Nova derrota dos reservas e as dúvidas para enfrentar o festejado Flamengo

O Grêmio tem sofrido alguns gols com facilidade inquietante e irritante neste Brasileirão, em especial quando joga com o time reserva como aconteceu neste sábado. Os dois gols na derrota para o Fortaleza são exemplos de incompetência e falta de foco.

No primeiro, minutos depois de Paulo Miranda marcar de cabeça após cobrança de falta por Galhardo, mistura negligência com falta de atenção, com uma pitada generosa de desinteresse e ruindade mesmo.

Osvaldo, mesmo com Galhardo à sua frente, feito um cone de trânsito, cruzou meio que para se livrar da bola. Na área, o glorioso David Brás, tendo às suas costas o Wellington Paulista, que se jacta (com razão) de dar sorte contra o Grêmio.

A bola ainda quicou na grama antes de o atacante desviar com o pé, enquanto Brás tentava afastá-la de cabeça depois de ter dado à frente do lance para o adversário, o que é inaceitável. Detalhe, a bola que o zagueiro tricolor tentou cabecear vinha na altura do joelho, talvez um pouco mais. Ridículo.

O segundo gol começou com uma arrancada do glorioso Capixaba. Bah, agora vai – pensei. Passando a linha de meio campo ele adiantou demais, perdeu a bola, que foi para Wellington na direita. O capitão do Fortaleza cruzou despretenciosamente, até por falta de opção melhor. No centro da área o lateral Galhardo, enquanto os dois zagueiros observavam a jogada e o desespero do lateral e do goleiro, o jovem Phelipe, assim mesmo com PH.

Aqui, um aparte, o jovem goleiro não teve culpa nos gols. No segundo ele ficou indeciso entre sair ou ficar, ficou e levou. Se tivesse saído, teria levado o gol igual e seria corneteado e rotulado como goleiro que não sabe sair. No mais, ele foi pouco exigido, mas se mostrou seguro e tranquilo. Foi muito boa a iniciativa de Renato em escalar esse goleiro formado na base. Aliás, gosto quando o Grêmio coloca como titular goleiro formado no clube. Nesse gol, culpa dos dois zagueiros e do Capixaba.

No segundo tempo, o Grêmio foi muito melhor. O técnico Rogério Ceni adotou o esquema ‘chama derrota’, e só não perdeu o jogo porque seu goleiro fez duas ou três grandes defesas, e também porque outro ‘glorioso’ jogador, o Rômulo, perdeu um gol imperdível, isolando a bola.

PROJEÇÃO LIBERTADORES

Agora, o Flamengo. Renato tem um grande problema. Falta um lateral-direito mais confiável. Léo Moura e mesmo Galhardo chegam bem ao ataque, mas são inconfiáveis na marcação. A opção é escalar um zagueiro, o Paulo Miranda. O time ganha na marcação mas perde ofensivamente.

Como Renato depende muito de laterais que apoiem, acho que ele irá optar entre Léo e Galhardo. Thaciano seria uma alternativa, mas alguém sabe se ele foi testado na posição, ao menos em treinos? Acho que não.

Aliás, Thaciano foi mal como articulador. Realmente, não é a dele. Rezando para que Luan e/ou Jean Pyerre possam jogar.

Por fim, é incrível o número de notícias oriundas do Flamengo sobre seus lesionados, uma clara tentativa de confundir. Esperto esse português, que pra bobo não serve.

Tudo isso significa uma coisa: o Flamengo está respeitando muito o Grêmio. Talvez até com algum medinho.

Neste domingo, torço pelo Flamengo contra o Fluminense (e mais alguma lesão de titular), porque quero o ‘queridinho do Brasil’ cheio de banca na quarta-feira.