Deuses do futebol erguem o anjo caído para evitar nova derrota

Depois de longo tempo os deuses do futebol voltaram a olhar para o Grêmio. O empate no final, minutos depois de levar o segundo gol do Cuiabá, decretando mais uma derrota perante sua torcida, foi como um bálsamo.

Mesmo sozinho diante da TV, não comemorei o empate de 2 a 2 por puro constrangimento. No fundo, a vontade que eu tive foi de gritar e pular, mas me contive.

Na hora vi no gol que garantiu um pontinho um sinal dos deuses do futebol, que nos abandonaram desde que a direção foi atrás da “porcaria” das redes sociais, como diria o presidente Romildo Bolzan, e decidiu livrar-se do multicampeão Renato Portaluppi.

Um claro desafio aos deuses, que já andavam meio distraídos em relação Grêmio, deixando o clube jogado à sua própria sorte.

O resultado é que hoje o Grêmio padece para sair da zona de rebaixamento, onde está desde as primeiras rodadas. Mais um pouco e o clube finca raízes.

Assim como o jogo contra o Sport, também na Arena, a expectativa diante do ‘poderoso’ Cuiabá era de vitória para engrenar uma série de resultados positivos para deixar de vez o porão da segundona.

A torcida está impaciente, irritadiça. A derrota diante do Sport foi duro de engolir. Assim, outra derrota em casa seria inaceitável, resultado para derrubar dirigentes e comissão técnica. “Atitude”, dizia uma faixa trazida por torcedores.

Eu penso que não falta atitude, não falta empenho. O que falta mesmo é qualidade. O time corre, morde o calcanhar do adversário, não desiste. Mas não ganha.

Nesta noite, na Arena, mais uma vez o time se esforçou, e por momentos até jogou bem. No segundo tempo dominou completamente.

Mas o que se vai fazer quando o Churin erra uma cabeceada (que seria sua principal ou única virtude) na pequena área, ou quando a bola passa duas vezes rasante a um metro da risca do gol e o centroavante não está lá para mandar pra dentro?

E o que se pode fazer se o adversário (vale para o Sport e o Cuiabá), cria três ou quatro situações de gol, e consegue praticamente 100% de aproveitamento?

A resposta para superar a fase é simples: trabalhar e esperar que a torcida dê uma trégua, que passe a cobrar, e aí duramente, da direção quando houver uma definição para o bem ou para o mal. A direção, ao final de tudo, precisa prestar contas e pagar pela situação vergonhosa em que colocou seus milhões de torcedores.

Fora isso, é torcer para que os deuses do futebol passem a jogar mais pelo Grêmio. A amostra foi alentadora. Eu já me conformava com a derrota quando Alisson, recebendo a bola de Rafinha (como no primeiro gol), e mandou para a rede.

Alisson, o anjo caído, foi erguido e ungido pelos deuses do futebol, para aliviar a tensão e sinalizar que nem tudo está perdido.

Alisson, o herói da noite, respondeu com gols e raça aos seus críticos sistemáticos, e aos que o vaiaram na Arena.

Se Alisson fez dois gols num só jogo, não há limites para o Grêmio. Eu acredito!

PRÊMIO PRESS

Segue a votação.

Nós (o blog é meu e dos comentaristas inscritos, sim, vocês também são culpados) estamos entre os cinco mais votados na categoria Jornalista de Internet (10).

www.revistapress.com.br/premiopress

Grêmio cai diante do Sport Recife em plena Arena: 2 a 1

O Grêmio foi melhor que o Sport. Esta é só uma pequena frase sem qualquer importância, porque o que vale mesmo é a bola na rede, e o Sport chegou lá duas vezes contra uma do Grêmio.

Resultado, o Grêmio continua na rua da amargura. Tem sido assim desde que a direção decidiu entregar a sorte do clube a um aprendiz, que afundou o time no Brasileiro e abalou o moral e a confiança dos jogadores.

Chamado a apagar o incêndio, o técnico Felipão conseguiu alguns resultados bons, mas o futebol do time continua sendo de indigência técnica e tática.

