Um Grêmio como Renato: destemido e ousado

Este final de ano tá me saindo melhor que a encomenda. Ok, nada está ganho. Nem o Inter está realmente rebaixado (já descrevi meus temores no comentário anterior), nem o Grêmio é campeão da Copa Brasil, interrompendo 15 anos de uma seca típica dos piores tempos do sertão.

Mas só essa sensação de ser de novo centro das atenções, com o nome Grêmio ecoando mundo afora, ver a torcida comprando todos os ingressos para o jogo do dia 30 em pouco mais de 24 horas, ver o sorriso dos gremistas de orelha à orelha, ver o clube a 180 minutos de um título condizente com sua grandeza. Tudo isso já me anima, me conforta e, confesso, me faz mais feliz.

Não sei se o Grêmio vai chegar lá, lá onde merece, no topo. Só sei que estou com a alma lavada e enxaguada – como diria um personagem famoso da Tv – com a alegria dos gremistas e também, admito, com o desespero e o desânimo dos colorados.

Digo isso tranquilamente, porque os colorados viveram os últimos anos acometidos de uma soberba e de uma arrogância que parecem ser inspiradas em seu atual presidente, hoje uma figura tão patética como certos analistas da crônica esportiva gaúcha. Um pessoal que já não disfarça a dor com o virtual rebaixamento colorado e com a possibilidade de o Grêmio retomar a hegemonia no Estado e ser o único representante do futebol gaúcho na Série A/2017.

Bem, o destino do Grêmio na CB começa a ser definido neste noite de quarta-feira. Espero que Renato arme seu time não para garantir o empate, resultado mais próximo da derrota.

O Grêmio já provou que, compenetrado, forte na marcação e insistente no ataque, é um time poderoso. O próprio Atlético já sentiu o peso desse futebol que por vezes encanta, inclusive fora de casa. 

Concordo com Renato, que mantém o time e a estrutura que o levou à fase final da CB. Sim, Éverton merece ser titular. Mais ainda o Bolanos, de grande atuação no domingo. Mas se Renato mantém Pedro Rocha é porque tem seus motivos, um deles é de ajudar a fechar o meio de campo, a tal de recomposição. 

Só espero que o Grêmio não se encolha, não se intimide, ou se acadele, como dizem alguns. Não há motivo pra isso.

O Atlético não é melhor, embora tenha alguns nomes reluzentes, como Robinho, sempre perigoso com a bola nas imediações da área ou dentro dela.

A ausência do rápido e insinuante Luan, sim, é algo positivo. Luan, o deles, claro.

O Grêmio tem um time maduro, capaz de enfrentar qualquer adversário em qualquer lugar.

Há problemas em duas ou três posições, mas nada que não possa ser superado com o time jogando a 110%, sem temor e com ousadia.

Mais ou menos como era Renato jogador. Destemido e ousado.

O medo do ‘jogador mal inscrito’

Tudo indica que o Inter vai mesmo cair. A goleada do Vitória coloca o clube que terceirizou o futebol na obrigação de vencer o Corinthians, em São Paulo. Um Corinthians que tem todos os motivos para ver o Inter e a suati liderada por Fernando Carvalho chafurdando na lama da segunda divisão.

Já tem corintiano prometendo um DVD contando a história da queda vermelha. 

Até eu já estou meio que acreditando no rebaixamento colorado. 

Mas ainda tem muita gente na trincheira dos seguidores de São Tomé. Aqueles que só acreditam vendo. Ou seja, só irão crer quando os números finais sentenciarem o Inter de forma definitiva ao inferno da segundona.

Terminada a rodada deste domingo, com resultados desfavoráveis ao Inter, recebo uma ligação de telefone de um velho gremista, um sobrevivente dos anos de chumbo.

De tanto apanhar na década de 70 e agora nos anos 2 mil, meu amigo ainda não se dá por vencido. Ele duvida que o Inter caia.

Não esquece o ‘caso Paysandu’, o caso ‘gol de Dunga de cabeça sobre o Palmeiras’.

Meu amigo, com a alma calejada de tantas frustrações na vida e no futebol, sussurrou-me ao telefone:

“Tenho calafrios sempre que o ‘deus’ (FC) diz que tudo só irá se definir na última da rodada”.

Ele explicou: tem muita coisa que pode acontecer na última rodada para impedir a queda colorada.

Citou arbitragens, mala preta, mala branca, gaveta de jogador, tapetão, etc.

Não adiantou retrucar que hoje é mais difícil de fazer certas coisas. São milhões de fiscais nas redes sociais, por exemplo – eu disse.

