do Grêmio.

Típico do Luxemburgo, que hoje reclamou que falta ‘atitude de quem joga no Grêmio’.

Eu vejo assim: se o comandante não passa essa ‘atitude’, os comandados não respondem.

ELANO

É uma boa contratação. Ainda mais que vai na troca pelo Miralles, que realmente não quer jogar aqui. Custou caro e ao menos está contribuindo para a vinda de Elano. Não é o meia ofensivo e driblador que eu gostaria, mas tem muita qualidade e vai acrescentar.

Falta ainda, e cada vez mais, um zagueiro. Nem precisa ter muita técnica. Já nem cobro mais isso. Desde que se imponha nas bolas pelo alto já está bom. Um zagueiro que não sirva de trampolim ou de escada para Neymar subir e cabecear já está de bom tamanho à esta altura do campeonato.

INTER

Enquanto isso, o Inter apresentar Forlan. Elano foi destaque da Seleção na Copa. Se não tivesse se lesionado, talvez o Brasil tivesse sido campeão.

Já Forlan foi o melhor jogador da Copa. Uma grande contratação. Mesmo que não repita o futebol do Mundial, ainda assim é um grande reforço, tanto dentro como fora de campo.

Agora, o Inter ainda pode trazer uma das principais revelações do futebol brasileiro, o Ganso. O empresário Delcir Sonda, que detém 55% do ‘passe’ do jogador do Santos, já admite isso.

O Inter, hoje, está pelo menos um degrau acima do Grêmio.

Grêmio: situação infla a oposição

Até como projeto de continuar no poder a atual gestão do Grêmio se mostrou incompetente.

A Copa do Brasil sem equipes de maior envergadura, com exceção de dois ou três clubes de primeira grandeza na disputa, era a competição para ser vencida.

Seria o título que asfaltaria o caminho rumo à reeleição de Paulo Odone ou de alguém que tivesse o seu apoio.

Para atingir esse objetivo seria preciso qualificar um pouco mais o time. É impossível ser campeão de uma Copa do Brasil com Marco Antônio de ‘articulador’? Não, claro que não.

Equipes de menos porte já foram campeãs com jogadores medianos e treinadores iniciantes.

O Grêmio tinha treinador e uma equipe boa, ao nível do Palmeiras, por exemplo, que agora decide o título.

Mas na hora do confronto com uma equipe de porte similar, mas mais organizada e sem peso-morto para carregar, o Grêmio esmoreceu. Afinal, vencer com Marco Antônio, Léo Galo e um Pará improvisado, é mais difícil.

Por soberba ou equívoco grosseiro de avaliação, a direção apostou suas fichas numa equipe que tinha como seu ponto mais vulnerável e ineficiente o setor de armação de jogadas.

O técnico Luxemburgo arrumou o sistema defensivo, mas não conseguiu tornar mais eficiente a armação e, por consequência, o ataque. Resultado: caiu diante do Palmeiras com sua equipe apenas razoável.

O primeiro semestre terminou então com dois insucessos, para não dizer fracassos.

É o fermento que faz crescer o bolo oposicionista. Não adianta tapar o sol com a peneira: uma oposição só cresce se a situação fracassa.

É por isso que o PT passou a vida toda detonando bons projetos de seus adversários para depois executá-los, com alguma maquiagem para disfarçar. Num clube de futebol a oposição não faz isso, claro, mas tira proveito dos erros de quem está no comando.

Tivesse a atual administração gremista alcançado sucesso no primeiro semestre, a oposição estaria encolhida.

Não que os oposicionistas estivessem torcendo contra o time nos jogos contra o Palmeiras, mas a eliminação da Copa do Brasil inflou o projeto de retomada do poder.

Conselheiros que até pouto tempo mantinham silêncio, passaram a falar, participar de programas de rádio e TV, criticando, apontando falhas, como se elas próprias no passado não tivessem também fracassado.

Mas faz parte do jogo, é assim mesmo. Quem está fora sempre tem todas as soluções.

Infelizmente, nos últimos dez ou doze anos, os mestres foram se revelando incompetentes quando passaram da oposição para o poder.

Em resposta ao crescimento da oposição, que acena com o nome do multicampeão Fábio Koff na eleição, a direção gremista anuncia interesse em grandes nomes. Quer dizer, não anuncia, apenas deixa vazar estrategicamente.