Nesta noite na Arena, reaberta ao público depois de ano e meio, a torcida exerceu seu direito constitucional de vaiar. E vaiou quando o Grêmio levou o segundo gol, algo inaceitável mesmo, vergonhoso.

O Sport é um time que dificilmente vai escapar da degola administrativa por escalar um jogador indevidamente. Isso não impediu que seus jogadores tirassem força sei lá de onde para vencer.

Quando ouvi o narrador da TV informar que o Sport não fazia gol há uns dois meses, levei um susto. Pensei, então é hoje que vai fazer. Foi só terminar o pensamento que Gabriel Chapecó fez grande defesa e impediu o primeiro gol no jogo.

No segundo tempo, o Sport quebrou seu jejum de gols. O goleiro Gabriel falhou no gol, soltando a bola na cobrança de falta. O Sport, na verdade, passou a maior parte do tempo encurralado. Seus zagueiros foram bravos, vencendo todas pelo alto. Na única que perderam, Borja, livre, cabeceou para fora.

É difícil elogiar o time após uma derrota diante de um adversário tão medíocre, mas o Grêmio criou situações de gol, especialmente através de Ferreira. Faltou acabamento, algo que tem sido muito comum nesse Grêmio que a cada jogo frustra seus torcedores.

Faz uns dois meses eu escrevi aqui que o Grêmio só escaparia do rebaixamento se os dois reforços, Villasanti e Campaz, fossem jogadores em condições de fazer a diferença para arrumar, principalmente, o meio de campo.

Campaz praticamente estreou neste jogo. Entrou no intervalo e deu uma sacudida. Acertou uma bola na trave e foi muito participativo, e só não rendeu por falta de entrosamento.

Agora, nem ele, e muito menos Villasanti, são os jogadores que o Grêmio precisa, sendo que a urgência maior seria um meia/volante articulador de qualidade.

Já o Villasanti me parece ser um jogador que faz tudo certinho, passes precisos para o lado e para trás, raros lançamentos e bolas enfiadas, mas sem criatividade e sem vocação para pisar na área rival.

Então, diante disso, arrisco dizer que o sofrimento vai continuar até a última rodada. Uma previsão embasada também nas ausências de jogadores que serão convocados para suas seleções.

Tem ainda o julgamento de Diego Souza, quarta-feira, por ter tirado o cartão amarelo do árbitro num jogo desses. Com Borja na seleção colombiana, o time vai precisar muito de DS.

Bem, não resta outra coisa a não ser esperar para ver o que fará Felipão diante de desfalques tão importantes.

Por fim, uma luz que se acendeu e que pode iluminar o caminho do tricolor: Douglas Costa finalmente estreou. Fez algumas boas jogadas e marcou um golaço aos 39 do segundo tempo, sinalizando que daí onde saiu esse, sairão outros.

O caso Campaz e a crônica esportiva gaúcha

Contratado para fazer a diferença, Campaz está longe de justificar os 5 milhões de dólares que o Grêmio teria desembolsado por essa revelação colombiana.

Ele esteve alguns minutos em campo, e nada mostrou, o que é até natural para quem está chegando. Tem toda uma questão de ambientação tanto fora como dentro de campo.

O Grêmio tinha pressa. Deveria ter contratado jogadores ‘prontos’, não alguém como Campaz, que precisa de toda uma atenção especial, um trabalho de adaptação, se é que esse é o problema do atleta.

Curioso é que ontem, segundo a imprensa, os representantes de Campaz fecharam contrato com o empresário Jorge Machado, o mesmo de Douglas Costa e, dizem, do Felipão. Se eu fosse mais maldoso do que sou eu diria que agora o colombiano se adapta rapidamente.

É nítido que o técnico gremista demonstra estar constrangido com essa situação. Como explicar por que um jovem que chegou com fama de craque não tenha lugar num time que luta para fugir do pelotão de rebaixamento?

Felipão rodeia, a direção rodeia e, com isso, os boatos proliferam.

