‘Aipim’ faz gol salvador no ocaso de Douglas

O fim do horário de verão pode estar marcando também o fim do atacante ‘pelos lados’, ‘flutuante’, e a volta do atacante mais fixo e centralizado, mais conhecido como centroavante ‘aipim’.

Sei de muita gente que vai vibrar com isso. Não é o meu caso. Por mim, pode jogar até um zagueiro na frente, desde que faça gols decisivos e em profusão.

Bobô marcou um gol salvador substituindo um congênere, Henrique Almeida. Isso bastou para ser considerado por muitos um dos destaques do Grêmio na vitória sobre o Novo Hamburgo.

Aliás, o melhor da tarde foram os três pontos obtidos. O resultado de 1 a 0 foi minguado e não corresponde ao que o time produziu. O fato é que o resultado contribui para pacificar ânimos e tranquilizar o vestiário gremista.

O técnico Roger Machado enfrenta seu primeiro momento de contestação e crítica. Ainda poucas e contidas, mas que neste domingo poderiam ter subido de tom caso não viesse o gol salvador.

A substituição de Douglas por Fernandinho aos 18 minutos do segundo tempo causou murmúrios reprovadores. A torcida, o vendedor de churrasquinho e o pipoqueiro fora da Arena esperavam Lincoln.

A sorte de Roger foi que três minutos depois Luan cobrou falta da intermediária, na área central do campo, e Bobô, que minutos antes havia substituído o discreto Henrique Almeida, mandou para a rede de cabeça.

Um tipo de gol raro nesse Grêmio que desaproveita 99,9% das cobranças de bola parada, tanto escanteio como faltas.

E por que dessa vez marcou? Ora, o cobrador oficial, Douglas, estava fora. Se estivesse em campo a cobrança seria dele. E, talvez, quase certo, o gol não acontecesse.

Henrique Almeida deve estar lamentando até agora ter saído antes de Douglas.

Bem, o gol abriu a retranca do NH – não entendo por que trocar o azul pelo vermelho nada a ver do seu uniforme -, e isso abriu espaços para jogadas mais verticais, em velocidade.

É injusto atribuir apenas à ausência de Douglas essa mudança de característica do time.

O NH deu espaços e o Grêmio conseguiu chegar com perigo algumas vezes. Numa delas, Éverton invadiu a área pela direita, recebendo passe de Bobô, e o goleiro defendeu. Outra boa chance foi com o volante Kaio, que apareceu de surpresa. Mais uma vez o goleiro salvou.

O fim do horário de verão pode marcar o término do esquema que empolgou o país no ano passado com a escalação de um camisa 9 e também o ocaso do ciclo Douglas, que a cada jogo escancara que sua presença como titular é injustificável.

Acredito que Roger esteja esperando Bolaños para fazer a mudança que os fatos exigem: a saída de Douglas do time.

COTAÇÃO

Qualquer avaliação de jogador fica prejudicada pela qualidade do adversário. Os alvos principais, Wallace Moreira, Fred e Marcelo Oliveira, foram favorecidos pelo pouco poder de fogo do adversário.

Mesmo assim, Grohe fez uma grande defesa. Depois, destaque para Éverton.

Luan, estrela do time, mais uma vez esteve apagado. Não esquecendo que foi ele quem cobrou a falta do gol que vale três pontos no Gauchão.  

 

Grêmio decepciona e assusta torcida

Nos últimos dias preguei o otimismo, a tolerância e a esperança. Defendi o time não por suas qualidades nem por seus defeitos, mas por ser o time que a diretoria conseguiu montar. Sabia de suas limitações, mas larguei de mão a crítica e a corneta em prol do nosso objetivo maior.

Hoje, depois da paulada de ontem no México, o otimismo fugiu pra debaixo do tapete. A tolerância está moribunda. Só restou mesmo, forte e compreensiva, a esperança. 

