Novo projeto do Boteco: Sou Fitness!

Não, não tem nada a ver com cerveja artesanal ou com futebol gaúcho.

O novo projeto parceiro do Boteco é um site destinado a quem costuma beber todas e começa a ficar com uma barriguinha (na verdade uma senhora barriga) tipo a do Luis Carlos Reche, a tal barriga de bebedor de cerveja.

Pois está mais do que na hora de a gente se cuidar.

Foi pensando nisso que um tal de Matheus Wink – já vi este nome em algum lugar… – criou um site com dicas de treinos e de motivação – e haja motivação pra quem não troca o levantamento de copos por nada deste mundo – para fazer atividades fisicas.

O nome do site é Sou Fitness: www.soufitness.com.br

Peço a todos os frequentadores deste boteco que cliquem em Curtir na página Sou Fitness no Facebook, pois é por lá que o Matheus divulga em primeira mão todoo conteúdo do site.

E o melhor, semana que vem ele vai fazer um sorteio para todos que tiverem curtido a página!

Toda sugestão (e crítica) será bem-vinda, o email para entrar em contato é matheus@soufitness.com.br

Vamos lá, participem! Vamos trocar o ‘pijama training’ por uma malhação de verdade.

Ah, mas nada de excessos. Pratiquem com moderação. Que ninguém é de ferro.

Link do site: http://www.soufitness.com.br/

Link da página no Facebook: https://www.facebook.com/SiteSouFitness

Roth, Renato e Luxemburgo: a história se repete

Quem acompanha futebol com um pouco de atenção sabe que o torcedor – de qualquer clube – salta do amor ao ódio com muita facilidade.

Sem consultar o google e evitando datas, porque minha memória para guardar nomes de filmes e jogos de futebol é sofrível, lembro que essa paixão que a maior parte da torcida devota a São Luxemburgo, já dedicou a outros treinadores.

Até Celso Roth viveu um período de romance – olhos nos olhos, mãos entrelaçadas, longos suspiros e silêncios que só os muito enamorados são capazes – com a torcida tricolor.

Sei, há situações que é melhor deletar, como aquela da mulher desprovida de beleza física que restou na boate e que você levou para casa todo animadinho, quase trocando as pernas, e que no dia seguinte, consumado o crime, você olha para o lado e leva um susto.

Celso Roth é um caso assim. Conheço gremistas que negam peremptoriamente que um dia ovacionaram Roth. Foi naquele Brasileirão que liderou o Brasileirão a maior parte do tempo, entregando para o São Paulo a partir da metade do segundo turno.

Eu mesmo fiquei várias rodadas empolgado com Roth. Eu assumo. Outros, covardes, negam. Roth, como faz agora Luxemburgo, garantiu vaga para a Libertadores.

Em função da queda do time, que deixou escapar o título brasileiro, eu defendi a não renovação de contrato de Roth. Mas a direção na época o manteve e deu no que deu. O refri dois litros ficou sem gás.

No segundo semestre de 2010 – esse ano eu não esqueço porque foi quando comecei a fazer cerveja e foi também o ano de uma das grandes alegrias no futebol, a vitória do Mazembe sobre um Inter coberto de soberba -, Renato Portaluppi veio aqui tirar o Grêmio das profundezas do inverno em que se encontrava no Brasileirão.

Renato, sem craques como Zé Roberto e Elano, não apenas afastou o risco de rebaixamento como levou o Grêmio a chegar muito próximo da liderança, como agora. E, como agora, conquistou uma vaga na Libertadores.

Empolgada, apaixonada, enlouquecida, a torcida gritou ‘fica, Renato, fica’.

O presidente eleito, Paulo Odone, ficou na obrigação de manter Renato. Não queria desafiar a torcida. Ficou com um treinador que não era o seu e… deu no que deu. Renato saiu desprezado por boa parte dos mesmos que o endeusaram meses antes.