Se o jogador tem algum tipo de problema extra-campo estamos diante de mais um erro da direção. O mínimo que um dirigente deve fazer é colher informações amplas sobre o jogador antes de contratá-lo.

Além do mais, é preciso ter convicção sobre o que se quer desse jogador dentro de campo. Pelo li e ouvi falar, Campaz não é um meia articulador, é mais um atacante de ‘beirada’, posição em que o time está bem servido.

Agora, se Campaz finalmente jogar, e mostrar na prática o futebol que justifique o investimento do clube, então tudo ficará em segundo plano.

O narrador Pedro Ernesto, que em seu espaço em ZH teve o peito de sugerir que o Grêmio desfaça o negócio com o Tolima, mesmo perdendo parte do dinheiro aplicado, terá de colocar o rabo entre as pernas.

Sem contar que ficará com sua imagem ainda mais arranhada perante os gremistas, em especial os que habitam as redes sociais, parte deles cobrando uma resposta da direção.

Em sua coluna, o polêmico narrador, que não deu trégua também para Renato, ainda defende a demissão do treinador gremista por não estar aproveitando Campaz, um jogador que na realidade poucos viram jogar para ter uma opinião realmente abalizada sobre ele.

Não conheço Campaz, mas conheço Felipão.

Entre os dois fico com o consagrado e experiente treinador. Felipão com certeza tem razões muito sólidas para não aproveitar o colombiano.

PÚBLICO

Quem sabe Campaz não desencanta contra o Sport, domingo, num jogo que marca a volta da torcida à Arena depois de um ano e meio?

Outro que precisa desencantar é Douglas Costa.

Felipão está conclamando a torcida. O time precisa de seus torcedores, não importa o nível do adversário.

PREMIO PRESS

O Blog do Ilgo segue entre os cinco finalistas ao maior prêmio da imprensa gaúcha. Muita gente boa concorrendo.

Meu agradecimento aos eleitores, lembrando que este espaço não pertence a mim, mas a todos que dele participam opinando, analisando e debatendo.

Para votar entre no site www.revistapress.com.br.

Estamos concorrendo na categoria JORNALISTA DE INTERNET.

Provável punição do Sport pode ajudar o Grêmio a sair do Z-4

O caminho do Grêmio para sair do grupo de zumbis do Z-4 foi, em princípio, aplainado pelo Sport Recife, adversário do tricolor, no domingo, 20h30m, com a Arena recebendo público depois de mais de um ano.

A inscrição irregular de um jogador cedido pelo Inter, o zagueiro Pedro Henrique, pode custar a perda de 17 pontos do clube pernambuco, ou seja, rebaixamento antecipado.

Pedro Henrique teve sete partidas oficialmente disputadas pelo Inter na Série A e não poderia defender outro clube na competição – conforme consta também no regulamento específico do Brasileiro, além do Código Brasileiro de Justiça Desportiva.

Penso que a participação do Inter nesse imbroglio deveria ser examinada com lupa, porque o clube, imagino eu, sabia da situação irregular do atleta para fins de escalação no Campeonato Brasileiro.

Há farta documentação sobre esse fato.

Se for confirmado o que está previsto e não aparecer um PDF adulterado o Grêmio escapa facilmente da queda, porque duas vagas já teriam donos: Chapecoense e Sport.

ARENA

Pois é esse Sport em crise, envolvendo dirigentes e jogadores, que o Grêmio irá enfrentar no retorno de público na Arena depois de mais de um ano.

É um reforço importante para o tricolor contar com a volta do grito da torcida, do seu apoio, de sua energia positiva. Acredito que alguns pontos nas primeiras rodadas da competição não teriam sido perdidos tendo a torcida ao lado.

É claro que se o time não corresponder minimamente o efeito pode ser o contrário. A torcida está aflita, assustada, irritada com alguns fatos e ansiosa para manifestar-se ao vivo, não apenas pelas redes sociais.