Tenho esperança que a derrota por 2 a 0 logo na largada da Libertadores – diante de uma equipe que jogou quase uma hora com dez – tenha ocorrido principalmente por causa da altitude.

Que a altitude ajude a explicar a placidez dos jogadores como ruminantes rumo ao matadouro. A falta de indignação depois de levar o primeiro gol de um time que tinha um jogador a menos foi algo irritante, para abalar qualquer esperança de uma reação imediata.

Minha convicção de que o time tem condições de brigar pelo título ficou abalada. 

Se Bolaños tiver toda essa capacidade técnica que lhe é atribuída as chances aumentam.

O problema é o fardo que o atacante terá de carregar: dois laterais inconfiáveis, uma zaga capenga pela falta de um companheiro para Geromel, e um meia que se arrasta esperando dar uma metida a qualquer momento. Aliás, coube a Douglas criar a melhor situação do Grêmio – a tal uma bola só -, quando ele deixou Éverton na cara do goleiro, em condições de escolher o canto. Mas Éverton é o Éverton, e isso significa acabamento imprevisível.

Mas Éverton, assim como Douglas, foi dos poucos que não sucumbiram plenamente. Foram participativos e interessados.

Tenho dificuldade de dizer o mesmo de Luan, que pareceu cansado, enfarado, triste. Sim, Luan parecia triste, contrariado com alguma coisa, ou até com ele mesmo.

Pior ainda foi Giuliano, que parecia um fantasma em campo. Giuliano foi completamente apático.

Diferente de Edinho, um leão no jogo, inclusive dando umas chegadas mais fortes. Edinho se mostrou inconformado com a pobreza, a indigência do futebol gremista.

Maicon é outro que deu o máximo. Tentou organizar o time, foi presente na marcação e tentou criar jogadas no meio.

O fato é que de um modo geral todos estiveram abaixo do futebol que já mostraram.

E quando o time todo não vai bem – tenho isso como regra – a responsabilidade é do treinador. Unicamente do treinador.

Por isso, torço que a principal razão do fracasso diante do mediano Toluca tenha sido mesmo a altitude, diminuindo o percentual de culpa de Roger e seus comandados.

Caso contrário, o que aconteceu no México irá repetir-se.

 

 

Libertadores: união total pelo Grêmio

Chegou o dia do começo da caminhada pelo TRI DA AMÉRICA.

Precisamos de união total, com muita energia positiva para contrapor aos fluidos negativos que serão emanados por ‘eles’, o que é natural, e faz parte do nosso universo Grenal.

O que não dá pra aguentar é secação interna em nome de vaidades, rancores, egos, invejas e politicagem.

Então, vamos para o jogo, vamos brigar pelos três pontos. Se der empate, tudo bem, mas o time precisa jogar pela vitória. 

Segue abaixo texto publicado pelo grande gremista e companheiro do Movimento Grêmio Multicampeão, Evandro Krebs, em Zero Hora desta quarta-feira:

 

COM O GRÊMIO ONDE E COMO O GRÊMIO ESTIVER

É sob um clima de preocupação e alguma desconfiança que o Grêmio estreia nesta quarta-feira na Libertadores/2016, no México. Muito distante de nós, torcedores, que se pudéssemos até a pé nós iríamos para ajudar nosso time a vencer o Toluca.

O resultado negativo contra o São José nos deixou um tanto abalados, desconfiados, mas nós, gremistas, nunca nos vergamos. Estaremos com nossos jogadores e com o técnico Roger Machado em cada lance, em cada disputa de bola, em cada conclusão a gol.

Já estamos recuperados e confiantes na vitória. Temos time para começar conquistando três pontos. Este é o melhor time que foi possível construir diante da situação financeira crítica do clube, fato que muitos relevam na hora da raiva e de manifestar sua revolta no campo ou nas redes sociais, sentimentos legítimos, mas que não podem ganhar maior amplitude.

