A um mês da estreia na Libertadores

A um mês da estreia na Libertadores está claro que o time do Grêmio é insuficiente para disputar o título.

Eu sei disso, vocês quatro ou cinco que estão lendo essas linhas, os jornalistas de todos os credos. Todos nós sabemos disso.

O bom é que a direção e a comissão técnica do Grêmio sabem que sem reforços, uns dois ou três para titularidade, a chance de conquistar o sonho tri da Libertadores não irá passar de um sonho bonito de verão.

Outro aspecto positivo é que aqui, Abaixo do Mampituba, apenas a torcida do Grêmio pode sonhar com o título da Libertadores.

O presidente Romildo Bolzan, que está fazendo tudo (ou quase tudo) que eu faria em termos administrativos para tornar o clube viável financeiramente, sempre que questionado admite que o time precisa de reforços, uns dois ou três, como ouvi em uma entrevista recente.

Então, estou tranquilo, porque sei que os reforços virão.

Dificilmente serão os reforços dos sonhos porque a grana é curta, a concorrência é predatória e não tem tanta gente boa assim no mercado.

RC

Outra coisa que me preocupa é a capacidade do sr Rui Costa para avaliar jogadores. Ele tem alguns acertos, mas muitos erros de avaliação que custaram e ainda custam caro. 

Mas se o presidente do clube o mantém é porque vê nele qualidades suficientes para ser mantido depois de três anos sem conquistar um gauchãozinho sequer. Eu acredito na capacidade de avaliação do Romildo. Portanto, aceito mais um ano com o sr Rui Costa no comando do futebol, se bem que esse comando parece ter esmaecido nos últimos tempos.

Nada passa sem o aval e o olhar crítico do presidente e de seu Conselho Administrativo. Estou convencido disso.

Não se pode deixar tudo nas mãos de um funcionário, por melhor que ele possa ser.

É preciso valorizar mais os verdadeiros gremistas, os abnegados, que dedicam horas gratuitamente ao clube.

ARGENTINOS

Os jornais e as emissoras de rádio, além de setores da internet, já anunciaram o interesse de pelo menos uns quatro ou cinco argentinos para o ataque do Grêmio. Até o final do mês imagino que estarão na lista todos os atacantes da Argentina.

É impressionante o lobby em favor de argentinos. Sei que não é invenção de jornalista, e sim jogadas de empresários ansiosos para negociar jogadores e faturar um bom dinheiro.

O problema é que de tanto insistir – água fria em pedra dura tanto bate até que fura – desembarque mais um Herrera ou um Amato da vida como ‘grande reforço para a Libertadores’.

O pior é que os nomes citados nas especulações não são melhores que o Bobô e até o Braian Rodriguez. Na verdade, eu não os conheço, mas também nunca os vi cogitados para defender a combalida seleção argentina. Então, grande coisa não são.

O fato é que o Grêmio precisa um atacante (ou dois) mais experiente, mais egoísta na cara do gol, e mais frio para fazer gols. Enfim, matador impiedoso.  

Precisa de um meia titular para o lugar de Douglas. Apesar de toda a sua técnica, Douglas não tem condições de enfrentar uma competição tão árdua.

Se Wallace corresponder na lateral-direita será meio caminho andado. Caso contrário…

GURIZADA

Importante que Roger aproveite ao máximo a gurizada no Gauchão e no torneio da Primeira Liga.

Acredito que da base podem surgir uns três jogadores para a campanha da Libertadores.

NOVELETAÇOS

Nova seção no boteco, com apoio do corneta do RW:

http://cornetadorw.blogspot.com.br/2016/01/o-presidente-presente-e-frase-remanejar.html

 

O jogo de verdade começa depois da base

Nunca fui de me empolgar com vitórias e títulos conquistados pelas categorias de base. Tampouco faço terra arrasada quando um time de guris é derrotado, como aconteceu com o Grêmio na Copa SP diante do forte time do Ituano, por 3 a 0.

Claro, acho legal vencer. Dizem que erguer taças ajuda a formar o tal ‘espírito de vencedor’, embora eu não tenha convicção sobre o que isso significa exatamente. Na verdade, sei de inúmeras gerações que venceram na base, com vários de seus integrantes com cadeira cativa em seleções sub isso e sub aquilo, e hoje estão por aí trabalhando em bancos, lojas, etc.