ALERTA

É importante que o torcedor não se deixe influenciar pela campanha sórdida de colunistas vermelhos e até de gremistas contra Felipão. Pregar a queda do treinador nesse momento é coisa de quem não deseja o bem do clube.

Derrota constrangedora abala a confiança do torcedor

Qual é mesmo o Grêmio que luta para sair da constrangedora situação de candidato ao rebaixamento? O que bateu o poderoso Flamengo na rodada anterior ou o que levou 4 a 2 do ‘poderoso’Atlético Paranaense neste domingo, em Curitiba?

Há quem tenha apostado no primeiro e até tenha projetado um crescimento do time na competiçao para buscar vaga na Libertadores/2022. Alguns, mais desconfiados, se vacinaram para reduzir o impacto de uma eventual desilusão, como esta que acabou acontecendo no gramado sintético da Arena da Baixada diante de um time misto dos paranaenses.

A minha impressão é o Grêmio verdadeiro vai escapar da queda, mas será com mais sofrimento do que o previsto pelos mais otimistas e confiantes no trabalho do técnico Felipão e na capacidade do grupo de jogadores. Da direção eu não espero mais nada. Onde está o meia armador? Onde está o lateral-esquerdo?

Como acreditar no grupo quando o técnico se vira, olha para o banco, e tem como opções para reagir e buscar um resultado mais digno os seguintes jogadores: Sarará, Darlan (pensei que nem estivesse mais no clube), e o glorioso Léo Pereira. Antes, havia entrado Douglas Costa, que ainda não justificou o enorme investimento nele feito pela direção?

Ah, como explicar, ainda, que Campaz, mesmo diante do nível do banco tricolor, não sirva nem para entrar no decorrer do jogo? O que está havendo de verdade? As explicações de Felipão não convencem.

Como atenuante o fato de o adversário ter feito 1 a 0 antes do relógio marcar 1 minuto de jogo. Gol de Pedro Rocha, que venceu uma disputa com Ruan, tocou para o companheiro, que devolveu na frente para PR reafirmar a lei do ex. Ele ainda faria o segundo gol, cabeceando livre entre a dupla de zagueiros. Legal que ele comemorou com moderação.

No final, Vanderson, recebendo uma rara metida de Douglas Costa, amenizou o fiasco, fazendo o segundo gol. O primeiro gol gremista foi marcado por Thiago Santos, de cabeça.

Depois desse banho de água fria, cabe a Felipão trabalhar bem a cabeça dos jogadores e colocar o colombiano famoso pra jogar.

O time está carente de qualidade técnica. Só esforço não ganha jogo.

O clube maior devedor do país perto de grandes títulos

O Atlético Mineiro é o líder no ranking dos clubes endividados no país, com um total de R$ 1,2 bilhão. Só neste ano, o débito cresceu R$ 33 milhões. O clube não gerou receita suficiente para bancar o time.

Não fosse um grupo de ‘abnegados’, entre eles os donos de uma grande construtora, o Galo estaria cacarejando como uma galinha assustada.

O que eu tenho de conhecidos que invejam o clube mineiro não é pouca coisa. Nas redes sociais, é só elogios ao time comandado por Cuca. Líder do Brasileirão, o Atlético MG ainda busca o título da Libertadores.

No primeiro jogo contra o Palmeiras, pelas semifinais, nesta noite, o Atlético ficou no empate por 0 a 0, com Hulk, principal destaque do time, perdendo um pênalti. Foi um jogo ruim, truncado, correria, típico de uma Libertadores.

Acredito que em casa o Galo irá garantir a vaga, porque tem um time com mais qualidade que o do Palmeiras.

Teremos, então, o clube maior devedor do país se aproximando de um grande título. Agora, se o Galo não ganhar nada…

No momento, o que mais se vê é gremistas elogiando a política dos mineiros e atacando a estratégia do Grêmio, chamado por alguns nas redes sociais ‘de clube do superávit’.

