Arena da discórdia e o afago da FGF em Dunga

Ao ser expulso no jogo contra o Esportivo, o técnico Dunga denunciou publicamente que haveria uma armação da arbitragem contra ele e, não satisfeito, agachou-se para falar ao microfone à beira do campo algo assim: “Vocês querem nos f…, não posso reclamar?”.

Toda essa bronca num jogo em que a arbitragem não marcou uma bola recuada com os pés para o goleiro colorado e ainda por cima assinalou impedimento num lance que resultou em gol do Esportivo.

Eu fico imaginando o que Dunga não faria se esse recuo de bola fosse de um zagueiro do Esportivo para o seu goleiro. E o gol anulado equivocadamente fosse do Inter.

O fato de Dunga ser punido ou não nada significa para mim. Tanto faz, tanto fez. O que me deixa revoltado é que Dunga foi “penalizado” com o pagamento de 15 cestas básica numa decisão administrativa. Escapou de julgamento e para todos os efeitos continua sendo primário.

Tudo isso realizado num gabinete da Federação Gaúcha de Futebol.

Penso que os próximos acordos desse nível, que eu não vou adjetivar,  deveriam ocorrer a bordo de um navio no Caribe, regado a espumante, camarões e lagostas.

ARENA

Li o contrato do Grêmio com a OAS. Peguei o material no site do Correio do Povo. Li tudinho. Confesso que foi um saco.

Mas o pior de tudo que no final ficou faltando o principal: o aditivo negocial.

Espero que o ‘gremista’ que escancarou os documentos ao meu ex-colega Hiltor Mombach faça o serviço completo e entregue o aditivo que estabelece detalhes do negócio.

Gostaria, também, que algum colorado do nível desse ‘gremista’ divulgue o contrato do Inter com a Andrade Gutierrez para equilibrar o Gre-Nal da trairagem.

Nenhum crítica ao jornalista, que está no seu papel: vai atrás e sempre encontra um barriga fria.

Só espero que ele esteja se esforçando também para ter acesso ao misterioso contrato da reforma do Beira-Rio.

Voltando ao contrato gremista. Não vou me estender porque algumas coisas foram alteradas através de aditivos.

Agora, quero deixar claro que o contrato da forma como está não seria por mim aprovado, caso eu fosse conselheiro do clube.

Está dito ali, no tópico 3.9.1, que a renda dos jogos, tanto na Arena como fora dela – a parte que cabe ao time visitante em algumas situações – fica todinha com a superficiária, um braço da OAS no negócio.

Pelo que tenho lido e ouvido parece que não é mais assim, que o Grêmio fica com 65% dessa receita. Aí eu fico pensando como a OAS foi boazinha em ceder. Mas alguém conhece empreiteira boazinha? Ela deve ter obtido algo em troca para atenuar essa ‘perda’.

No item 5.2.1, está a ordem: o Grêmio deve ter o seu centro de treinamento.

Treinos na Arena só eventualmente, mas com cuidado para não estragar o gramado. É sério, está ali no item 5.2.2

Ufa, alívio: no item 5.3 está registrado que o Grêmio terá acesso livre às suas instalações administrativas, museu, etc.

Mais adiante, está definido que o Grêmio tem preferência para aquisição da parte de sua sócia no empreendimento.

É isso que a direção gremista está tentando: comprar a parte da OAS.

O problema é que a empresa não aceitar negociar a sua parte. É o que afirmou hoje, após reunião demorada no Olímpico, o diretor da OAS, Carlos Eduardo Paes Barreto.

–  No estudo montamos uma empresa gestora de estádios de futebol e multiuso. Ela também vai gerenciar a Fonte Nova e da Arena das Dunas. Por isso, não consideramos a possibilidade de repassar o estádio. Estaremos em conjunto com o Grêmio por 20 anos -, destacou o dirigente.

A OAS se mostra inclinada, aparentemente, a reavaliar algumas questões, como o repasse de 42 milhões anuais que o Grêmio deve fazer para abrigar seus sócios na Arena.

Agora, uma coisa é certa: empreiteira nenhuma entra em qualquer negócio para perder.

Por isso, prevejo chuvas e trovoadas nessa relação.

A saída é mesmo comprar a Arena, sabe-se lá como. A OAS não quer, mas o contrato prevê que isso pode ocorrer contra a vontade de uma das partes, contratando-se uma empresa para avaliar o valor a ser pago.

MAICON

Pará não é um mau jogador. Ele é razoável. Ele se empenha, se doa em campo, parece um gremista que pulou da arquibancada para o campo. Mas tem limitações técnicas, que ficam expostas principalmente quando o espaço fica pequeno. Ele fica sem saber o que fazer, e toca a bola para o lado ou para trás. De vez em quando, entrega nos pés do adversário, como aconteceu no segundo gol do Caracas.

