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A cláusula pétrea no contrato do treinador

Quando abri o boteco, tinha dois objetivos: colocar emoções e sensações pra fora, sem qualquer pretensão de ser muito lido; e, com o tempo, ajudar o Grêmio com análises e críticas construtivas.

A primeira meta foi atingida, inclusive superando minha expectativa em termos de público aqui no boteco. Já a segunda segue sendo um fracasso imenso.

Tenho pra mim que dei alguma contribuição, minúscula na verdade, para a eleição do Fábio Koff, e me orgulho disso. Toco nesse assunto porque um leitor comentou no post anterior que eu acertei ao contestar Enderson desde o primeiro momento, mas que cometi um erro gigantesco ao apoiar Koff. O leitor revelou que ia votar em Homero Bellini, mas ficou com Koff em parte diante dos meus argumentos, o que me deixa realmente orgulhoso. Ao menos alguém eu aparentemente influenciei.

Ele até sugeriu que assim como lembrei o post aquele de dezembro sobre o Enderson, deveria postar os que apoiei Koff. Só não faço isso porque teria de procurar. Se alguém quiser fazer essa pesquisa eu agradeço.

Continuo pensando que o grande título de Koff, talvez o maior de sua trajetória de dirigente de futebol mais vitorioso deste Estado e talvez do Brasil, será manter o Grêmio vivo e saudável após a tragédia que se abateu sobre o clube na gestão Odone.

Sobre Bellini, um excelente nome, o que ele quis na eleição anterior foi apenas uma coisa: marcar posição.

Sem Koff, que teve de renovar com Luxemburgo para vencer a disputa, a vitória seria de Odone. Sem mais comentários.

Agora, no futebol, Koff está sendo um desastre.

Sou da seguinte opinião: aquilo que começa mal, começa torto; termina mal, termina torto.

Koff começou mal. Eu, no lugar dele, teria prometido ficar com Luxemburgo, mas na hora do acerto o mandaria embora. Uma canalhice, mas evitaria tudo o que se seguiu.

Mantido Luxemburgo, que colocasse no comando do vestiário um dirigente cobra criada, não aprendizes, noviços.

E por aí vai. É de pequenino que se torce o pepino.

Um erro puxa o outro.

Não quero ser repetitivo, até porque ainda estou convalescendo do chocolate amargo nos dois grenais. A eliminação na Libertadores não me abalou, porque já era por mim esperada.

Agora, o Gre-Nal em Caxias do Sul, sim. Levar 4 a 1 é inaceitável. Goleada que só não foi maior porque o Inter puxou o freio de mão. Estou convencido disso, mas posso estar errado.

O fato é que o Grêmio caiu de quatro no Gre-Nal.

E isso é inadmissível.

Fosse eu dirigente, colocaria uma cláusula pétrea nos contratos com técnicos:

Havendo goleada em Gre-Nal – jogo amistoso ou oficial – o contratado assume o compromisso de pedir demissão ainda no vestiário.

Revoguem-se as disposições em contrário.

PIPOQUEIRO

Li nos comentários dos botequeiros a preocupação sobre quem trazer para substituir o técnico demitido. Isso é o de menos. Se levou 4 não serve para continuar.

Qualquer coisa, chama o pipoqueiro. Não fará pior.

ESCUDEIRO

Não aceito que o meu fiel escudeiro, Gabriel, deixe de manifestar suas opiniões aqui no boteco.

Eu às vezes também tenho vontade de largar, mas vou resistindo. Não vão me dobrar. Estou velho demais para ser dobrado.

A boa notícia: sem risco de rebaixamento

Aprendi ainda criança que Deus ajuda quem madruga, quem trabalha e faz por merecer. O Grêmio não trabalhou adequadamente para conquistar a Libertadores. Foi punido.

Começou pelo erro que foi a contratação do sr Enderson Moreira.

Peço que leiam, ou releiam. o texto que publiquei em dezembro e que me custou muito tomate podre e ovo estragado: http://botecodoilgo.com.br/?m=201312&paged=2

Depois, o que vimos foi outro equívoco, a montagem do grupo para tentar o tri da Libertadores. Vejam bem, o tri da Libertadores. Não o Gauchão. Viu-se depois que o time montado pelos homens que seguem mandando no futebol era incapaz de conquistar sequer o Gauchão, tendo direito a uma goleada que manterá os colorados sorridentes por longo tempo.

