A Copa e o saque em nossos bolsos

Eu, que sempre fui contra a Copa no Brasil e a combati nos poucos espaços que dispunha, sou obrigado agora a pagar essa conta gigantesca que caiu no meu colo.

No meu e de todos os brasileiros, sejam gremistas, colorados, corintianos, flamenguistas, negros, brancos, amarelos, heteros, homos, petistas, antipetistas… Todo mundo.

Uma conta que terá desdobramentos ainda imensurável na economia e na política – tem eleição logo adiante -brasileira.

Sempre fui contra a Copa justamente porque nunca acreditei em uma só palavra do sr Lula e seus discípulos de que a iniciativa privada bancaria 90% dos custos dessa farra. O que temos, hoje, é que em torno de 96%  dessa brincadeira que fez ainda mais felizes as empreiteiras são bancados por dinheiro público, o nosso rico dinheirinho.

O dinheiro de quem paga impostos absurdos para receber em troca corrupção e serviço público de péssima qualidade em especial na saúde, na segurança e no ensino.

E fica tudo por isso mesmo.

Nesse cenário, os valores das tais estruturas provisórias no entorno do Beira-Rio são insignificantes, mas o que está por trás dessa isenção fiscal liberada pelo governo do Estado é vergonhoso.

Foi uma trama muito bem armada pelos entes interessados na Copa. No final de tudo, uma chantagem que resultou em mais dinheiro público na Copa em Porto Alegre, tudo por causa de meia dúzia de jogos que não, decididamente não, irão gerar receita para justificar minimamente essa isenção.

Poderia agora, já que a porteira foi arrombada mesmo, o sr Tarso estender sua lei para a construção de hospitais e presídios, e também para a reforma de escolas.

Aí sim teríamos um legado que justificaria em parte esse saque em nossos bolsos.

PS – O nobre Raul Pont votou a favor da proposta do companheiro de partido. Por favor, leiam abaixo.

PONT E O ENTORNO DA ARENA

Da série ‘As voltas que o mundo dá’, reproduzo um texto que cometi em janeiro de 2012, e que só lembrei porque foi referido por tuiteiros hoje.

Coloradismo ‘entorno’ da Arena

O deputado Raul Pont está vociferando contra a aplicação de dinheiro público nas obras, indispensáveis, no entorno da Arena.

Está no seu direito. Só tenho lá minhas desconfianças se ele o faz por ser um político realmente preocupado com o dinheiro público ou por puro coloradismo.

Ele já andou retrucando (em resposta ao conselheiro Giuliano Vieceli, que enviou sólidos argumentos contra a posição do deputado petista igualmente publicada no blog de Hiltor Mombach, no CP), que a segunda hipótese é risível, cheia de preconceito e fanatismo.

Não foi por preconceito e algum tipo de fanatismo que a Ford foi embora do Rio Grande do Sul?

Sempre respeitei o Sr. Pont. Raramente concordei com suas idéias no campo da política, mas as respeitei porque via nele um homem honesto, com sólidos princípios éticos. Um homem digno, enfim.

Mas tudo mudou com o episódio do Mensalão, aquele dos 40 ladrões conforme denúncia da Procuradoria Geral da República. Entre eles, homens do alto escalão petista. Gente que era a esperança de milhões de brasileiro.

Peixes graúdos nas malhas da corrupção.

Naquele momento, esperei que os petistas que eu respeitava fossem seguir os passos de Heloísa Helena e Luciana Genro, que tiveram a coragem de abandonar o aconchego do ninho do partido mais poderoso do país pela aventura de criar um novo partido. Luciana, se tivesse imitado Maria do Rosário, talvez hoje fosse ministra.

Sinceramente, mas sinceramente mesmo, eu não tive dúvidas de que a essas jovens idealistas, defensoras ardorosas da doutrina do antigo PT, logo se juntaria o Sr. Raul Pont. Não esperava isso do Olívio, da Maria do Rosário, do Tarso, do Paim.

Mas o Pont, sim. Ele levantaria a bandeira da ética às alturas em meio ao mar de lama de atingia o partido que cresceu combatendo a corrupção e os corruptos.

O Sr Pont oPTou. Foi só mais uma decepção na vida, nem foi das grandes. Pior foi ser goleado pelo Boca Jrs tempos atrás, ou cair pra segundona duas vezes.

O deputado, ao posicionar-se contra dinheiro público investido na Arena, afirma: “O dinheiro público, do Orçamento Público, sempre escasso diante de tantas prioridades deve ser gasto com muito zelo”.

Eu não me lembro de ele ter dito algo sequer parecido quando o governador do seu partido criou 975 contratos emergenciais no ano passado, causando uma repercussão financeira, em 2012, de uns R$ 33 milhões, mais uns R$34 milhões em 2013. Sem falar nas centenas de CCs.

