Gremista raiz mantém a fé e não se assusta com o Flamengo

O Grêmio fez uma de suas piores atuações na temporada. Quem reconhece isso é o técnico Renato. E todos nós concordamos.

A causa principal passa pelo jogo fantástico de quarta-feira, dia 23, Maracanã lotado, com a TV transmitindo para o mundo.

Se nós estamos ansiosos, contando as horas, sofrendo a cada atuação insuficiente, temor de que algumas individualidades não correspondam, imaginem os protagonistas. Eles também só pensam na grande decisão, o jogo do ano no Brasil.

Imaginem como se sentem aqueles jogadores que só levam pau nas redes sociais, a maioria dos gremistas nutella, um pessoal criado em meio aos títulos do ano 90 e festa na Goethe.

Um pessoal que nunca sentou na arquibancada de concreto escaldante da geral do Olímpico sob um sol inclemente.

Gente que nunca viveu o que nós, torcedores raiz, sentimos nos anos 70, os anos de chumbo dos gremistas. Nós sobrevivemos ao massacre dos títulos nacionais do rival e ao ufanismo vermelho na imprensa, fato amplamente divulgado pelo blogueiro Ricardo Wortmann, também ele um sobrevivente.

Aqui, entre os comentaristas do blog, tem pelo menos uma dúzia de gente que comeu o pão que o diabo amassou na década de 70 e que, por isso mesmo é mais resistente aos efeitos de eventuais tropeços ou quedas.

É claro que nos irritamos, nos revoltamos, mas já vimos tanta coisa que já não nos assustamos e sabemos ser tolerantes.

Não nos preocupamos com o que não é importante. E o que não é importante neste momento? É a atuação contra o Bahia. E será a atuação contra o Fortaleza neste sábado.

Nada disso importa. Esses jogos não refletem nem de longe o time que entrará em campo para calar o Maracanã mais uma vez.

Pode não acontecer, porque o Flamengo joga pelo empate e tem um time poderoso e por trás dele as forças do futebol, forças que eliminaram o Grêmio na Copa do Brasil com um erro escandaloso de arbitragem.

Apesar disso, os onze guerreiros que Renato ‘Midas’ Portaluppi escalar saberão honrar o manto sagrado jogando a 110% porque só assim se ganha uma Libertadores.

O Grêmio, que já conquistou três, sabe muito bem como é. O Flamengo, que conquistou uma, há meio século, tem uma vaga lembrança.

Então, gremista que é gremista não se assusta, não se intimida e muito menos vai atrás dos pessimistas e dos amargos de plantão, gente que despreza um dado muito importante: queiram ou não, o Grêmio é hoje um dos quatro melhores times da América.

E isso não é pra qualquer um.

INTER

O técnico Eduardo Coudet só virá a Porto Alegre se o Inter confirmar sua presença na Libertadores/2020. O argentino não abre mão disso.