Encontro amigos colorados e eles nada dizem, apenas escancaram um sorrido de garoto-propaganda de consultório de ortodontia.

Sobre a montagem do time: era imperioso contratar um lateral-direito, ou investir no Tinga. O titular Pará passou o ano todo sinalizando que era insuficiente, esforçado, dedicado, mas insuficiente.

Pará sempre me passou a impressão de que ansiava por um titular para ter paz no banco de servas e receber seu salário sem vaias e xingamentos.

Agora, o mais grave: não contratar um jogador capaz de fazer apenas um lance, uma jogada: meter a bola pra dentro.

O Grêmio começou com a dupla Kleber e Barcos. Felizmente, Kleber se lesionou e aí abriu espaço para Luan. Luan arrumou o time, não foi Enderson como acreditaram alguns apressadinhos.

Então, havia em casa uma peça de reposição. Uma solução caseira.

O mesmo não aconteceu com Barcos, que se mantém como titular. O argentino ajudou a cavar a sepultura de Luxemburgo; e só não cavou a de seu sucessor, porque Renato, ao perceber o que tinha em mãos com o campeonato brasileiro em andamento, afastou os meias cansados, escalou 3 zagueiros e 3 volantes.

Tudo para não levar gol e não ser tão dependente da dupla ‘zerogol’, Barcos e Kleber. Marcelo Moreno, que, dizem, criava problemas, mas marcava gols, foi dispensado e hoje faz gols pelo Cruzeiro com parte de seu salário custeada pelo Grêmio. Havia ainda o Vargas, mas este mais parecia estar a passeio em Porto Alegre, e também não era exatamente um goleador.

Sem atacantes que fazem gol, e jogando um futebol realmente feio, o Grêmio foi vice-campeão brasileiro. Garantiu vaga direta na Libertadores, uma vantagem que Luxemburgo não teve, por absoluta incompetência, na competição de 2013. Antes, por falta de mais qualidade na frente e no meio de campo, e ainda com Pará na direita, o Grêmio caiu na Copa do Brasil.

Hoje, o Grêmio continua sofrendo por falta de qualidade. Pará continua titular e Barcos parece ser o dono do time.

Ontem, na Vila Belmiro, ele foi substituído aos 33 minutos do segundo tempo. Não me lembro de ele ter saído tão cedo de um jogo neste ano. Sem fazer cara feia, dando a impressão de ser uma substituição acertada no vestiário.

O jovem Lucas Coelho entrou e não fez menos do que o titular. Antes, bem antes, o sr Enderson sacou Luan. De novo ele sacou Luan, repetindo o que fez contra o San Lorenzo.

Luan não estava bem, mas por culpa de seu posicionamento. Luan deve jogar mais perto da área, pegando a bola no campo do adversário, na zona intermediária. O que temos visto é o guri recuando demais, até perto da área defensiva. Ele é talentoso demais. Com um drible, mas perto da área adversária, ele pode criar uma chance de gol. Seu melhor momento, antes da lesão, foi jogando exatamente na zona em que o Kleber jogava.

Aos 43, um crime, o que é comum a todos os treinadores. Ele colocou o Éverton. Ora, o que esperar de uma substituição tão próxima do final do jogo? Nada, pois foi o que aconteceu, nada.

O resultado em si, 0 a 0, contra o Santos, na Vila, foi bom.

Concluindo, uma boa notícia, para não dizerem que sou um pessimista, uma ave agourenta que previu o fracasso na Libertadores a partir da contratação do sr Enderson.

Afirmo que com esse time, mesmo com Pará e Barcos de titulares sem substitutos, não há risco de rebaixamento.

Haverá no máximo um susto, e aí, como tem acontecido, virá outro treinador para tirar o time do atoleiro.

Quem sabe a gente não conquista outra vaga para a Libertadores?

Não melhor, não. Chega de vaga para os dirigentes jogarem a chance fora por absoluta incompetência.

Chega de sonhar alto e depois desabar: um Gauchão já serve.

BOTECO

Quando voltei de 3 dias de viagem, vi que havia 90 comentários no blog. Neste domingo, pela manhã, mais de 120. Isso que eu não postei nada logo após o empate na Vila.