Concordo que o Grêmio não é um exemplo em termos de contratações. A maioria não deu certo. Poucos realmente se firmaram. Em alguns casos houve falta de sorte. Um exemplo é Diego Tardelli, cuja contratação foi saudada por muitos que hoje a criticam na maior cara de pau.

No quadro atual do futebol, ainda sofrendo os efeitos da pandemia, não tem como não apoiar a política de investimento do presidente Romildo Bolzan, que, apesar de parcimonioso, investiu um bom dinheiro para qualificar o time.

Talvez não o suficiente e da forma mais adequada, mas ao menos o clube de mantém fiel aos seus princípios, o que é elogiável, ainda mais agora que a imprensa faz um carnaval em torno de Daniel Alves, um jogador de 38 anos e de custo fora da realidade.

Apesar do exemplo do Cruzeiro, que desabou no cenário nacional, ainda há dirigentes que administram seus clubes sem a responsabilidade necessária. Hoje, pelo menos quatro clubes disputam Daniel Alves, entre eles o Inter, que figura no G-6 dos clubes mais devedores, detalhe não o impede de entrar na disputa pelo quase quarentão Daniel Alves.

Clube rico é outra coisa…

RANKING DOS DEVEDORES

1º – Atlético Mineiro: 1.208,5 milhões de reais
2º – Cruzeiro: 962,5 milhões de reais
3º – Corinthians: 949,2 milhões de reais
4º – Botafogo: 946,2 milhões de reais
5º – Internacional: 882,9 milhões de reais
6º – Vasco da Gama: 830,6 milhões de reais
7º – Flamengo: 680,8 milhões de reais
8º – Fluminense: 649,1 milhões de reais
9º – São Paulo: 575,1 milhões de reais
10º – Palmeiras: 565,2 milhões de reais
11º – Santos: 539,7 milhões de reais
12º – Grêmio: 396,1 milhões de reais
13º – Coritiba: 299,5 milhões de reais
14º – Bahia: 267,9 milhões de reais
15º – Athletico Paranaense: 200,3 milhões de reais
16º – Red Bull Bragantino: 144 milhões de reais
17º – Goiás: 60,4 milhões de reais
18º – Fortaleza: 38 milhões de reais
19º – Atlético Goianiense: 33,3 milhões de reais
20º – Ceará: 26,5 milhões de reais

A vitória do time humilde e aplicado sobre a soberba flamenguista

Depois de dez jogos sem vencer o Flamengo, o Grêmio teve uma vitória de lavar a alma, nesta noite, no Maracanã, ao fazer 1 a 0 sobre o time carioca, que, do alto de sua soberba, sucumbiu aos pés tricolores, calçados com a chuteira da humildade.

O Grêmio subiu uma posição, mas segue no Z-4: é o 17º colocado, com 22 pontos e dois a jogos a menos que a maioria de seus concorrentes. O Flamengo se manteve em terceiro lugar, com 34 pontos e dois jogos a menos que Palmeiras e Atlético MG.

Felipão provou mais uma vez que sabe armar como ninguém um time para defender-se. A marcação forte na intermediária defensiva resistiu à insistência flamenguista, que na realidade pouco criou em termos ofensivas. Mérito de Felipão e da aplicação tática de seus comandados. Nem Chapecó, que saiu lesionado no início do segundo tempo, nem Brenno, tiveram maiores dificuldades durante a partida.

Aqueles que esperavam um novo massacre saíram frustrados.

Cabe agora ao treinador gremista armar um time mais equilibrado e criativo para enfrentar outro tipo de adversário, não tão bom tecnicamente, mas que praticam jogo semelhante ao do Grêmio atual, que está sepultando meu tipo preferido de jogo (era Renato), mas com um objetivo nobre: tirar o Grêmio da zona do rebaixamento e quem sabe atingir metas mais elevadas.

Difícil destacar alguém individualmente. O Grêmio foi um time homogêneo, com todos muito aplicados e determinados. Com sangue nos olhos para dar uma resposta aos ‘cariocos’, como dizia o grande Lauro Quadros.

A lamentar que Borja tenha desperdiçado o pênalti quase ao final, quando o risco de sofrer um empate me preocupava.