Há uma pressão, agora, para que Fábio Koff repita o que Odone fez e renove com o treinador da vez, o ídolo do momento.

Dizem que Koff gostaria de trabalhar de novo com Felipão, formando aquela dobradinha que levou o Grêmio a ser o melhor time brasileiro da década de 90 do século passado.

Há quem seja contra. Incrível, mas há quem repudie Felipão visceralmente. Alguns deles só porque Felipão vibrou quando o Palmeiras eliminou o Grêmio da Copa do Brasil. Realmente, um motivo muito ‘forte’…

Havia outro ‘argumento’: Felipão está ultrapassado. Aí, Felipão pegou esse time ruim do Palmeiras – e todos concordam que é ruim, até mesmo quem é contra Felipão – e conquistou uma vaga na Libertadores, essa mesma que Luxemburgo acaba de ganhar.

Contra Felipão restou o fato de ter vibrado quando bateu seu velho rival, o Luxa, em pleno Olímpico lotado.

Sim, Felipão venceu o duelo com Luxa. De novo, aliás. Manteve a escrita.

Eu também acho que Luxemburgo, pelo trabalho que fez, inclusive revelando e recuperando jogadores, merece continuar.

Mas eu respeito muito o conhecimento e a experiência do multicampeão Fábio Koff.

Por isso, não estou entre aqueles que exigem a renovação de contrato de Luxemburgo. Sou contra, e aí radicalmente, a que seja firmado um contrato por dois anos.

Um ano é a medida certa. Luxemburgo pode levar o Grêmio ao tri da Libertadores e depois do bi mundial.

Feito isso, será glorificado para todo o sempre. Um ano a mais, portanto, se torna um excesso. Nem ele ficaria após a conquista de um título mundial. Com certeza, iria em busca de novos desafios.

Assim, um ano está de bom tamanho. Nem mais, nem menos.

Sei que Koff tomará a decisão certa, avaliando os custos da operação e considerando a torcida, mas sempre levando em conta o quanto ela é volúvel em suas paixões.

Passado o amor, vem o ódio. E, no futebol, essa transição se dá quase num piscar de olhos.

Luxemburgo é a bola da vez. Assim como já foram Roth – não neguem! – e Renato.

CELERIDADE

Há quem diga com a direção eleita está indo muito devagar. Vou dizer uma coisa: a mídia precisa de fatos. Ela fica em cima o tempo todo. Quando não há fatos, há especulações, e aos montes. Afinal, há espaços a serem preenchidos nos jornais, horários no rádio e na TV.

No momento em que o presidente Koff anunciar a renovação com Luxemburgo, o assunto do momento na mídia, sabem o que vai acontecer: especulações em torno de reforços. Sim, porque aí já teremos o treinador engatilhado, por que então não começarmos a falar em nomes de jogadores.

Resultado: tudo isso vai repercutir no vestiário.

Portanto, vamos devagar, sem ansiedade.

Se não confiam nos novos dirigentes, ao menos acreditem no multicampeão Koff.

Uma vitória para não esquecer

Luxemburgo pediu muitos vezes que o Olímpico jogasse como nos tempos em que ele estava na casamata oposta.

Neste domingo, como já havia acontecido outras vezes, o Olímpico jogou. E com ele, o time.

Poucas vezes nesta temporada time e torcida estiveram tão unidos na garra, na vontade, na gana de vencer. E quando essa simbiose acontece, o Grêmio se torna praticamente imbatível.

Parecia que seria um domingo de pesadelo quando Léo Gago chutou o chão logo no início matando uma boa jogada ofensiva. Logo em seguida, Gago errou de novo. Parecia que desabaria no jogo, mas o que se viu foi um guerreiro alucinado, olhos quase cuspindo sangue, se reerguendo para o jogo, se encontrando e contribuindo para a emocionante vitória sobre o forte time do São Paulo por 2 a  1.