Sinal que o boteco tem vida própria. Já não faço a menor falta.

Os comentários dos botequeiros são de qualidade e sempre atuais. Que bom!

PANDOLFI

Revirando o baú do boteco, encontrei essa preciosidade, um texto do Mauro Pandolfi, que eu e muitos aqui assinariam embaixo:

http://botecodoilgo.com.br/?p=3794

CABEÇA QUENTE

Fui me refugiar no Uruguai logo no sia seguinte à eliminação. Por isso, só agora comento a afirmação do sr Rui Costa de que não se pode tomar decisões de cabeça quente, referindo-se ao treinador.

A cabeça esquentou mesmo foi depois dos humilhantes 4 a 1 do Gre-Nal. Então, houve tempo para esfriar.

A demissão deveria ter ocorrido naquele momento, cabeça quente ou fria, não importa, mas ainda com tempo de evitar a eliminação prematura na Libertadores.

Agora, pra mim tanto faz, o Grêmio, com essa direção e comando técnico, será mero coadjuvante no Brasileiro. Lamentável.

Cabeça quente O dirigenteSobre isso, se , enla quee  Ruio ninapós

Grêmio mantém triste rotina de frustrações

É sempre muito difícil escrever alguma coisa depois de uma eliminação. Ainda mais eliminação de uma Libertadores. Só não é mais difícil pra mim porque desde a contratação desse treinador que eu percebi que essa direção que aí está não tinha consciência exata do desafio que tinha pela frente.

Contratou um treinador de Gauchão para encarar uma Libertadores.

Depois, essa mesma direção, a começar pelo presidente multicampeão, montou um grupo com carências. Não foi capaz sequer de encontrar um lateral-direito à altura de uma competição como a Libertadores. Isso se chegou a buscar alguém para o lugar de Pará.

Mas o pior mesmo foi o fato de se tornar refém de Barcos. O atacante argentino parece que tinha a chave do vestiário. Diziam que era o líder do grupo, que sem ele tudo se tornaria mais difícil.

E pensar que a torcida gremista queria apenas um centroavante que não liderasse nada, mas que marcasse gols, tantos quanto necessários.

Pois no jogo em que Barcos fez talvez sua melhor partida pelo Grêmio ele não marcou gol. Ninguém quer um centroavante que faça grandes partidas, quer apenas um que faça o básico, sem brilho, sem talento, sem arte, mas um gol no jogo decisivo.

O Grêmio não foi eliminado por causa do Barcos, apesar do pênalti que o goleiro defendeu na abertura da série de cobranças.

Menos ainda por causa do Pará, que não tem culpa de ser, para o técnico e a direção, a única peça para a lateral-direita. Qualquer criança sabe que Pará desde que chegou é contestado. É esforçado e eu mesmo destaquei isso, e até me emociono com tanta dedicação. Mas um time de ponta quer mais de um titular do que esforço, entrega, abnegação. A direção do Grêmio não foi capaz de detectar isso. Por que?

Tampouco foi capaz de sair em busca de uma opção mais experiente para o ataque, para disputar posição e fazer sombra ao titular.

O fato incontestável é que a direção do Grêmio, que como todas as outras nos últimos anos, não soube armar um time capaz de conquistar o tri da Libertadores.

Foram todos muito, mas muito mesmo, incompetentes.

Então, todos os que tiveram a maravilhosa oportunidade de disputar a Libertadores e se mostraram despreparados, deveriam ficar longe do vestiário.

Se querem ajudar o Grêmio, que o façam longe do vestiário, distante do futebol.

Assumam o departamento de peteca, do futebol de mesa, o que seja, mas que larguem o futebol.

A torcida do Grêmio merece mais respeito, mais consideração.

São muitos anos na fila, muitas comemorações de vagas para a Libertadores, para depois cair diante de equipes como essa do San Lorenzo.

A eliminação dentro de casa, com o time jogando de forma burocrática a maior parte do tempo, somada ao vexame nos Grenais, não podem ser assimiladas como algo natural.

Aliás, se a direção tivesse trocado de treinador logo após os 4 a 1 em Caxias, talvez a história fosse diferente.

O que se espera agora é que esse pessoal todo peça demissão.

Futebol é resultado, e o resultado no Gauchão e na Libertadores foi frustante, projetando um Brasileiro nebuloso.