Não podemos nunca esquecer que esse time que vai enfrentar o Toluca é o NOSSO time. Tudo o mais não importa agora. Os questionamentos a uma eventual falta de qualidade em determinadas posições são absolutamente dispensáveis e, mais do que isso, completamente inúteis. Os jogadores estão aí e é com eles que o Grêmio vai brigar pelo Tricampeonato da América.

Todos nós sabemos que a equipe possui alguns problemas técnicos, individuais e coletivos, o que acontece, aliás, na imensa maioria dos clubes, com exceção dos Barcelonas da vida. O importante é que o Grêmio, o NOSSO Grêmio, está na Libertadores da América, uma posição almejada por muitos e alcançada por uns poucos. Pensem nisso.

Quem não quiser ajudar, que não atrapalhe! A hora é de união de forças, de energia, não de contestação ao que está consumado. Para torcer contra já tem bastante gente nas imediações…

Um olhar mais atento pelo retrovisor da história indica que muitos times campeões eram contestados no início de suas caminhadas rumo ao título. Superaram os obstáculos, inclusive os colocados por torcedores menos tolerantes, e hoje são, justamente, festejados, e até mitificados. É curioso constatar que jogadores então criticados, definidos como toscos e insuficientes, passaram a ser quase endeusados após um grande título obtido.

Enfim, temos um time para torcer na Libertadores – o que é para poucos – e uma direção séria, que está enfrentando inúmeras dificuldades, mas que ainda assim consegue nos oferecer a esperança da retomada dos grandes títulos.

Como a maior parte da torcida, reconheço as dificuldades e o grande desafio, mas acredito no trabalho que está sendo desenvolvido e não tenho dúvida de que Roger e seus comandados saberão honrar e dignificar esse manto sagrado, a gloriosa camisa azul, branca e preta.

 

Roger não deve ouvir torcida nem vozes do passado

O melhor que o técnico Roger deve fazer para armar o time que estreia na Libertadores é seguir suas convicções. Se for para errar, erre pela sua cabeça. Afinal, mais cedo ou mais tarde, a cabeça dele é que irá rolar.

Se Roger ainda tivesse ao seu lado um dirigente com experiência e conhecimento de futebol, poderia ali encontrar um conselheiro confiável. É bom, em qualquer atividade ou situação, ter alguém próximo para trocar uma ideias, confidências, etc. Mas não pode ser qualquer um.

Não pode, por exemplo, ser alguém distante que pegue o telefone para sugerir este ou aquele esquema, este ou aquele jogador, acreditando ter alguma influência sobre o técnico. As vozes do passado no passado devem ficar.

Vale o mesmo para a torcida. É interessante que o técnico ouça e leia o que dizem os torcedores. Mas não pode guiar-se por eles. Caso contrário, terá apenas uns três ou quatro jogadores para escalar, se tanto.

Basta acompanhar as redes sociais – este boteco tem um pouco de tudo o que é dito por aí – para verificar que assim como tem gente que quer o Marcelo Oliveira longe, há outros que o consideram importante para o time. Eu me incluo no segundo grupo.

Os que não gostam de M. Oliveira têm discordância sobre quem entraria para enfrentar o Toluca. Dá de tudo. Existe até quem sugira o Fred, sem mesmo conhecer o Fred direito; outros, apontam Hermes, que até é bom jogador, mas que já mostrou dificuldade no apoio, e o time de Roger precisa de laterais que se apresentem na frente. MO já fez ótimas partidas. Contra o Zequinha, como quase todo o time, ele foi mal, o que reforçou a corneta da intolerância.

A lista de jogadores muito questionados segue com o pobre Wallace Oliveira, que recém começa a se adaptar, e com Kadu, este já recebido com justificada suspeição em relação ao seu potencial.

Até Luan tem seus corneteiros, que silenciam quando ele faz belas partidas, e que ressurgem com a maior cara-de-pau quando sua atuação não é suficiente para impedir uma derrota.

