Grêmio: varredura inevitável

Faz tempo que a gente sabe das precariedades do time gremista.

Da defesa, salvam-se Geromel – o melhor jogador do time ultimamente – e Marcelo Grohe, mas este já não é unanimidade.

Os laterais e o quart0-zagueiro são insuficientes, para dizer o mínimo sem ser ofensivo aos profissionais que não têm culpa de estarem no time errado na hora errada.

Explico: são jogadores que deveriam estar num Goiás da vida, disputando uma série B do Brasileiro.

NUNCA uma Libertadores da América.

Procurei ser otimista, baseando-me no fato de que no futebol, como na vida, milagres acontecem.

O milagre não aconteceu e a imortalidade virou pó.

O Grêmio levou 3 a 0 do Rosário Central, um Coritiba com grife.

O primeiro gol, de saída, mostrou a vulnerabilidade defensiva do time armado por Roger Machado.

O segundo gol foi resultado de um pênalti infantil cometido por Marcelo Ermes (imitando o titular nesse aspecto).

O terceiro gol saiu de um escanteio – sim, para ver gol de escanteio em jogos do Grêmio só mesmo os do adversário, de todos os níveis. O que chamou muito minha atenção nesse gol foi que Fred, em vez de disputar a bola, se encolheu no lance com medo de uma trombada.

Torcia e até acreditava na superação para vencer e seguir na Libertadores.

Mas se tivesse de ser eliminado, que fosse com humilhação, nunca com heroísmo.

Uma eliminação heroica levaria a continuidade do que está instalado no futebol.

Com os 3 a 0, com direito a olé, penso que a varredura é inevitável. 

E urgente!

 

Ninguém está proibido de vencer

Tem gente na imprensa decretando que o Grêmio não tem nenhuma condição de vencer o Rosário Central nesta quinta-feira, às 19h15.

Mas não só da imprensa. Já ouvi e li expressivo número de gremistas dizendo que não há chance de reverter o resultado, a derrota por 1 a 0 em pleno Olímpico, com direito a muitos minutos de pânico.

Li também que no Gigante de Arroyito esse time tão festejado aqui na aldeia é praticamente imbatível.

Com toda essa aura pessimista fico pensando se não seria mais inteligente o Grêmio permanecer em Porto Alegre. Economiza um bom dinheiro – voo charter sempre tem custo elevado – e ainda evita o risco de ser humilhado pelo poderoso Coritiba argentino.

Não há dúvida que a missão gremista é espinhosa. Mas já foi assim tantas e tantas vezes. Muitas com resultado positivo, para surpresa dos descrentes.

O que eu percebo, e isso me irrita, é essa tentativa de diminuir o Grêmio e elevar o Rosário a um esquadrão poderoso, que veio a Porto Alegre e, segundo alguns, massacrou o Grêmio.

Um ‘massacre’ que quase não deu trabalho ao goleiro Marcelo Grohe e que resultou num gol obtido a partir de um chutão para a área e falha do sistema defensivo.

Foi a pior atuação do Grêmio nos últimos tempos, e ainda assim o time perdeu por apenas 1 a 0.

Foi uma noite/pesadelo. O técnico se revelou impotente e os jogadores pareciam desnorteados durante a maior parte do tempo.

Mesmo assim o Rosário fez um mísero golzinho.

Um golzinho tão miserável que o Grêmio pode devolver facilmente se repetir algumas atuações grandiosas que teve basicamente com o time que agora é massacrado, e condenado à eliminação mesmo com 90 minutos de jogo pela frente.

O Rosário é favorito. Joga pelo empate, joga em sua casa.

 

Mais ou menos como há 35 anos, quando o Grêmio bateu o São Paulo (base da seleção brasileira na época) por 1 a 0 (gol antológico de Baltazar), conquistando seu primeiro seu primeiro título nacional, abrindo caminho para o mundo.

Naquele jogo o Grêmio foi valente, não se intimidou. 

Ignorou o favoritismo do adversário e não foi atrás dos abutres de então.

Foi lá, fez seu jogo e venceu.

Por que não pode ser assim agora?

Ninguém está proibido de vencer, que o diga o pequeno Leicester.

 

Erro humano de novo favorável ao Inter

O Juventude está protestando. O sr. Leandro Vuaden não marcou pênalti cometido por Ernando aos 16 minutos do primeiro tempo.  

Um pênalti escandaloso.

Hugo chutou. A bola bateu no braço direito do zagueiro. O braço não estava rente ao corpo. A bola tinha o endereço da rede.

Confira:

http://globoesporte.globo.com/rs/futebol/campeonato-gaucho/jogo/01-05-2016/juventude-internacional/

O Juventude sentiu na carne o que o Grêmio vem sentindo nos grenais arbitrados pelos homens da casa. 

O Juventude é o Cruzeiro de um ano atrás, quando o sr. Diego Real não vacilou em marcar dois pênaltis em situação semelhante. A favor do Inter. Claro. Dois erros humanos a mais na conta do quadro de árbitros da FGF.

Veja:

Teria o árbitro marcado pênalti se fosse na outra área? É o que questionaram os cruzeirenses, que acabaram perdendo a vaga nos pênaltis.

Hoje, quem esperneia é o Juventude:

http://correiodopovo.com.br/Esportes/Futebol/Inter/2016/05/585918/Juventude-usa-redes-sociais-para-reclamar-penalti-de-Ernando

E assim vai o campeonato Abaixo do Mampituba.

Previsível.

Conforme escrevi no post anterior, o Inter é hexa. Só milagre para o Juventude reverter no Beira-Rio depois de perder por 1 a 0 em casa.  

Na pior das hipóteses, se a coisa complicar, sempre pode aparecer algum erro humano.

Afinal, os árbitros de futebol também são humanos e sentem a pressão…