Tecnicamente, o melhor do Grêmio foi Ferreirinha. Sem ele o Grêmio não tem ataque. Foi dele o cruzamento primoroso para Borja saltar entre os zagueiros para fazer 1 a 0, um resultado justo que pode marcar um divisor de águas na campanha tricolor neste Brasileirão.

Jogo contra o Flamengo está na lista dos ‘perdíveis’

Quando se analisa a tabela de jogos no início de alguma competição a gente projeta quais são os jogos ‘perdíveis’ e os que podem resultar em empate ou vitória.

Este jogo contra o Flamengo, que tem sido nosso carrasco nos últimos tempos, no começo do Brasileiro figurava como um jogo para empatar e, com menos chance, até vencer.

Mas foi só o campeonato começar que em poucas rodadas ficou claro que o jogo no Maracanã era de alto risco, o que acabou se confirmando. As chances de o Grêmio vencer são remotas.

Mas o Inter foi lá, desacreditado, e goleou nosso carrasco. O time colorado é melhor que o gremista? Não. Então, com um pouco de sorte e falhas do goleiro flamenguista, como aconteceu contra o Inter, a vitória não é impossível. Improvável, sim.

O problema é que o time de Felipão, cada vez mais organizado para não perder e depois seja o que Deus quiser, carrega uma carga pesada demais: os jogos iniciais sob o comando do técnico Tiago Nunes, que deixou o clube com ridículos 8% de aproveitamento. É um peso que deve ser considerado.

Em resumo, o Grêmio tem tudo para levar mais uma chinelada dos cariocas, cada vez mais soberbos. A soberba flamenguista, estampada na cara do tal de Gabigol, pode ser o trunfo maior do tricolor.

Já o Grêmio deve manter a sandália da humildade, mas com um pouco mais de ousadia. Se ficar muito encolhido, a derrota será inevitável.

Ah, em função dessas casas de apostas, vou apostar no Grêmio, que está pagando muito mais, assim como foi contra o Inter.

A EQUIPE

O time terá retornos importantes, como os de Vanderson, Ruan, Thiago Santos, Alisson e Ferreira. As principais dúvidas estão no gol (Gabriel Chapecó ou Brenno) e na defesa (Rodrigues ou Kannemann). Geromel e Douglas Costa continuam de fora. 

Escalação provável: Gabriel Chapecó (Brenno), Vanderson, Ruan, Rodrigues (Kannemann) e Rafinha; Thiago Santos, Lucas Silva; Alisson, Villasanti e Ferreira; e Borja. 

Deu a lógica: Flamengo confirma sua superioridade

Os 6 a 0 do Flamengo sobre o Grêmio nos dois jogos das quartas de final da Copa do Brasil expressam o abismo que separa os dois times.

No confronto desta quarta-feira, o presente da torcida gremista pelo aniversário do clube foi mais uma derrota para o Flamengo.

Agora eu sei como sofreram os colorados em grenais nos últimos anos.

Está certo que o time foi guerreiro, aplicado taticamente, e que manteve um duelo equilibrado na maior parte do tempo e até criou duas ou três situações de gol.

No final das contas, venceu o time reserva do Flamengo, que tem mais qualidade em termos de individualidade. Por exemplo, sai Gabriel (que seria titular no Grêmio) e entra Pedro, que também seria titular no Grêmio, e, talvez, em qualquer outro time do Brasil.

Na comparação com os dois, Borja perde. Não que Borja seja mau jogador. Não, ele até me surpreendeu neste jogo, mostrando que não é apenas um centroavante parasita, que vive do esforço dos outros.

Gostei dele, mas o time segue com um problema grave: a falta de criatividade ofensiva, do meio para a frente. O meio de campo parece que existe para desarmar o adversário e, por falta de qualidade, devolver a bola para ele.

Os atacantes sofrem. Não é de hoje que venho apontando essa dificuldade. A bola não chega, e quando isso acontece falta pontaria nas conclusões.