Claro, sempre tem o Renato para vir aqui salvar o time da ameaça de rebaixamento, mas ele já fez isso duas vezes. Conseguirá repetir pela terceira vez?

Creio que não, até em função de tanto ódio que desperta em boa parcela da torcida que até bem pouco atrás endeusava o sr Enderson Moreira e apedrejava quem o criticasse.

Enfim, mais um ano sem título. Ah, por favor, não me chamem para comemorar vaga para a Libertadores de 2015.

Estou cansado de assistir a esse filme. E de ouvir determinados discursos e desculpas esfarrapadas.

Com sangue nos olhos, hoje e amanhã

A ‘gurizada medonha’ do Grêmio sub-17 enfrenta o Atlético Mineiro nesta terça, 19h30, em Gravataí. O time de MG garantiu vaga na final do Brasileiro da categoria com duas vitórias tranquilas sobre o Flamengo. Já os guris do Grêmio sofreram e só venceram porque jogaram mesmo com ‘sangue nos olhos’.

Quem não viu pode ver agora: https://www.youtube.com/watch?v=-Ub04W-Cn3M …

Então, o mínimo que esse time tão valente merece é o apoio da torcida tricolor. Quem não puder ir ao jogo, que assista e torça pela TV.

A propósito, publico texto que saiu no site www.gremiomulticampeão.com.br. Muito oportuno:

http://www.gremiomulticampeao.com.br/2014/04/um-gremio-com-sangue-nos-olhos-o.html

Reproduzo aqui:

Primeiro, foi a piazada do sub-17 ensinando aos marmanjos do time de cima como é que se deve jogar quando se veste o manto sagrado tricolor. Quem assistiu ao vídeo em que os guris formam um círculo antes do segundo jogo das semifinais do Brasileiro da categoria certamente ficou emocionado.
Nós do Grêmio Multicampeão ficamos. E ficamos também muito, mas muito orgulhosos, porque vimos naqueles meninos ‘o sangue nos olhos’ de quem não desiste, não se acomoda e que busca a vitória até o último minuto.
O time havia perdido por 2 a 1 em Gravataí e conseguiu reverter contra o Fluminense, no Rio, fazendo 4 a 2. Uma façanha. Nesta terça, esse time guerreiro enfrenta o Atlético Mineiro, que eliminou o Flamengo facilmente. O jogo será em Gravataí, mas bem que poderia ser em nossa velha casa, o Olímpico. O time sub 17 está mostrando que a alma gremista continua muito viva, imortal mesmo.
Depois, no domingo, a gurizada ignorou o favoritismo do time campeão da Libertadores/2013, com Ronaldinho Moreira e tudo, e atropelou. Os reservas do Grêmio fizeram 2 a 1 jogando um futebol alentador diante de uma equipe com algumas estrelas e muito mais entrosada. Foi bom ver o Luan brilhando ao lado de outros jovens, como o Lucas Coelho, o Saimon, o Breno.
São dois episódios que nos animam e nos fazem acreditar que é possível vencer o San Lorenzo por 2 a 0 na nossa Arena monumental. Vamos lotar a Arena, vamos ajudar o nosso time.
Vamos esquecer por 90 minutos nossas diferenças, nossas implicâncias e nossas dúvidas. Com a nossa força, nossa confiança e, claro, nossa tolerância, podemos, juntos, seguir em frente cada vez mais fortalecidos na luta pelo TRI DA AMÉRICA.

O dia em que os reservas foram melhores que os titulares

Poupar titulares nem sempre é uma sentença de morte.

O Grêmio fez o que poucos acreditavam. Mesmo com um time reserva, bateu o Atlético Mineiro por 2 a 1. Eu mesmo duvidava da gurizada. Afinal, o Atlético vinha completo.

Homem de pouca fé. O importante é que o Grêmio venceu e se mantém bem colocado no Brasileiro, um ponto atrás do time titular do Inter, que cedeu o empate contra o Botafogo depois de ter vantagem de 2 a 0. O empate foi bom para que uns e outros desçam do salto alto.

Agora, eu que defendi o time reserva neste domingo para poupar os titulares para o jogo que realmente interessa no momento, contra o San Lorenzo, estou satisfeito.

Pela vitória, pelo descanso dos titulares e, principalmente, pela possibilidade de ver que entre os reservas há quem mereça ser titular. Ou ao menos receber mais oportunidades.

