Luan perde pênalti de novo e Grêmio só empata

Quando o juiz marcou o pênalti de Egídio em Alisson, eu pensei numa coisa: “Só não deixa o Luan bater”. Segundos depois estava lá o Luan para consagrar o goleiro Fábio, que adivinhou o canto e defendeu o chute fraco de Luan, quase uma bola recuada.

E ali se foram dois pontos. O Grêmio amargou o empate por 1 a 1 jogando com seu time titular e diante de sua torcida. A vitória era uma obrigação para quem pensa em título no Brasileiro, mas que também está envolvido com a Libertadores. No sábado, em Curitiba, provavelmente será o time reserva, talvez com alguns titulares, e aí os três pontos deixam ser obrigação, mas longe de serem impossíveis.

O primeiro tempo foi um pesadelo. O time teve maior tempo de bola, mas pouca efetividade. Já o Cruzeiro ameaçou mais, jogando fechadinho e saindo com velocidade e qualidade para o ataque. Bem, foi um primeiro tempo desolador, para esquecer, e eu já esqueci.

CASA ARRUMADA

No intervalo, Renato arrumou a casa. Léo Moura, que não conseguiu dar nenhuma contribuição ofensiva, que é o seu forte, foi substituído na função por Ramiro, deixando o campo para a entrada de Alisson, que entrou bem no jogo, se movimentando por todo o ataque.

Na frente, entrou Jael no lugar de André, que foi esforçado de novo, mas não mostrou jogo para ser titular. Na única chance de gol que teve, cabeceou desviado. Jael entrou, mas pouco acrescentou. Está chegando a hora de testar de novo a dupla Luan/Douglas se revezando, como nos melhores momentos do Grêmio.

GOLAÇO DO GARRINCHINHA

Mais uma vez, Éverton fez a diferença. Eu que sugeri a convocação dele para a o Mundial – e fui chamado de louco – fico aqui imaginando o que pensa Tite cada vez que vê um lance como esse do garrinchinha gremista. Endiabrado, ele superou a marcação a dribles, invadiu a área e chutou sem chance para o goleiro Fábio, que contra o Grêmio é sempre o melhor goleiro do planeta.

OS LATERAIS

Se o lateral-direito não foi bem, com dificuldade para atacar e defender, o lateral-esquerdo não foi melhor. Cortez chegou atrasado no gol do Cruzeiro. Na verdade, uma falha coletiva de marcação. O problema de Cortez é que ele chega na frente e de seus cruzamentos não sai nada. Parece que falta força para cruzar uma bola com mais qualidade, especialmente nos lances do segundo tempo.

Teve uma jogada emblemática aos 34 do segundo tempo, mais ou menos. Maicon, como um maestro sinalizou para Cortez correr e passar Éverton. Maicon tocou para Éverton, que recuou para o capitão, que meteu de primeira para o lateral, que foi ao fundo, na risca de pequena área e cruzou uma bola horrível, muito alta. Coisa de quem já não comanda as pernas.

Resta o conforto de que o time se recuperou com juros no segundo tempo. O Cruzeiro não chegou perto da área tricolor. O Grêmio poderia ter virado o jogo e somado três pontos preciosos na luta pelo título. O resultado obriga Renato a escalar um misto muito quente contra o Atlético PR.

Eu pouparia os dois laterais, Maicon e Luan. Deixaria Éverton no banco de reservas para uma emergência no segundo tempo.

Mais do que nunca o Grêmio precisa brigar pelo título. Até para evitar que o Inter conquiste o Brasileiro 39 anos depois.

Renato mantém o padrão Grêmio de qualidade

O técnico Renato Portaluppi acerta ao compor sua linha de defesa – a menos vazada do Brasileirão – com Léo Moura, que contribui com seu toque de qualidade e experiência para que o Grêmio ainda detenha o ‘título’ de melhor futebol do país.

Infelizmente, ele já não suporta manter o mesmo ritmo o jogo todo. Mas enquanto está em campo é peça importante para a bola trabalhada pelo setor direito, onde cai Ramiro e Maicon  aparece como elemento surpresa. Muitos gols e belas jogadas saíram por ali.

