Felipão arma um time ‘pé no chão’ e vence a primeira no Brasileiro

O grande mérito de Felipão neste começo de trabalho é reconhecer que o grupo do Grêmio não tem condições de repetir o futebol vistoso e vitorioso dos dois primeiros anos de Renato.

Aliás, o maior erro de Renato foi a teimosia de insistir num esquema moribundo, que agonizou dois anos, mas que ainda assim se manteve vitorioso, principalmente se compararmos com o momento atual.

Nestes quase cinco anos com Renato no comando, o clube jamais esteve sequer perto da zona de rebaixamento no Brasileiro. E manteve uma deliciosa superioridade em grenais – coisa que alguns gremistas (?) hoje desdenham.

No sábado, ficou escancarada a proposta de jogo de Felipão: bola pro mato que o jogo é de campeonato. Seria o esquema ‘pega ratão’, popularizado pelo ex-treinador Cláudio Duarte, nos anos 70. Hoje, isso significa ‘dar a bola pra eles, se fechar na defesa e arriscar na boa, sem correr muito risco’.

Não é o que eu gosto, mas é o que a casa oferece. O próprio Felipão deixou muito claro como será o time dele, principalmente nesta situação tensa que o clube vive, assolado pelo fantasma da segundona.

– Tenho que dar proteção aos zagueiros para depois, em algumas situações, termos a condição de fazer o gol e conseguir a vitória. Não é algo que eu gosto ou do meu trabalho, depende das características dos jogadores e do momento que estamos vivendo. Vamos devagarinho, pé no chão para reconstruir tudo – explicou Felipão.

Parabéns ao experiente técnico, que simplifica e que conhece as limitações de seu elenco. Coisa que seu antecessor, Tiago Nunes, não teve a sabedoria de identificar/admitir. Por isso, caiu.

Espero que Felipão tenha sucesso e que continue contando com a sorte, porque vai precisar. Sábado a sorte apareceu com o nome de VAR ,que salvou o time de mais um empate, que, aliás, seria o resultado mais justo pelo que (não) fizeram os dois times. È bom ter o VAR de vez em quando a favor.

O pênalti foi marcado pelo VAR depois de passar em branco por quase todo mundo. Já vi outros a favor do Grêmio que não foram assinalados pelo VAR – não esqueço aquele contra o Atlético PR pela CB -. Antes desse pênalti, houve outro, também sobre Alisson, que o juiz não marcou.

Os três pontos obtidos com a vitória de 1 a 0 (gol de Pinares) sobre o Fluminense, deixam o time respirar, ajudam a dar confiança aos jogadores.

Contudo, se não melhorar sua produção ofensiva (prejudicada pela ausência de Ferreira), o Grêmio terá de conviver um bom tempo com o risco de cair.

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