Destaco, neste aspecto, o Lucas Coelho. Ele é melhor do que o Barcos. Não tem a experiência nem o ritmo de jogo do titular, mas tem um potencial enorme.

O gol que marcou revelou muita técnica, visão clara do lance e, principalmente, frieza para não se assustar com o grande goleiro Victor, que cresceu à sua frente.

Depois, Lucas ainda participou de alguns lances de tabela e lançamentos, como o que deu no segundo tempo para Alan Ruiz, de excelente atuação. Alan partiu de posição legal e marcaria o terceiro gol. A arbitragem marcou impedimento. Lançamento de Lucas, que faz a bola andar rapidamente.

Por falar rapidez, o Grêmio ganha muito com Luan, que jogador. É o novo Ronaldinho do Grêmio.

Agora vamos para o jogo contra o San Lorenzo.

Se Barcos vacilar, espero que Enderson olhe para o banco com carinho e sem medo do argentino.

A incrível escalação de Luan

Com Rodolpho lesionado, só vejo um jogador que realmente deveria ser poupado do jogo contra o Atlético Mineiro neste domingo: Luan.

Se um marciano tivesse a desventura de cair aqui no País tomado pelo PT e ainda por cima aqui no RS, onde o poder público nunca foi tão vermelho, ele logo saberia aquilo que os doutos do futebol gremista desprezam: Luan é o principal jogador do Grêmio.

Foi com Luan, escalado porque Kleber se contundiu, que o Grêmio cresceu e surpreendeu na primeira fase da Libertadores. Sem Luan, o time desabou.

Pois esse jogador não será preservado do jogo mais importante do ano até aqui, o jogo contra o San Lorenzo. Quase todo o time será de reservas, mas Luan está confirmado. O maior talento do time, jogador fundamental, decisivo, não será poupado.

Até os marcianos sabem que com esse time de reservas o Grêmio se encaminha para a quarta derrota consecutiva. Querem dar ritmo de jogo ao Luan, só pode. Mas e se ele cair ou tiver um choque mais forte com o braço lesionado? Ou mesmo se tiver um estiramento muscular já que ficou alguns dias parados? Não seria mais adequado preservar esse guri, que faz até o Barcos crescer, para o jogo que realmente importa?

Se a direção tivesse decidido entrar com a equipe titular, até se poderia aceitar que Luan estivesse junto. Mas com a formação que está sendo especulada não há razão para escalar Luan. O Grêmio vai a campo mais para cumprir tabela.

Desde já digo que uma derrota para o Atlético, que fez o dever de casa e substituiu o treinador que até não ia tão mal quanto Enderson, não significará quase nada diante de uma lesão que afaste Luan do jogo contra o San Lorenzo.

Se isso acontecer, aguardo um pedido coletivo de demissão dos responsáveis.

Em tempo: o Pará parece que será poupado.

SUB 17

Li os comentários do post anterior e percebi o pessoal entusiasmado com o time sub-17. Procurei informações nos jornais, nada encontrei.

A julgar pelos comentários dos botequeiros, a gurizada lavou a alma sofrida dos gremistas. Viu-se um time indignado, resgatando as velhas tradições gremistas.

Depois de tudo que li, fiquei com uma bruta inveja de não ter assistido ao jogo contra o Fluminense.

Só me resta perguntar quando será o próximo jogo. Estou precisando de um pouco de alegria no futebol

Barcos e a Declaração Universal de Ruindade

A derrota por 1 a 0 mantém o Grêmio vivo para o jogo da volta contra o San Lorenzo. Esta é a notícia boa.

A notícia ruim é que o treinador-que-não-joga-por-uma-bola-só por ter perdido apenas por 1 a 0 fica no cargo.

Aos dirigentes do Grêmio não importa que essa foi a terceira derrota seguida, sendo que uma delas foi a surra levada no Gre-Nal, com a goleada de 4 a 1, que só não foi mais elástica porque o Inter puxou o freio de mão depois do quarto gol.

Então, os dirigentes do futebol, escoltados pelo presidente Koff, não estão fazendo a leitura mais adequada do que acontece. Ou sabem alguma coisa mais que possa interferir no desempenho da equipe, o que amenizaria a responsabilidade do sr. Enderson Moreira. Algo como remuneração atrasada, por exemplo.