Tudo isso pra repetir que o Grêmio precisa de um lateral-direito com mais qualidade. A notícia é que Maicon deve mesmo ser liberado pelo Manchester City. Ele não aprovou lá.

Concordo que mais urgente é a contratação de um grande zagueiro, mas que Maicon viria em boa hora, viria.

Derrota surpreendente e as mudanças de Luxemburgo

Até mesmo contra adversário mais frágeis, como é esse time do Caracas, é preciso ficar atento, sempre esperto, compenetrado.

Qualquer vacilo pode resultar em gol. Para um lado ou para outro.

E quando a chance de gol surgir, é preciso aproveitá-la. Porque outra talvez não venha.

É por aí que começo a explicar a derrota inacreditável por 2 a 1 para esse time do Caracas, que tem alguns bons jogadores, mas que de um modo geral é modesto e deveria ser batido sem muito estresse.

O Grêmio não soube aproveitar as poucas chances que conseguiu criar. Por outro lado, deixou furos para o Caracas aproveitar.

O Grêmio saiu na frente com Elano, de cabeça, após cruzamento de André Santos.

Na realidade, o time de Luxemburgo não fez muita coisa ofensivamente. Teve mais posse de bola, mas quase não levou perigo ao goleiro venezuelano.

O empate aconteceu quando um jogador se distraiu, pensando talvez na namorada, na cerveja da comemoração pela vitória, ou no que faria com o prêmio pela vitória.

Estou me referindo a Vargas, que parecia marcar o juiz quando o meia Peña pegou o rebote na meia lua da grande área para bater forte, rasante, marcando o gol. Peña pegou a bola sem ser incomodado. Inexplicavelmente, não havia ninguém de azul diante da área. O venezuelano estava sozinho.

Vargas, pelo que percebi, é quem deveria ter ficado naquela área do campo. É inaceitável que um adversário pegue  rebote sem qualquer marcação na linha frontar à goleira. Inaceitável.

No segundo gol, na intermediária do campo inimigo, Pará lançou mal a bola, que foi interceptada por um adversário, que puxou o contra-ataque.

Por infelicidade plena do Grêmio, conjunção astral negativa, quem apareceu para marcar o atacante venezuelano foi Marco Antônio, que, como todos sabem, menos Luxemburgo, é inútil como armador e mais ainda como marcador. Marco Antônio foi driblado facilmente, Febles chegou ao fundo e cruzou, após passar por Werley, que foi muito frouxo na jogada.

ATENÇÃO caro leitor: no parágrafo acima há um erro grosseiro: Marco Antônio não participou desse lance, até porque sequer estava em campo. Mantenho o texto errado até pra mostrar que não é só o Luxa que erra.

Foi tudo muito previsível. É óbvio que o cruzamento sairia para quem estivesse chegando na primeira trave.

O experiente Cris, talvez por cansaço, não foi capaz de prever o lance e fazer a antecipação. Dida não conseguiu evitar o  gol, que acabaria sendo o da vitória do Caracas, que vinha de uma goleada na Arena.

A responsabilidade de Luxemburgo pela derrota começa aqui: por que sacar Fernando, que era o melhor do sistema defensivo? A entrada de Wellliton foi correta, mas poderia ter saído, por exemplo, o Pará. Ou o Souza, que não fez boa partida.

A mim está mais do que evidente que Luxemburgo não gosta de Fernando.

Dois minutos depois, aos 29, saiu Elano, que é simplesmente o jogador que tem a melhor ‘bola parada’ da Libertadores.

Elano cansado, com estiramento, dor de cabeça, unha encravada, hemorróidas em flor e furúnculo, é mais útil que Marco Antônio. Sempre que Marco Antônio entra, sinto que o fim está próximo e é inevitável.

A mim está mais do que evidente que Luxemburgo gosta, e muito, do Marco Antônio. Poderia testar o Guilherme Biteco, o Misael, o Matheus Biteco, mas insiste com um jogador que já provou ser apenas razoável.

Minutos depois, entra Willian Jose no lugar de Vargas. Aí percebi que Luxemburgo estava desesperado.

O torcedor tem direito de se desesperar e pedir um centroavante no lugar do goleiro, mas o treinador precisa manter a serenidade para tomar a melhor decisão.

Luxemburgo, ao menos para mim, já mostrou que quando bate o desespero, ele troca mal.

Diante da derrota para um time que havia goleado recentemente, o Grêmio vê sua situação complicar. Antes do jogo, o pensamento era lutar pelo primeiro lugar.