Os reforços que deveriam estar no Olímpico para disputar a Copa do Brasil, ao que tudo indica virão agora.

Talvez seja tarde, porque não é amontoando estrelas que se faz uma constelação vencedora.

E a eleição é logo ali.

Tudo indica que o grande, e único, trunfo da situação será a Arena.

Acredito, porém, que a Arena, mesmo com toda a sua grandeza, não será suficiente para evitar que a atual gestão acabe desmoronando, como em breve acontecerá com o Olímpico, porque não teve capacidade de erguer alicerces sólidos o suficiente para manter de pé o seu projeto de poder.

Miralles e as compras do Inter

O Grêmio está naquela fase em que tudo ou quase tudo dá errado.

É como o sujeito tão sem sorte que compra um circo e o anão cresce, e o leão come o domador.

Alguém já tinha visto um atacante argentino desanimado, indiferente? Eu não, pelo menos até conhecer o Miralles.

Ele caiu em desgraça também com o Luxemburgo. E isso que o Luxemburgo é paciente, tanto que tem conversado muito com o Leandro, tenta recuperar o Anderson Pico, algo que o Roth, só pra citar um que não conseguiu motivar o Miralles, dificilmente faz.

Miralles durante os jogos até que se empenha, é vísível, mas ainda longe de um Herrera, um Maxi Lopez ou um Loco Abreu. O problema dele é nos treinos, onde se mostra apático e desinteressado.

Antes eu acreditava que era mais por causa do Roth, que é turrão e parece não ter a menor paciência com jogadores que não lutam por seu espaço no time.

Agora eu vejo que o problema é o próprio Miralles. Uma pena. Ele não é um Kleber, por exemplo, mas tem qualidade para compor o grupo principal e, se conseguisse ter sequência, quem sabe até de afirmar-se definitivamente como titular.

Na verdade, eu não sei qual o verdadeiro potencial de Miralles. Talvez ele mesmo não saiba, porque não permite a si mesmo crescer profissionalmente.

Eu tenho certeza de uma coisa: se ele realmente é assim, negligente nos treinos, tem mais é que ir em frente.

Que vá procurar sua turma.

FORLAN

Enquanto isso, o Inter segue em ritmo de compras, mas sem conseguir fechar negócio.

Os nomes são reluzentes: Juan, Nilmar e Forlan. É um projeto ambicioso. E caro.

É difícil que consiga os três, mas ao menos está tentando, até como medida preventiva diante da venda de Leandro Damião.

Damião está vendido, ou ao menos o negócio está engatilhado. O Inter compra antes de anunciar a venda para neutralizar a reação da torcida e também pra não inflacionar os preços dos jogadores que pretende.

A direção colorada espertamente diz que só contrata Forlan, o melhor jogador do mundial de 2010, se não tiver que ressarcir a Inter de Milão.

Ora, se a Inter vai liberar assim, no amor, um jogador que lhe custou 5 milhões de euros.

Um dirigente colorado está viajando para a a Itália. É claro que irá negociar o que será pago a Inter, mas a direção informa que é só para acompanhar de perto o desligamento de Forlan.

Não há dúvida que o Inter vai pagar, e pagar caro. Sem contar o salário mensal, que será muito superior ao pago para estrelas como Dalessandro, Oscar e Damião.

Então, para acalmar esse trio, a direção vai alegar que essa gorda remuneração inclui salário e um valor para compensar o que Forlan estaria abrindo mão de receber da Inter e/ou o que ele deveria pagar para sair que o Inter tenha que pagar por sua liberação.

Em resumo, o Inter quer dar a entender que o dinheiro que ele teria de pagar para a Inter vai, em parte, para Forlan, compondo a sua remuneração.

Mas eu não tenho dúvida que o Inter vai pagar a Inter e ainda bancar uma grana alta pelo uruguaio.

Se confirmar, será uma contratação estrondosa, que lembra a do Ancheta. O zagueiro uruguaio recém havia sido eleito o melhor zagueiro da Copa de 70 e foi contratado pelo Grêmio.

Em resposta, o Inter trouxe Figueroa, que não tinha o mesmo cartaz, mas que se deu melhor aqui.

DISPUTA

Ouvi entrevista do Baidek, empresário que negocia Forlan. Ao ser questionado sobre se o Grêmio estava na jogada, ele vacilou um segundo, disse que era gremista, admitiu que há outros clubes, mas evitou citar nomes.