Mas desconfio que é por comodismo mesmo. Ou teimosia. Ou então a convicção de que entregaram um grupo insuficiente para o treinador, o que também é verdade.

Como enfrentar uma Libertadores com pretensão de vencer a competição com um centroavante apenas, e um centroavante como o Barcos.

E aí eu não consigo esquecer o chute bisonho que Barcos cometeu no segundo tempo. Aquela cobrança de falta quase na risca da pequena área foi mais do que um chute, foi uma Declaração Universal de Ruindade.

Um chute que lembrou aquela cobrança de pênalti de Borges numa decisão de Gauchão contra o Inter…

Um gol que Barcos perdeu numa das raras situações de gol criadas pelo time do treinador que não joga por uma bola só. Por falar nisso, não lembro de alguma defesa do goleiro adversário.

Por outro lado, também o goleiro do Grêmio não trabalhou, o que evidencia duas coisas: o bom trabalho defensivo do time, o que muitos recentemente diriam que o Grêmio foi um time acadelado, covarde, sem ambição, retrancado.; e a limitação técnica do San Lorenzo, que, como eu havia dito, está longe de ser um time a ser temido. E isso foi confirmado ontem em Buenos Aires.

O resultado mais justo seria um empate. É o que viu a crônica esportiva Acima do Mampituba, já que a de baixo do Mampituba, em sua maioria, não viu nada disso, conforme destaca o blog Corneta do RW, inclusive citando nomes.

Não viu também, com exceções que devem existir,  o pênalti a favor do Grêmio, um toque de mão admitido até pela imprensa argentina, sempre tão dura na crítica aos times brasileiros.

ATUAÇÕES

Gostei muito do Geromel. Aliás, não entendia as críticas a esse jogador, que praticamente não teve oportunidade de jogar. Mas aqui somos todos meio apressadinhos nos julgamentos. Geromel foi um acerto do sr Enderson, reconheça-se.

O melhor do Grêmio foi Dudu. Faltou-se companhia na frente, já que o insosso Barcos Bola-no-Pé parecia brincar de esconde-esconde com o Dudu, que o procurava mas não o encontrava.

Aliás, naquela horrenda cobrança de falta o Barcos ainda teve cara-de-pau de reclamar do Dudu, que deu o toque na bola para Barcos fazer o gol. Um gol que talvez faça muita falta.

No gol argentino, depois de rever o lance algumas vezes, o que mais me chamou a atenção foi que Edinho não estava ali. Se estava, eu não vi. Mas o cabeça de área deveria estar ali na cabeça de área. Não é a primeira vez que isso acontece. Fora isso, Edinho foi bem, uma liderança em campo, mostrando indignação.

Bem, o Grêmio vai vivo para o segundo jogo.

Vivo, mas com o sr Enderson mantido no cargo e sem um atacante matador, respirando por aparelhos.

COMENTÁRIOS

Informo que li todos os comentários sobre o jogo registrados no post anterior. Mais uma vez o pessoal mostrou que conhece futebol, o que só valoriza esse boteco.

A caixinha de surpresas

O futebol é tão imprevisível, e é isso que o torna tão fascinante, que um time que tem Pará, Léo Gago e Barcos e que vem de uma sequência de resultados e atuações horríveis, pode ir a Buenos Aires e vencer o time do Papa, o San Lorenzo.

É difícil? Claro. Impossível? Não.

Quem olhar para o passado já viu equipes piores levantando troféus. Mesmo as equipes de grandes títulos, e não me refiro apenas ao Grêmio, tinham seus Parás, seus Barcos. As vitórias acabaram encobrindo fraquezas e defeitos dos campeões. Hoje, todos festejados.

Vai chegar o dia em que até o Gabiru receberá honrarias emocionadas e sinceras.

Alguém duvida que o Grêmio possa ser campeão da Libertadores com Pará e com Barcos, o centroavante que cabeceia mal, chuta pior, raramente se antecipa ao zagueiro em cruzamento e que consegue sempre se colocar onde a bola cruzada não irá?

Quem duvida racionaliza demais. Eu duvido, mas ao mesmo tempo acredito em milagre. Não vejo nada impossível no futebol.

