A camisa que escancara a inveja recolhida

O episódio da camisa do Inter provocativa ao Grêmio deixou o presidente Luigi numa situação muito difícil. Ele ficou numa sinuca de bico – não sei o que significa sinuca de bico, mas sei que é pior que uma simples sinuca.

No final da tarde, depois de horas e horas de saraivada nas redes sociais, inclusive com críticas de colorados, o famoso fogo amigo, o Inter retirou do seu site a foto da polêmica camisa, anunciando que ela não mais seria comercializada.

As informações são de que o presidente colorado não sabia de nada, não tinha visto a tal camisa.

Então, temos o seguinte: Luigi não teria visto a camisa, anunciada sem sua autorização. Isso significa um clube sem comando, porque não é possível que algo tão importante seja divulgado sem a anuência do presidente, conhecido como centralizador.

Mas se ele viu e deixou transitar, e agora recuou, mostra um dirigente inseguro. Fico com a segunda hipótese. Nada sai do Inter sem passar por Luigi. Além disso, é visível que Luigi está acuado, tenso, angustiado, porque a reforma do Beira-Rio segue complicada. Muito complicada.

Por isso, uma camisa provocativa ao rival serviria para aliviar as tensões. Deu tudo errado.

ENTENDA O CASO

Uma típica brincadeira de torcedores saltou das mesas dos bares, do twiter e das páginas do facebook e chegou aos gabinetes colorados. Até aí nada demais, o problema é a direção encampar a brincadeira, tornando-a institucional.

É o que acontece com a coleção casual de camisas alusiva à reforma do estádio Beira-Rio lançada nesta quinta-feira no site oficial do clube. Uma das camisas causou revolta entre gremistas e constrangimento em boa parte dos colorados.

Nessa peça é enfatizado que o estádio colorado é próprio, insinuando que a Arena não é do Grêmio. Uma bobagem que fica bem nas flautas entre torcedores de futebol, mas que decididamente não cabe ser aplicada ou incorporada de maneira formal, ainda mais quando se tem telhado de vidro.

De pronto, surgiram versões produzidas por gremistas criativos e inteligentes, devolvendo a brincadeira de maneira descontraída pelas redes sociais, sem apelação, mas com muito bom humor. São peças gráficas produzidas por torcedores e que nunca serão oficializadas pela direção gremista até por uma questão de respeito ao rival, que vem enfrentando dificuldades sérias para concluir a reforma de seu estádio.

A lamentável iniciativa revela um despeito que vinha sendo reprimido – e que agora transbordou – dos colorados diante da grandeza que é a Arena do Grêmio.

Sim, a Arena do Grêmio. Tudo mais não passa de dor-de-cotovelo.

UM MATADOR

Há tempo que venho pedindo um jogador de área de verdade, não um que gosta de ‘flutuar’ na frente e que raramente está onde um camisa 9, um centroavante de carteirinha, deve estar.

Além de não ser um centroavante, Barcos é infeliz nas conclusões. Contra o Cruzeiro ele até que foi bem. Mas foi contra o Cruzeiro. O Cruzeiro!!!!

O Grêmio até pode ir mais adiante na Libertadores, mas sem um matador para definir as jogadas dificilmente conseguirá seu grante objetivo: o título.

No desespero, penso até no Zulu.

Quem já foi campeão brasileiro com Nildo e Gilson…