O gramado da Arena e o Gre-Nal dos 5 a 0

O mau estado do gramado da Arena gerou uma série de críticas ao Grêmio, explorada ao máximo por vários segmentos.

A maior parte da torcida percebeu a maldade por trás do bombardeio, que teve como alvo a gestão Romildo Bolzan, pura sacanagem porque a gestão da Arena ainda não é do clube.

Alguns reagiram ‘plantando’ imagens nas redes sociais do histórico e inesquecível Gre-Nal dos 5 a 0, dia 9 de agosto de 2015 (aliás, a data deve ser comemorada efusivamente, porque não é sempre que se aplica goleada desse porte em clássicos).

A pretexto de mostrar que a Arena já teve um gramado impecável, como o desse jogo, são reproduzidos os gols Luan 2, Giuliano, Fernandinho e Rever contra. Quem viveu essa emoção deve ser grato todo dia por ser gremista.

No vídeo aparece, então, o gramado perfeito e uma atuação perfeita.

Penso que essa goleada é um marco para a ascensão gremista de lá para cá. Sinalizou que era possível a retomada das vitórias e dos títulos. Técnico, Roger Machado. Depois, Renato Portaluppi, que lapidou (gosto deste verbo, lapidar) a obra iniciada por Roger (devemos reconhecer também a contribuição do Felipão nesse processo).

Bem, essa história do gramado da Arena me levou a recorrer ao google, e lá deparei com a ficha técnica do time gremista no jogo dos 5 a 0.

Do time que começou o jogo, há quatro que a torcida não aceitava e até abominava. Eis os nomes: Gallardo, que está de volta, Erazo, Marcelo Oliveira e Edinho. Sem contar que Maicon era muito questionado, assim como Douglas e Pedro Rocha (um ‘perdedor de gols’, que Renato lapidou) até ajudar na conquista da CB e virar milhões de euros.

Aí vamos para o banco de reservas gremista: ali estava Éverton, que começava a ser lapidado (de novo?) por Roger.

Também no banco, Fernandinho, que nove entre dez gremistas querem longe da Arena. Ingratidão, teu nome é torcedor de futebol. Fernandinho entrou, marcou um golaço e foi importante no título da Libertadores.

Para uns, ele barrou o crescimento de Éverton. Para mim, ele ajudou no crescimento de Éverton, que ganhou mais tempo para amadurecer dentro e fora de campo, aí sob a orientação do mestre Renato, que ensinou-lhe os macetes da posição.

Mas voltando ao gramado da Arena, ‘pisoteado’ por aqueles que não perdem uma chance de atacar o Grêmio.

Realmente, o campo está feio, mas já vi piores, como o Olímpico dos anos 70/80.

Com investimento e uso da tecnologia mais avançada, tudo irá se resolver. O gramado voltará a ser perfeito ou quase. Mais difícil é vencer clássico por 5 a 0 e conquistar grandes títulos, elevando o nome do clube ao topo do futebol.