A opção para Léo Moura por enquanto está num nível abaixo. É o Leonardo, que tem mais vigor físico, mas técnica bastante inferior. Renato opta pela técnica, sempre foi assim. Por isso, insiste tanto em Cícero. Até que Jaílson conseguiu provar que também tem alguma qualidade na armação de jogadas, além de mais força e determinação no combate.

No primeiro jogo contra o Flamengo, na Arena, Renato deveria ter colocado Jaílson no segundo tempo, já que Cícero e Maicon, juntos, deixavam espaço para o adversário, por cansaço e também porque ambos não são grandes marcadores. Como escrevi acima, Renato privilegia ao máximo os jogadores de técnica superior. E eu concordo. Só não pode é ser radical.

É claro que Renato vai ouvir o som das cornetas de gente cobrando a presença de Leonardo (acredite, isso é possível). Talvez com o tempo Leonardo prove que vive um momento superior ao do titular, e acabe firmando posição, o que eu duvido, embora reconheça suA evolução na comparação consigo mesmo.

Na frente, dúvida entre André e Jael. Se for por merecimento, entra Jael. André até agora não disse a que veio. A seu favor o fato de que tem recebido poucas bolas para concluir. Talvez Renato esteja considerando isso para manter o jogador. Aí entra de novo a questão da melhor técnica, e aí André supera Jael.

Violência

Sobre o Cruzeiro, a informação é de que Mano Menezes vem com seu time titular. Mano não quer perder para o técnico sensação  do momento – há dois anos Renato é o técnico do momento. Sempre tem algum despeito, uma invejazinha. Renato é o treinador a ser batido nesse mar de mesmices que inunda as casamatas do futebol brasileiro.

A ânsia de Mano em superar Renato é tanta, e legítima, que temo por jogadas, digamos, mais ríspidas. Nos duelos recentes contra o Flamengo, quase não ocorreram faltas. Prevejo que nesta noite, na Arena, o jogo será de pegada mais forte, e até violento como se viu na CB do ano passado entre Grêmio e Cruzeiro.

Vou arriscar uma previsão: nos cinco primeiros minutos – quando dificilmente um juiz dá amarelo e muito menos o vermelho – Luan, Éverton e Maicon serão alvos de faltas duras. Muito duras.

O fato é que Renato x Mano será um espetáculo à parte.

SELEÇÃO

A CBF poderia acatar a ideia dos clubes que tiveram jogadores convocados para esses amistosos ridículos. Usar os jogadores apenas no primeiro confronto, liberando-os para defenderem seus clubes. Assim, o Grêmio poderia ter Éverton no Gre-Nal.

IMPRENSA

A imprensa gaúcha fica em cima do muro ou é contra a liberação de Éverton.

Fosse um jogador do Inter não tenho a menor dúvida que a situação seria muito diferente.

Agora, a CBF deveria cumprir o que diz a Fifa e não realizar jogos oficiais nas datas destinadas à Seleção.

Do jeito que está, os clubes de qualidade superior acabam prejudicados.

Grêmio vence e neutraliza artilharia corneteira

Ao bater o Corinthians em pleno Itaquerão, o Grêmio desarmou uma bomba- relógio pronta para detonar em caso de um resultado negativo.

Foi neutralizada, também, a artilharia de críticas e cornetas que viria de todos os lados,  inclusive de gremistas rançosos, que nunca estão satisfeitos e que estão sempre preconizando uma hecatombe, projetando a derrocada do time.

Fogo pesado, mesmo, viria da alguns setores da imprensa, em especial dos comentaristas ‘isentos’ que já nem disfarçam o seu desconforto, digamos assim, neste momento de superioridade gremista na gangorra regional.

O fato é que o Grêmio, agora com foco também no Brasileirão, tirou a invencibilidade corintiana em seu estádio neste campeonato e se credencia a brigar pelo título.