Faltam, pelo que soube, R$ 30 milhões para concluir a obra de ‘mobilidade urbana’ na área da Arena.

Se depender do deputado Raul Pont, a obra não sai. Por preocupação com o dinheiro público ou por coloradismo?

Eu não tenho dúvida. Tenho a coragem de assumir meu ‘preconceito’ e meu ‘fanatismo’.

E ponto.

Barcos em tarde de legítimo centroavante

Com Barcos em tarde inspirada, o Grêmio aplicou 3 a 0 no Juventude e garantiu que o jogo da semifinal seja na Arena. Grêmio e Brasil empataram em número de pontos, 29. No saldo de gols, o Grêmio conseguiu escapar do caldeirão do Bento Freitas.

A escalação de titulares na maior parte dos jogos é que leva o Grêmio a ter essa vantagem. E isso mostra o acerto da direção em manter o foco também no Gauchão, ao contrário de temporadas anteriores. Um ponto a menos que fosse, e o jogo das semifinais do Gauchão seria em Pelotas.

Como se sabe, Juventude, Brasil e Caxias, entre outros, crescem quando jogam em casa. Fora, normalmente se tornam presas fáceis da dupla Gre-Nal. Os jogos serão na quarta-feira.

No sábado, o Inter sofreu um pouco, mas acabou fazendo 3 a 1 no Cruzeiro. O Brasil penou mais, mas passou pelo Novo Hamburgo por 2 a 0. Na sexta-feira, o Caxias, nos pênaltis, após 20 cobranças empolgantes, garantiu a classificação em cima do Veranópolis.

Então, o campeonato se encaminha para ser decidido entre Grêmio e Inter. O Inter tem a vantagem de disputar o segundo jogo do clássico em sua casa, seja ela qual for.

Os destaques da dupla na rodada foram dois estrangeiros. O chileno Aranguiz fez dois gols e tirou o Inter do sufoco no jogo, confirmando que é uma grande contratação.

Neste domingo, o argentino Barcos lavou a alma e mostrou que se na Libertadores é um pirata de perna de pau, no Gauchão é um imperador. Marcou três gols e assumiu a artilharia da competição.

O desempenho de Barcos acompanhou a atuação do time, que se impôs ao natural sobre o Juventude, time de campanha vacilante no campeonato e que havia crescido com Roger no comando. Barcos foi o centroavante que toda a torcida espera ver assim também na Libertadores.

No final, o técnico Enderson reclamou que o time deu facilidades ao Juventude, que chegou a ameaçar um pouco. Não vejo motivos para maiores preocupações. Com a vitória praticamente confirmada, o relaxamento é normal, principalmente porque o time vinha de um jogo muito difícil pela Libertadores.

De qualquer modo, Enderson está certo: contra um adversário mais qualificado os erros de marcação podem ser fatais.

Aceg e o jogo de despedida do Olímpico

Quando pisei o gramado do Olímpico com a camisa 16 para jogar na lateral-esquerda – sou destro, mas gosto de jogar pela esquerda porque me dou bem também com a esquerda – do time da ACEG, o coração bateu mais forte.

Um gramado impecável. Não me senti digno de pisar ali onde grandes jogadores como Alcindo, Iúra, Valdo, Renato, Jardel, Paulo Nunes, De León, Airton, Vilson Taddei, André Catimba, Gessi e tantos outros brilharam.

Mas, pensei, se o Pará pode, eu também posso. Brincadeira, claro, porque considero Pará um jogador honesto e dedicado, que virou a Geni do time.

Ergui os olhos e viajei pelo estádio. O Olímpico ainda está longe de ser um Coliseu, se mantém sólido e firme. Não fosse aquele ambiente de confraternização, o esforço para aquecer pensando no tempo que eu suportaria depois de cinco ou seis anos sem jogar, acho que uma lágrima ao menos escorreria entre os sulcos do meu rosto e talvez até chegasse ao solo sagrado.

O jogo começou com atraso, porque o governador Tarso Genro chegou atrasado, como fazem as autoridades nas solenidades. Mas aquilo era apenas um torneio de futebol em que todos são iguais. Havia empresários, um ou outro político, gente de rádio, TV e Jornal, mas todos ali queriam apenas uma coisa: bater uma bolinha no templo maior do futebol gaúcho. Tarso era apenas mais um.

Mas ele chegou e, no carteiraço, entrou no nosso time que já estava escalado. Não sei quem saiu, eu fiquei, e é o que importa.

Nosso time tinha o Airton Ruschel, conselheiro do Grêmio, baita zagueiro; Diego Casagrande, um volante improvisado na lateral-direita, mas jogando muito, mesmo de óculos; o Ribeiro Neto de quart0-zagueiro; eu na lateral-esquerda; o Newton Azambuja de ponta-esquerda e o deputado Kalil Sehbe, bom atacante. Ah, claro, o Rodrigo Mendes, jogando muita bola. Sem contar ainda o Cacau, grande volante dos anos 70/80.