Então, olhando assim para esse time que o Grêmio manda a campo dá vontade de fazer qualquer outra coisa nesta quarta-feira, às 22h, do que ficar diante da TV assistindo ao jogo contra o San Lorenzo.

E se pensar que à beira do campo estará um técnico que exala passividade e conformismo, o que parece refletir na equipe por vezes, a esperança de um resultado positivo se torna ainda menor.

Agora, se olharmos para o adversário, é possível abrir um sorriso. O San Lorenzo está longe de ser uma equipe temível, imagem que setores da imprensa buscam transmitir.

Aliás, isso foi feito também em relação aos três adversários da fase anterior. Eram todos times fortes, difíceis de serem batidos. Houve quem projetasse o Grêmio na lanterna desse grupo, apelidado pelos apressados e mensageiros do apocalipse como da ‘morte’.

O Grêmio, que está longe de ser uma potência como se viu no último Gre-Nal, passou pela fase sofrendo apenas um gol.

Para um time que teve esse desempenho diante de adversários do porte do San Lorenzo, sair de campo em Buenos Aires sem sofrer gol ou no máximo levar no máximo um não tem nada de espetacular. Apesar dos desfalques.

E quem tem Luan de volta pode fazer ao menos um golzinho.

Alguém duvida? Eu não. Só maluco e derrotista acredita em derrota por antecipação no futebol.

Afinal, o futebol é ou não é uma ‘caixinha de surpresas’?

Luan é a última esperança

E pensar que Rodriguinho é o grande reforço do Grêmio para a segunda fase da Libertadores…

Enquanto isso, Barcos continua navegando tranquilo, sem sequer uma marola para perturbar sua titularidade.

Já escrevi e vou repetir: o barco está afundando e os culpados são os dirigentes, começando pelo presidente multicampeão, o Fábio Koff. O presidente entregou a chave do vestiário para dois noviços, que hoje, pelo jeito, a dividem com o capitão Barcos.

Aliás, quem é Barcos para ser capitão do time? Será que é porque ele aproveita entrevista coletiva para escancarar crise financeira do clube? É um prêmio?

O Grêmio fracassou de novo. Perdeu um jogo no qual o adversário estava pedindo para ser abatido.

Não, não culpo o técnico Enderson Moreira, que já errou tudo o que podia errar nos dois grenais. Tudo mais agora é consequencia.

Agora, não entendo também as críticas feitas às substituições, em especial a do Bressan por Rodriguinho. Ele recuou Edinho, que marca e tem uma saída de bola um pouco mais qualificada que a do Bressan, um zagueiro rebatedor e de imposição.

Até aí, perfeito. Depois, trocou Breno, que começava a tropeçar na bola, por Gago, – eu não disse que aos poucos ele entraria no time? – e ainda Pará por Everton. Uma tentativa válida para quem estava perdendo.

Então, o Grêmio não perdeu pelas substituições, perdeu pela falta de qualidade mesmo. Simples assim, para usar uma expressão já bastante batida. Simples assim.

O Grêmio teve algumas chances de empatar. As duas melhores com Riveros. Aquilo que digo sobre Edinho, de que se ele começar a aparecer muito no jogo com a bola nos pés e ainda mais na área adversária, é hora de colocar alguém mais qualificado para exercutar função ofensiva.

Se é para Riveros jogar como meia ataque, então que se coloque um meia atacante no lugar dele. Aí sim o Enderson errou. Mas isso é um pensamento meu, uma questão que não vi ninguém levantar. Posso estar errado. Ele poderia ter colocado o Maxi Rodriguez, por exemplo, no intervalo e sacado o paraguaio, até para poupá-lo para quarta-feira.

O incensado Enderson Moreira da Libertadores virou Geni no Gauchão e agora neste início de Brasileirão.

É um prevalecimento criticar um profissional apenas quando ele perde. E se Riveros tivesse feito aquele gol em que ficou livre, ajeitou e chutou na arquibancada?

Li e ouvi que o Grêmio da Libertadores joga quase que por música, triangulações dos dois lados, ofensividade, alegria de jogar, ofensividade, tudo muito diferente daquela ‘coisa’ armada pelo técnico anterior, que não ouso dizer o nome para que não joguem os fedorentos ovos em conserva do boteco sobre mim.

Pois o Grêmio da Libertadores é igual a este, com uma diferença, tem o Luan.