Então, não sei se existe mesmo o tal espírito vencedor. Vai muito de cada um assimilar um tropeço e entender uma vitória. Lembro do Lúcio, o zagueiro que foi contratado pelo Inter depois de sofrer uma goleada estrondosa defendendo o glorioso Planaltina, isso lá em meados dos anos 90.

Caberá a cada jogador desse time meio que improvisado – e desfalcado – assimilar a eliminação na Copa SP e tirar desse tropeço uma lição. É preciso que todos entendam, também, que estão num funil. A maioria deles fará no máximo uma carreira mediana. Essa afirmação vale para os vencedores do jogo em Itu, e todas as outras equipes. É uma questão estatística.

É por isso que realmente encaro vitórias e derrotas na base com serenidade. O time vencedor, em média, vai revelar tantos jogadores quanto o time derrotado. 

O importante é saber trabalhar bem esses jogadores da base para que eles possam dar uma resposta realmente positiva, entusiasmadora.

Tanto faz se o time voltou mais cedo de uma competição, ou se chegou à final e conquistou um título.

É mais ou menos como pegar o diploma no curso de graduação. O diploma está na mão, mas é só o começo.

Agora é que o jogo realmente vai começar. 

Destaques da Copa SP

Assisti a apenas alguns minutos dos dois últimos jogos do Grêmio na Copa São Paulo júnior. Vi alguns jogadores com potencial. Todos já citados em comentários de parceiros aqui do Boteco.

Mas um jogador em especial chamou minha atenção. Estou me referindo ao Luan, atacante de área. Aliás, referido com entusiasmo pelo Alexandre Sanz no comentário que publico mais abaixo.

Ele foi decisivo na virada contra o forte time do Ituano (próximo adversário), quando sofreu um pênalti, que ele mesmo cobrou e converteu com serenidade, frieza de matador. Neste sábado, ele aproveitou um chute enviesado e apareceu entre os zagueiros para marcar na vitória, também de virada, contra o Desportivo Brasil, um time de empresários.

Portanto, Luan é o cara que eu, descontando a pequena amostragem, vejo com chances de ser aproveitado imediatamente no time principal.

CAIO

Caio é o nome do camisa 10 do Santos. A mística camisa 10 eternizada pelo Rei do Futebol, PELÉ!

Esse Caio joga muita bola. É um articulador de primeira grandeza. Lembra o Lucas Lima.

O problema é a companhia dele. O Santos conseguiu ser eliminado pelo Ceará.

Quem sabe o Grêmio não tenta sua contratação?

ANÁLISE DOS BOTEQUEIROS

Enquanto o patrono do Boteco, especialista em categorias de baixo, o Francisco Coelho, não comparece com um comentário sobre os 2 a 1 sobre o Desportivo Brasil, ficamos com Alexandre e Gabriel.

Alexandre Sanz:

“Grêmio classificou na Copinha, vi o jogo e não gostei do que vi, os laterais são muito fracos, na zaga o Santiago é bom mas o Jesus é um horror, gostei do Machado e do Nathan, mas ambos são bons na marcação, na hora de criar é muito barulho e pouco resultado, Jean Pyerre estava muito burocrático, Dionathã foi irregular, e a dupla Careca e Erik foram muito mal, gostei muito do Nikolas (desta vez assumiu o jogo, foi o melhor) e do Luan (fez gol, mais dois anulados e ainda deu uma bicicleta sensacional na trave) porquê estavam no banco??? Inexplicável, esse time do Grêmio tem seríssimos problemas de finalização, todos, menos o Luan não sabem finalizar uma jogada, seja no penúltimo como no último toque.

Tem jogadores que comprometem o time, Liverson, Jesus, Dartora simplesmente não conseguem dar sequência nas jogadas, ou erram bisonhamente causando contra ataques, agora este time já mostrou força de reação, mas realmente não tem como ser campeão, vamos ver até onde chega”.

Gabriel:

“Vi um pouco da partida, mas do que vi ninguém foi melhor que o Nicolás. Também chamou a atenção o centroavante Klaus, não lembro dele como titular, mas sempre metendo gols importantes. O de cabeça hoje e aproveitando um belo cruzamento foram mostras disso”.

