Ingratidão por trás da dificuldade de encontrar um novo treinador

Roger foi mesmo o primeiro a ser procurado pela direção do Grêmio para substituir Felipão e pegar essa bronca cabeluda de retirar o clube da zona de rebaixamento.

A simples tentativa com Roger já demonstra que esse pessoal não aprende. Não adianta vir com essa história de que o novo treinador seja alguém que conheça o Grêmio, conforme li e ouvi. Como assim? Quem não conhece o Grêmio?

Então, Roger conhece o Grêmio, e muito bem. Foi com a camisa tricolor que alcançou suas principais vitórias como atleta, e foi com a mesma camisa, que ele se projetou como técnico de futebol.

Nada disso importa para ele, conforme relato do seu staff (sim, técnico de futebol agora tem staff, sem contar a denominação de ‘professor’), Roger decidiu que precisa tirar um tempo para dedicar-se à família e também que irá treinar apenas um time por temporada.

Seu procurador, Léo Ferreira, disse o seguinte para o jornal ZH: “Revê jogos, analisa decisões tomadas, revisa conceitos e se recicla para poder, em um próximo clube, avançar na carreira”.

Tudo conversa fiada, papo de quem não quer uma coisa e não sabe como dizer. Aliás, essa postura diz muito sobre sua trajetória, digamos, instável.

Outra coisa, se ele vai treinar apenas um clube por temporada, mas cair em poucos meses, como tem acontecido, ele poderá ficar, por exemplo, meio ano sem treinar. Alguém acredita na firmeza dessa decisão?

Bem, o fato é que Roger recusou ajudar o clube que o formou e projetou.

Pois quero dizer que esta foi a melhor notícia relacionada ao Grêmio desde a queda do velho ídolo Felipão.

Roger não tem o perfil para o momento do clube. Até acredito que ele começando uma temporada possa dar certo de novo, mas, sinceramente, duvido.

Penso que ele se encaminha para atuar na área política, talvez vereador em Porto Alegre, ou deputado, algo assim.

Boleiro não curte conviver com técnico que trabalha com livros debaixo do braço.

Depois de Roger, tentaram Mano Menezes, que me parece mais adequado para a situação atual da equipe. Alguém que reconheça que o time não é lá essas coisas, que é preciso humildade, etc.

Mas Mano também não teria manifestado desejo de voltar.

É outro ingrato. Não era ninguém quando foi contratado para comandar o time na segunda divisão. Deu mais sorte que juízo, mas atingiu o objetivo.

Então, resta torcer para que o técnico interino finalmente mostre condições de ser alçado a titularidade. As opções não são estimulantes, e algumas até assustadoras.

Para concluir: o Grêmio precisa de um técnico tipo o Renato, um gestor de vestiário, porque se deixar nas mãos dos atuais dirigentes não vai dar certo.

SPORT

Ah, sobre o caso Sport: a CBF inocentou o clube pernambucano. Mais uma notícia ruim para o Grêmio.

FELIPÃO

Felipão tinha contrato até o final de 2022. Como um verdadeiro gremista, aceitou mais um mês de salário para encerrar seu vínculo. Quantos profissionais agem assim?

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