Sobra também para Marcelo Grohe, Wallace, Maicon, Éverton. Enfim, todos.

No momento, apenas Geromel é unanimidade. Este Roger pode escalar sem medo.

 

 

Jogo 100 na Arena: resultado inquietante

Se querem saber, vejo algo de muito positivo na derrota gremista em seu jogo 100 na Arena, diante de sua torcida e de uma dúzia de torcedores do bravo São José.

Eu já estava percebendo muita gente de salto alto em função de bons resultados e até boas atuações nesse campeonato que todos sabem – mas parecem esquecer às vezes – não passa de um engana-bobo.

Uma vitória sobre o modesto, mas bem organizado, Zequinha poderia inocular também nos jogadores o vírus do ‘já ganhou’ que é fácil verificar nas redes sociais.

Se o Grêmio tivesse perdido jogando mal, eu ficaria preocupado.

Mas o fato é que o Grêmio jogou relativamente bem, considerando que criou inúmeras chances de gol e só não saiu na frente no placar porque esbarrou no eficiente e sortudo Fábio.

É claro que preocupa o sistema defensivo. Marcelo Oliveira fez uma péssima partida, mas a gente sabe que ele joga muito mais. Agora, o que esperar mais de Kadu? No segundo gol, ele foi pior que o pior zagueiro da várzea de qualquer lugar ao empurrar a bola para a frente da área, onde apareceu Guilherme para agradecer e chutar sem qualquer chance de defesa do Grohe.

Aliás, o goleiro gremista fez duas grandes defesas em chutes de fora da área. Os corneteiros de plantão devem levar isso em conta antes de ofenderem meus ouvidos.

No mais, gostei de ver Pedro Rocha driblando e jogando com menos tensão. Éverton também teve ótimos momentos. Luan, igualmente.

O volante Kaio foi bem, e pode aos poucos afirmar-se. É esforçado e com ele não tem bola ruim.

O lateral-direito, o Wallace Oliveira, é mediano. Ainda há tempo de contratar outro. 

Henrique Almeida entrou no segundo tempo, mas pouco acrescentou, o que é até muito natural.

Douglas foi um jogador a menos. Lincoln entrou e deu uma melhorada no time, mas não o suficiente para ajudar a evitar a derrota por 2 a 0 a poucos dias da estreia na Libertadores.

Repito, o resultado é inquietante, perturbador, mas o Grêmio jogou mais que o Zequinha, a meu ver.

Por isso, acredito muito numa vitória no México. Agora, só não pode perder tantos gols e dar tanto espaço ao Toluca.

 

PRIMEIRO TEMPO (texto escrito no intervalo)

O Grêmio jogou todo o primeiro tempo passando a impressão de que seu gol não tardaria. Questão de ajuste da pontaria, com mais precisão e mais potência em uma ou outra situação.

Mas esse mesmo Grêmio deixou-me convencido que não sairia desse centésimo jogo na Arena sem levar pelo menos um gol. A vulnerabilidade do sistema defensivo – e aí incluo também a marcação no campo de defesa do adversário, na origem das jogadas – fez a alegria dos atacantes do Zequinha.

Se o Grêmio teve infelicidade nas finalizações – algumas daquelas que Deus castiga -, sobrou sorte e, claro, habilidade para Heliardo deslocar o goleiro Grohe, que anteriormente havia feito grande defesa. O lance começou num descuido de Luan, que teve a bola roubada por um adversário no campo de ataque.

Minutos antes, o Zequinha havia feito dois contra-ataques também com bolas perdidas na frente, ambas com origem em passes errados de Marcelo Oliveira, que hoje mereceu o rótulo de ‘avenida’, embora eu o considere um lateral superior. No Grêmio, sem substituto.

Prevejo para o segundo tempo um Grêmio mais firme na marcação, um Zequinha explorando contra-ataques, e uma virada tricolor, mais uma vez.

