Os catastrofistas, os achistas e os pipoqueiros

O Grêmio vence o Santa Fé, segundo time de melhor campanha na fase anterior, superado apenas pelo festejadíssimo Atlético Mineiro, e o sujeito entra no clicrbs poucas horas depois da grande vitória e encontra uma matéria sobre o Bertoglio, que seria injustiçado, que não tem lesão e poderia jogar, etc.

Até acho que Bertoglio deveria estar inscrito no grupo da Libertadores, de preferência no lugar do carimbador de bola. Mas uma matéria como essa não caberia naquele momento, e sim antes, quando a lista de Libertadores estava sendo fechada.

Também na manhã seguinte ao jogo, na quinta-feira, portanto, está lá o meu amigo Reche no programa do Mendelski levantando mais uma questão contra a Arena, isso poucas horas depois da vitória sobre o forte time colombiano. Ignorou solenemente o jogo.

Na Zero Hoje de hoje, o colunista Diogo Olivier comenta sobre o problema de encontrar comida na Arena, destacando o quanto é difícil, por exemplo, encontrar pipoca. Quer dizer, não tem mais o gramado para falar, nenhuma briga ou confusão para registrar, vamos ver o que tem de ruim. Ah, tem a falta de pipoca.

Assim fica difícil. O meu amigo Ricardo Worthman, o cara do ‘cornetadorw’ me telefonou hoje comentando essas coisas. “Estou comprando uma passagem de ida sem volta para a Tanzânia, não dá pra aguentar. Esse pessoal está sempre procurando algo pra atingir o Grêmio”.

Aí, pra deixar o RW mais louco recomendei a leitura do HM no CP, no qual o colunista diz que há boatos de que Koff iria renunciar e que a OAS poderia alugar a Arena para o Inter no Brasileirão. O Ricardo quase surtou. Acho que chamaram o Samu pra ele.

Por fim, os catastrofistas de plantão dizem que o resultado de 2 a 1 no jogo de ida é muito perigoso. Que vencer por um gol de diferença é terrível. É claro que é perigoso, mas não tanto assim como eles querem fazer parecer. O ideal seria vencer por uns 3 ou 4 gols, e quem pode dizer que isso não aconteceria se o Cris ‘bomba-relógio’ não fizesse aquele pênalti?

Pois o botequeiro Klessius Berlt acaba com os achismos e traz a realidade dos números.

Confiram o que ele mandou depois de ficar irritado com os achistas:

“Eis que curioso, resolvo analisar os últimos resultados da libertadores de 2008 a 2012.

2008-2012:
Número de vezes que o time da casa venceu a primeira por um gol de diferença:
19
2×1 (8)
1×0 (11)

Número de vezes que o time da casa venceu a primeira por um gol de diferença e se classificou:
15 = 78,94% das vezes
2×1 (5) = 62,5% das vezes
1×0 (10) = 90,91% das vezes

Analisando esses números (obtidos em 10 min de pesquisa) gostaria de saber como é possível um jornalista alegar que:
“Raramente, obtém a classificação, quem vence em casa pela diferença de um gol…”
??

É pedir demais que os jornalistas busquem informação que suporte as suas alegações? Já passamos da época dos Achismos, estamos na era da informação.”.

GAUCHÃO

Domingo, no Centenário, o Inter sacramenta a conquista do título. Ou alguém acredita que o Juventude do técnico Lisca vai impedir que o Inter do técnico Dunga ganhe também o segundo turno?

BALTAZAR

Trinta e dois anos atrás eu tive uma das maiores alegrias no futebol. Depois de anos de puro sofrimento, Grêmio campeão brasileiro de 1981. Eu era setorista do Grêmio na época e acho que ajudei nessa conquista. Mas esta é outra história.

O que não dá pra esquecer é a campanha contra Baltazar feita pelo colunista Paulo Sant’Ana, já muito lido e considerado.

Baltazar sempre dizia: Deus está guardando algo melhor pra mim.

Ele nunca disse uma palavra sequer contra o colunista.

Sua resposta feio naquele inesquecível 3 de maio de 1981 com um gol maravilhoso.

Um gol que se dependesse do colunista não teria acontecido.