O técnico Enderson Moreira, espertamente, deixa uma dúvida no ar sobre o time que começa o grande jogo desta quinta-feira contra o Newell’s Old Boys.
A indefinição, que deve ser apenas para efeito externo, é entre Edinho ou com Dudu. O importante é que ajuda a confundir o técnico rival.
Jogo minhas fichas na escalação de Edinho para começar a partida. Afinal, em time que está ganhando não se mexe.
Agora, não descarto a possibilidade de que Dudu comece o jogo, saindo Edinho. Foi o que se viu contra o Passo Fundo, no segundo tempo.
O time ganha em mobilidade e velocidade, algo que o técnico defende muito e aplicava no Goiás.
E tenho minhas dúvidas se perde em marcação. Com Edinho, o time, em tese, fica mais fechado. Mas é só em tese, porque não é isso que temos visto.
Nos últimos jogos Edinho anda muito faceiro, não guardando posição. O Grêmio tem levado gols até em função.
Agora, Enderson gosta de um centromédio típico. No Goiás, a função era de Amaral, que ele indicou ao Grêmio. Aqui, é Edinho.
Sem o volantão, Ramiro e Riveros terão a ajuda constante de Zé Roberto, Dudu e Luan. Foi o que se viu no ‘jogo-treino’. O time fica compactado e com uma saída de bola muito rápida e qualificada. Isso é inegável.
Porém, perde um xerifão. Um cara para impor respeito. No Grêmio, o único que faz isso é Edinho. Já mostrou sua utilidade nesse aspecto nos dois jogos pela Libertadores.
Então, acho que ele começa com Edinho.
Eu, que sou um volantista confesso e assumido, começaria com o trio de volantes.
Mas se Enderson começar com um time teoricamente mais ofensivo tenho certeza de que o fará baseado muito nas informações que tem sobre o adversário.
Conclusão: tudo pode acontecer.
Quer dizer, quase tudo. O que não pode acontecer é uma derrota em plena Arena.
Por isso, estarei lá torcendo e apoiando o time incondicionalmente. Sem sequer murmurar a cada erro de Pará e a algum gol eventualmente perdido por Barcos.
E se Léo Gago entrar, bem…
O que se há de fazer?
Se Jesus sofreu em silêncio na cruz eu posso engolir mais um sapo na minha vida. Tudo pelo bem do Grêmio.
A GOLEADA DE ABEL
O Inter é líder disparado do Gauchão. Pode não ser muito, mas não é pouco.
Apesar disso, os cronistas esportivos colorados da praça não param de dar pau no Abel, cobrando que coloque mais guris no time e que arme uma marcação mais forte, que o time assim como está é faceiro e não irá resistir contra equipes de maior porte.
Ontem, o Inter aplicou 6 a 1 no Remo, lá em Belém, num campo horroroso.
Antes do jogo, diziam que um empate estaria de bom tamanho.
Agora, leio e ouço que o adversário é que era muito fraco, querendo desmerecer a vitória colorada para seguir na tese de que o time continua vulnerável e que está se iludindo com o ‘engana-bobo’.
Nem oito nem oitenta. Por enquanto, Abel está ganhando de goleada dos seus corneteiros.