Sem quatro titulares, o Grêmio bateu o São Paulo num grande jogo e assumiu o segundo lugar. Espero que dessa vez a imprensa gaúcha destaque a honrosa colocação do Grêmio no campeonato.

Assim como Léo Gago se reergueu no campo de batalha, o mesmo aconteceu com Saimon. O zagueiro falhou por excesso de confiança em sua técnica e depois tentou remendar de forma grosseira empurrando o atacante dentro da área, num lance que Marcelo Grohe aparecia para consertar.

Saimon fez um segundo tempo rutilante, jogando com seriedade e firmeza, sem titubear, apesar do trabalho que teve com o rápido Osvaldo, que o técnico Ney Feijó teve a generosidade de tirar de campo.

O Grêmio foi, na verdade, todo superação. Faltou a arte e o talento de Elano, mas sobrou empenho e vontade em todos os jogadores, até mesmo naqueles que aparentam menos comprometimento, como Marco Antônio.

Todos aqueles que eu mesmo rotulei negativamente várias vezes deram uma resposta surpreendente.

Pará, por exemplo, simplesmente mostrou em alguns lances ofensivos uma qualidade raramente vista em algum lateral direito em atividade no país.

O lance do gol de vitória, em que ele entortou seu marcador pela direita, e cruzou na medida para Marcelo Moreno marcar de cabeça, foi de lavar a alma de quem estava órfão de lateral desde a saída de Mário Fernandes.

Naldo foi mais uma vez um zagueiro de imposição, chegando a arrancar aplausos da torcida, sinalizando que aí está mesmo um jogador que pode ser muito útil em 2013.

Anderson Pico, depois de um começo vacilante, afirmou-se no jogo e justificou plenamente por que pode ser eleito o lateral esquerdo do campeonato.

Marcelo Grohe foi impecável. Seguro em todas as intervenções e decisivo em alguns lances.

No meio de campo, Souza e Fernando foram impecáveis.

Zé Roberto, então, foi soberbo. Tudo o que eu escrever aqui será pouco para demonstrar a minha admiração por esse jogador, que aos 38 anos corre e, o que é mais importante, joga mais do que muito guri com bota banca de craque.

E isso que ele não contou dessa vez com Elano como parceiro.

Na frente, MA foi útil. Sem brilho, mas participativo, interessado como poucas vezes vi, resultado, sem dúvida, da energia vigorosa da torcida.

Marcelo Moreno lutou bastante. Como prêmio, um golaço para lavar a alma da torcida que já comemorava o empate com o inimigo.

Por fim, André Lima. Um centroavante tradicional, sem muita técnica, mas que já mostrou muitas vezes que sendo acionado adequadamente, recebendo a bola em condições de concluir, ele se torna muito perigoso.

Foi o que se viu quando Zé Roberto fez grande jogada e descobriu André Lima na entrada da área. O atacante dominou o chutou no único lugar em que a bola poderia entrar, rente à trave esquerda, fora do alcance de Rogério Ceni. Foi um chute preciso, seco, inapelável.

Um golaço que levou a torcida ao êxtase e fez André Lima correr como um alucinado à beira do campo.

Em meio a tudo isso, Zé Roberto ouviu a torcida gritar ‘fica’.

Luxemburgo, emocionado com o segundo gol, admitiu depois que o gol bateu mais forte quando a torcida cantou, em coro: ‘Fica Luxemburgo, fica”.

– Um dia que jamais vou esquecer -, admitiu o técnico depois do jogo.

Luxemburgo, o comandante desses guerreiros que honraram a camisa do Grêmio neste domingo, praticamente obriga Fábio Koff a acelerar a sua renovação de contrato.

Futebol é assim, é momento. E o momento é de Luxemburgo.

INTER

Depois da festa gremista, outra atuação para reafirmar o momento terrível do Inter.

O clube que começou a temporada festejado por ter talvez o melhor grupo do país chega ao final do ano numa situação para deprimir o colorado mais confiante.