Agora, o Grêmio volta a pensar como no início da competição: se chegar em segundo já está muito bom.

O que interessa é classificar.

Apesar de tudo, ainda acho que o Grêmio pode terminar em primeiro. O Fluminense está em má fase. Tem titulares lesionados. É um adversário que pode ser superado na Arena.

Depois, o Huachipato, que em sua casa parece jogar pior.

CASTIGO

E pensar que o Grêmio entregou o título do primeiro turno do Gauchão para dedicar-se de corpo e alma a esse jogo contra o Caracas.

Perdeu o jogo na Libertadores, entregou o título do turno do Gauchão para o Inter.

A metade da laranja e os mensageiros do apocalipse

O Inter fez a sua parte: bateu o São Luiz com autoridade.

Depois, uma comemoração efusiva, diria até que um tanto exagerada diante da importância do título, que na verdade é um meio título, a metade da laranja.

Mas é meio caminho andado para conquistar um outro campeonato gaúcho.

Nos últimos anos, o Inter ao menos tem se mostrado competente para vencer o Gauchão. Bem ou mal, é um título. Que até não tem a dimensão e a relevância de outros tempos, mas é uma conquista.

O Grêmio nem isso tem conseguido. Tem comemorado vagas para a Libertadores, vagas que joga na lata de lixo por absoluta incompetência.

Ao menos agora o clube é comandado por um dirigente que realmente sabe armar um time capaz de vencer a Libertadores, diferente de seus antecessores.

Só faltou um pouco mais de empenho e vontade de buscar o título regional. O Grêmio optou por abrir caminho para o Inter conquistar o primeiro turno.

Priorizou demais a Libertadores, que deve mesmo ser priorizada, mas havia condições de armar um time misto capaz de brigar pelo título.

O Grêmio desistiu. O Inter aproveitou.

O tempo dirá se a escolha gremista foi a mais acertada.

O JOGO

O São Luiz começou bem. Foram uns dez minutos, não mais do que isso. Depois, só deu Inter, que dominou o meio de campo com D’Alessandro atuando como maestro. Até o criticado Josimar apareceu bem.

Mas o destaque mesmo foi Damião, autor de dois gols.

Com a goleada de 5 a 0 fica claro que todo o time jogou bem. O gramado embarrado em alguns pontos foi superado com técnica e organização.

A diferença entre Inter e São Luiz ficou expressa no placar.

ARENA

Sempre que eu quero receber uma abordagem negativa sobre a Arena, leio o que estão escrevendo determinados colunistas.

São sempre os mesmos. Nos últimos dias eles estão muito atuantes.

Poderiam falar sobre o bom momento do time, mas preferem atacar a Arena. Se repetem, não se cansam.

Eles seguidamente dão vez e voz a quem tem alguma coisa para ‘revelar’ sobre o contrato com a OAS, a obra, o prejuízo do Grêmio, etc.

Eles se preocupam muito com a estabilidade econômico-financeira do Grêmio. E essa preocupação aumenta proporcionalmente ao sucesso do time em campo. Mas isso deve ser apenas coincidência.

São os mensageiros do apocalipse.

Fico pensando no que eles irão escrever se o Grêmio for campeão da Libertadores na Arena lotada.

Vai doer demais!

Grêmio, secadores e segurança nos estádios

Coisas do RS...

Apesar de todo o medo que eu tenho de me entusiasmar com alguma coisa, e principalmente de admitir publicamente que estou começando a ficar entusiasmado com medo do olho grande, eu devo confessar que esse time do Grêmio está me entusiasmando.

Faço essa confissão depois de muito refletir. ‘Será que não estou me iludindo mais uma vez?, perguntei a mim mesmo inúmeras vezes depois do show dos 4 a 1 que rivalizou com o espetáculo do Elton John, que eu não vi, mas soube por dezenas de testemunhos que foi algo inesquecível.

Esse time do Grêmio está chegando num estágio que nem o Luxemburgo e sua insistência em colocar o Marco Antônio vai conseguir atrapalhar.

Menos ainda os secadores de plantão, da mídia e fora dela, todos já demonstrando visíveis sinais de desespero.

O Grêmio tem hoje nove titulares de alto nível. Com isso, até um jogador mediano como o Pará, com seu esforço comovente, se transforma e tem lampejos de craque, como no quarto gol da vitória sobre o Caracas.

O outro que ainda não atingiu o nível dos tais nove titularíssimos – entre eles o Dida, mas poderia ser o Grohe -, é Cris. Ainda não senti firmeza nele. É um zagueiro viril, que se impõe, não sorri – o que é fundamental num zagueiro que precisa meter medo nos atacantes – e tem jeito de xerifão.