Claro, não é impossível ocorrer algum tipo de fraude, tive de reconhecer.

São outros tempos, não esquenta – reforcei, citando a lava jato, as prisões de gente graúda.

Não adiantou. Antes de desligar o telefone ele ainda disparou:

“Nem depois da última rodada, com eles supostamente rebaixados, vou ficar tranquilo. Vou aguardar pelo menos 24 horas”.

Por que?,, perguntei já cansado de tanta paranoia e teoria da conspiração.

Ele nem vacilou:

“Vai que apareça um jogador mal inscrito do Vitória…”.

Bem, não seria a primeira vez. Lembram do caso Portuguesa?

Por via das dúvidas já estou com a barba de molho. 

Noite de terror no Beira-Rio

A noite se encaminhava para um final feliz para os colorados. O Grêmio não venceu o São Paulo e, principalmente, o Vitória não resistiu à arbitragem e acabou perdendo por 3 a 2 do Santos. 

Curiosamente, o time que ‘disputa’ com o Inter a última vaga dos quatro rebaixados é o que mais tem sofrido com erros de arbitragens.

O clima ficou favorável ao Inter, que logo no início fez 1 a 0, dominando a Ponte Preta, que parecia sem forças para reagir.

Na arquibancada, festa colorada o tempo todo.

Tudo mudou no segundo tempo. A Ponte Preta empatou e equilibrou o jogo.

Os três pontos que a torcida já contava como certos encolheram.

O time que havia deixado a zona de rebaixamento por alguns minutos, voltou ao Z-4.

Foi demais para a torcida. Voltar ao inferno a três rodadas do final do campeonato foi um golpe duro.

O resultado foi pancadaria, quebra-quebra, gente ferida, confronto com o policiamento.

Noite de terror.

Imagino que tudo isso resulte em punição severa ao clube, como a perda de mando de campo.

Duvido. Fosse a torcida do Grêmio com certeza haveria penalização severa dos doutos do STJD.

Em meio a tudo isso, a queda de Celso Roth.

Agora, o Inter corre contra o tempo para encontrar um substituto.

Alguém que consiga fazer esse time jogar o suficiente para não depender de resultados negativos do Vitória.

Alguém que aceite pegar esse rojão, alguém que não tenha muito a perder: Lisca.  

GRÊMIO

Durou menos de 24 horas a vigência da punição do STJD ao Grêmio (e ao futebol). Como estava previsto, o jogo final da Copa do Brasil será mesmo na Arena. E não poderia ser de outra forma. 

A imprensa de todo o país condenou o tribunal, que pagou o mico do ano. 

Sobre o jogo contra o São Paulo: o Grêmio jogou a 90%. Poderia ter vencido não fosse a falha de Grohe no gol paulista.

Ele saiu precipitadamente e foi encoberto pelo atacante.

O time só reagiu mesmo no segundo tempo. Jogou o suficiente apenas para impedir a derrota.

Belo gol de Ramiro, em jogada elaborada por Luan e Douglas. 

Grêmio, o ‘culpado de sempre’

No final de Casablanca, o chefe de polícia ordena que, diante de um crime que ninguém espera ver solucionado, sejam presos “os suspeitos de sempre”. 

No futebol brasileiro, o Grêmio é não apenas o suspeito de sempre, mas o culpado de sempre.

No caso do racismo, a pena foi simplesmente a eliminação da Copa do Brasil. Entre os auditores, um sujeito que escancarava racismo nas redes sociais, o que não impediu um voto duro contra o Grêmio.

De lá para cá, outros casos de racismo ocorreram em inúmeros estádios do país, inclusive no Beira-Rio. Ninguém restou punido.

Agora, quando o Grêmio volta a disputar uma final de competição nacional, depois de longa estiagem, os doutos do Superior Tribunal de Justiça Desportiva -, título pomposo para um organismo que deveria ser justo e isento -, têm outra oportunidade para punir o “culpado de sempre’.

E eles, como uma alcateia ensandecida, atiram-se sobre a presa com fúria.

Curioso para saber se o fato envolvesse algum outro clube, qualquer outro clube da série A, a punição teria efeito tão danoso, tão arrasador.

Se fosse, por exemplo, o Vasco, clube do relator, sempre um balisador para os outros auditores, lutando para subir para a série A, haveria o mesmo tratamento?

Ou se fosse o Inter, clube do presidente da Terceira Comissão Disciplinar, o sr. Sérgio Martinez?

