Bolaños, Libertadores e os secadores de contratação

A contratação de Bolaños credencia o Grêmio a disputar a Libertadores não apenas como coadjuvante, de acordo com o roteiro estabelecido até agora, mas como protagonista.

O Grêmio, que já começava a ganhar corpo com o crescimento de jovens como Lincoln, Éverton e Pedro Rocha, ganha com o meia/atacante equatoriano um status que o nivela a outros grandes clubes.

É claro que há outros fatores em jogo. Por exemplo, a perda de titulares importantes por motivo de lesão. Wallace, jovem volante que tornou-se fundamental ao esquema armado por Roger Machado.

O volante está fora do jogo de estreia, dia 17, contra o Toluca. Ramiro deve ser seu substituto. Não é um substituto à altura – desculpem-me pelo trocadilho infame. Mas é um jogador esforçado, participativo, incansável.

Outra perda pode ser Giuliano, que se recupera da lesão na sola do pé. 

Se Giuliano não puder mesmo jogar, eu armaria o time do meio para a frente com Ramiro e Maicon na primeira linha; o trio de meias/atacantes seria com Bolaños, Lincoln e Éverton; na frente, Luan. 

Mas é claro que Douglas será mantido, sobrando Lincoln. 

BOLAÑOS

Se alguém quiser medir o acerto ou erro de uma contratação na terra dos chimangos e maragatos basta conferir a reação da torcida adversária – tarefa fácil em função das redes sociais – e dos ‘formadores de opinião’.

No centro do país, analistas esportivos não poupam elogios ao Grêmio por trazer o equatoriano para o futebol brasileiro. 

Aqui, de um modo geral, os elogios são contidos, alguns com forte carga de inveja, além de preocupação mal-disfarçada, já que o reforço de Bolaños vai custar um esforço maior na secação.

Entre os torcedores colorados, inquietação e muita cobrança junto à direção colorada, em especial pela perda do atacante Henrique Almeida.

Aliás, a direção colorada teria investido firme para desviar Bolaños da Arena para o Beira-Rio.  

Então, Bolaños é uma grande contratação, um grande reforço, mas é só um primeiro passo, e um passo largo, rumo ao título de tricampeão da Libertadores.