Os ciclos no futebol e uma opção chamada Elias

A vida é formada por ciclos. A sabedoria consiste em saber quando um ciclo já chegou ao final ou se aproxima do fim. No futebol não é diferente. No caso do Grêmio, há quem diga que o ciclo do técnico Renato Portaluppi terminou e já faz tempo.

Alguns, uma minoria ruidosa, prega nas redes sociais que a etapa de Renato na Arena chegou ao fim há uns dois anos. É claro que há nessa avaliação uma dose generosa de má vontade com o técnico que tirou o clube do atoleiro de 15 anos sem títulos significativos e o elevou a outro patamar.

Extraindo os excessos e o radicalismo desse pessoal que na verdade nunca aceitou Renato, apenas o tolerou, parece mesmo que o ciclo de Renato está chegando ao fim.

Mas, para gente com a estrela de Renato, além do conhecimento de futebol em todos os seus aspectos, principalmente de campo e vestiário, não dá pra duvidar nunca que ele seja capaz de protelar esse ciclo de quatro anos e meio.

Os sinais apontam o contrário, infelizmente. Mas quando menos se espera Renato, qual um mágico, tira um coelho da cartola.

É nisso que confio para seguir em frente na Copa do Brasil, a começar por uma vitória sobre o São Paulo nesta quarta-feira, 21h30, na Arena. O próximo jogo será dia 30.

Time por time, sou mais o Grêmio. Técnico por técnico, sou mais, muito mais, o Renato, embora Fernando Diniz esteja vivendo um momento muito bom, subindo na carreira.

É bem verdade que ele contou com arbitragens muito simpáticas ao seu time nesse período em que foi catapultado à liderança do campeonato Brasileiro. Mesmo assim, ele encorpou o time, que ganhou confiança e agora o céu é o limite.

Como escrevi lá em cima, os ciclos se sucedem. O Grêmio teve agora há pouco um ciclo de 18 jogos de invencibilidade. Entre esses jogos não esqueço aquele empate por 0 a 0, dia 17 de outubro, com o SP, em que os adversários bateram forte e ainda cometeram dois pênaltis.

Nada disso foi levado em conta pela arbitragem e pelo VAR, que nem sempre é tão transparente e eficaz quanto deveria.

Os dois times voltam a se enfrentar. Quem vencer estará na final da Copa do Brasil. Espero apenas uma arbitragem neutra, isenta, honesta.

Confio, também, que o ciclo de resultados positivos do São Paulo tenha fim justamente contra o Grêmio. Por que não?

O São Paulo que fique com o Brasileirão.

O Grêmio com a Copa do Brasil.

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ELIAS

Pois é, as dificuldades para Renato armar um time competitivo passam a sensação de que o ciclo de vitórias e títulos realmente chegou ao fim.

Alguns jogadores caíram de produção. Outros não estão na melhor forma ou lesionados. Destaco em especial o Maicon, que talvez volte apenas no segundo jogo contra o SP.

O capitão do time faz muita falta, tanto pelo futebol como pela liderança dentro de campo. Quem prestou atenção nos últimos jogos sabe que o time, principalmente os mais novos, sentiu a falta do ‘tio’ Maicon, sempre por perto para acalmar, articular e recomeçar jogadas.

Agora, independente disso, tem uma coisa que me irrita e que eu não consigo entender. A falta de um atacante de movimentação para alterar a forma de jogar na frente, onde há dois jogadores semelhantes disputando posição, Churín e Diego Souza.

Não sei se Elias está inscrito na CB. Parece que sim. O certo é que esse guri, que teve seu contrato renovado até 2024, seria uma aposta do Renato, um elemento surpresa para mexer na mesmice ofensiva do time no decorrer do jogo.

Ele tem um futebol que lembra Romário no início formando dupla com Roberto Dinamite.

Abra essa cabeça, Renato!