Interessante, o auditor, assumidamente colorado, foi o único a absolver o Grêmio de pena tão rigorosa.

Mas o fez quando seu voto já não teria influência no resultado: a perda do mando de campo do Grêmio na partida final da Copa do Brasil.

Menos mal que cabe recurso.

O Grêmio vai recorrer, e tudo indica que irá reverter decisão tão estapafúrdia que vê no abraço de pai e filha à beira do campo um caso de invasão.

Acredito que o jogo será na Arena. O bom senso irá prevalecer.

Se a ideia era de pelo menos tumultuar o ambiente gremista, o objetivo já foi alcançado.

Se havia também o propósito de voltar aos holofotes – o STJD anda meio esquecido -, isso também foi atingido.

E se era reforçar que o Grêmio é mesmo o grande “culpado de sempre”, nada há a questionar.

O pior é que nada vai mudar: o tribunal vai seguir assim com suas decisões surpreendentes, muitas usando dois pesos e duas medidas sem o menor constrangimento.

A deplorável manifestação do sr Wianey

Coluna ‘deplorável’ do sr Wianey Carlet ao atacar – mais uma vez – o presidente do Grêmio, alegadamente pelo fato de Romildo Bolzan ter evitado debates com o candidato da oposição, Raul Mendes.

Foi uma decisão adequada para os interesses do Grêmio. O resto é chorumela.

Não entendo como o sr Wianey, que vi ser lançado como colunista pelo jornalista Hiltor Mombach, no Correio do Povo lá pelos anos 90 – década sombria para os colorados, está tão incomodado pela ausência desse confronto que serviria apenas para acirrar ânimos.

Debates neste momento em que o Grêmio está a 180 minutos de um título nacional só servem a dois tipos de gente: aos colorados identificados ou não e aos gremistas que colocam seus interesses acima do clube, felizmente um número reduzido – mas ruidoso.

Nem a oposição eu vi protestar de maneira tão veemente como faz o sr Wianey, profissional dos mais conceituados.

Desconfio que a nota do Grêmio publicada em jornais de Minas Gerais como contraponto ao discurso do sr Wianey no programa Sala de Redação no sentido de diminuir o Atlético Mineiro, rival do Grêmio na decisão da Copa do Brasil, tenha ferido a vaidade do crítico.

O Grêmio nada mais fez do que apagar o fogo provocado pelo incendiário, que foi tão raivoso em seu ataque que talvez nem tenha se dado conta de que suas palavras poderiam motivar ainda mais o adversário, prejudicando o representante gaúcho na disputa.

Para os gremistas em geral ficou a impressão de que era essa a intenção do conceituado analista esportivo. Não, ele não seria tão rasteiro. 

De minha parte, deixo por conta da tradicional verborragia do velho companheiro Wianey.

Agora, no caso da eleição, Wianey claramente toma um partido. E o faz em cima do laço. Como um factóide político. Triste. 

Nos últimos dias, sr. Wianey, assim como outros da crônica esportiva, tem manifestado apoio à oposição.

Chegou a rotular o presidente Romildo Bolzan, gremistas honrado e sério, de ‘filhote do Fábio Koff’. Decididamente, há limites para tudo, até para os excessos verbais do referido jornalista.

O presidente do Grêmio merece mais respeito!

Romildo foi indicado por Koff, venceu uma eleição e se revelou um dirigente competente, trabalhador e audacioso, apesar de todas as dificuldades herdadas em relação à Arena.

Romildo ousou desafiar velhos interesses. Enfrentou a federação gaúcha com coragem e altivez, e trabalhou para criar a Primeira Liga. Foi eleito vice-presidente da Liga Sul-Americana.

Enfim, revelou-se uma liderança. E isso dói e preocupa muita gente. Alguns disfarçam, outros escancaram.

 

 

 

Elástico esticado

A derrota de 3 a 0 diante do Sport acendeu o sinal de alerta no vestiário tricolor.

O técnico Renato Portaluppi disse que não deu ‘esporro’ em seus comandados no vestiário, mas deu sua mensagem da forma mais simples e objetiva possível.

-O título da Copa do Brasil não virá até nós, a gente é que terá de correr atrás dele -, afirmou Renato com a sabedoria forjada em quase quatro décadas de futebol.

O recado está dado. “Perdemos na hora certa’, completou Renato, sinalizando que a partir de agora o time não irá repetir o desempenho um tanto apático e descuidado, principalmente nos dois jogos que realmente interessam nessa reta final de temporada.