Fiquei convencido que o Grêmio também quer Forlan. Se o Inter não quer pagar, tenho certeza que o Grêmio paga.

Outro uruguaio, Lugano, dificilmente virá. O River Plate tentou contratá-lo há uma semana. Lugano respondeu que está bem no PSG e que não quer deixar Paris.

Aqui entre nós: eu também não deixaria Paris.

LIBERTADORES

Estou torcendo pelo Tite. Ele é um técnico que por mim teria permanecido de 2001 até hoje no Olímpico. Sempre defendi sua contratação a cada técnico demitido. Quem me acompanha há mais tempo sabe disso.

Outro motivo para torcer pelo Corinthians é o fato de todos os colorados, principalmente os da imprensa esportiva, estão torcendo pelo Boca. Tudo por causa de 2005.

E depois eles vêm falar que a torcida do Grêmio deveria esquecer Ronaldinho.

Rancor por rancor…

Agenda positiva e as orações

Nos meus tempos derradeiros no Correio do Povo convivi com um repórter, setorista do Grêmio, que abusava de trazer notícias negativas do clube. Ele sempre destacava o lado negativo das coisas, e parecia feliz com isso.

Eu e o Paulo Moura, querido colega que nos deixou há um ano, e igualmente gremista, embora nunca admitisse, apelidamos o repórter de Agenda Negativa. Era brincadeira, e um exagero de nossa parte, mas a gente se divertia com aquela situação.

Percebi que nos últimos tempos tenho sido igual a esse repórter, conduzido pelos fatos, é verdade, mas refleti intensamente -por 5 segundos- e decidi elaborar uma agenda positiva.

Eu pensava em escrever sobre as categorias de base depois da surra levada ontem no Olímpico pelos juniores, 5 a 2, na decisão do Gauchão. Mas aí voltaria a cair no buraco escuro do negativismo.

Antes de começar a agenda positiva, não resisto e lembro que em 2009 o sr André Krieger, que hoje critica a atual direção como se tivesse um passado de vitórias, buscou o referido técnico para disputar a Libertadores, esperou por ele 40 dias com a competição em andamento, e ainda deu-lhe as chaves da base gremista para fazer um planejamento verticalizado, de longo prazo. Durou poucas semanas esse idílio. Felizmente. Graças a Deus. Aleluia.

Vejo o Grêmio bem estruturado como equipe. Contra o Atlético, o time foi superior a maior parte do tempo. Teve volume de jogo, consistência, equilíbrio entre os setores. Nos 15 ou 20 minutos iniciais cheguei a ficar com pena do Atlético, que não conseguia respirar. ‘Que time ruim esse do Atlético’, pensei.

Depois, o Atlético começou a reagir, e aí acabou aparecendo o desentrosamento do sistema defensivo. Era a primeira vez que os quatro jogavam juntos. Como agravante, Anderson Pico, que voltava depois de longa ausência, com a ansiedade e insegurança características de quem tenta retoma a carreira.

Dentro da agenda positiva, posso avaliar que a lesão de FAurélio – ah, o rapaz teve onze lesões em seus seis anos de Liverpool, o que descarta a possibilidade ter ocorrido uma fatalidade, era previsível nova lesão – tenha sido para o Grêmio reencontrar o Pico, que tanto entusiasmou em seu início. Quem sabe? Agenda positiva, amigos.

Então, com Anderson Pico se firmando, teremos um lateral-esquerdo.

Na direita, a coisa também está feia. Edílson vai parar por um tempo, dificilmente escapa de punição severa. Com isso, abre caminho para Tony mostrar o futebol que o destacou no glorioso – aqui estou eu ironizando, esquecendo que esta é uma agenda positiva, por isso retiro o glorioso – Juventus de SP.

Tony – esse nome me lembra um mágico conhecido em Porto Alegre, que animava festas infantis e que chegou a ter um programa de TV. Tony me lembra também o ator Toni Ramos. Não gosto desse nome em jogador de futebol. Ele poderia ser chamado de Tony Everton, que é seu nome verdadeiro. Acho que daria mais certo. Tem mais peso, mais densidade. Fica a sugestão.