O Inter está hoje 15 pontos atrás do Grêmio, algo que nem gremistas e menos ainda colorados poderiam imaginar.

O Inter hoje está mais próximo do último rebaixado, o Sport, do que do Grêmio.

O Inter foi batido pelo esforçado time da Ponte Preta por 1 a 0, e o pior é que não mostrou nem dez por cento da capacidade de indignação que vem demonstrando o Grêmio quando está atrás no placar.

Para um grupo milionário, em que alguns jogadores ganham mais do que meio milhão de reais por mês, o mínimo que se poderia esperar é mais empenho para cair ao menos com dignidade.

O que aprendi com Luxemburgo

Espero que Luxemburgo continue no Grêmio. Aprendi muito com ele nesses poucos meses.

Estou certo que aprenderei muito mais, eu, a crônica esportiva e os torcedores de modo geral.

O que aprendi nesse curto período vale por muitos anos de atuação profissional na área esportiva, leia-se futebol.

Quero compartilhar com os amigos esse aprendizado e, ao mesmo tempo, manifestar minha gratidão ao sr. Vanderlei Luxemburgo e explicar por que eu quero que ele renove com o Grêmio.

– Porque com Luxemburgo aprendi que tanto faz ganhar ou perder o Gauchão, que até pouco tempo até derrubava treinador. Vejam só que absurdo! Bem coisa de gaúcho mesmo, faca na bota;

– Porque com Luxemburgo aprendi que perder uma Copa do Brasil dentro de casa para um time rebaixado para a segunda divisão do futebol brasileiro não é motivo para vaias e gritos de ‘burro’, essas coisas que revelam o lado insano e animal do torcedor, que não perde essa mania superada de querer ganhar tudo;

– Porque com Luxemburgo aprendi que a derrota no futebol deve ser encarada como natural. Se o nosso time perde é porque o outro foi superior, e precisamos aceitar, conviver com isso, viver em harmonia tanto com a vitória, o que é mais fácil, como com os empates e as derrotas, o que ainda estou tentando assimilar praticando Yoga e meditação transcedental. Enfim, sendo zen (zen vitória, zen título, zen Goethe, mas com o sorriso largo do velho Luxa nas sempre animadas entrevistas coletivas.

– Porque com Luxemburgo aprendi que é preciso insistir – mesmo que isso resulte em atuações ruins e/ou resultados negativos – com os comprovadamente incapazes de dar uma resposta positiva, como forma de incentivo para que seus espíritos sejam iluminados e consigam sair das trevas da mediocridade técnica. Afinal, todos merecem uma segunda chance. No caso de alguns no Grêmio, infinitas chances, o que evidencia a magnanimidade da alma luxemburguiana, mais uma lição que estou engolin…, digo, assimilando.

– Porque com Luxemburgo aprendi a ser mais leniente, mais tolerante. Reduzi meu nível de exigência para suportar as muitas atuações irritantes do time ao longo do ano. Devo ao Luxemburgo grande economia no consumo de calmantes aos quais apelava logo nos primeiros minutos de jogo;

– Porque com Luxemburgo aprendi que pijama training faz parte da preparação física, um conceito inovador e revolucionário que o Renato Portaluppi, em seus tempos de jogador, sempre defendeu, mas nunca foi entendido. Era um jogador à frente de seu tempo. Quando se dizia que ele matava treinos, estava na verdade fazendo pijama training.

– Porque graças a Luxemburgo tenho agora uma desculpa para usar quando a patroa lá em casa pede que eu feche o boteco e vá malhar. Graças ao Luxa, eu respondo pra nega véia:  “Depois, meu bem, agora estou fazendo pijama training, tu sabes, é aquele treino recomendado pelo nosso técnico”.

Enfim, fica Luxa! Por favor, mas só por um ano. Dois anos é demais.

Não vou conseguir assimilar tanto conteúdo.