O AMIGÃO NO RW

http://cornetadorw.blogspot.com.br/2016/01/as-propriedades-do-amigao.html

FIM DO PRIVILÉGIO?

http://esportes.r7.com/blogs/cosme-rimoli/a-bilionaria-turner-com-seu-esporte-interativo-pressiona-e-globo-tem-de-recuar-para-nao-perder-o-campeonato-brasileiro-acabara-com-a-espanholizacao-chega-de-corinthians-e-flamengo-todos-os-dom-09012016/

A intrigante frase do sr Noveletto

O presidente da FGF hoje se superou: afirmou claramente que seca a Primeira Liga. Quem quiser ouvir essa declaração deplorável que escancara o desespero de um coronel do futebol ameaçado de ter seu poder reduzido pode acessar o blog cornetadorw. Está tudo ali. Ninguém inventou.

Mas a frase que mais chamou minha atenção em meio ao circo armado para o sr. Noveletto defender o Gauchão e atacar a Primeira Liga foi outra.

“Eu mandava na Sul-Americana… Mas meu amigo foi preso”, afirmou sem pudor. Certamente referia-se ao uruguaio Figueredo, que presidiu a Conmebol e hoje está ‘com restrição de liberdade’, pra usar um eufemismo tão em moda nesses tempos de Lava-Jato.

Essa amizade foi revelada com euforia tempos atrás pelo colunista Luiz Zini Pires, sempre muito bem informado.

Essa frase intrigante mexeu com minha imaginação. Pensei um punhado de coisas.

Alguém que mandava na Conmebol pode ter mexido alguns pauzinhos para que determinadas coisas acontecessem.

Ao ouvir a frase-confissão de um dirigente se vangloriando dessa forma pensei na hora no jogo Inter x Nacional, em 2006, pela Libertadores. Até o então presidente Fernando Carvalho admitiu que time foi beneficiado.

A imprensa uruguaia rugiu, mas não adiantou. confira:   http://esportes.terra.com.br/futebol/libertadores2006/interna/0,,OI990612-EI6358,00.html

O fato é que o sr Noveletto é no mínimo pé-quente quando se trata do seu clube do coração. Na sua gestão como presidente da FGF o Inter conquistou seus maiores títulos. E o Grêmio nada, nadinha. Até no Gauchão não deu ‘sorte’.

Não vai aí nenhuma insinuação. O futebol é marcado por coincidências.

Além do mais, a gente sabe que não há espaço pra sacanagem no futebol, como, por exemplo, compra de juiz, manipulação de resultado, gaveta de jogador, etc. 

Agora, o que eu sei de verdade é que está fazendo falta no futebol brasileiro e sul-americano um sujeito como Sérgio Moro.

 

Aí, talvez, as investigações avançassem sobre os feudos regionais do futebol brasileiro.

PERGUNTINHA 

Ah, se o amigo Figueredo não estivesse preso o que poderia acontecer?

De minha parte, eu aqui com minha imaginação em ebulição, acho que as chances do Grêmio na Libertadores aumentaram.

 

 

Argentino marqueteiro, quase uma redundância

Só pela reação de colorados que conheço eu me esforçaria para contratar Alán Ruiz. Os colorados, assim como D’Alessandro, não querem o meia argentino de volta ao Grêmio.

Ok, tem gremistas que não também não querem Alán Ruiz. Mas são poucos. Nenhum deles, por certo, estava na Arena naquele Gre-Nal dos 4 a 1, em que Ruiz encarou o ídolo vermelho e ainda fez dois gols, um deles primor de técnica e força. 

Faz tempo que um dos critérios que uso para saber o que é bom ou ruim para o Grêmio é verificar o que dizem por aí meus amigos colorados. Eles funcionam como bússola.

É claro que não me limito a isso, mas já é um começo.

Bem, a favor de Alán Ruiz, então, o fato de ele preocupar os colorados. A favor, também, o fato de que ele não cansa de se oferecer para voltar à Arena.

A última contra ele é de que não passa de marqueteiro. Curioso, todo jogador que demonstra um certo carinho pelo Grêmio é considerado marqueteiro. Lembro do André Lima, apontado como marqueteiro até por alguns gremistas que caem nessa esparrela. O fato é que André Lima gosta do Grêmio, mas, evidente, é profissional. Vale o mesmo para Ruiz.

Nenhum deles trabalharia de graça no Grêmio.