No mais, é evidente que o time de Felipão é mais compactado na comparação com o que deixou o antecessor Tiago Nunes, que armou um time que era uma peneira. Um time sem defesa, sem meio e sem ataque. Resultado: 8% de aproveitamento no Brasileiro.

Ainda sobre o jogo desta noite no Maracanã, com público porque o Flamengo tudo pode, entendo que o Grêmio começou a cair na partida quando saiu o volante/meia Mateus Sarará. Pode ser coincidência, mas o time desandou e o Flamengo cresceu em campo a partir da saída desse jovem da base.

Agora, o que importa mesmo é o jogo de domingo, de novo no Maracanã, e mais uma vez com torcida, ao que tudo indica.

O time terá Ferreirinha e, provavelmente, Campaz, que misteriosamente não foi escalado por Felipão, o que abre espaço para especulações maldosas.

Diante da superioridade do Flamengo, e da dificuldade do técnico Felipão para armar um time mais equilibrado, até por falta de material humano, não vejo possibilidade de o Grêmio vencer. Talvez um empate.

Esse é o tipo de jogo em que a gente examina a tabela de jogos e contabiliza como 3 pontos perdidos. É assim que eu vejo o jogo de domingo. Jogo para perder.

Misto do Grêmio busca um resultado digno contra o Flamengo

Enfrentar o Flamengo titular é uma coisa, o time de reservas é outra coisa. Mas, ao que se sabe, Renato não vai arriscar. Com certeza ele mandará a campo um time de reservas com alguns titulares para manter um pouco do padrão de jogo da equipe, minha favorita para conquistar o título.

O Grêmio terá contra si, além de um adversário de boa qualidade, mas sem o entrosamento do time titular, uns 25 mil torcedores.

O STF do futebol, o STJD, ignorou o regulamento que impediria que um time pudesse jogar em algum momento com seus torcedores nas arquibancadas por uma questão de igualdade, de equidade.

O Grêmio jogou sem sua torcida na ida, por isso confiava que no jogo da volta também não haveria público.

Mas o Flamengo é o Flamengo, e o STF, digo o STJD, é esse órgão que tem mais flamenguista que as areias do Leblon num final de semana de sol.

Aí, quando falam que os clubes vão se unir, eu acho graça, só “riro”, como diz um parceiro aqui do blog.

Bem, vocês vão achar que eu sou louco, e ou sou mesmo, mas eu acho que dá pra vencer o Flamengo. Até vou me inscrever num site desses que apostas – presentes em todas as camisas do Brasileiro – para cravar vitória do Grêmio nesta quarta, 21h30, no Maracanã. E não duvido que repita a dose domingo, 20h30, também no Maracanã.

Jogar duas vezes contra o time mais forte da competição, na casa dele, e com pouca diferença de dias, só acontece com um clube no mundo.

Ah, destacando que o Grêmio terá um time misto também e vai em busca de um resultado digno.

Vamos ver o que acontece. O futebol é uma caixinha de surpresa, como dizia o filósofo Dino Sani.

Confiram o provável time que começa a partida (não questiono nem entro no mérito, até porque é um jogo para cumprimento de tabela):

Brenno; Rafinha, Rodrigues, Kannemann e Cortez; Fernando Henrique; Jhonata Robert, Lucas Silva, Villasanti e Léo Pereira; Borja.

Já o Flamengo, com Renato fazendo mistério, virá com um time misto, que pode ser o seguinte:

Diego Alves; Matheuzinho, Rodrigo Caio (Bruno Viana), Gustavo Henrique e Ramón; Willian Arão, Thiago Maia (Andreas Pereira), Vitinho e Everton Ribeiro; Michael e Pedro.

É um time de respeito, meia dúzia teria lugar no time titular do Grêmio e de praticamente todos os clubes do Brasileirão.

PRÊMIO PRESS

O grande Júlio Ribeiro está lançando nova edição do consagrado Prêmio Press, do qual fui finalista na única vez em que participei.

Decidi voltar ao tatame.

Estou na disputa.