E o Luan volta talvez ainda em tempo de salvar a cabeça de Enderson e cia.

E também a nossa esperança de um 2014 melhor.

INTER

O Inter venceu com facilidade, apesar do placar apertado. Não vi todo o jogo, mas pelo que assisti, o Inter poderia ter vencido com vantagem maior.

O Vitória está com um time fraquinho, assim como esse Atlético PR. Os dois vão ficar na ponta de baixo da tabela, sem dúvida.

A novidade no jogo é que D’Alessandro tentou apitar como faz no Gauchão e não conseguiu.

A arbitragem Acima do Mampituba é diferente, até ele reconheceu.

Entre os árbitros de lá, ele não tem amigos, nem protetores.

Terminou o jogo com um cartão amarelo, o primeiro de muitos.

San Lorenzo e o caminho das pedras

Tudo no futebol gera divergência, debates acirrados e infindáveis. É o que ocorre, por exemplo, quando se trata de um clube que disputa duas competições simultaneamente.

Há quem entenda que o clube deve disputar as duas com igual interesse e determinação; outros defendem que não, que a prioridade deve ser para a mais importante, colocando a outra em segundo plano; uma terceira opção vai pelo caminho do meio, o equilíbrio, e as condições do momento.

No caso do Grêmio, tem gente defendendo time completo contra o Atlético Paranaense neste domingo, estreia no Brasileirão. Uns argumentam que depois dos 4 a 1 no Gre-Nal, o Grêmio mostrou que a Libertadores não passa de um sonho, mais uma vez.

Portanto, seria preciso concentrar-se no Brasileirão, largando com um bom resultado. No fundo, esses receiam até que o Grêmio, do jeito que está, seja candidato ao rebaixamento, fantasma sempre presente depois de duas quedas absolutamente traumáticas.

Eu ainda acredito – mais pelo simples fato de que no futebol a gente sempre acredita – que é possível brigar pelo título. Como a hoje maioria dos gremistas, não vejo muita capacidade no técnico Enderson Moreira, que, além de não ter o tamanho do Grêmio, pelo jeito, a julgar por suas declarações mais recentes, desconhece a grandeza histórica do clube que o abrigou em hora inoportuna.

Sobre o jogo contra o Atlético, penso que Enderson deveria aproveitar para armar o time da forma como gosta, ou seja, sem os três volantes, preferido da direção, não dele.

Ele poderia escalar dois volantes, mais o Zé Roberto, que armaria pela esquerda e mais o Rodriguinho. Na frente, Dudu e Barcos.

Com isso, pouparia um volante – talvez o Riveros – para o jogo contra o San Lorenzo, que é o que realmente importa. O Brasileirão é longo e um eventual resultado negativo pode ser recuperado gradativamente.

Já o jogo de quarta-feira pode encaminhar o time ao título, ou sepultar de vez qualquer pretensão maior.

No momento, Enderson poupa apenas Rodolpho e Wendell. Werley não considero mais titular depois de suas últimas atuações. Então, o Grêmio vai praticamente com força máxima contra o Atlético.

Fosse o contrário, estaria levando uma saraivada de críticas.

Já o San Lorenzo vai preservar praticamente todo o seu time titular na rodada do argentino. Está certo o San Lorenzo. Não é por nada que os argentinos são os que mais comemoram títulos na Libertadores. Uns 20 se não me engano.

Eles sabem o caminho das pedras.

O Grêmio, ficou provado no Gauchão, não tem condições de encarar duas competições da mesma forma. Infelizmente.

INTER

Duas semanas atrás, o BRio recebeu jogo e festa em dois dias, total de 90 mil pessoas.

No fim de semana seguinte, não tinha condições de receber viva alma.

Agora, como num passe de mágica, o estádio foi liberado para estreia colorada no Brasileirão.

Quando se diz que neste terra o Inter consegue tudo o que quer há quem questione.

IMPRENSA

Para quem não acompanha, a ZH publicou no domingo passado texto dizendo que sua cobertura para a dupla era exatamente igual.

A afirmação provocou revolta entre gremistas. Curioso, não entre colorados, que silenciaram.

No link abaixo há o texto da ZH e a análise impecável de um gremista, retrucando o jornal.

http://blogremio.blogspot.com.br/2014/04/desculpas-esfarrapadas.html