Nem mesmo o marqueteiro Barcos, este sim um sujeito que sabe trabalhar sua imagem. Tanto que tem gente que o considera um grande centroavante.

Outro marqueteiro de primeira grandeza: D’Alessandro. Este talvez o maior marqueteiro que surgiu no futebol gaúcho em todos os tempos. Mas é um marqueteiro que joga (jogava) bola, e que marcou seu nome por aqui.

Não há problema em ser marqueteiro, desde que corresponda em campo. Não é o caso de Barcos.

Voltando ao Alán Ruiz, que, entraria fácil na minha lista de meias para o Grêmio. Há melhores que ele, sem dúvida, mas desses melhores quantos estão ao alcance do Grêmio, um clube com reduzida capacidade de investimento fruto, principalmente, do contrato mal feito com a empreiteira para erguer a monumental Arena?

Jogadores como Alán Ruiz são raros. 

Penso que vale investir nele mais uma vez. Quem contratou Vitinho contrata Alán Ruiz de olhos vendados. 

Agora, dentro de padrões salariais compatíveis à realidade do clube e ao tamanho do futebol do argentino, que até hoje não se afirmou em lugar algum.

Conclusão: defendo a contratação de Alán Ruiz – mas mantendo a busca de um meia titular para o lugar de Douglas – como uma aposta com chance de dar certo na Libertadores.

Na pior das hipóteses será mais um argentino marqueteiro na praça.

Direção gremista no caminho certo

Diferente de muitos torcedores, estou gostando do jeito como o presidente Romildo Bolzan e seus companheiros de diretoria estão conduzindo o Grêmio.

Sei que há muita ansiedade em relação ao time que será montado para disputar pau a pau pelo título. Vale o mesmo para a questão da Arena.

Em ambas as situações é preciso paciência, cautela e nervos de aço.

Os dirigentes, que não passam de torcedores com cargo, também gostariam de solucionar muita coisa, anunciar um acordo com a empreiteira e dar um ponto final (feliz) nessa novela que se arrasta de forma modorrenta como o impeachment da presidente da República, e anunciar também contratações de jogadores de exceção, capazes de agregar qualidade ao time.

Mas a grana é curta e o mercado competitivo, ainda mais com a chegada dos chineses. Ficou tudo inflacionado, mais até do que lata de cerveja no auge do verão. 

Ao mesmo tempo, é preciso qualificar o time logo, porque a Libertadores está logo ali adiante. É um dilema.

Eu me coloco no lugar dos dirigentes e, sem esforço, entendo a difícil situação em que se encontram.

Seria muito fácil sair por aí gastando um dinheiro que não está nos cofres nem no ponto futuro, como diria um técnico já falecido.

Não faz muito, tivemos um exemplo da ansiedade por contratações para voltar a conquistar um grande título. O então presidente Fábio Koff, atendendo clamor da torcida, manteve o técnico Vanderlei Luxemburgo, de remuneração elevada e métodos que me desagradam, e gastou muito dinheiro contratando para vencer uma Libertadores.

A pressa é inimiga da perfeição. O apressado come cru.

O resultado foi o clube ainda mais endividado, na penúria mesmo, e eliminação prematura.

Sinceramente, não me importo em desperdiçar outra oportunidade de chegar ao tri da Libertadores.

Prefiro perder a ver o clube se afundando financeiramente.

Até porque gastar em contratações milionárias não garante absolutamente nada. Ou melhor, garante um clube com orçamento comprometido.

Então, estou com a direção. Vejo seriedade e inteligência no trabalho que está sendo desenvolvido. Algumas coisas me inquietam, me preocupam mesmo, mas no geral o caminho é esse, um passo atrás do outro, com segurança e firmeza.

Gosto também da insistência com Henrique. É o tipo de jogador que falta ao time, uma liderança ativa, positiva, capaz de injetar sangue nos olhos dos companheiros até no decorrer do jogo.

O Grêmio não tem esse jogador. Por isso, vale o esforço. Não duvido que Henrique seja contratado tamanha é a convicção da direção e sua determinação.

É assim que se começa a montar um time vitorioso, mesmo sem dinheiro: com convicção e clareza de ideias sobre futebol.

Posso estar enganado, mas vejo isso no Grêmio. 

É com esse sentimento de otimismo que me despeço dos amigos, desejando a todos um feliz 2016 e pelo menos um grande título.