Renato viu na goleada – a primeira na Arena – uma lição.

O Grêmio não tem um super time para se dar ao luxo de jogar a menos de 100 por cento. Olhando a escalação do time, com sua zaga tão eficiente em campo, era de se esperar mais. Não digo uma vitória, porque o ataque gremista ao natural já não é lá essas coisas, imagine sem Luan, mas ao menos um empate.

Ficou muito, mas muito evidente, que o Grêmio só vence seus jogos quando joga a 110 por cento, com o elástico muito esticado.

Com menos que isso a vitória não vem e ainda é capaz de atrair derrotas humilhantes, como a de ontem.

Então, o Grêmio aquele que eliminou Palmeiras e Cruzeiro na Copa do Brasil – e antes o Atlético PR – joga 90 minutos com

110 por cento ou mais, elástico esticado até o limite.

Faltam 180 minutos. Vai sobrar empenho.

BRASILEIRÃO

O Grêmio não desistiu no Brasileirão, apenas o colocou em segundo plano.

O time escalado por Renato só não teve quatro titulares: Edilson, por suspensão; Ramiro e Maicon, titulares questionados e contestados por muitos, e Luan, este sim o diferencial técnico e tático do time.

O time que Renato mandou a campo tinha condições de vencer.

O problema é que deixaram Diego Souza jogar.

Diego Souza, está aí um nome que venho sugerindo desde sua saída.

IRRITAÇÃO

A derrota tricolor irritou muito os colorados. É só prestar atenção:

http://cornetadorw.blogspot.com.br/2016/11/os-doloridos-do-diario-vermelho.html

Manchetes positivas não salvam o Inter

Se manchetes, opiniões e reportagens positivas ganhassem jogo o Inter não estaria hoje na zona de rebaixamento, pra onde voltou a quatro rodadas do término do Brasileirão.

O que se vê já faz tempo, e mais ainda nos últimos dias, é uma campanha para melhorar o ambiente no time, sem críticas mais agudas e sempre com um olhar terno, compreensivo e absolutamente positivo sobre o time que faz uma campanha medíocre e com atuações muitas vezes deprimentes. 

Neste domingo, depois de perder para o Palmeiras com uma postura de quem temia ser goleado pelo líder, com um posicionamento medroso, o que se ouviu foi um discurso repetivivo do ‘presidente’ Fernando Carvalho – sim, amigos, os repórteres se dirigem ao líder da ‘suati’ como presidente -, sempre pregando que o Inter não vai cair enquanto o Inter segue caindo, projetando sofrimento até a última rodada como já aconteceu anteriormente.

Pior ainda é ouvir Celso Roth se referindo à campanha como se ele não fosse responsável maior pelos resultados e atuações negativas. Hoje, nenhuma questão sobre Seijas, que continua abandonado quando o time clama por uma jogada de mais técnica e criatividade no meio.

Anderson, personagem principal do time colorado nos últimos dias, voltou a ser titular sem maiores questionamentos. Afinal, depois do soco em Willian ele progrediu – é o que li na imprensa. Nenhuma questão sobre o relacionamento entre ele e Willian.

É evidente que há uma crise forte no vestiário colorado. Uma crise abafada pela habilidade política de FC em criar fatos positivos com ajuda de setores menos críticos da imprensa.

A reação truculenta de Alex ao ser substituído precisa ser esmiuçada. Ele já saiu de campo com a cara amarrada – isso que não estava jogando nada. Mas essa de dar um tapa no copo de água que lhe era gentilmente servido por um funcionário do clube não tem pé nem cabeça. Como se não bastasse ainda disse alguma coisa para o auxiliar de Roth, como quem manda um recado.

Aqui de longe eu suponho que Alex estava irritado com a postura covarde do time, que em alguns momentos chegou a ameaçar o gol. Alex, talvez como Seijas, gostaria de ver um time mais ofensivo.

Mas Roth é Roth. Ainda mais com apoio de FC, outro retranqueiro de carteirinha.

Então, graças a Roth – e a Marinho, que voltou para salvar o Vitória – volto a acreditar no rebaixamento colorado.

Ainda mais se a mídia Abaixo do Mampituba continuar mais ‘preocupada’ com o Grêmio, poupando o Inter de uma ação crítica mais condizente com a realidade atual do clube.

 

GRÊMIO

Penso que o Grêmio deva jogar pensando nos três pontos sobre o Sport nesta segunda-feira.

A ideia do time misto é correta.

O momento é também de testar alguns jogadores jovens, em especial o Lincoln.