WC e a vaga na Sul-Americana

Existe algo mais no ar do que aviões de carreira, diria o gaúcho Barão de Itararé, um dos maiores frasistas brasileiros, a respeito do que acontece no futebol gaúcho.

Quem costuma acompanhar o noticiário esportivo percebe nas entrelinhas e até mesmo nas linhas com nu frontal que uma parte muito manjada da crônica esportiva está angustiada, nervosa, tensa, inquieta, apavorada mesmo diante de algumas possibilidades, todas relacionadas ao Grêmio:

– conquista do título da sul-americana

– vice-campeonato brasileiro

– renovação de contrato com Luxemburgo

– contratação do Lugano

– manutenção do volante Souza

São os que me lembro no momento. Poderia citar alguns tópicos referentes ao Inter e que estão colocando muita gente boa em pânico: a confirmação de Luciano Davi como vice de futebol colorado em 2013.

Evito cornetear a imprensa, porque sei que é séria e honesta, mas nem ela está blindada contra a emoção que cerca a relação Grêmio e Inter. Por mais que se procure manter equidistante, tem horas que o coração se manifesta, sufocando a frieza da racionalidade.

Mas a corneta mesmo costumo deixar para um especialista: o Ricardo Worthmann, que atormenta uns e outros com o seu vigilante blog ‘cornetadorw.blogspot.com (tem um link nesta página). As vezes o RW exagera, mas alguns integrantes da mídia também exageram de vez em quando. Então, elas por elas.

A coluna do meu ex-colega do Correio do Povo por longos anos, o Wianey Carlet, na Zero Hora de hoje desnuda o tormento que acomete a alma dos colorados de um modo geral. O WC, como todo bom jornalista, consegue captar o estado de espírita do torcedor, no caso, o do Inter, no que se refere ao título da sul-americana.

WC lembra, com propriedade, que a Sul-Americana, só era valorizada aqui no Estado por metade da população, referindo-se, sem citar, à parte vermelha. A outra metade, a azul, desprezava o torneio, definido como a segunda divisão da América do Sul. É o que diziam muitos gremistas, fato.

Hoje, como o Grêmio está disputando o título, a parte azul aderiu e está valorizando o torneio. WC brinca com isso, mas o faz com uma certa mágoa, um rancor incontido.

‘Não deve ser confortável mudar, tão radicalmente, de opinião’, escreveu ele, que não pode ser considerado um exemplo de coerência.

WC, que parece ter memória seletiva aguçada – esqueceu que um dia considerou Diego (quem?) um gênio; Taison superior ao Messi;  e que volta e meia insiste que Neymar não está pronto – não citou em seu texto, como sempre bem estruturado e no caso sutilmente debochado, que a Sul-Americana passou a ser valorizada 100% não apenas aqui no RS do azul e vermelho como em todo o Brasil porque agora tem como maior prêmio uma vaga na Libertadores do ano seguinte.

Antes a vaga não existia. O título do torneio – realmente uma consolação para quem não conseguia entrar na Libertadores – saía do nada para lugar algum.

Hoje, não apenas vale a vaga como é o caminho mais fácil para garantir a classificação.

Gostaria de ter lido essa observação na coluna. Deve ter sido esquecimento. A tal memória seletiva.

Para terminar, outra do Barão: “Tudo seria fácil se não fossem as dificuldades”.

Grêmio perto do vice, mas sites ignoram

Desde que comecei a fazer cervejas e a colocar rótulos relacionados ao aspecto mais saudável da rivalidade Gre-Nal, que é a brincadeira, os colorados me cobram. Perguntam por que não faço a ‘Segundina’ ou a ‘Batalha dos Aflitos’.

A ‘Segundina’ um dia vai sair, não tenho dúvida. O Inter bateu na trave algumas vezes. Agora, a cerveja em homenagem aos Aflitos ganhou corpo com o vexame colorado diante do Náutico. Um MazembeDay em dimensão menor. O Inter estava embalado por duas vitórias seguidas e buscava entrar no G-4, o que era na verdade um delírio, como acabou se confirmando neste domingo.