Agora, temo pela arbitragem de Leandro Vuaden.  Será insuportável para uns e outros o Grêmio fechar a rodada com 100% de aproveitamento.

Vamos ver.

 

Lincoln mostra que também dá metidas

Metida por metida, sou mais o Lincoln. 

O guri deu uma metida precisa, milimétrica, para Bobô fazer o gol da vitória, desviando do goleiro com a frieza de um centroavante.

Pois Lincoln mostrou que ele é mais que o futuro, é o presente.

Seu primeiro tempo foi monótono. Não entendi por que ele estava exilado na direita. Estranhei. No segundo tempo, Roger corrigiu esse posicionamento equivocado, que limitava o guri. Lincoln passou a articular mais pelo meio, de onde saiu a jogada do gol. Em pouco tempo a jovem promessa se sentia à vontade, com a maioria das jogadas passando por ele. O que não é pouco para um guri de 17 anos, que hoje vive à sombra do veterano Douglas.

Comendo o mingau pelas beiradas, Lincoln começa a entrar no time.

Foi um festival de guris no time que bateu o Veranópolis por 1 a 0, consolidando o Grêmio na liderança do charmoso.

Agora, uma análise individual:

Bruno, não passa segurança;

Wesley, por enquanto apenas um esforçado;

Bressan, dispensa apresentação;

Fred, uma atuação segura, mas discreta. Mostrou que tem condições de ser titular, até porque o titular hoje é Kadu;

Hermes, é eficiente, mas não faz sombra pra Marcelo Oliveira;

Moisés, saiu lesionado. O garoto Kaio entrou e deu boa resposta;

Edinho, atuação muito boa;

Giuliano, dois ou três bons lances, bom demais pra quem está voltando;

Lincoln, a titularidade é só uma questão de tempo, de pouco tempo;

Fernandinho, alguns bons lances;

Bobô, movimentou-se bastante, mas segue muito limitado. Foi perfeito no lance do gol, sinal de que nem tudo está perdido;

Tontini, entrou bem, mostrando que pode ser muito útil;

e Batista, com pouco tempo.

Destaque para o técnico Roger Machado, que está sabendo a hora certa de aproveitar a gurizada.

TOSTÃO

Texto do ex-craque, publicado no jornal O Tempo, de MG:

“O Grêmio contratou o jogador que precisava, Bolaños, um atacante rápido, habilidoso e bom finalizador. Não é um típico centroavante, o que é melhor para o estilo do Grêmio. Luan poderá atuar pelo lado ou formar dupla com Bolaños, um pouco mais recuado, pelo centro. Sairia Douglas. Por outro lado, o Grêmio se enfraqueceu com as saídas de Erazo e Galhardo, além de não ter bons reservas para os volantes Maicon e Walace. Maicon raramente erra um passe. No Grêmio, é muito elogiado por jogar o mesmo futebol que jogava no São Paulo, quando era muito criticado”.

 

Bolaños, Libertadores e os secadores de contratação

A contratação de Bolaños credencia o Grêmio a disputar a Libertadores não apenas como coadjuvante, de acordo com o roteiro estabelecido até agora, mas como protagonista.

O Grêmio, que já começava a ganhar corpo com o crescimento de jovens como Lincoln, Éverton e Pedro Rocha, ganha com o meia/atacante equatoriano um status que o nivela a outros grandes clubes.

É claro que há outros fatores em jogo. Por exemplo, a perda de titulares importantes por motivo de lesão. Wallace, jovem volante que tornou-se fundamental ao esquema armado por Roger Machado.

O volante está fora do jogo de estreia, dia 17, contra o Toluca. Ramiro deve ser seu substituto. Não é um substituto à altura – desculpem-me pelo trocadilho infame. Mas é um jogador esforçado, participativo, incansável.