O jogo para ser perdido era contra o Vitória, em Salvador.

O negócio agora é ficar entre os primeiros colocados do campeonato.

Afinal, a Copa do Brasil por enquanto é uma perspectiva no horizonte.

 

Começou o jogo sujo para pilhar o Atlético

Conforme antecipado no comentário anterior, o lado vermelho da imprensa gaudéria, que é maior e mais influente, já começou a trabalhar para meter mais pilha no Atlético Mineiro para os jogos decisivos da Copa do Brasil.

Confiram o link abaixo. E preparem-se porque isso é só o começo.

Mas a gente pode neutralizar esse bombardeio denunciando os mal-intencionados, aqueles que querem na verdade apenas impedir que o Grêmio conquiste o título.

O jogo é sujo, mas nós estaremos vigilantes e atuantes. 

Penso que a direção do Grêmio deveria emitir uma nota oficial a respeito.

Confiram o que saiu no cornetadorw e está forte nas redes sociais:

http://cornetadorw.blogspot.com.br/2016/11/o-estrago-produzido-pela-ivi-da.html

Grêmio na final: vem chumbo grosso por aí

“A simples ideia de que o Grêmio irá, finalmente, quebrar o jejum assusta, apavora e inquieta os ‘isentos’ e os nem tanto.

Teremos, pois, dias de muita agitação, com direito a boatos, informações e entrevistas que possam, de alguma forma, perturbar o ambiente no Grêmio em caso de classificação.

Aliás, isso já está acontecendo, mas a tendência é que  o quadro piore, inclusive com o reforço de gremistas que o cornetadorw define, muito apropriadamente, como portadores da síndrome de Estocolmo”.

O texto acima foi escrito antes do jogo contra o Cruzeiro, empate glorioso por 0 a 0 que coloca o Grêmio a 180 minutos do título da Copa do Brasil. Aleluia!

Fiz questão de reproduzir essas frases depois de ler e ouvir jornalistas sérios e experientes da crônica esportiva (e alguns agregados), todos do coloração rubra ou azuis ingênuos querendo provar isenção.

Quem quiser saber mais detalhes (nomes, por exemplo), leia o blog cornetadorw, mais uma vez finalista do prêmio Press. O RW flagrou várias ações com o objetivo de tirar o foco da classificação gremista para outras questões, todas que podem prejudicar o Grêmio de alguma forma, como o suposto apedrejamento do ônibus do Cruzeiro e o abraço da filha do técnico Renato no finalzinho, com a bola ainda rolando.

Esse fato, que em outro lugar não mereceria nota de rodapé, aqui vira manchete de site e deve render página de jornal amanhã. Com isso, pode fazer o procurador do STJD refletir sobre esse fato que, caso contrário, talvez ele nem ligasse.

Outro fato que irá repetir-se a partir de agora é a abertura de espaços generosos para a oposição do Grêmio atacar a situação, conforme já ocorreu na manhã desta quinta-feira no programa do Vidarte na rádio Grenal, conforme relato do RW, o homem dos mil ouvidos e mil pares de olhos. Ele sabe tudo o que acontece em termos de dupla grenal!

Bem, a guerra está recém começando. Vem chumbo grosso por aí.  

O JOGO

O empate na Arena já é como jornal do dia anterior. O que importa é a consequência, não o jogo em si.

Grêmio classificado e de novo disputando um título de expressão. É o Grêmio no lugar que é seu de direito.

E isso, a gente sabe, provoca muito ciúme e ranger de dentes.

Foi um jogo emocionante no sentido de um golzinho do Cruzeiro seria terrível. Mas Renato armou bem o time.

A defesa se mostrou valente e compenetrada. O time todo mostrou maturidade, mostrou que está pronto para enfrentar o Atlético e conquistar o título tão aguardado pela nação tricolor.

O Cruzeiro foi levemente superior no primeiro tempo. Mas no segundo o Grêmio foi melhor, criando situações claras de gol, como aquele lance do Pedro Rocha que o goleiro salvou. Na sequencia, na cobrança de escanteio a bola bateu na trave e Rafael salvou de susto.

Mas era um clima tenso, de preocupação, pelo menos de minha parte. O jogo ficou mais tranquilo nos quinze minutos finais. O Grêmio tratou de picotar ainda mais o jogo, assegurando o resultado e a classificação.

Em resumo, destaque para o time inteiro.  

INTER

O Inter com seu time misto deu um susto nos atleticanos. Lutou como nunca, e fracassou como sempre (ao menos nos últimos meses).