Assim, Tony e Pico confirmando, teremos dois bons laterais. E lembrar que no início do ano havia Mário Fernandes e Júlio Cesar… Já estou escorregando para o negativismo de novo…

A zaga central seria um problema, mas estou com uma agenda positiva. Portanto, vamos louvar a experiência de Gilberto Silva, e esquecer o Lugano ou algo parecido. Se Werley parar de se lesionar, a coisa fica bem encaminhada. Um jovem e um veterano na zaga. Repitam comigo: tem que dar certo, tem que dar certo.

É a força do pensamento positivo, a mentalização positiva dá resultados. Sigam repetindo ‘tem que dar certo’ mil vezes. Repitam o mantra pelo menos uma vez por dia. O ideal é ao acordar, acompanhada um ‘pai nosso’, e antes de dormir. Se der, durante o trabalho também é bom, mas em voz baixa para que ninguém pense que vc enlouqueceu.

O meio-campo melhorou com a entrada de Zé Roberto. Fernando e Souza completam o setor. Vamos rezar também para que Mano Menezes não convoque o Fernando, ignorando a força que setores da imprensa fazem para que ele seja chamado e desfalque o Grêmio, o que seria uma calamidade.

Agora, é preciso mentalizar e orar para que Pelaipe traga um meia de muuuuita qualidade para jogar ao lado do Zé Roberto.

Não sendo possível, esperar que Facundo convença seu clube ucraniano a deixar que ele fique mais um tempo no Grêmio.

Dentro da minha agenda positiva, ainda acredito no Rondinelly. Ele é um guri e sempre entra meio afoito nos jogos, ansioso pra mostrar serviço, e aí se complica. Se ele tiver metade da atenção que teve MA, poderá dar certo. Ao menos saberemos se ele é ou não jogador para clube grande. O MA a gente já sabe que não é.

Aliás, na minha agenda positivo reservo um recanto especial e muito afetuoso ao MA e Marquinhos. Quero que os dois seja felizes, mas fora do Olímpico. O Avaí, soube agora, procura investidores para repatriar o Marquinhos.

Já lancei no meu twitter a campanha ‘Adeus Marquinhos’, que consiste em doações de gremistas para ajudar o Avaí. Vou sortear uma caixa de Mazembier, e com o dinheiro ajudar a bancar a saída do Marquinhos, a quem eu quero muito bem, tanto que vibrei com a sua contratação tempos atrás. Grande mancada a minha!

O MA, depois daquele golaço que fez em Fortaleza, tem tudo para arrumar um time à sua altura.

Léo Gago é outro que nunca me agradou. Mas reconheço que ele fez um bom primeiro tempo contra o Atlético, em termos de marcação, fechamento de espaço, e até pareceu mais tranquilo com Zé Roberto. Mas é um reserva, não passa disso. Então, ele pode ficar, mas um retorno ao Avaí não pode ser descartado.

Ah, está na hora de Luxemburgo buscar gente na base, principalmente o Misael.

Na frente, vejo que o Grêmio está bem servido. Marcelo Moreno tem sido uma negação, ao menos para mim, que gostaria de vê-lo jogando como nos tempos de Cruzeiro.

Dentro da agenda positiva, não há dúvida de que a qualquer momento, e que seja logo esse momento, ele voltará a jogar bem, com velocidade, arranque, força e talento.

Kleber praticamente retomou seu ritmo normal. Só não entendo por que Miralles ficou fora do banco no jogo contra o Atlético. Ele seria mais útil que o André Lima.

Ainda na agenda positiva: acredito no Leandro. Acho que esse guri poderia fazer a função que Taison fazia no Inter. Ele também é velocista e driblador, mas sempre em velocidade, nunca o drible curto. Luxemburgo poderia insistir um pouco com ele como meia que se junta aos atacantes partindo de trás com a bola.

Mas isso se não vier alguém como um Diego Souza, por exemplo.

Não sei por quanto tempo vou manter a agenda positiva. Vai depender do próximo jogo.

Agora, tempo do mantra: “Tem que dar certo, tem que dar certo, tem que dar certo…”.

Grêmio perde e expõe carências

Suportar o Ronaldinho rindo ao sair de campo e depois, covarde, já fora do alcance da visão da torcida, disparar uma sequência de palavrões que representam bem o nível de seu caráter e de sua formação, é difícil. É doloroso, é revoltante, mas passa em algumas horas ou alguns dias.