Será difícil ler algum dia uma manchete como esta que recolhi do site globo.com, destacando o que é omitido, com raras exceções, aqui abaixo do Mampituba:

“Grêmio mostra repertório, bate o Corinthians em Itaquera e sobe para terceiro”

Na linha de apoio o seguinte:

“Time de melhor toque de bola mostra que também tem contra-ataque mortal e vence com golaço de Everton, após arrancada e lindo passe de Luan; Timão sofre com limitações e erros na escalação”

Elogios merecidos, porque o time, mesmo sem Maicon e Léo Moura, conseguiu manter um bom toque de bola – abaixo do padrão que consagrou o time -, mas bom o suficiente para ser superior ao adversário.

No meio de campo, Cícero foi um substituto à altura do titular. Na lateral-direita, um Leonardo cada vez mais seguro, apresentando uma evolução que poucos previam ser possível.

Por falar em substituição, não conheço gremista que não tenha se assustado quando foi anunciado Bruno Grossi, já que Grohe havia sentido lesão no aquecimento.

Logo de saída, Grassi fez uma grande defesa após cobrança de escanteio. Depois, fez algumas intervenções importantes.

Destaque de novo para a zaga tricolor, a melhor do país, embora tenha gente aqui no Estado que pense diferente, apontando a zaga colorada como superior. Coisas do  Texas, como diria o cornetadorw.

Quem escapou do fuzilamento midiático e da saraivada nas redes sociais foi Luan, que andou caindo de rendimento – como todo o time em alguns jogos -, mas nada que justifique críticas mais ásperas e especulações irresponsáveis.

Luan comandou o time do meio para a frente. Foi dele a metida precisa para Éverton desviar do goleiro e fazer o gol da vitória.

Sou da seguinte opinião sobre Luan: ele deve ser criticado quando realmente estiver mal na comparação com ele mesmo, mas nunca atacado, porque é a maior expressão técnica do time.

Por fim, pelo que vi no jogo, o técnico Osmar Loss está com as horas contadas no Corinthians.

 

Tite ‘descobre’ Éverton quatro meses depois

 

No dia 26 de abril ‘cometi’ o post abaixo, quando ninguém sequer cogitava em Éverton para vestir a amarelinha.

Quase quatro meses depois, Tite convoca o atacante, o nosso Garrinchinha.

Demorou, os técnicos demoram muitas vezes, por conservadorismo, falta de olho clínico ou por serem reféns do grupo, no caso das ovelhinhas.

O guri merece essa chance. Tem sido nosso abridor de latas em jogos enrascados.

Uma pena é que ele irá desfalcar o time no Gre-Nal.

Além dele, o Kannemann, outro que merecia ter disputado a Copa.

Outra perda para o Grêmio.

Mas é coisa de time grande ter jogadores na seleção. Faz parte.

Os times menores acabam sendo beneficiados.

 

Há um lugar para Éverton na Seleção de Tite

Grêmio pouco inspirado está fora da Copa do Brasil

O duelo entre duas das maiores potências do futebol sul-americano foi vencido no detalhe como costuma acontecer entre dois semelhantes.

O Flamengo empatou na Arena, nos acréscimos, quando o juiz se preparava para sinalizar o final do jogo. E nesta quarta, diante de sua imensa torcida, foi presenteado com um gol pelo Bruno Cortêz logo no início, uma vantagem que poderia ser revertida com facilidade desde que o tricolor estivesse numa noite minimamente inspirada.

Tirando os dois zagueiros, é difícil apontar quem jogou bem. Marcelo Grohe não conta, porque não foi exigido uma vez sequer – o mesmo pode ser dito sobre o goleiro carioca.

Tivemos, pois, um jogo de intermediária a intermediária, com raros lances de perigo nas duas áreas. O Grêmio teve mais posse de bola, mas aí faltou serenidade e qualidade para meter a bola entre os defensores. Luan e Maicon, dois especialistas, não acertaram uma metida sequer.

Aliás, os dois não foram bem, principalmente Luan, que inclusive armou contra-ataques com dois ou três passes errados, quase displicentes.

O gol abalou o time. Curioso é que os dois jogadores que entraram, Jaílson e Bruno Cortêz, foram os que mais comprometeram  no começo. Ambos evoluíram no decorrer da partida, mas ainda assim estiveram aquém do que sabem jogar.