Já escrevi que aqui a gente tem pressa em julgar quem chega. O Forlan no ano passado era quase um perna-de-pau para alguns; hoje já virou o Forlan da Copa do Mundo. Nem oito nem oitenta.

Li e ouvi alguns criticando o Vargas antes dos 4 a 1.

É preciso dar um tempo para quem chega, especialmente para quem chega com currículo de grande jogador.

Penso que o Cris ainda está em fase de adaptação e que pode jogar bem mais, o suficiente para ficar à altura dos demais.

Portanto, o Grêmio está com um time forte, e tem um banco de reservas de qualidade. Só acho que falta o Luxemburgo começar a experimentar os jovens meias do grupo e esquecer o MA.

Importante, também, a permanência de Marcelo Moreno, que está levando um tratamento duro do Luxemburgo para que ele se toque e volte a mostrar serviço, diferente do jogador apático e sem vigor que andou entrando em campo ultimamente.

Então, estou entusiasmado, confiante.

Só temo, tenho que admitir, as tradicionais recaídas do Luxemburgo em jogos decisivos.

OS RIVAIS

Depois de ver todos os adversários do grupo, entendo que só uma calamidade tira do Grêmio o primeiro lugar.

O Fluminense, que tem um elenco de qualidade, parece que cansou. Exemplos de jogadores que eram talentosos e criativos, e que se tornaram burocratas: Rafael Sobis e Thiago Alves.

O Sobis há mais tempo não anda jogando nada. O Thiago Neves, antes um meia de arranque e drible, agora só toca a bola para o lado. Está virando um MA com grife.

O Flu hoje é praticamente só o Fred.

Já os outros dois times são competitivos, não se entregam.

Gostei muito de dois jogadores do Caracas: Otero, um meia habilidoso que lembra o D’Alessandro, e o lateral Carabalí, da direita.

No Huachipato, gostei do atacante Braian Rodriguez, oferecido ao Grêmio tempos atrás.

CORINTHIANS

Pois durou pouco a seriedade na Conmebol. Corinthians poderá ter público já em seu próximo jogo. Em troca, terá de pagar 200 mil dólares à entidade que comanda o futebol sul-americano.

Só falta agora os ‘torcedores’ presos serem liberados.

Uma vitória de lavar a alma

Há quem duvide da existência da alma, parte imaterial do ser humano que é capaz de sentir e pensar,  e que, segundo algumas religiões, é imortal.

Eu acredito na alma, tanto que a lavei esta noite na coruscante – para usar uma palavra que tenho lido na ZH – goleada por 4 a 1 sobre o Caracas.

Uma vitória de lavar a alma.

Depois da frustrante atuação contra o Huachipato, duas goleadas seguidas.

Mais importante que as goleadas, são as atuações. O Grêmio teve atuações seguras, convincentes, entusiasmadoras contra o Fluminense e agora contra o Caracas, que venceu o Huachipato, que venceu o Grêmio em plena Arena.

Então, antes que secadores e invejosos se manifestem, quero dizer que o Caracas não é uma grande time, mas também não é nenhuma desgraceira.

O Grêmio foi tão bem que é difícil escolher o melhor em campo e mais difícil ainda é decidir quem merece menos que uma nota 7. O time todo foi bem, resultado do tempo destinado a treinamentos, do entrosamento que aumenta e da confiança que cresce.

Num ambiente assim até Pará se transforma. Foi dele o lance que redimiu Zé Roberto de ter perdido dois gols feitos, ambos em jogadas de Vargas, que o deixou de frente para o gol.

Meu melhor jogador em campo são cinco, não pela ordem:

Werley, que participou do primeiro gol e fez o segundo;

Fernando, que ganhou mais moral com a convocação e justificou plenamente sua presença na Seleção;

Elano, que voltou a jogar bem, marcando, lançando, criando e calando mais uma vez alguns corneteiros que implicam com seu futebol por falta do que fazer ou por rabugice mesmo;

Zé Roberto, que, apesar de ter perdido dois gols na cara do goleiro, foi mais uma vez fundamental – só espero que Felipão não tenha visto esse jogo; e

Vargas, que dessa vez, com dribles, retenção de bola no tempo certo e passes precisos, conseguiu ser melhor do que Barcos.

Os demais jogadores estiveram também em alto nível. O André Santos joga demais. É difícil entender por que Dunga, que tem “excelentes serviços prestados à seleção”, segundo um integrante do TJD gaúcho, preferiu Michel Bastos a André Santos na Copa do Mundo.

