Grenal por enquanto em clima de harmonia e amabilidades

Vamos ao que interessa: o Grenal de quinta-feira, na Arena, o primeiro pela Libertadores. Até já poderia ter ocorrido um ou outro confronto, mas não foi possível por falta de competência do rival. O Grêmio tem muito mais participações em Libertadores. Esteve ali à disposição, mas o rival não apareceu.

Em 2007 e 2011, os dois estiveram juntos na competição. Em 2007, o Grêmio foi finalista e o Inter caiu logo na largada, talvez assustado com a possibilidade enfrentar o tricolor. Mas deve ter sido por ruindade mesmo. Depois,em 2011, ambos caíram nas oitavas.

RONALDINHO E FERREIRA

A prisão de Ronaldinho e seu mentor, tutor, guru, guia, o Assis, está ocupando a maior parte do noticiário. Outro assunto, mais restrito ao RS, é o caso Ferreirinha.

Sem conhecer os bastidores da negociação, é difícil opinar sem correr o risco de ser injusto. O que está claro é que quem mais tem a perder é Ferreirinha. O Grêmio é grande demais para ser abalado, e o empresário tem outros atletas para representar e com eles ganhar um bom dinheiro. Na verdade, todos perdem com esse impasse.

EMPATE AMIGO

Mas o que interessa mesmo é o Grenal. Por enquanto, nada de provocações. Todos muito compenetrados, respeitando o adversário. Vamos ver se isso dura até a hora do jogo.

O que preocupa é o excesso de amabilidades. Li que os dois presidentes vão almoçar juntos. Acho que é algo inédito na história do clássico. Li, também, que o Renato torce para que os dois passem de fase. Não gosto disso. Se ele realmente pensa assim, o que duvido, deveria guardar para si.

Esse tipo de coisa pode gerar algumas maldades por parte dos torcedores, que podem começar a acreditar que serão dois clássicos em que ninguém ganha nem perde. Seria uma nova interpretação da velha frase do Dino Sani: no futebol se perde, se ganha e se empata. Passaria a ser: no futebol se empata e se empata.

Não resta dúvida que a dupla é superior a seus adversários na Libertadores, mas não a ponto de motivar uma marmelada em prol de dois empates. É claro que serão dois jogos às ganhas, como se dizia nos meus tempos de peladas em Lajeado.

Mas eu dispenso excessos como esse do Renato, que podem remeter para situação como a de um clássico recente em que o Grêmio poderia ter goleado mas acabou administrando o placar com ‘peninha’ do adversário, com Renato sinalizando que o jogo estava encerrado.

O Grêmio deve jogar focado na vitória e sempre sem esquecer que tem a volta.

O TIME

A grande dúvida é Geromel, que faz tratamento para jogar. Esse tem sangue nos olhos, ele vai pro jogo.

Outra dúvida seria no meio de campo. Com Jean Pyerre voltando e Thiago Neves confirmando que é apenas uma sombra do que já foi, resta a Renato repetir o esquema com três volantes. MH, Lucas Silva e Maicon. É um meio de respeito.

Na frente, Alisson, Diego Souza e Éverton. Como o Inter vai jogar fechadinho, com poucos espaços, Pepê, apesar da boa fase, fica no banco. Ele rende mais quando tem espaço para correr e fazer jogada em velocidade. Por isso, a opção ainda pelo Alisson. Hoje, ele é o jogador número 12.