Vencemos por 3 a 1 o primeiro jogo contra um time de Amigos da Band. No segundo jogo, vencemos outro time dos Amigos da Band. Ao todo, havia uns 60 jogadores. Enfim, fomos campeões.

No primeiro adversário destaque para o apresentador Paulo Bogado, um centroavante rompedor que foi flagrado em meia dúzia de impedimentos em menos de meia hora. E reclamou em todos eles. Depois, ele fez o gol deles, de pênalti.

Eu, que sou muito crítico com os outros e comigo mesmo, dou nota 7 pra mim, considerando o tempo sem jogar. Pensando bem, um 6 fica de bom tamanho.

Fiquei em campo 20 minutos. Desperdicei dois lances quando o jogo estava 0 a 0. Seria a minha consagração.

Eu conto: no primeiro, avancei em diagonal pelo meio. Fiz um sinal para o Rodrigo Mendes sair pelas costas do zagueiro e dei o passe certeiro, preciso, mas o chute foi fraco. O zagueiro cortou.

No segundo, minutos depois, jogada parecida. Roubei uma bola no meio de campo e avancei em, digamos, velocidade, pela meia-esquerda. O Rodrigo passou ao meu lado em direção à área, pedindo a bola. Joguei a bola para ele pegar na passada, mas ele acelerou pra receber na frente. O zagueiro saiu jogando.

Acho que nunca mais vou esquecer o olhar recriminador dele pra mim. Acho que foi castigo pelas notas que eventualmente dei a ele nas cotações do Correio do Povo. Rodrigo, claro, foi o melhor disparado desse torneio. Joga com muita facilidade.

Logo depois, o Haroldo Santos, presidente da Aceg e técnico do time, me substituiu. Na verdade, minha mente estava a mil, minhas pernas já se arrastavam. O Tarso, que jogou direitinho, ficou em campo mais tempo, claro.

Mais um pouco eu talvez precisasse de um desfibrilador.

Ah, arrumei um lugar no jogo para meu filho mais novo, o Matheus, e para o Roque Fernando, outro botequeiro que conheci pessoalmente. Os dois entraram no segundo jogo.

Enfim, uma grande iniciativa do Haroldinho, que organizou essa promoção, intitulada Jogo de Despedida do Olímpico.

Imaginem se for o último do Olímpico, conforme lembrou o Gabriel no comentário anterior?

Tomara que não, em nome da memória de tudo que ali nós, gremistas, passamos.

O Olímpico merece um último jogo de maior nível.

Os méritos de Enderson

O técnico Enderson Moreira tem muitos méritos nessa campanha do Grêmio na Libertadores.

O principal deles foi o de ter mantido a estrutura deixada por seu antecessor.

Os três volantes permanecem, agora com menos técnica a partir da substituição de Souza por Edinho. Menos técnica e versatilidade, mas com mais força e truculência – o que é muito importante em se tratando principalmente de Libertadores.

Mantido o trio de volantes, tão criticado por especialistas de todos os matizes, mas que foi fundamental na conquista do vice-campeonato brasileiro e da vaga direta na Libertadores, algo fundamental para preparar melhor a equipe – Luxemburgo que o diga.

Enderson mostrou sabedoria futebolística também ao defender a troca de Souza por Rodolfo, um zagueiro que estava em baixa no São Paulo e que veio por indicação do técnico anterior, tornando-se talvez o mais importante jogador na vitoriosa campanha que levou um time sem goleador a ser vice brasileiro.

Mas os méritos de Enderson não terminam aí. Depois de perder Alex Telles, ele não vacilou em escalar Wendell, jogador que já havia recebido oportunidades na gestão anterior. Wendell, hoje, é uma afirmação. Diria que é jogador até para a seleção brasileira, que o Felipão não me leia.

Na frente, uma pitada de sorte. Sim, a sorte faz parte da vida. Já muito técnico se dar mal por falta de sorte – evito dizer aquela palavra de significado oposto.

Kleber, benditam sejam os deuses do futebol, se lesionou. Uma lesão festejada por 9,9 gremistas em 10. Com isso, Enderson pode escalar Luan com tranquilidade. Ele poderia ter optado por algum outro guri da base, ou apostado no Deretti ou no Paulinho, mas ele viu Luan. Apostou em Luan, até então pouco conhecido.

Portanto, sorte com a lesão de Kleber e sabedoria na escolha do substituto.

Outra sorte foi a lesão de ZR. Com isso, ele ficou à vontade para escalar um jogador com mais vitalidade para compor o meio de campo agregando velocidade ao optar por Dudu. Talvez com o tempo, Alan Ruiz conquiste a posição.

Enderson tem ainda dois problemas: a lateral-direita e o comando do ataque. Pará, mesmo quando joga bem, como foi em Rosário, é crucificado. Já disse, é a Geni do Grêmio. A irregularidade de Pará e a imperícia nos cruzamentos são preocupantes.