Por fim, é obrigatório registrar que foi uma vitória incomum para o Grêmio: sem sofrimento.

Arbitragens e os tais 'erros humanos'

Nos meus tempos de Correio do Povo cansei de escrever sobre jogo que eu não via. Acompanhava pelo rádio e escrevia.

Pior é transmitir o jogo pelo rádio, narrando a partir de imagens de TV, e de repente cair a imagem. Já vi narrador seguir transmitindo ouvindo o colega concorrente que havia viajado e estava presente no estádio.

De vez em quando essas coisas ainda acontecem.

Pois hoje eu vou reviver esse momento. Não vi o jogo do Inter contra o o pobre Esportivo, digo pobre porque ele foi vítima de uma arbitragem medonha, pelo que ouvi pelo rádio do carro a caminho de Porto Alegre, e também pelo que li no blog cornetadorw.blogspot.com.br.

O RW diz que Josimar atrasou uma bola para Muriel, que pegou com a mão, imitando Clemer naquele célebre Gre-Nal apitado pelo Carlos Simon. Isso aconteceu aos 13 minutos, quando o jogo ainda estava 0 a 0 e eu nessa hora tentava sintonizar uma emissora de Porto Alegre.

O jogo estava empatado também quando o Esportivo teve um gol anulado equivocadamente pela arbitragem. Aliás, é difícil entender a indicação desse juiz, o Francisco Silva Neto.

Pobre Esportivo. Pobre Luís Carlos Winck. Ao meu parente distante só restou chorar no final.

Melhor sorte teve Dunga, cuja única punição foi sua expulsão. Ele diz que nada fez para ser expulso. Eu até acredito.

Não duvido que o juiz tenha pretendido mostrar, quando a vitória colorada estava encaminhada, que também é capaz de tomar uma medida contra o Inter.  Assim fica fácil.

Agora, independente de qualquer coisa, o Inter venceria. Era jogo jogado. Tanto que não animou sequer os torcedores colorados. Público rídículo no Centenário, 4 mil pessoas mais ou menos.

Quem foi ao estádio ou assistiu pela TV viu dois belos gols de Forlán, gols que eu ainda não vi, mas acredito na descrição dos narradores e dos repórteres.

Todos muito empolgados com a atuação do uruguaio, que até pouco tempo era questionado.

Nós temos muita pressa para julgar. Sempre acreditei que Forlán voltaria a jogar bem, porque se trata de um grande jogador. Era questão de tempo, de ambientação, e de fim de ciumeira no vestiário em função dos 850 mil mensais que Forlán recebe.

Os mesmos apressados já erguem suas vozes questionando Vargas. Já ouvi bobagens absurdas como ele sendo o Mazinho Loyola com grife. Coisa de invejoso, sem dúvida.

Agora, vem a final do Noveletão.

Assim como considerei jogo jogado esse contra o Esportivo, agora penso diferente em relação ao São Luiz.

O jogo será em Ijuí. A propósito, certa vez o CP  deu na capa: Inter joga em São Luiz. Eu estava lá na época, mas quem fez esse título foi um colega.

Bem, se houver uma arbitragem que não cometa ‘erros humanos’ como os de hoje em Caxias, acredito que o Inter é capaz de deixar escapar o título do primeiro turno.

O time do Ijuí, digo, do São Luiz, em sua casa, é quase imbatível. No mínimo, a decisão vai para pênaltis.

Ah, essa de o Dunga dizer que há um complô contra ele…

O que sobra para o Winck então?

FAÇANHAS DE CHICO

No blog do corneta tem o vídeo de Inter 1 X 1 Santos. O Santos teve gol legítimo anulado pelo quarto árbitro, o sr. Francisco, que não viu a bola ultrapassar a linha da goleira. O bandeirinha correu para o centro do campo. O sr Francisco, quarto árbitro, decidiu invalidar o gol santista em jogo do Brasileirão de 2010.
O Grêmio foi eliminado de uma Copa do Brasil pelo XV de Novembro. O sr Francisco validou gol com a mão de Rudinei e invalidou gol legítimo do Grêmio. Derrota por 1 a 0. No jogo de volta, o Grêmio, então treinado por Mano Menezes, venceu por 1 a 0, mas foi eliminados nos pênaltis. Foi nesse jogo que Renato Moreira, que normalmente é um cara pacato, chamou o juiz de Chico Colorado de tão revoltado que ficou.
Agora, não conseguir fazer dois gols no XV em casa não tem perdão.

FÉRIAS

Quero dizer que voltei mais cansado, mas de cabeça arejada. Grato pela paciência. Sobre a ideia de deixar um interino, acho muito boa.