Grêmio e as crises imaginárias

Parece que está em curso uma tentativa de criar crise onde não há crise: no futebol do Grêmio.

A história com o Zé Roberto não vingou. É natural que um jogador desse porte se mostre irresignado com a reserva. O contrário, sim, é que evidenciaria algo preocupante.

Hoje, o volante Souza, colega de quarto de ZR, afirmou que nunca ouviu qualquer reclamação do companheiro. O próprio ZR tratou de esclarecer o mal entendido.

Então, não tem vestiário rachado.

Diante dessa tentativa frustrada de ‘esquentar’ uma entrevista do ZR, ouvi hoje, dia 27, algo que me causou perplexidade e até um certo constrangimento.

Um colega jornalista, homem curtido e conhecedor de futebol, levantou a suspeita de que os jogadores trazidos e ou indicados por Luxemburgo estariam sendo escanteados por Renato e que isso talvez não fosse coincidência. Essa hipótese explicaria, por exemplo, por que Elano e ZR são banco no esquema atual do Grêmio.

Ainda bem que na hora alguém lembrou que Dida, por exemplo, símbolo maior do período de Luxa pelo fato de ser contratação considera desnecessária na ocasião, segue como titular com Renato.

Também foi lembrado para o referido jornalista que Elano ficou lesionado longo tempo e Zé Roberto era titular até se lesionar, e agora busca recuperar seu espaço, o que irá ocorrer em breve, tenho certeza.

Assim, a marola não virou onda, embora o meu amigo RW, o da cortena, suspeite que ela ainda possa crescer numa ação orquestrada, algo que duvido porque seria uma ação odiosa e desonesta, uma afronta ao jornalismo.

Aqui do meu canto ainda lembro o Pará, este sim com todo o respaldo de Luxemburgo desde os primeiros dias de Grêmio. Pará não só é titular como melhorou sob o comando de Renato.

Enfim, a aparente tentativa de criar um ‘clima’ no Grêmio durou pouco, mas eu sigo aqui tentando buscar uma explicação para alguém levantar esse tipo de questão sem pé nem cabeça.

Um amigo gremista acha que matou a charada: seria para desviar um pouco o foco do técnico Dunga.

Será que é isso mesmo? Ou é apenas coincidência?

Quero acreditar que foi apenas um vacilo ao qual todos nós estamos sujeitos a qualquer momento.

Por via das dúvidas sigo vigilante.