Pior é constatar que o Grêmio continua com dificuldade ofensiva. E isso promete cruzar a temporada. Do meio para a frente, jogou com sua força máxima dentro daquilo que Luxemburgo dispõe. O time teve volume de jogo, dominou a maior parte do tempo, mas faltou aquele jogador com drible e criatividade para quebrar a previsibilidade das jogadas.

No intervalo, Luxemburgo colocou Rondinelly e sacou Gago. Muito bem. Perfeito. Só que o guri não deu uma boa resposta. Dou o desconto de ser novato, entrar com ansiedade, vontade de decidir. Mas o fato é que ele não acrescentou grande coisa.

Achei precipitada a troca de Edilson por Toni. Só piorou o lado direito. Toni precisa entrar aos poucos na equipe, não durante um jogo encrencado. Talvez Edilson tenha sentido lesão.

Gosto da formação com três volantes e um meia flutuando, organizando e criando jogadas.

Gosto de Fernando e Souza. Tolero o Léo Galo por falta de outro, já que Misael parece estar fora dos planos.

Zé Roberto fez uma boa estreia. Mostrou como deve jogar um armador, um articulador. É claro que sentiu a falta de entrosamento, e parece ter cansado no final, o que é mais do que natural.

Dentro da política de afastar os insuficientes  – MA ficou no lugar que lhe cabe -, talvez fosse o caso de colocar Zé Roberto no lugar de Gago, fechando o lado esquerdo, e articulando por ali. E aí começar com Rondinelly, enquanto não chega alguém mais experiente para essa função. Pena que o Facundo Bertoglio foi embora.

Na frente, apenas o Kleber criou. Fez algumas boas jogadas. Marcelo Moreno foi decepcionante, se escondeu atrás dos zagueiros. Perdeu todas para o Rafael Marques, humilhante.

Agora, a defesa. É preciso considerar que ela foi bastante alterada. O Atlético se aproveitou disso e também do fato de que o Grêmio, no segundo tempo, se jogou todo para o ataque, criando espaços atrás.

E aí apareceu Marcelo Grohe, incorporando o espírito de Victor. Grohe fez algumas defesas que só mesmo Victor faria. Em seu primeiro teste, mostrou personalidade e muita, muita qualidade. Não é fácil substituir um goleiro como Victor e logo de cara pegar um Ronaldinho pela frente no Olímpico quase lotado.

Se continuar assim, logo esquecerei o Victor. Por enquanto, sigo na minha viuvez.

Sobre o Anderson Pico: gostei. É lógico que precisa jogar mais para ser titular. É preciso descontar o longo tempo em que ficou fora, a luta pela recuperação, a falta de ritmo e de entrosamento. A vontade de acertar, de dar uma boa resposta. A expulsão dele foi injusta, um absurdo tão grande que chego a desconfiar que o Atlético Mineiro não tem dinheiro apenas para reforçar o time.

Ficou claro, também, que o Grêmio desde que perdeu Mário Fernandes e Júlio César ficou sem qualidade nas laterais. E isso comprometeu o Gauchão e a Copa do Brasil. Com eles, até com MA o título da Copa do brasil seria possível.

Por fim, diferente de outras vezes, estou confiante nas possibilidades de uma boa campanha no Brasileirão. É possível conquistar uma vaga para a Libertadores. Título nem com banda de música. A não ser que seja contratado um meia muito bom e, se der, um zagueiraço.

Ah, como Fábio Aurélio se lesionou sem sequer estrear, é preciso contratar um lateral. Não sei se é possível confiar no Pico.

INTER

Se o Grêmio sofreu no Olímpico, a ponto de Marcelo Grohe deixar o campo como o melhor do jogo, o Inter sofreu na Bahia. O time de Falcão mereceu vencer, mas o empate não chega a ser injusto.

Agora, ficou claro que o tão festejado time colorado não está com esse poder todo.

Já ouvi alguns colorados culpando o Dorival Jr de novo. Eles não conseguem aceitar que o time talvez não seja tão bom assim.

A zaga colorada vazou e o ataque não funcionou. O Jajá, que enganou muita gente por sua arrancada, mostrou que é jogador para entrar nos 15 minutos finais para agitar.

O gol do Inter foi de Índio. O Fabrício cruzou, Índio dominou a um metro da pequena área, se atrapalhou com a bola, mas ainda conseguiu concluir. A zaga do Bahia ficou olhando. Fiquei com pena do Falcão.