Já não defendo Ramiro na direita, porque Ramiro é imprescindível no meio. Penso que Tinga poderia receber uma oportunidade. Mas acho que isso só irá ocorrer quando Pará for expulso ou se lesionar.

Na frente, a situação é ainda pior. Barcos decididamente não é goleador. Tem sua utilidade, mas insisto na contratação de um camisa 9, estilo aipim ou movimentação, mas um goleador.

Fora isso, gostaria de ver o que Enderson faria em caso de não poder contar com Barcos. Ele, como Luxemburgo e Renato, me parece refém do argentino até por falta de outro jogador realmente confiável no grupo para tomar conta da posição.

Uma coisa é certa, se Enderson não tomar algum tipo de providência irá afundar com o Barcos, e nós todos juntos.

A defesa é a maior esperança

Se o Grêmio tivesse um goleador, um jogador de área vocacionado para o gol, eu não vacilaria em apostar até numa vitória sobre o Newell’s.

Mas o Grêmio tem Barcos. Por isso, o empate nesta noite em Rosário, diante de uma torcida enlouquecida, será um grande resultado. Uma derrota será um pesadelo. Mas também nada que não possa ser consertado. Ainda faltarão alguns passos e será possível evitar o abismo.

Barcos já detonou Luxemburgo – se dizia até que os dois estavam brigados, nada disso, era ruindade mesmo. Implodiu Renato e se encaminha para encurtar a trajetória do Enderson.

Tudo porque a direção não providenciou uma sombra para Barcos, um jogador realmente de área, um fazedor de gol. gol de canela, de nuca, de barriga, de qualquer jeito. Não sei por que, mas me lembrei de Mamute…

Se eu tivesse que resumir Barcos em uma palavra, eu diria que ele é um facilitador. É um elogio. Não o considero mau jogador, ele só não é um goleador.

Barcos, assessorado por jogadores com mais velocidade e movimentação no sentido vertical, e não para os lados, é útil. Ele trabalha a bola, tem boa visão de jogo, e acerta boa parte dos passes. O problema é que ele é lento, não tem arranque nem velocidade. Se posiciona mal na área e dificilmente se antecipa ao zagueiro. Normalmente, fica atrás, esperando uma falha.

Apesar de tudo, ele é um facilitador no sentido de que, na distribuição de jogo, tem capacidade para fazer jogadores como Luan e Dudu mostrarem todo seu potencial técnico. Também são beneficiados os volantes Riveros e Ramiro para uma chegada-surpresa, que nem é mais surpresa porque é mais do que manjada.

Assim como seus dois antecessores, Enderson tentar explorar o melhor de Barcos, que é justamente essa de ser um facilitador em potencial, um jogador do coletivo, que marca e recua até junto dos seus zagueiros.

Então, Barcos faz o time jogar, eu reconheço isso. E sei que muitos não reconhecem. Talvez eles estejam certos, não sei, mas eu sou assim, acredito que todas as pessoas têm alguma coisa de bom.

O maior defeito de Barcos é ser um centroavante que dificilmente faz gol. Ele seria um André Catimba, sem os gols do Catimba, que em breve será nome de cerveja – não minha.

Com André, todo mundo fazia gol. Até o pipoqueiro. Mas o principal é que André também fazia gols, e gols decisivos, um excelente centroavante. Se tivesse André hoje eu diria que o NOB poderia ser goleado.

Mas eu não tenho André Catimba. Tenho um genérico.

Por sorte, a defesa está muito bem, sem gol sofrido na Libertadores. A defesa é a maior esperança.

DUDU

Dizem que Dudu começa o jogo. Já diziam isso semana passada. Dudu começaria e Edinho ficaria no banco. Enderson plantou essa dúvida, que eu não levei a sério.

Agora, ele vem de novo. Desta vez, acho que Dudu começa mesmo.

O melhor seria começar com Alan Ruiz, mas desconfio que o argentino ainda não está em condições plenas para começar um jogo com tamanho nível de dificuldade.

Portanto, a opção por Dudu é correta. Ele vai fazer mais ou menos o trabalho do ZR, mas com um toque de bola mais verticalizado. Pode dar certo, pode dar errado. Futebol está longe de ser ciência exata.

Dudu, a meu ver, ainda não mostrou futebol para ser titular do Grêmio, mas é um atacante diferenciado pelo arranque, velocidade, e, principalmente, porque não tem medo de jogar, de ser feliz.

Alan Ruiz e Deretti ficam para o segundo tempo.

ARENA/EPTC

Movimento Grêmio Multicampeão preparou um projeto minucioso, objetivo e realista, para facilitar o trânsito na Arena nos grandes jogos. Como se sabe, foi um caos no último jogo. O projeto será entregue amanhã ao presidente da EPTC, o Callegari, que, aliás, é o único dirigente que aparece mais na mídia que os presidentes Koff e Luigi.