Outra perda pode ser Giuliano, que se recupera da lesão na sola do pé. 

Se Giuliano não puder mesmo jogar, eu armaria o time do meio para a frente com Ramiro e Maicon na primeira linha; o trio de meias/atacantes seria com Bolaños, Lincoln e Éverton; na frente, Luan. 

Mas é claro que Douglas será mantido, sobrando Lincoln. 

BOLAÑOS

Se alguém quiser medir o acerto ou erro de uma contratação na terra dos chimangos e maragatos basta conferir a reação da torcida adversária – tarefa fácil em função das redes sociais – e dos ‘formadores de opinião’.

No centro do país, analistas esportivos não poupam elogios ao Grêmio por trazer o equatoriano para o futebol brasileiro. 

Aqui, de um modo geral, os elogios são contidos, alguns com forte carga de inveja, além de preocupação mal-disfarçada, já que o reforço de Bolaños vai custar um esforço maior na secação.

Entre os torcedores colorados, inquietação e muita cobrança junto à direção colorada, em especial pela perda do atacante Henrique Almeida.

Aliás, a direção colorada teria investido firme para desviar Bolaños da Arena para o Beira-Rio.  

Então, Bolaños é uma grande contratação, um grande reforço, mas é só um primeiro passo, e um passo largo, rumo ao título de tricampeão da Libertadores.

Supertimes

Interessante texto do botequeiro (não troque sílabas, por favor) Alexandre Sanz.

Um texto para reflexão no carnaval!

“Amigos, atualmente os times brasileiros que irão disputar a Libertadores precisam se preocupar com duas coisas: a primeira, obviamente, é achar formas de ganhar esse título tão desejado; a segunda é procurar montar um time que seja capaz de não passar fiasco no Mundial de Clubes e, para isso acontecer, existem duas chances, a semifinal, Inter e Galo já protagonizaram, e a final Santos levou 4 ao natural do Barça, poderia ter sido mais, bem mais, digo isso porquê nos últimos anos temos percebido a constante criação de Supertimes na Europa, durante algum tempo tivemos 3 desses Supertimes, Barcelona, Real Madrid e Bayern, mesmo que ainda um pouco inconstantes esses times vêm cada vez mais se tornando mais e mais constantes em suas idéias de jogar futebol, este ano surge uma quarta força o Paris Saint Germain, que já abre 24 pontos em sua Liga Nacional a frente do segundo colocado, a Juventus de Turim e o Arsenal da Inglaterra começam a dar sinais de que estão pegando o trem da história e seus times passam a jogar um futebol baseado nas idéias de Supertime e por fim o anúncio da contratação de Pep Guardiola pelo Manchester City somada a informação de que terá em torno de 1 bilhão de Euros para formar seu time, veremos nas próximas temporadas o surgimento de mais um Supertime no futebol europeu, isso significa que cada vez menos teremos um “Chelsea, Liverpool ou Inter de Milão” nas finais de Mundial de Clubes, coloco entre aspas pois os mesmos podem se tornar os próximos Supertimes, aumentando a distância entre nós sulamericanos e eles europeus.

Interessante pensar em como e quando surgiu este conceito de Supertime, na minha opinião, baseado nas declarações, em várias entrevistas que tive a oportunidade de escutar, de Pep Guardiola este conceito foi montado durante muito tempo, através de experiências e estudo, mas o legal é que ele começou no início dos anos 80, entre 1980 e 1982, com a seleção brasileira, que foi um dos primeiros times na era pós Pelé, que colocou “os melhores” para jogar, independente de posições, foi um time que marcou pelo futebol arte, porém sem muitas responsabilidades e que atacava o adversário de forma direta através da qualidade técnica de seus jogadores, como foi um time que não venceu títulos, sempre houve críticas sobre se era a forma de se jogar mais efetiva, faltava algo que desse liga a este conceito de futebol, que hoje vemos como características nos melhores times do Mundo os “Supertimes” ou seja, jogadas que são trabalhadas em todos os quadrantes do campo, centro, esquerda, direita, dribles, tabelas, viradas de jogo e cruzamentos.