Jaílson, jogador que sempre defendo, praticamente deu razão ao técnico Renato por ter mantido Cícero de titular nos últimos jogos. Errou passes simples e, no começo, talvez perturbado com o gol, foi indeciso e ineficiente também em seu ponto forte, a marcação, a combatividade.

No segundo tempo, o Grêmio voltou mais determinado e pressionou em busca do empate. Mas aí parecia que jogava com dez, porque André consegue se posicionar sempre no lugar onde a bola não vai, não chega. E olha que foram inúmeras as bolas cruzadas.

Éverton, maior esperança de gol e de jogadas ofensivas, sentiu a marcação muito forte, dois ou três jogadores em cima dele. Conseguiu alguns lances, mas nada que levasse perigo.

Então, numa noite pouco inspirada, o Grêmio foi eliminado da Copa do Brasil. Neutralizou o ataque dos donos da casa, mas não conseguiu viabilizar o seu próprio ataque. Ganharam as defesas.

Não fosse a falha incrível de Cortêz, o jogo provavelmente iria para os pênaltis, o que seria mais justo pelo que fizeram as duas equipes.

Assunto para debate: o Grêmio descansado não foi superior fisicamente ao Flamengo, que usou todos os titulares domingo pelo Brasileirão. E agora?

Acredito que se continuar assim, escalando sempre os titulares, o Flamengo daqui a pouco desaba.

Dias atrás perguntei se não seria hora de começar a discutir a preparação física do Grêmio e também os fisiologistas. Repito a pergunta.

Por fim, aqueles que defendiam um Grêmio focado no Brasileirão, não na CB, podem comemorar. Agora só tem a Libertadores para ‘atrapalhar’.

 

 

Festa para Guerrero reflete a angústia colorada

O centroavante Paolo Guerrero desembarcou com aura de ídolo, herói, craque e salvador da pátria.

Segundo estimativa da imprensa, uns cinco mil colorados estavam no aeroporto para receber o peruano, de 34 anos (dado colocado no rodapé das notícias ou desprezado).

O contrato milionário de três anos com um jogador veterano, em declínio natural em função da idade, e que carrega sobre os ombros condenação por doping, também não interessa.

O que importa é a grande festa ao jogador que, esperam os colorados, irá liderar a busca pelo título brasileiro. Até a camisa, de número 79, que ele vestiu traduzia essa esperança, essa expectativa de todos os colorados, desde os das arquibancadas até os da imprensa.

Afinal, está duro para os colorados aguentar o Grêmio ganhando quase tudo, jogando um futebol referência de qualidade, e ocupando largos espaços na mídia nacional e até no exterior. Nós gremistas já passamos por isso. É muita dor, despeito, inveja. Faz parte, tudo muito normal.

Tudo isso ajuda a explicar tanta euforia pela contratação de um jogador que já mostra indícios de decadência e cujo histórico recente não justifica tanto investimento: salário em torno de 600 mil reais, fora luvas parceladas. Sem contar um valor aplicado por um ‘generoso’ investidor, que com certeza terá de volta o dinheiro aplicado, talvez em percentuais de jovens promessas.

Mas em dia de festa não é bom lembrar esse tipo de coisa. O que importa é que Guerrero simboliza para o torcedor, que só irá refletir sobre essa contratação polêmica se o retorno em forma de gols e de vitórias não for o que esperam os colorados.

Sabe-se que a frustração ocorre na razão direta da expectativa criada.

Foi o que aconteceu com Forlan, também recebido por milhares de torcedores no Salgado Filho, em 2012. E suas credenciais eram muito superiores ao da contratação atual. Era nada menos do que o jogador eleito como o melhor da Copa do Mundo daquele ano. Acabou fracassando, não correspondeu à expectativa criada.

As contratações de maior impacto sempre mobilizam muito a torcida e dão destaque ao clube contratante, mas nada garante que venham a atingir o resultado esperado dentro de campo, que é o que realmente interessa.