ASTROLOGIA

Recordar é viver:

Muitos já conhecem essa história, mas vale a pena repetir.

Durante uns 15 anos publiquei no Correio do Povo, sempre na virada de cada ano, previsões do astrólogo Bruno Vasconcelos sobre a dupla Gre-Nal.

Nesse período ocorreram muitos acertos incríveis. Está na coleção do CP, é só conferir.

Um deles foi na virada 2004/2005.  Bruno afirmou que o Inter estava começando a reviver a vitoriosa década de 70, que, como todos sabem, foi um período trágico para os gremistas. Eu e o RW nos consideramos sobreviventes desses anos de chumbo. Bem, o Inter ganhou a Libertadores duas vezes e um mundial, fora o Brasileirão do chororô, o de 2005.

Bruno previu, ainda, que o Grêmio estava entrando num longo período de indigência de títulos. Garantiu que antes de 2015 ou 2016 o Grêmio não ganharia nada de significativo.

Fiquei tão espantado e incrédulo que decidi poupar meu amigo do ridículo e não publiquei a previsão sobre o período de vacas magras do tricolor. Mas nunca a esqueci, e já escrevi sobre elas algumas vezes. 

O ano de 2015 já passou. Resta o ano que está começando…

A imprensa e a injustiça de Fábio Aurélio

Quando deparei com a matéria abaixo no clicrbs pensei duas coisas: falta de assunto nesta época de vacas magras de notícias em que surge até proposta milionária de 25 milhões de reais por Anderson, e quanta vontade de atingir o Grêmio.

http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2015/12/26/ex-lateral-da-selecao-revela-magoa-com-gremio-fui-desrespeitado.htm

O texto divulga mágoa do aposentado Fábio Aurélio com o Grêmio, que em 2012 o contratou por indicação do amigo (dele) Luxemburgo, mesmo com seu histórico de lesões no futebol europeu. Fábio Aurélio foi um baita lateral. Mas viveu um ciclo longo de lesões sucessivas. Veio parar no Grêmio, que bancou quase um ano de salário praticamente sem aproveitar o jogador. 

Lamentavelmente, isso não aparece no texto. Quem lê a matéria acredita que o Grêmio é o vilão. O Grêmio, na verdade é vítima. 

Fábio Aurélio não tem motivo algum para sentir-se ‘magoado e desrespeitado’. Seus salário foram pagos em dia, acredito eu, e ele teve todo o suporte do clube para recuperar-se. Não conseguiu recuperar-se.

 

Acabou dispensado. Para um jogador que se injustiçado no Grêmio é curioso que ele não aproveitou a liberdade para atuar em outro clube.

Por que será que Fábio Aurélio, que lamentou não ter tido chance de jogar depois de longo tratamento, não prosseguiu a carreira.

Lembro-me de um jogo em que enfim estrearia. Na véspera, ou no aquecimento minutos antes do jogo, ele voltou a sentir a lesão.

A reportagem poderia ter lembrado essa passagem triste do jogador, que realmente trabalhou duro para voltar a jogar futebol, o que, infelizmente para o Grêmio e o atleta, ele não conseguiu no Grêmio nem em outro clube depois.

Mesmo para um tempo em que falta assunto e sobra espaço a ser preenchido não se pode abrir de um pouco de cuidado na redação e edição das reportagens, até para não gerar suspeitas propagadas nas redes sociais de que se trata de outra tentativa de chamuscar a imagem do Grêmio.

Para finalizar, publico a origem da matéria publicada no clicrbs. É uma entrevista longa com Fábio Aurélio.

É um trabalho sério, profissional, que peca basicamente por enfatizar essa injusta mágoa de Fábio Aurélio – e também pela falta de um tom mais crítico diante das declarações – com o clube que o apoiou num momento difícil, pagou, e não foi pouco, sem ter recebido nada em troca, além do empenho do profissional em recuperar-se.

Infelizmente, Fábio Aurélio não soube reconhecer isso.  

http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2015/12/26/ex-lateral-da-selecao-revela-magoa-com-gremio-fui-desrespeitado.htm

 

Grêmio precisa apertar o passo nas contratações

O tempo do torcedor não é o tempo do dirigente.

O primeiro contrata a rodo, indica nomes e cobra explicações por que tal jogador não está nos planos.