A arte de saborear e identificar um bom sagu

Recebi o comentário abaixo em meio a esse processo louco de Renatização. É sobre um texto que escrevi há uns 4 anos e que reproduzo, na íntegra, como pode ser conferido no google.

O assunto é sobre minha sobremesa preferida. O final é uma frase sobre futebol. Pura coincidência. Uma frase que permanece muito atual pelo menos no contexto deste boteco.

Não é o ideal. Serve só como ilustração

Este é comentário que recebi hoje e que coloquei no post anterior, mas não sei por que não aparece no site, só na parte interna assim como outros.

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terça-feira, 24 de agosto de 2010

A arte de saborear e identificar um bom sagu

É preciso uma certa técnica em tudo na vida. É preciso arte, um tanto de requinte até para as coisas mais prosaicas, mais simples.

Até para comer sagu é necessário, fundamental, uma certa sutileza, apreço a detalhes que normalmente dispenso para qualquer outro tipo de alimento, salgado ou doce.

É que o sagu é a minha sobremesa preferida. Cheguei a essa conclusão depois de meio século de vida. Passei por outras preferências. Arroz de leite e pudim de leite condensado são dois exemplos. Já estiveram no topo. Hoje, é o sagu. Com creme de baunilha, claro.

O problema é que o sagu virou uma obsessão. Entro no restaurante e vou direto ver se tem sagu. Quase todos tem. A maioria, porém, é desprezível.

Só pela cor já percebo que o sagu é ruim. O creme precisa ser… cremoso. Nem muito consistente, nem muito líquido.

O sagu bom tem cor escura, cor de vinho tinto. Já vi até sagu de refresco de uva. Um acinte, uma agressão.

Depois de avaliar a cor, analiso a consistência. A parte líquida deve ser cremosa e as bolinhas firmes, mas macias. O sagu deve, obrigatoriamente, exalar um aroma de vinho. Caso contrário, me afasto.

Um sagu bom é também sinalizador de um bufê de sobremesa de qualidade, o que é válido inclusive para o bufê de saladas e de pratos quentes. Um sagu ruim, obviamente, aponta para o oposto.

Quem fizer o teste verá que tenho razão. Sagu bom é sinal de refeição boa.

Para saborear devidamente o sagu que passou no teste visual e de olfato, é preciso saber servir-se de modo adequado.

Eu ensino: pegue o pote (não pode ser pires, de jeito nenhum), coloque sagu até quase em cima. Depois, uma colher de sopa, ou duas, de creme. Eu costumo afastar aquela película mais sólida que se forma na superfície. Se não der, vai assim mesmo.

Agora vem o momento especial, o ápice, é como o atacante na cara do gol. É preciso jeitinho, uma técnica apurada para degustar o manjar que está à frente, indefeso como um goleiro diante do goleador.

Nesse momento eu sou o goleador.

É imperdoável misturar o sagu com o creme, dando voltinhas com a colher, como tem gente que faz com o prato feito.

Mergulhe a colher no sagu e depois no creme, nesta ordem. O creme não pode ocupar mais do que 30% da colher. Eu costumo ficar nos 20, 25 por cento.

Bem, aí chegou a hora de avaliar o sabor. Normalmente, seguindo os passos referidos, não haverá decepção.

Se tudo der certo, é só mandar ver e ir pra galera.

SAIDEIRA

Depois dessa louvação ao sagu legítimo, perfeito e imbatível como sobremesa, só falta uma dica. Onde comer um bom sagu? Descobri um lugar recentemente, perto da minha casa: Romana Becker, um restaurante familiar, comida boa e barata, caseira, alta qualidade. Custa 10 pilas na semana e 14 no sábado. O bufê de sobremesa é nota dez. Com destaque, claro, para o sagu. O restaurante fica na Marcelo Gama com Américo Vespúcio. Está ali há uns 40 anos. Um dos donos é o Astor, colorado doente. Ele é quem faz o sagu.

Antes, eu satisfazia minha fome de sagu no Mamma Mia, no bairro Floresta. Mas ele fechou. Agora, só em Gramado.

Aceito novas indicações.

FECHANDO A CONTA

Do jeito que a coisa está, não dá nem pra falar de futebol.

Olina com limão e sal

Depois que o blog cornetadorw declarou que esse boteco é um fórum de debates sobre futebol e especial sobre o Grêmio, com opiniões diversas, decidi que a texto abaixo, que eu publicaria no púlpito dedicado aos botequeiros, vai sair aqui mesmo.

Se eu o colocasse no espaço tradicional de debates muita gente não o leria. Então, segue minha resposta. Aqueles que estão ligados no debate vão entender:

Gabriel, te nomeio meu porta-voz quando o assunto for ataque ao Renato.