Por enquanto, Guerrero é uma contratação de alto risco, que compromete ainda mais as finanças do clube em nome da esperança de um título capaz de atenuar o sofrimento colorado nos últimos anos com o sucesso do Grêmio e a recente queda para a segundona nacional.

 

 

Goleada confirma crescimento dos reservas do Grêmio

Depois de bater os titulares do Flamengo por 2 a 0, o time reserva do Grêmio ganhou moral, ganhou confiança. Prova disso é a goleada de 4 a 0 sobre o Vitória, neste domingo, na Arena.

O Vitória, que tem como seu maior freguês o queridinho da crônica esportiva gaúcha, fato que não pode ser desprezado por aqueles que vão tentar diminuir a vitória tricolor nesta segunda-feira em programas de rádio, espaços em jornais e nas redes sociais.

Tão ou mais importante que os três pontos é sair do jogo com a certeza de que alguns jogadores considerados dispensáveis até pouco tempo, como Leonardo, Paulo Miranda, Marcelo Oliveira (eficiente como zagueiro) e até Jaílson podem dar importante contribuição na reta final do ano.

Após o jogo, Renato repetiu pela milésima vez que não tem um time, tem um grupo.

Até a vitória sobre o festejado Flamengo esse grupo era muito questionado, inclusive por mim, preocupado com as peças de reposição que não davam resposta quando chamadas.

É claro que a maioria desses ‘reservas’ está abaixo dos titulares. Por isso mesmo é que são reservas. Com mais confiança, esses reservas cresceram, evoluíram.

É o caso de Leonardo, que eu dava como caso perdido. Ele melhorou muito sob o comando de Renato e talvez por observar o mestre Léo Moura mostrar como se joga na lateral.

Sinceramente, eu sinto prazer quando vejo jogadores considerados descartáveis darem a volta por cima. Vejam Jaílson, que estava indo para o Santos. Que jogador! Não é craque, não é um virtuose como Douglas ou Maicon, mas carrega um piano como poucos.

Neste jogo, Jaílson fez mais do que marcar e roubar bolas, o que já não é pouco. Deu passes precisos, lançamentos e de quebra marcou um belo gol, o segundo.

O primeiro foi do veterano Douglas. É outro em que poucos acreditavam, em função da idade e do tempo parado por lesão. Pois Douglas está aí dando aula no meio de campo. Um reforço especial, que deve ser comemorado.

Fez o primeiro gol do jogo. Aqui um parêntese para destacar o jovem Matheus Henrique, que começa a ganhar espaço no time com justiça. Foi dele o lançamento para Leonardo receber na direita e cruzar para Douglas cabecear, pegar o rebote do goleiro, dominar e chutar. Matheus saiu mais cedo, sentindo uma lesão. Resta torcer para que não seja nada grave.

Outro nome que começa a se afirmar é Pepê. Está alguns degraus abaixo do Éverton, mas pode evoluir. Em jogada de Marinho, ele recebeu, cortou para dentro e chutou para fazer 3 a 0, com a bola desviando na zaga. A goleada foi completada por Éverton, que entrou quase no final, após jogada com Jael, que cada vez mais prova que seu momento é superior ao de André.

Temos então que o time reserva do Grêmio está fazendo a sua parte depois de um longo período de resultados negativos, evidência de que o trabalho de Renato no vestiário é impecável, para desconsolo e ranger de dentes de seus secadores.

 

Os gremistas amargos do blog e das redes sociais

Quem tem a experiência de ler alguns comentários fixados aqui neste blog – e também em outros espaços -, frequentado por gente que sabe mais de futebol do que qualquer profissional do ramo, ou pensa que sabe, conclui que o Grêmio é um time em processo acelerado de corrosão.

Seu treinador, o mesmo que conquistou quatro títulos em menos de dois anos, é considerado por muitos aqui um protetor de seus supostos amigos. Já diziam isso antes de o Grêmio conquistar a Copa do Brasil jogando um futebol iluminado, de encher de orgulho qualquer gremista, até os eternos insatisfeitos, mais conhecidos por urubulinos.