Portanto, quem sabe não lanço nos próximos dias a cerveja ‘Aflitos’? Vou contemplar as duas torcidas: a do Grêmio, pelo heroísmo do feito, e a do Inter, pelo… deixa prá lá.

O ano colorado acabou. Já havia acabado, na verdade. Só faltava a extrema unção.

A derrota complica a questão eleitoral no Inter. Tudo pode acontecer. Giovani Luigi ainda é o favorito, mas dependendo de quem ele anunciará como vice de futebol, ele é capaz de perder a eleição.

MÍDIA

Confesso que não acompanhei os jogos de domingo. Dia bonito, ensolado, aproveitei pra sair. Só agora no final da noite fui me atualizar. Foi quando soube que o Atlético Mineiro havia perdido para o Coritiba, ficando a apenas um ponto de diferença do Grêmio.

Quer dizer, o domingo termina com uma grande notícia, e essa é que deveria ser destacada pelos sites Correio do Povo e Clicrbs, por exemplo: Grêmio a um ponto da vice-liderança e, por consequência, da vaga direta à Libertadores.

Esta é a grande notícia, ao lado claro da derrota colorada em Recife. Mas não vi nenhuma referência a esse fato. A não ser, a própria tabela de classificação.

No clicrbs, o destaque é para Luxemburgo dizendo que a torcida do Grêmio foi fantástica – é um marqueteiro de mão cheia – e o time uma decepção. Só que o time é também ele, Luxemburgo, que deixou a Ponte Preta deitar e rolar no Olímpico no primeiro tempo sem tomar qualquer providência. No segundo tempo, a bem da verdade, tudo mudou. Ele acertou a marcação e o time cresceu, merecendo a vitória. Gol do execrado André Lima, que muitos insistem em chamar de marqueteiro, mas não usam a mesma qualificação para o treinador. Nenhuma linha sequer para o que realmente interessa: Grêmio pertíssimo de ficar em segundo lugar no brasileiro, algo fantástico para um time tão limitado.

Já o Correio do Povo consegue ser ainda mais indiferente a esse momento do Grêmio: a notícia é de que o Atlético perdeu e deixou o Fluminense ainda mais perto do título. Se fosse um site carioca e se ainda restasse dúvida de que o Fluminense já é campeão, eu entenderia. O certo seria algo assim: Atlético perde e Grêmio fica a um ponto da vice-liderança.

Mas essa frase, tão singela, tão óbvia jornalisticamente, não está nos sites. Espero que os jornais desta segunda-feira enfatizem aquilo que realmente interessa: esse avanço do Grêmio na tabela.

Regulamento e a 'grenalização' do caso Barcos

O regulamento do Brasileiro não prevê o que acontece se um time for segundo colocado da competição e ao mesmo campeão da sul-americana.

A primeira opção leva a segunda fase da Libertadores/2013; enquanto a segunda, encaminha para a primeira fase, tornando o caminho ao título, no caso do Grêmio, o tri, mais longo. Sem contar que grandes clubes já caíram logo nessa fase.

A direção do Grêmio vai encaminhar essa questão à CBF, que admite erro não prever essa situação no regulamento.

Ao São Paulo, o assunto parece claro: se chegar em segundo lugar e conquistar a sul-americana, o SP entende que ele fica com o prêmio maior, que é a vaga direta; e despreza a vaga oferecida pela sul-americana, mas levando seu troféu para o armário.

É o bom senso. Se o Grêmio ficar com o segundo lugar, merece a vaga direta. Não pode ser penalizado por ter conquistado a sul-americana, sendo obrigado assim a ficar com essa vaga inferior, digamos, assim.

O bom senso indica que essa é a solução, mas quem diz que o bom senso prevalece na CBF?