Não posso perder tempo quando o meu amigo RW cobra que o Renato não tirou o Alex Telles para colocar o Wendell. É má vontade demais com o Renato. Se ele cobrasse algo assim em relação ao Pará, tudo certo, mas querer que Renato tirasse o melhor lateral do Brasileirão é demais. Sem contar que Wendell entrou algumas vezes, prova que Renato via nele qualidades.

Ainda o RW. Sobre times gremistas piores que o do Renato, são dezenas ao longo do tempo. Lembras do Loivo? Só nos anos de chumbo foram uns 10. Não posso discutir isso. É também questão de gosto e má vontade ou apenas uma forma para realçar o quanto não gostava do time que foi, com Kleber e Barcos, vice campeão brasileiro.

Outra coisa, para deixar muito claro: NÃO QUERO MAIS O RENATO NO GRÊMIO. Cansei de ser vice brasileiro com ele, quero um que me leve ao título. Portanto, RENATO NUNCA MAIS. Não quero mais ser vice nem ouvir, como sempre destaca o RW, o treinador do “meu grupo”.

Outra coisa, por favor, não repitam mais que apenas a torcida do Inter maltrata seus heróis. A maioria da torcida gremista segue admirando Renato, com todos os seus defeitos. Mas tem uma minoria, que nem é tão minoria assim,  que não perde chance de dar pau no Renato. Isso que ele não está aqui, está trabalhando em outro ‘meu grupo’.

Lembro que o Maxi Rodriguez começou o ano relativamente bem e logo vieram alguns apressadinhos cornetearem o Renato. “Viram? Ele nunca teve problema físico, tá correndo, iniciando os jogos…’ Nada como o tempo. Maxi logo voltou para o lugar dele: o banco, ou fora dele. Aí, silenciaram as trombetas. Tivessem honestidade intelectual e humildade viriam aqui na tribuna manifestar que estavam errados e injustos no ataque a Renato ao menos sobre Maxi. Só não cito nomes porque sinceramente não lembro de todos e seria injustiça deixar alguns de fora…

Eu e Gabriel nem falamos mais no Renato, que é passado. Só reagimos quando os ‘boi-corneta’ de plantão aparecem para atacá-lo por qualquer pretexto.

Outra coisa: nas mensagens do post anterior há gente dizendo que não volta mais aqui, que tem muita gente amarga e raivosa neste boteco, que falta otimismo e incentivo ao grupo atual e seu treinador, etc.

Esta é a má notícia: estamos perdendo público, o que é uma pena.

A boa notícia: vai sobrar mais cerveja pra nós, os amargos…

Aliás, semana que vem sai um novo lote. Eu ia parar, mas são tantos os apelos que decidi lançar mais algumas cervejas campeãs.

DERETTI

Penso que Deretti, pelos gols e alguns bons lances no pouco tempo em que esteve em campo contra o pobre Pelotas, mas principalmente pelo que mostrou outras vezes, pode ser o substituto de ZÉ Roberto. Com ele, o time vai ficar mais agressivo, porque Deretti é um jogador vertical, diferente do ZR.

Outra possibilidade é Dudu, talvez a primeira opção do treinador ‘que não joga por uma bola só’. O problema é que as jogadas de Dudu poucas vezes resultam em situações efetivas de gol. É uma usina nuclear para acender um palito de fósforo. Mesmo assim, é um atacante que entra e preocupa o adversário.

São opções mais ofensivas. Mas acho que ele vai começar com Alán Ruiz, que deixa o time mais fechadinho, mas muito dependente de Luan para vencer a marcação do NOB.

Sobre a lateral-direita: Pará segue imexível. Começou com seu ‘criador’, o Luxemburgo, resistiu com o Renato e se mantém com o Enderson. Ou esses três não entendem nada de futebol ou nós estamos errados, não percebemos a grande utilidade de Pará. Ou ainda por falta de alternativa melhor.

Pois eu quero declarar que essa alternativa existe: Tinga. Descontando a qualidade do adversário, o rebaixado Pelotas, vi que Tinga tem condições de brigar pela posição. Ele precisa ao menos ser testado pra valer, como foi Alex Telles ano passado e Wendell. Tinga pode ser a solução, mas também pode consolidar Pará por mais dez anos. Como sabê-lo? Precisamos vê-lo.

Bem, agora vou tomar minha olina com limão e sal.

Estrepolias da EPTC e o empate frustrante

Fui ao jogo ontem. Começo com essa frase porque é raro eu trocar o monitor de TV por jogo ao vivo. Por isso, declaro que fui ao jogo e, como todos os torcedores que se aventuram a ir à Arena em dia de grandes jogos, penei para chegar e penei para sair.

O Grêmio tem um dos melhores estádios de futebol do mundo encravado numa área esquecida pelos gestores municipais de antes e de hoje. Como se não bastasse, a questão do acesso, da mobilidade, é complicada pela EPTC, que parece ter prazer em tumultuar a vida dos gremistas.