A partir daí os conceitos de futebol se transformam para o destaque na consistência defensiva, que se utiliza de alguns craques que decidam quando tenham a oportunidade, assim foi Argentina de Maradona, Alemanha de Mathäus, Brasil de Romário, França de Zidane, Brasil de Ronaldo e Rivaldo e Itália de Canavaro e Buffon.

Em 2008 a Espanha de Luís Aragonés, apresenta ao Mundo o Tic Tac, um futebol que principalmente objetiva o domínio completo da partida através da posse de bola, se utilizando de seus dois craques meio campistas, Iniesta e Xavi Hernandéz eles ganham a Eurocopa, e mostram que a consistência defensiva é a própria posse de bola, o conceito: “enquanto a bola estiver comigo não sofro gols”, apesar de revolucionário era um futebol cansativo de ver (imagine correr atrás), então Pep Guardiola acrescentou este estilo a máxima da seleção de 82 “jogam os melhores” ele teve sorte afinal tinha craques como Xavi, Iniesta, Alexis Sanchez, Fábregas e principalmente Messi, ou seja o tic tac foi a “liga” do conceito “seleção de 82”, fica claro, para mim, para muitos comentaristas do centro do país que o futebol do MUNDO INTEIRO, caminha para utilização desses dois conceitos e que os principais times europeus estão se preparando para se transformarem em Supertimes, o que será lindo de ver pois teremos jogos de altíssimo nível em breve, um nível maior que o que vemos atualmente.

No Brasil, ainda lambemos as feridas do 7 a 1, agora temos boas novas, existem dois treinadores aqui que se atentaram para as novidades européias são eles: Adenor Bacchi e Roger Machado, como o Tite teve seu time todo esgualepado, ficamos com Roger e seus conceitos para o desenvolvimento do Grêmio, que pode marcá-lo nos próximos anos e uma vindoura era de Títulos e Grandes times, talvez, se bem feita esta transição, disputando de forma digna embates contra os grandes europeus.

Muitos dirão, “sonha”, respondo “sim sonho”, os melhores jogadores do Mundo, Messi, Suarez, Douglas Costa, Neymar, Di Maria, Alexis Sanchez são sulamericanos, então é bem provável que desses nomes virão os protagonistas dos próximos Supertimes, Luan, Everton, Lincoln, Tontini, Wallce, Arthur, Balbino…o que não combina é jogar com jogadores como Douglas e Bobô, ai matamos um dos dois conceitos do “Supertime” que é “jogar com os melhores”.”

Grêmio ganha corpo para a Libertadores

O time do Grêmio começa a tomar corpo para o desafio da Libertadores.

Mesmo considerando a fragilidade do Aimoré, o Grêmio mostrou um futebol que chegou a ser empolgante – em alguns momentos – pela objetividade e pelas inúmeras situações de gol criadas.

Se o time funcionou do meio para a frente, teve problemas de novo no sistema defensivo. Um adversário mais qualificado – como os que disputam a Libertadores – saberia aproveitar melhor os espaços vazios criados.

O gol de cabeça não aconteceu, mas a escapada de Elias para abrir o placar é inadmissível. Quase todo o time todo estava no setor ofensivo. 

Mas o que importa é que o time encontrou algumas opções interessantes. O novato Wallace Oliveira fez outra boa partida. Foi dele o lançamento para o gol de Fernandinho, o 3 a 1.

Mas o principal do jogo foi que Éverton está se consolidando como titular. O guri começa a mostrar maturidade, já não está tão afoito.

Foi dele o gol de empate. Éverton recebeu uma bola preciosa de Pedro Rocha  – este ainda instável e inseguro -, driblou o goleiro, que já salvara o Aimoré duas vezes, e mandou para a rede.