Para esses, Cícero, autor de um gol histórico  sobre o Lanus na conquista do tri da América, não merece vestir a camisa tricolor. Poucos lembram o quanto ele foi importante, mas isso não tem valor para quem já sentenciou que Cícero não joga nada.

Hoje, quando o time sofre uma pequena queda de rendimento muito natural já que no meio do caminho ocorreram algumas perdas, Cícero voltou a ser o ‘bruxo de Renato’. Essa expressão me perturba, e me irrita, porque não passa minha cabeça que um treinador opte por supostos amigos, ou bruxos, consciente de que estará prejudicando o time. Muito menos o Renato.

Esses mesmos que cobram tanto, sabem muito bem que jogadores jovens normalmente custam a deslanchar, como por exemplo Éverton e Pedro Rocha. Se eu fizer uma pesquisa no blog vou encontrar, tenho certeza, gente execrando os dois guris tempos atrás de forma até violenta e definitiva, como se houve algo definitivo no futebol.

Arthur, que foi lançado por Felipão, sem continuidade porque o guri estava num processo de amadurecimento, também demorou um pouco a se afirmar. Mas quando foi fixado no time teve crescimento vertiginoso.

Agora, concordo com algumas críticas colocadas aqui pelos meus companheiros – alguns comparecem até mais que eu. É difícil de entender por que Jean Pierre não tem sido aproveitado. O mesmo vale para Matheus Henrique.

Por confiar em Renato, o cara que em breve vai virar estátua na Arena, não bato nessa tecla com a insistência de alguns aqui, que, na verdade, estão sempre buscando alguma coisa para atingir Renato. São gremistas que apenas toleram Renato, e deixam isso claro seguidamente. Tudo bem, é um direito deles, mas eu me reservo o direito de rebater quando achar necessário, e se houver motivo para isso.

Se dependesse desses gremistas, o Grêmio talvez estivesse sendo treinado por aquele que não ouso dizer o nome. Claro, ainda na fila por grandes títulos. Quem sabe não é isso que motiva esses torcedores sempre insatisfeitos: eles não gostam de ser felizes no futebol.

Esses torcedores, vulgo urubulinos, precisam de derrotas, de más atuações, de decisões supostamente equivocadas do técnico ou da direção. Qual é a graça quando tu está dando certo? Fica tudo tão enfadonho, mas tão enfadonho que quando o Grêmio joga bem fica tudo muito chato, e isso se reflete no número de comentários.

Quanto pior o Grêmio está, maior a participação nos comentários.

Sei que vou irritar alguns com esse artigo. Tudo bem, podem vir, estou pronto para o debate. Sei que ao meu lado terei um grupo de gremistas também críticos, mas mais compreensivos e tolerantes, que aprenderam em algum momento que não existe perfeição no futebol.

Para finalizar, fecho com a dupla Cícero e Maicon (que já fez ótimas partidas), mas os dois juntos não podem ficar em campo os 90 minutos. Matheus Henrique poderia ir entrando assim como quem não quer nada, como Arthur, no lugar do Cícero.

Espero que esse ‘Arthur II’ comece o jogo contra o Vitória, domingo. Não posso acreditar que Kaio, que até agora mostrou ser apenas um jogador aplicado, comece o jogo como titular, como estão especulando.

Sobre o revezamento na lateral-esquerda. Renato deve ter bons motivos para assim proceder.

 

Grêmio tem tudo para garantir vaga no jogo da volta

Escrevo estas mal traçadas linhas no celular. Sem internet em casa. Por isso, serei breve.

O Grêmio por detalhe não empatou um jogo em foi irregular e instável.

Jael teve o gol à disposição num cruzamento de Marinho e cabeceou nas mãos do goleiro.

Mesmo assim, jogou mais que André.

O Estudiantes venceu por 2 a 1. Mostrou que seu DNA tem a marca do velho futebol argentino, de ganhar na porrada e na catimba. Metade do time foi amarelado e um levou vermelho. Pena que foi na reta final do jogo.

Kannemann foi o nome do jogo. Marcou o gol ao pegar rebote do goleiro após cabeceio de André. Kannemann ditou a postura do time diante da violência argentina.