Quando cheguei o jogo já estava nos 5 minutos. Foi bonito por demais da conta deparar com a Arena quase lotada, com a geral gritando e cantando sem parar. Foi bonito e só por isso valeu o esforço de ir ao jogo, foi o que pensei naquele momento.

O que vi a partir desse instante e até o intervalo foi melancólico, frustrante, decepcionante. Eu estava em pé no setor gold, junto aos cadeirantes. ‘O que estou fazendo aqui’, me perguntei algumas vezes ao ver a postura do time.

Vi uma equipe leniente diante do toque de bola cadenciado e irritante do Newell’s, uma equipe experiente e qualificada tecnicamente, mas vulnerável, com marcação firme, mas nada do que se costuma ver na Libertadores e em especial em equipes argentinas.

Não, não faltou vontade aos jogadores do Grêmio, todos muito esforçados, dedicados e interessados. Todos.

É que eu esperava o mínimo do que um gremista pode esperar do seu time, a qualquer momento, dentro de sua casa: uma forte pressão inicial, pelo menos durante uns 20 minutos, buscando o gol, marcando forte a saída de bola, avançando a linha de meio de campo para o campo do adversário, para sufocar, abafar e impedir aquele toque de bola morno que os defensores faziam com a participação efetiva do goleiro.

Foram 45 minutos que o treinador do Grêmio deixou passar sem esboçar qualquer medida para apertar o adversário. Cansei de repetir mentalmente a cada bola recuada e a cada bola tocada de um lado para outro com apenas Luan, Barcos e Zé  Roberto pressionando, quando pelo menos Riveros e Ramiro deveriam chegar ali para acabar com aquele farra que fazia o tempo passar e quebrava o ritmo do time.

O medo de perder tira a vontade de vencer. Foi o que pensei algumas vezes, e percebi que a maioria dos gremistas ao meu lado também esperava ver a equipe marcando no campo do rival.

Nessa etapa, Luan fracassou. Perdeu todos os lances. Se fosse Pará, Edinho ou Zé Roberto a errarem tanto, teriam sido linchados à saída de campo. Agora, no segundo, ele fez duas ou três grandes jogadas. Enderson errou ao tirá-lo porque é o mais criativo e habilidoso do time.

Desperdiçado o primeiro tempo por falta de providência do treinador, que parecia conformado com o que via, veio o segundo tempo. E aí sim foram feitas mudanças, mas muito mais de nomes do que de postura. Só acho que o técnico demorou. Ele começou a mexer aos 15 minutos. Poderia ter sido no intervalo.

Ao natural, o ingresso de Dudu no lugar de Riveros -eu sacaria Edinho ou ZÉ roberto- torna o time mais agressivo, não é uma questão de reposicionamento tático.

É claro que o time ficou mais ofensivo, embora Dudu não tenha criado grande coisa para justificar o entusiasmo que percebo em boa parte da torcida em relação a ele. Não compactuo desse entusiasmo, mas reconheço que é um jogador interessante.

Aos 22, Ruiz no lugar de ZR. Correta alteração. O melhor seria sacar Edinho, mas ZR estava cansado. Por fim, aos 31 Maxi Rodriguez, o jogador bibelô.

É evidente que com esses jogadores de características mais ofensivas, o Grêmio jogou mais na área do NOB. Pena que isso não aconteceu logo de saída, como um cartão de visitas para os argentinos saberem com quem iriam lidar. Era assim no tempo de Felipão.

O Grêmio criou situações de gol. A melhor delas foi de Barcos, que recebeu na área em ótimas condições de marcar. Chutou alto, mandando para longe qualquer esperança de gol.

Para um técnico que chegou prometendo que seus times nunca jogam apenas por uma bola…

COTAÇÃO

Todo o sistema defensivo esteve impecável. Wendell foi o melhor. Pará só falhou, pra variar, nos cruzamentos, sempre onde não estão os gremistas. Com exceção de um, que Zé Roberto não aproveitou.

Ramiro foi um herói. Fiquei exausto só de ver o quanto ele correu e brigou pela bola, mostrando indignação que não vi em todos os seus colegas diante do resultado ruim. Barcos, bem, fui o primeiro a constatar que ele não é exatamente um centroavante. Se a zaga ontem fosse a do Passo Fundo com certeza Barcos faria ao menos um golzinho.

Barcos no Gauchão é um destroyer, na Libertadores um caiaque.

A 'dúvida' de Enderson e a vitória de Abel

O técnico Enderson Moreira, espertamente, deixa uma dúvida no ar sobre o time que começa o grande jogo desta quinta-feira contra o Newell’s Old Boys.

A indefinição, que deve ser apenas para efeito externo, é entre Edinho ou com Dudu. O importante é que ajuda a confundir o técnico rival.