O time mineiro comprovou o que tenho dito: é formado por jogadores decisivos, experientes, mas decadentes.

É claro que se deixar a bola chegar nos pés de um Fred ou de Robinho em condições de concluir a coisa complica.

Perigoso mesmo é o Prato. 

O Grêmio hoje é superior ao Atlético, mas não a ponto de ser apontado favorito.

Será uma grande final.

CAROL, CAROL, CAROL

Imperdível:

Carol, Carol, Carol…

 

 

Mano vai usar ‘já ganhou’ para tentar reverter

“Noite para confirmar vaga na final”. Imagino que algum jornal ou site irá sair com essa manchete nesta quarta-feira referindo-se ao favoritismo do Grêmio, um favoritismo real em função dos 2 a 0 alcançados no jogo de ida, mas que pode ser revertido pelo Cruzeiro. Difícil, mas possível.

Imagino, ainda, o técnico Mano Menezes sacudindo o exemplar na preleção aos jogadores. Apontando, ainda, as colunas que tem sido escritas desde a vitória em Belo Horizonte, todas mais ou menos dizendo que é ‘jogo jogado’, que o Grêmio já está na final.

É o tipo de coisa que um treinador esperto costuma usar para pilhar mais seus jogadores. Nesse futebol cada vez mais nivelado, um time mais motivado e determinado que o outro pode fazer a diferença durante os 90 minutos. 

Imagino mais: Mano Menezes gravando os programas esportivos no horário do meio-dia. Se alguém prestar atenção, verá que os mais ‘otimistas’ e convencidos da vitória do Grêmio ao natural, sem maiores esforços, são jornalistas identificados com o Inter, aqueles identificados que insistem em dizer que são neutros, pensando que o torcedor ainda acredita nisso.

Então, prevejo para estas horas que antecedem ao grande jogo contra o Cruzeiro, um clássico do futebol brasileiro, uma enxurrada de notícia, comentários e palpites todos no sentido de que o Grêmio entra em campo para confirmar sua classificação.

Essa situação irá repetir-se, e de forma ainda mais aguda, se o Grêmio realmente superar o Cruzeiro e ir para a final disputar o título de campeão da Copa do Brasil.

A simples ideia de que o Grêmio irá, finalmente, quebrar o jejum assusta, apavora e inquieta os ‘isentos’ e os nem tanto.

Teremos, pois, dias de muita agitação, com direito a boatos, informações e entrevistas que possam, de alguma forma, perturbar o ambiente no Grêmio em caso de classificação.

Aliás, isso já está acontecendo, mas a tendência é que  o quadro piore, inclusive com o reforço de gremistas que o cornetadorw define, muito apropriadamente, como portadores da síndrome de Estocolmo.

GOOGLE

 Síndrome de Estocolmo ou síndroma de Estocolomo (Stockholmssyndromet em sueco) é o nome normalmente dado a um estado psicológico particular em que uma pessoa, submetida a um tempo prolongado de intimidação, passa a ter simpatia e até mesmo sentimento de amor ou amizade perante o seu agressor.

REBAIXAMENTO

De tanto ler e ouvir o RW abordar a questão do eventual rebaixamento colorado – assunto que tenho evitado porque não quero acabar como ele, enlouquecido de calculadora na mão – decidi também eu dar uma espiada na tabela de classificação e na relação dos jogos do co-irmão.

Coisa rápida, porque não ouso competir com RW, que já analisou todos os detalhes dessa turma de baixo, e que continua afirmando que o Inter irá cair.

Pois já começo a concordar com o ‘matemático’ RW, mestre em cálculos que levem o Inter a ser rebaixado.

Estou pra dizer que o Inter vai perder todos os cinco jogos que lhe restam. No máximo, vai somar uns dois ou três pontos.

Então, se o Vitória, por exemplo, não for tão incompetente e não for mais prejudicado pelos erros humanos dos homens de preto, o Inter vai mesmo conhecer o demônio.

Para isso, é fundamental uma derrota para o Palmeiras, domingo.

O jogo seguinte será contra a Ponte Preta, dia 17. Serão onze dias de muita angústia, muita onda, muita intriga. A suati terá muito trabalho.

Agora, a cereja do bolo: se o Vitória bater o Atlético PR, em Salvador, vai para 39 pontos, afundando o Inter (38)  na escuridão do Z-4.

Imaginem, onze dias no pesadelo da segundona. Acho que aí a suati dá um choque de gestão e troca de treinador.

Em resumo: Jesus está chamando.