Torcida gremista esquece as diferenças e se une em defesa do clube

“O mineiro só é solidário no câncer”, sentenciou o escritor Otto Lara Resende, já falecido. Transportando essa frase para o momento do Grêmio pós-Grenal eu diria que o gremista só é realmente solidário na dor. E mais o será se a dor tiver como base, como origem, erros de arbitragem, como os ocorridos domingo.

Doeu muito perder o clássico.

Aprendi há muito tempo que de tudo é possível extrair-se algo positivo. Um exemplo: a união gremista contra a desfaçatez do árbitro, da CBF, em especial dos srs Francisco Noveletto e Leonardo Gaciba.

Indignado, revoltado, puto da cara, o torcedor foi para as redes sociais escancarar sua raiva. De repente, aconteceu que gremistas que antes do jogo trocavam palavras ásperas e agressivas, além de ofensas mútuas, se encontraram na mesma trincheira.

Tudo por uma causa maior. O torcedor percebeu que ele precisa se fardar, porque o clube sozinho, sem uma ação ruidosa de sua torcida, nunca conseguirá ‘sensibilizar’ os srs que comandam o futebol neste país.

O Grêmio recentemente foi à CBF questionar a arbitragem de um jogo contra o São Paulo. Estaria sendo punido por isso.

O fato é que ficaram lado a lado os gremistas de diversas correntes, todos buscando defender o que verdadeiramente une o torcedor: o seu clube.

Diferenças como ser renatista ou antirenatista, chapa-branca ou urubulino, tudo passou a ser uma discussão sem sentido, algo insignificante – como deveria ser independente de resultados de campo.

Então, desde o final da tarde de domingo o que se viu foi uma torcida unida, manifestando sua revolta, sua dor e seu desprezo por certas figuras que habitam esse universo chamado futebol.

A torcida mostrou que o clube pode contar com ela sempre, em especial nos momentos mais difíceis e turbulentos.

Bem, acho que em breve voltaremos à nossa programação normal, com muitos debates, críticas e teses, como deve ser, de preferência mais moderação e respeito.

Afinal, cada um a seu jeito, SOMOS TODOS GREMISTAS.

OPORTUNISTAS

É o mínimo que se pode dizer desse pessoal que sempre que ocorre um caso de racismo envolvendo de alguma forma o Grêmio sai por aí cagando teses para punir o clube.

É claro que essa linha de raciocínio desses oportunistas não vale para o Inter. O que torna tudo muito nojento.

Frase do colorado Fabricio Nejar, que denunciou o jornalista e escritor Peninha por racismo no clássico:

“Se o clube não educa o seu torcedor, é somente penalizando o clube que o torcedor entenderá a gravidade da ofensa…. “

Deve estar doendo muito passar tanto tempo sem títulos e dois anos sem vitória em Grenal.

O ATAQUE

Estamos juntando documentos para levar ao Departamento de Repressão aos Crimes Informáticos. Já temos provas sobre a origem dos textos violentos contra mim. E temos até um suspeito. Mas há mais gente envolvida. O resto virá com a investigação oficial.