Jogo minhas fichas na escalação de Edinho para começar a partida. Afinal, em time que está ganhando não se mexe.

Agora, não descarto a possibilidade de que Dudu comece o jogo, saindo Edinho. Foi o que se viu contra o Passo Fundo, no segundo tempo.

O time ganha em mobilidade e velocidade, algo que o técnico defende muito e aplicava no Goiás.

E tenho minhas dúvidas se perde em marcação. Com Edinho, o time, em tese, fica mais fechado. Mas é só em tese, porque não é isso que temos visto.

Nos últimos jogos Edinho anda muito faceiro, não guardando posição. O Grêmio tem levado gols até em função.

Agora, Enderson gosta de um centromédio típico. No Goiás, a função era de Amaral, que ele indicou ao Grêmio. Aqui, é Edinho.

Sem o volantão, Ramiro e Riveros terão a ajuda constante de Zé Roberto, Dudu e Luan. Foi o que se viu no ‘jogo-treino’. O time fica compactado e com uma saída de bola muito rápida e qualificada. Isso é inegável.

Porém, perde um xerifão. Um cara para impor respeito. No Grêmio, o único que faz isso é Edinho. Já mostrou sua utilidade nesse aspecto nos dois jogos pela Libertadores.

Então, acho que ele começa com Edinho.

Eu, que sou um volantista confesso e assumido, começaria com o trio de volantes.

Mas se Enderson começar com um time teoricamente mais ofensivo tenho certeza de que o fará baseado muito nas informações que tem sobre o adversário.

Conclusão: tudo pode acontecer.

Quer dizer, quase tudo. O que não pode acontecer é uma derrota em plena Arena.

Por isso, estarei lá torcendo e apoiando o time incondicionalmente. Sem sequer murmurar a cada erro de Pará e a algum gol eventualmente perdido por Barcos.

E se Léo Gago entrar, bem…

O que se há de fazer?

Se Jesus sofreu em silêncio na cruz eu posso engolir mais um sapo na minha vida. Tudo pelo bem do Grêmio.

A GOLEADA DE ABEL

O Inter é líder disparado do Gauchão. Pode não ser muito, mas não é pouco.

Apesar disso, os cronistas esportivos colorados da praça não param de dar pau no Abel, cobrando que coloque mais guris no time e que arme uma marcação mais forte, que o time assim como está é faceiro e não irá resistir contra equipes de maior porte.

Ontem, o Inter aplicou 6 a 1 no Remo, lá em Belém, num campo horroroso.

Antes do jogo, diziam que um empate estaria de bom tamanho.

Agora, leio e ouço que o adversário é que era muito fraco, querendo desmerecer a vitória colorada para seguir na tese de que o time continua vulnerável e que está se iludindo com o ‘engana-bobo’.

Nem oito nem oitenta. Por enquanto, Abel está ganhando de goleada dos seus corneteiros.

Racismo, homofobia, gremiofobia e interfobia

Que nós, torcedores identificados ou enrustidos, somos todos treinadores de futebol e nos consideramos sabichões, dando palpite e opinião sobre tudo e todos, já é público e notório.

O que eu já desconfiava, mas ainda tinha dúvidas, é que, dependendo da situação, somos também antropólogos, sociólogos, psicólogos, historiadores, médicos…

Muitas vezes, somos tudo isso ao mesmo tempo. Pelo menos temos essa pretensão, e dá-lhe tese.

Poucas vezes  ouvi tanto o nome de Charles Darwin em programas esportivos, leia-se programas de futebol.

É o caso agora, e de novo, do debate em torno do racismo.

Dois episódios lamentáveis muito próximos entre si desencadearam ampla discussão na mídia e nas redes sociais. O caso Tinga e o caso Márcio Chagas. Há, ainda, outra situação igualmente grave envolvendo Arouca, em SP.

Abaixo do Mampituba, qualquer tema acaba refletindo em Grêmio e Inter.

A questão do racismo é muito maior que essa rivalidade que tem seu lado sadio, positivo mesmo, mas que por vezes se torna ridícula, pequena, inversamente proporcional ao tamanho das duas torcidas, dos dois clubes.

Então, os charlatães em antropologia, sociologia e psicologia, entre outras especialidades, despejam teses, opiniões e palpites sobre uma questão que merece debates mais sérios e menos distorcidos por falta de conhecimento e, muitas vezes, excesso de paixão em função da cor clubística.

O racismo é abominável. A homofobia idem. As duas seguidamente aparecem juntas no futebol, aqui reforçadas de outras igualmente danosas, inaceitáveis e geradoras de violência: a gremiofobia e a interfobia.

Há que se lutar para por um fim nesses e outros males, mas com equilíbrio e bom senso.

Sem radicalismo, hipocrisia, demagogia e interesses outros que não sejam o de defender uma sociedade mais justa e igualitária.