Qual o time de Vagner Mancini para o segundo jogo do grande desafio que é continuar na série A do Brasileiro? Percebo que não há consenso em relação a algumas posições.
O time que está sendo especulado para enfrentar o América MG, sábado, 18h30, deve ter Brenno, Vanderson, Geromel, Kannemann e Cortez; Thiago Santos, Lucas Silva e Campaz; Douglas Costa, Diego Souza e Ferreira.
É a formação que o técnico busca consolidar, contrariando parte da torcida, contemplando outra. Enfim, não tem como buscar unanimidade. Por isso, o técnico deve ir ‘por sua cabeça’, porque no caso de resultado negativo a bronca será com ele.
Escrevo isso porque tem uma parcela considerável da torcida, aquela mais ativa e ruidosa, que ‘está sempre com a razão’, que exige, por exemplo, que Mateus Sarará seja mantido titular, alguns para todo o sempre.
Os mais radicais querem Thiago Santos longe do clube – um absurdo imenso diante da situação atual em que não se pode dar ao luxo de dispensar alguém. Penso que os dois, o cascudo e o novato, podem ser muito úteis.
O técnico vai decidir quem começa contra o América. A tendência é que ele escale Thiago, que saiu do time por suspensão. Normalmente, os treinadores automaticamente reconduzem quem saiu por lesão ou suspensão, não por deficiência técnica.
Eu penso que a dupla Lucas Silva e Sarará foi muito bem, tendo como estofo a melhor dupla de área do Brasil. Eles realmente dão segurança aos que jogam no setor defensivo. Por isso, eu manteria Sarará. Mas não é isso que ele irá fazer.
Sobre Lucas Silva, sempre que ele chuta a narração fala dessa suposta qualidade que ele possui, de chutar de long. Não lembro de um gol feito por ele dessa forma. Acho que até o fim do campeonato ele marca ao menos um.
Na meia, eu insistiria com Campaz, até por não ter outro. Ele se movimenta muito, é inquieto e combativo. Quem sabe daqui a pouco ele mostre qualidades que justifiquem a fortuna dispendida em sua contratação.
Na frente, a única dúvida seria Ferreira. O guri não tem jogado bem. Não faz gol há 10 ou 11 jogos. Por isso, penso que Mancini poderia insistir com Elias, deixando Ferreira para o segundo tempo, conforme sugeri também no jogo contra o Fluminense e no Grenal.
Ferreira parece que perdeu o arranque na hora do drible, e a força nos arremates. Além do mais, ele já está manjado pelos marcadores.
Pena que Renato não está aqui para lapidar o Elias, assim como fez com Éverton e outros, rendendo títulos e dinheiro.
Sobre Alisson e Jean Pyerre, por enquanto o melhor para eles, e para o time, é que fiquem no banco, só entrando em caso de muita necessidade.
Bem, o time começa a ter uma cara, a cara do Mancini. É assim que se constrói um time vencedor. Na insistência. Na repetição. Nem sempre isso é possível, mas esse é o caminho.