O tempo do torcedor está mais para o tempo do jornalista, também ele louco por contratações quase que imediatas, e que se incomoda quando os reforços não chegam na velocidade (por eles e pelos torcedores) esperada. E se irrita quando os reforços que chegam são modestos, quase inexpressivos como os dois volantes contratados pelo Inter, por exemplo.

Já o dirigente trabalha no seu tempo, no seu ritmo. Porque ele não pode errar. Muitas vezes o dinheiro é curto, os preços disparam e aparecem concorrentes. 

É claro que em alguns casos o dirigente avalia mal e contrata pior ainda. Por isso, é preciso cautela, estudo minucioso, avaliação criteriosa.

Defendo que as contratações devam passar pelo crivo de mais pessoas, nunca ficar apenas nas mãos de um ou dois dirigentes. 

Outra coisa, a contratação não pode ser por impulso. 

O problema é que às vezes o dirigente se vê pressionado, ainda mais agora com as redes sociais bombando.

Os fatos começam a atropelar. É o caso do sorteio dos grupos da Libertadores. Tivesse o Grêmio caído num grupo mais fácil, aparentemente mais fácil, o ritmo das buscas poderia ser o atual, este que irrita boa parte dos impacientes torcedores.

A mensagem deles é mais ou menos a seguinte:

Com esse time o Grêmio será um mero coadjuvante na Libertadores.

Assino embaixo. O Grêmio atual, mesmo considerando que Geromel e Maicon sejam mantidos, talvez não supere a primeira fase.

A partir do momento em que o Grêmio caiu no chamado ‘grupo da morte’ a direção fica na obrigação de acelerar o passo. 

O time da Libertadores deve ser já o time do primeiro jogo (contra o Toluca, no México).

Se havia o pensamento de definir o time com a competição em andamento, este deve ser alterado.

O tempo do dirigente começa a ficar muito parecido com o tempo do torcedor. 

E aí, no açodamento, as chances de erro aumentam. É só dar uma olhadinha no retrovisor para ver que a pressa nunca foi boa conselheira.

É preciso agora o equilíbrio, a sensatez que não parece faltar ao presidente Romildo Bolzan: existe necessidade de agilizar as contratações, mas a margem de erro continua sendo zero.

Enfim, o tempo está passando, e agora cada vez mais rápido.

Depois de 15 anos de seca, a ausência de contratações empolgantes torna-se insuportável ao torcedor, que derrama sua angústia, inquietação e revolta nas redes sociais.

Cabe à direção administrar esse momento com sabedoria, nem tão devagar que pareça provocação, nem tão rápido que parece tibieza.

FRED

Até para contratar um jogador sem maior expressão como Fred é difícil. Lembro que durante o Gauchão sugeri Fred, então no Novo Hamburgo. Pensei nele para o grupo, talvez até para titular se mostrasse mais jogo. 

Pois é, ele estava aí do lado. Ninguém do Grêmio viu.

Penso que o dirigente de futebol remunerado deva ser um sujeito atento, ligado nos valores locais, não apenas em nomes duvidosos de fala espanhola e de preço incompatível com a sua história no futebol.

ARGENTINOS

Alguém se deu o trabalho de fazer um balanço do número de argentinos contratados pelo futebol gaúcho nos últimos cinco anos, e quantos realmente foram aprovados?

Assim, sem me aprofundar, constato que foi fracasso sobre fracasso.

E muito dinheiro jogado fora. Sem falar no tempo perdido, prejudicando o time e a ascensão da gurizada da base.

Repito meu mantra: argentino jovem e realmente bom vai para a Europa, ou agora para a China.

PONTO FORA

Defendo que o Grêmio não pode jogar fora de casa com o pensamento em garantir um ponto.

O objetivo deve ser sempre armar o time de forma ambiciosa, mas com os devidos cuidados.

É preciso incutir nos jogadores que a meta é sempre vencer. Implantar a cultura da vitória. Cabe aos dirigentes colaborar nesse sentido. A insistência em falar que ‘vamos em busca de um ponto’ diminui o entusiasmo da torcida e pode ter reflexos negativos no desempenho do time.

 

A Libertadores e a preocupação gremista

A gente sabe que aqui no Rio Grande do Sul a Libertadores é sempre uma competição maior quando o Inter a disputa.