Henrique Almeida terá dificuldade para ser titular se Éverton continuar assim.

No segundo tempo, aos 14, Éverton recebeu bola enfiada por Douglas e cruzou para Luan marcar como um típico centroavante.

Em resumo, o Grêmio tem um time confiável para vencer o Toluca no México. Desde que Roger não entre na conversa daqueles que já entram em campo pensando somente em garantir um pontinho, o traiçoeiro pontinho fora.

A defesa está confirmada. A dupla de volantes entrosada.

 

Luan é o homem mais adiantado.

O trio de meias tem um problema: Douglas já não tem pique para suportar o ritmo frenético de um jogo de Libertadores. Está mostrando isso neste começo da temporada. Ele compensa com sua técnica apurada, mas é preciso mais.

E o mais é Lincoln. Até acho que Lincoln precisa mesmo entrar aos poucos no lugar do maestro. Mas Roger não pode demorar tanto a colocar essa pedra preciosa se o jogo estiver enroscado.

Lincoln mais uma vez entrou muito bem no jogo. Está pedindo passagem.

Olha o Lincoln aí, gente!

D’Alessandro vai, Henrique chega (para o Grêmio)

No final de 2012, depois de uma derrota em casa diante da Portuguesa, a torcida colorada explodiu em vaias.

Entre os vaiados, o ídolo D’Alessandro – no futebol, nem os ídolos são poupados -, que reagiu ao seu estilo:

— Eu pulo da barca… não tem problema nenhum. Minha vida não acaba aqui.

Quase quatro anos depois, D’Alessandro mostra que sua vida não acabou no Inter.

Em entrevista coletiva confirmou sua saída do clube, onde acumulou títulos, e de onde sai com a fama de dono do time e derrubador de técnicos.

Acima de tudo, D’Alessandro foi um vitorioso por aqui. Reinou Abaixo do Mampituba, mas não foi tão bem acima da divisa com SC. 

D’Alessandro sai do Inter na hora certa. Seu futebol decaiu com o peso da idade.

Além do mais, e principalmente, a relação custo/benefício já não compensa ao clube manter o meia argentino.

A relação dele com a direção já não era como antes. Um amigo comentou, brincando, que Piffero temia perder o trono de presidente para D’Alessandro.

Pesou nessa decisão, nesse acerto, o fator grana. O Inter deve muito dinheiro a D’Alessandro. Segundo o comentarista Guerrinha, em declaração no programa Sala de Redação, são em torno de 8 milhões de reais apenas pelo aluguel do passe.

Não se sabe se é um valor corrigido em dólar, como seriam os salários mensais.

D’Alessandro, na verdade, passou a ser um peso, um estorvo, um incômodo para a atual diretoria.

Vamos ver agora como será a vida do Inter sem D’Alessandro, pouco dinheiro e muitas dívidas.

Prevejo tempestades sobre o Beira-Rio.

HENRIQUE ALMEIDA

O goleador do Coritiba no Brasileirão chegou a comer canapés no camarote do Beira-Rio. Sua contratação pelo Inter era certa. Hoje, o Inter desistiu do negócio em função de um suposto problema jurídico.

O Grêmio não vacilou e bancou a contratação de Henrique Almeida. Um duro golpe para os colorados.

Não lembro bem do futebol dele, mas ao menos é alguém que faz gols. Coisa rara.

Que entre logo em campo!

NILMAR

Mesmo depois de Henrique Almeida (uma aposta) estou sugerindo uma investida para contratar Nilmar. Isso, se ele estiver bem fisicamente e não for caro demais.

Nilmar, em forma e motivado, seria perfeito para esse esquema do Grêmio.

Talvez o negócio não desse certo, mas que deixaria um pessoal conhecido aqui da praça alvoroçado, deixaria.

O primeiro a ser procurado pela imprensa seria o sogro colorado de Nilmar.