No jogo da volta o Grêmio tem tudo para garantir a classificação. Graças ao gol do bravo kannemann, que uns e outros vivem dizendo que vai embora. Mas ele segue aqui, felizmente.

Saco de pancadas vinga os titulares e bate o festejado Flamengo

Saco de pancadas no Brasileirão há duas temporadas, o time B do Grêmio, quem diria!, foi redimir-se justamente contra o Flamengo, talvez a melhor equipe que se apresentou na Arena nesta temporada, e apontado por muitos no centro do país como o melhor futebol do país no momento.

Os reservas do Grêmio bateram o misto (muito) quente do Flamengo por 2 a 0, sinalizando que, ao contrário dos mensageiros do apocalipse sempre de plantão proclamaram depois de do empate por 1 a 1, nada está decidido na Copa do Brasil.

No futebol, cada jogo é um jogo, tem sua história, suas circunstâncias e peculiaridades.

A vitória, de lavar a alma, deve estar preocupando os flamenguistas, sua ufanista crônica esportiva e, aqui no Texas, os secadores de todos os escalões, e deixando sem palavras os gremistas de pouca fé e muito fel que abundam nas redes sociais.

Confesso que não esperava mais que um empate, ainda mais que já vi esse time reserva jogar bem e mesmo assim ser derrotado. Conforme escrevi anteriormente, via o time abandonado pelos deuses do futebol.

Foi o primeiro pensamento que me ocorreu quando Jael errou o pênalti ainda no primeiro tempo. Sobre essa cobrança e seu cobrador: só o que espero de um jogador como Jael é que ele bata com força, nunca colocado. Que feche os olhos e bata o mais forte que puder. Sem essa frescura de bola colocada no canto, que é o que os goleiros mais querem.

Enquanto maldizia Jael, eis que ele se recupera de uma forma quase épica, no final do primeiro tempo: foi com tudo na bola perfeita cruzada pelo Leonardo (prova irrefutável de como é fácil, no futebol, morder a língua): marcou de cabeça, chocando-se com Marinho, e comemorando o gol com o sangue escorrendo pelo rosto. Assim também se forja um herói.

Pois Jael, do pênalti batido bisonhamente, fez um segundo tempo de primeira qualidade, inclusive fazendo o lançamento primoroso para Marinho, que começou a exibir um pouco do futebol que o consagrou no Vitória. Marinho desviou com categoria do goleiro.

Agora, o resultado foi ótimo sob todos os aspectos, mas o que me interessa mesmo é saber com quais reservas se pode contar, já que é importante ter um grupo de qualidade e quantidade para brigar por três títulos. Minhas conclusões sobre alguns jogadores sobre os quais pairavam, ou pairam, dúvidas.

– a afirmação de Paulo Miranda. Foi sua melhor partida desde que chegou ao Grêmio. Manteve o nível mesmo com a saída de Bressan e a presença de Jaílson, este um jogador realmente muito útil. Felizmente não foi negociado.

-Leonardo cresceu uma enormidade, provando que quem trabalha, se dedica e recebe boa orientação, pode evoluir. Léo Moura tem hoje um reserva confiável.

-Matheus Henrique, está aí não um novo Arthur, mas um jogador com características semelhantes e potencial a ser revelado jogo após jogo. A lamentar que não esteja na lista da Libertadores. Com seu toque de bola ajudou a dar mais qualidade ao time no meio, ao lado do mestre Douglas.

-Douglas jogou um futebol para dissipar todas as dúvidas sobre sua recuperação. Eu pensei que ele não poderia voltar ao futebol de alta performance, mas me enganei, felizmente. Ele vai ser muito útil.

Vale destacar também a volta de Alisson, jogador importante, uma espécie de 12º titular. Outro que voltou bem, apesar do pouco tempo, foi Thony Anderson.

Por fim, o grande acerto do técnico Renato com a bola rolando: a substituição de Bressan não por um zagueiro, mas pelo jovem volante Matheus Henrique, deslocando Jaílson para a zaga

Temos um time A de ponta, um técnico de ponta e um time B com jogadores em evolução.

O céu é o limite (permitam-se esse momento de euforia).