Quando chega a vez do Grêmio o torneio quase vira pó. Tem gente com cara-de-pau suficiente para mencionar na mesma frase a sempre desejada Libertadores e o combalido Gauchão, um absurdo inominável.

A mídia poderia destacar a qualidade e a grandeza dos clubes que irão participar da Libertadores/2016, mas a pauta é a remuneração oferecida aos participantes pela Conmebol.

Ninguém teve coragem, por enquanto, de sugerir que o Grêmio abdique da disputa, seguindo o rastro do Corinthians, que chegou a levantar essa insanidade. Coisa do Andres Sanchez, choramingo de bebê mimado demais.

Não faltou até quem imaginasse o Inter ocupando uma eventual vaga aberta pelos paulistas.

Aí, claro, a pauta da Libertadores seria outra.

Confira a lista dos 38 participantes:

http://esporte.ig.com.br/futebol/2015-12-21/conheca-os-38-times-classificados-para-a-libertadores-2016-sorteio-e-na-terca.html

PREOCUPAÇÃO

Esse tipo de discriminação deixa o torcedor gremista revoltado. Mas passa logo. O que realmente está preocupando a grande maioria dos gremistas é ver que o tempo está passando e nada de reforços.

À esta altura já estou me satisfazendo com a permanência de Geromel e Maicon. A informação, ainda extra-oficial no momento em que escrevo, é de que o acerto foi concretizado. Grêmio pagaria 7 milhões de reais por Maicon.

É muito dinheiro para um jogador de 30 anos, mas se o técnico Roger o considera tão importante para o seu esquema não tem como deixar de investir pesado para garantir sua permanência.

É interessante manter a estrutura que deu tão certo em boa parte do Brasileirão.

Mas é inegável que o time atual, garantindo Geromel e Maicon, é insuficiente para brigar pelo título.

Faltam os reforços. Pelo menos três para titularidade. Um zagueiro com imposição e liderança, um meia para articulação e que goste de entrar na área ofensiva, e um goleador, de preferência que não seja tipo aipim.

Nesse sentido, o Grêmio está com mais sorte que juízo: o aipim paraguaio Fernando Fernandez acertou com o Tigres. O clube mexicanos também deve livrar o Grêmio de uma ‘grande promessa argentina’, o  Lucas Zelarayán, que, se fosse mesmo bom, estaria seguindo para o milionário futebol chinês.

O fato é que o Grêmio, como todos os grandes clubes, está sem muito dinheiro para aplicar em contratações de alto nível.

Cabe ao presidente Romildo Bolzan administrar a escassez e, com criatividade e critério, armar uma equipe capaz de ser protagonista na Libertadores/2016.

A manutenção da base deste ano é uma conquista, uma vitória mesmo, mas ainda insuficiente.

Grêmio eliminado no sub-20

Pelo singelo motivo de que ontem era dia do aniversário de minha mãe, só consegui ver algumas partes do jogo Grêmio x Atlético Mineiro, pelo torneio sub-20.

A impressão que tive, depois de ter visto também parte do jogo contra o Atlético-PR, ficou reforçada:

Os jogadores atuam como se nunca tivessem jogado juntos. É um time sem conjunto, sem entrosamento, sem jogadas ensaiadas.

Lembra aqueles times de pelada em que o pessoal se junta na hora e se farda.

Importante registrar que os demais times do sub-20 não são diferentes.

Recorro ao testemunho de dois botequeiros: Francisco Coelho, veterano, e o Gabriel Lopes, da categoria júnior. Os dois enviaram seus comentários.

Primeiro, o Chico Coelho, patrono do boteco, que viu apenas o segundo tempo:

“Como já havia constatado, ao enfrentar uma equipe bem postada e treinada, nosso Grêmio sofre na criatividade e não consegue criar espaços para jogadas e arremates. Temos bons jogadores, mas insistem em demasia na mesma jogada, sem respaldo (apoio ou aproximação de companheiro) e em quase a totalidade dos ataques, a bola é recuperada pelo adversário.

Nitidamente, o Atlético, avançou a marcação, estando à frente no marcador compactando a defesa, impediu a individualidade gremista, onde o coletivo falhava nos passes.

Tilica é um velocista leve, assim como Ty, e no confronto com defensores fortes, necessitam de espaço para superá-los. Tirando o espaço pouco rendem. Batista ficou preso na defesa atleticana e na única oportunidade real, chutou muito mal, fruto de afobação e cansaço.

