Mais um sinal do fim dos tempos

São cada vez mais claros os sinais de que o fim do mundo se aproxima.

Como explicar, por exemplo, o fascínio que os longos engarrafamentos nos caminhos que levam ao litoral exercem sobre os habitantes do extremo sul brasileiro?

Engana-se quem pensa que as pessoas são atraídas pelas praias exuberantes do litoral catarinense, o desfile de bundas bronzeadas, a caipirinha sob o guarda-sol, a brisa marinha, o mar convidativo. Ou pelo incomparável litoral gaúcho, onde o legal é construir mansões distantes da beira do mar.

Na verdade, no fundo, no fundo, todos querem apenas uma coisa: padecer longo tempo nas estradas. Depois dos prazeres, o sofrimento, auto-flagelação.

É um processo de purificação do ser diante da iminência do fim. Porque o fim está próximo. E todos querem o paraíso.

Outro sinal é o nível das músicas que dominam as programações de rádio e de TV, as festas, as noites, as madrugadas, as manhãs, as tardes, cativando jovens de todas as classes sociais.

Músicas tão perenes quanto um pedaço de papel higiênico usado.

Uma prova de que estamos à beira do abismo: no meu tempo o gente curtia Chico Buarque, Caetano, Elis, Gal, Betânia. Hoje, tem cada figurinha…

O que são os ‘astros’ e ‘estrelas’ de um tal ‘funk ostentação’?

É claro que há sinais mais objetivos e preocupantes de que o fim está próximo. É o caso dessa convulsão na Ucrânia, que coloca EUA e Rússia em lados opostos e já se fala em ogivas nucleares cruzando os céus. Realmente, a situação está feia.

Tem ainda esses fatos abomináveis envolvendo a Copa do Mundo, evento que seria um marco, um divisor de águas na história da humanidade, segundo renomados especialistas em apocalipse. Há quem diga que se o Brasil sobreviver a esse evento, o homem ganhará uma sobrevida sobre a Terra, uma derradeira chance de recuperação e purificação.

Agora, nada, mas nada mesmo se compara à notícia que li no final desta tarde de sexta-feira, depois de curtir uns dias de férias numa pacata praia catarinense.

Confiram se não é realmente um sinal evidente, inquestionável, indiscutível de que a história da raça humana sobre esse planeta que ela tanto se esforça para destruir está mesmo no limiar da escuridão infinita.

Transcrevo só a manchete, que é o máximo que consegui ler, porque quase tive um ataque cardíaco:

Maxi sente dores e está fora de jogo do Grêmio; Marco Antonio concentra

Quando o Grêmio decidiu permanecer com MA, provavelmente por falta de interessados, eu escrevi que ele em pouco tempo voltaria a figurar – o verbo adequado é esse mesmo – nos jogos, começando por treinar no time xis, ipsolon, zê, até chegar a entrar em campo em jogo oficial.

Essa convicção cresceu quando Léo Gago começou a jogar, e até a ser elogiado pelos neófitos ou pelos piedosos. Léo Gago até tem alguma utilidade, porque ao menos suja o calção, dá trabalho para a lavanderia. Mas não é jogador para um time clube que busca grandes títulos. Nem ele nem MA. Prova disso é que não apareceram candidatos a contratá-los, provavelmente nem com o Grêmio ajudando a pagar seus salários.

Estamos assim: Léo Gago já voltou e agora MA começa sua caminhada rumo ao grupo principal. Está relacionado para enfrentar o Cruzeiro pelo charmosão nesta quarta-feira.

Decididamente, o planeta está com os dias contados.