SEGUNDO LUGAR

Não resta dúvida que o segundo lugar do Brasileirão está em aberto. O campeão já é o Fluminense, que, além de um time de qualidade, tem a simpatia das arbitragens como nenhum outro clube no campeonato.

Já o Grêmio foi garfeado logo no início do campeonato. São dois pontos preciosos que hoje fazem falta. Vejam no blog cornetadorw.blogspot.com imagem do lance em que Miralles marcou um gol contra o Vasco, um gol anulado pelo juiz e ratificado apesar do veemente protesto dos jogadores do Grêmio.

Um protesto indignado equivalente ao dos jogadores do Inter após o voleio de Barcos.

O batalhão de árbitros igualmente nada viu – oftalmologistas neles. A diferença é que o delegado não consultou nenhum repórter posicionado próximo ao lance, como aconteceu no Beira-Rio.

Da mesma forma, de nada adiantaram os protestos dos jogadores do Náutico naquele famoso jogo contra o Fluminense. Nenhum repórter foi ouvido.

Penso que o regulamento deva ser alterado e que a partir de agora os repórteres passem a integrar o quadro de árbitros da CBF, inclusive com remuneração pelo cargo de ‘consultores’.

IMPRENSA

Li em ZH hoje artigo referindo que existe grenalização no caso Barcos. Não tem nada disso. Quem escreve e defende isso faz uma tentativa de reduzir uma questão séria – a legalização do olho eletrônico nas decisões de arbitragem – ao bairrismo gaúcho.

Está em discussão por que em outros jogos os árbitros não ouviram os delegados das partidas?

É óbvio que o gol de Barcos deveria mesmo ser anulado, e que esse jogador merece punição pesada, mas o que não pode acontecer é a reportagem ser consultada para anular ou confirmar gol.

Há testemunho de pelo menos uma repórter nesse sentido. Foram outros indicativos de que não foram os árbitros do jogo quem decidiram sozinhos, como deve ser e como aconteceu em todos os outros jogos do Brasileiro.

Então, segundo esse articulista: se eu defendo a legalidade, sou gremista; se eu defendo a anulação do gol de Barcos independente da forma como isso aconteceu, sou colorado.

Logo, concluo, baseado no que diz ZH, que Wianey Carlet é colorado, porque pelo segundo dia seguido ele sustenta a tese de que o gol deve ser anulado e os três pontos computados ao Inter.

Cerveja em homenagem ao Olímpico Monumental

Depois da ‘1983, a Cerveja Campeã’ em homenagem à primeira conquista do título mundial por um clube gaúcho – o Grêmio -, e também ao seu grande comandante, o presidente Fábio Koff, lançamos agora a cerveja ‘Olímpica’, idealização da WComm Comunicação Ltda. Seu rótulo é obra do designer Leandro Camiña.

A ‘Olímpica’, uma cerveja tipo Pilsen, natural, sem química, homenageia o Estádio Olímpico Monumental e o maior responsável por sua conclusão, o presidente Hélio Dourado, talvez o mais carismático dirigente do clube em todos os tempos.

“Com sua energia e seu jeito vibrante, Dourado conseguiu mobilizar a torcida no final dos anos 70 para concluir o Olímpico sem apelar para bancos ou empreiteiras. E isso que não havia a internet e suas redes sociais. Hélio Dourado percorreu todo o Interior e muitas regiões do Brasil em que é forte a presença de gaúchos. Nada mais justo, portanto, do que homenagear esse grande e ilustre gremista”, explica o jornalista/cervejeiro Ilgo Wink, criador também das cervejas Mazembier e Kidiaba. Interessados nas cervejas devem acessar: www.botecodoilgo.com.br.

O Olímpico foi inaugurado em 19 de setembro de 1954. Estava concretizado o sonho de outro presidente marcante na história do clube, Saturnino Vanzelotti. A inauguração do estádio com o anel superior concluído aconteceu no dia 21 de junho de 1980.