A única finalização perigosa foi do Érick.

Tontini não conseguiu criar, sem espaço, e o mesmo com Nicolas, que normalmente são às válvulas de escape para a criação e finalização do Batista. Marcando a criação, o Grêmio do Bugre ficou afobado e raros passes aproveitados. Passes de média e longa distância, com força, não foram dominados, aonde ao matar a bola sem conseguir absorver à velocidade, ela fugia do controle, permitindo ao adversário à recuperação.

No meu entender, o Diogo Schüler Giacomini, treinador do Atlético, aparenta ter lido bem o Grêmio e colocou o Capixaba (João Victor da Vitória Fernandes) que é um jogador arisco, de grande capacidade, na condução da bola e drible que infernizou a defesa gremista.

Thalis Henrique Cantanhede, da intermediária num bom chute pegou o goleiro gremista adiantado e marcou um belo gol.

Gostei do Arthur e do Kaio, pelo empenho que tiveram e muito trabalho. Nas laterais Wesley e Iago, não conseguiam fazer bons cruzamentos nem arremates. A zaga, não esteve bem, como todo o conjunto gremista, insistindo em tocar a bola lateralmente e errando passes. Ficou a nítida impressão de um time não acostumado a jogar quando apertado pelo adversário, tal qual, o time principal.

As substituições não fizeram efeito e faltou a criação, aonde o meio campo deveria ser o condutor das jogadas e não as pontas, como o proposto, sem bons cruzamento e área congestionada. Não sei, mas a entrada dos meias Nikolas e do Machado, seriam as mais indicadas”.

Agora, a análise do Gabriel:

“Por que os jovens insistem em imitar os mais velhos???

O jogo iniciou com a equipe gremista mais à frente, explorando as laterais do campo e especulando as bolas paradas. Essa foi a síntese do primeiro tempo : bolas alçadas e a defesa atleticana falhando. Os mineiros atrás, talvez pelo desfalque do meia Felipinho, com a famosa estratégia de jogar por uma bola, (parece que já vi um treinador ser vice brasileiro assim, melhor não provocar hehehe) apostando no futebol do bom meia Thales e do arisco Capixaba.

Quando parecia que o gol era questão de tempo o meia Tales do time mineiro arriscou um chute da intermediária e o nosso goleiro, Vitor, errou o tempo de bola e falhou decretando o gol que mais tarde selaria a vitória do galo.

Veio o intervalo e no segundo tempo o contexto permaneceu: o Atlético marcando e o Grêmio abusando dos Chuveirinhos para área. Para piorar a situação, o nervosismo gaúcho. Os mineiros voltaram com uma cobertura mais eficiente, cometendo menos faltas bobas nas proximidades da sua área e mais perigosos nos contra ataques.

Em uma das poucas jogadas bem trabalhadas pelos gremistas o centroavante Batista, após desvio do zagueiro, perdeu a chance do jogo, de frente com o goleiro, chutando longe do gol. Na sequência, num rápido contra ataque foi a vez do Tales perder, só que para o Atlético . Após os 40 minutos o Grêmio partiu para o “abafo” sem sucesso.

O resultado foi justo, pois dentro de sua estratégia, o Atlético MG conseguiu controlar o ímpeto dos meninos gremistas que brigaram muito em jogo que mais parecia uma partida do Charmosão dada ‘ pegada ‘ de ambas equipes.

Sobre o árbitro, o Vuaden foi bem, num campo pesado, mas com condições da bola rolar, não teve influência no resultado final. A expulsão do zagueiro Denílson, que puxou pelo pé um jogador atleticano que fazia cera para fora de campo, nos acréscimos, foi justa, mesmo com a encenação…

Destaques para o volante Artur, que está pronto para ser o substituto do Maicon, a luta do Tilica pelo lado, Marcão e Denilson formam forte dupla de zaga e o LATERAL esquerdo Iago se lapidado pode dar retorno.

Por fim, ficou um gosto amargo, pois a exemplo dos profissionais, as equipes que vão disputar o título não apresentaram um futebol superior, tampouco talentos melhores que os nossos. Então, o que acontece com a instituição Grêmio que diante da possibilidade de vencer um título relevante sucumbe???”.