Gre-Nal murrinha e recorde de público na Arena

O único jogador que não poderia ser poupado ficou de fora do Gre-Nal. Douglas fez muita falta ao Grêmio, que tem um time dependente de seu articulador, o cara que faz rodar a bola e de vez em quando acerta uma metidinha.

Sem ele, o time ficou como um órfão. Sem uma referência, sem apoio. Sem o cara que aparece sempre nos momentos mais enroscados. E está aqui um crítico de Douglas. Não posso, porém, negar que Douglas na Arena joga muita bola normalmente. Fora da Arena, parece ex-jogador.

Se fosse para poupar Douglas, que deixasse para o jogo fora de casa contra o Cruzeiro. Lá ele não vai jogar nada mesmo, é uma questão estatística. O maestro longe da Arena some.

Douglas fez muita falta. Errou Renato. A não ser que Douglas estivesse com algum problema, aí é outra história.

No Gre-Nal, ficou provado que Luan se omite dessa função. E Bolaños é uma criatura indefinida. Sei de muita gente que vê (agora acho que não mais) no equatoriano um substituto de Douglas. Não tem a menor chance, até porque sua capacidade de retenção de bola é mínima, e seu corpo franzino não ajuda no entrevero, como se viu no jogo deste domingo na Arena.

Bolanos precisa jogar pelos flancos, mas acontece que ele não demonstra a menor vocação para marcar, acompanhar a subida do lateral, etc. Hoje, é reserva no Grêmio. Mas, claro, se trata de jogador inteligente, boa visão de jogo. Pode ser que ele ainda consiga justificar o alto investimento feito nele.

O JOGO

Foi um dos piores grenais que eu já vi. Pra começar, os dois goleiros praticamente não trabalharam. Não fizeram nenhuma defesa mais difícil.

A marcação superou a criatividade.

O primeiro tempo foi lastimável. O Inter, nitidamente, armou um time para não perdeu. Bloqueou os lados do campo e forçou o Grêmio e jogar pelo meio. O Grêmio  fez algo parecido. Sem Douglas, a marcação maior foi em cima de Luan, o jogador mais criativo do time. Ficou fácil.

No segundo tempo, o jogo ficou um pouco mais aberto. Mas o pau continuou comendo solto.

Até que aconteceu a briga. Vitinho, causador de toda confusão, levou apenas o amarelo. Poderia ter sido expulso.

O juiz destinou o vermelho para os dois maiores brigões: Edilson e Rodrigo Dourado. Os dois mereceram a expulsão. Os dois bateram. A diferença é que Edilson bateu um pouco mais.

Era de se imaginar um jogo mais franco a partir daí, já que havia dois jogadores a menos em campo. Que nada! Continuou aquele jogo murrinha.

O Grêmio perdeu a chance de dar um empurrãozinho no rival, mas hoje se vê que um eventual esforço para ajudar o Inter a cair de nada adiantará.

Os adversários do Inter continuam fraquejando. 

COPA DO BRASIL

Cabe ao Grêmio focar na Copa do Brasil. Sua única chance de título. Deixar o Inter de lado, e jogar com titulares e/ou reservas quando necessário para atingir esse objetivo, sem perder tempo pensando em prejudicar o Inter, que, está saindo ao natural da zona de perigo.

Quarta-feira, jogo contra o Cruzeiro, que, diferente do Grêmio, poupou vários titulares.

Será uma rodada eletrizante, com a dupla Gre-Nal enfrentando os mineiros. Cariocas e paulistas só assistindo.

Isso é bom demais.

 

ARENA

Recorde de público na Arena. Mais de 53 mil pessoas. Aliás, a Arena, ao contrário do que previam alguns abutres, tem marcado os maiores públicos no Estado.

Só falta a prefeitura colaborar para melhorar o entorno, facilitando o acesso e a saída do local.