Kleber desdenha o Grêmio e ataca Felipão

Sou contra a vinda de Kleber. Sei que minha posição não vai alterar o rumo da negociação.

Eu, se fosse dirigente, jamais contrataria alguém que não tivesse vontade de jogar no meu clube. É claro que essa vontade precisa ser compensada com muita grana, que alguém precisa comprar o leite das crianças.

E o Kleber, como já declarou, pensa muito nos filhos que o querem por perto e por isso estariam sendo contrários a sua saída de São Paulo. Assim, com bem menos que oferece o Grêmio, um clube milionário que paga quase meio milhão de reais para um lateral reserva, Kleber aceita ficar na capital paulista. Ou arredores.

Em último caso, se não tiver nada melhor, ele até topa jogar no Grêmio. Assim como se fosse um favor.

Kleber é um bom atacante, um dos melhores em atividade no futebol brasileiro. Mas, como escreveu Tostão, está longe de valer o que o Grêmio lhe oferece, algumas migalhas acima de 500 mil reais por mês. E de atacante Tostão entende, com a vantagem de ter acompanhado Kleber de perto em Belo Horizonte.

Então, só pelo fato de ficar ‘se fazendo’ para jogar aqui, sou contra a contratação de Kleber. A questão financeira também me perturba, mas quem paga mais de 300 mil reais por um zagueiro reserva, Rodolfo, tem mais é que pagar mais de 500 mil reais ao Kleber.

Estou preocupado também com o caráter desse jogador. Ele está atacando Felipão de maneira baixa, indigna. Leiam esta frase que pinçei de um site agora à noite, na qual agride Felipão de forma gratuita, e, de certa forma, agride a torcida gremista, ou pelo menos a mim. Não idolatro o Felipão, nem ninguém, mas eu o considero um profissional honrado, honesto, e que não merece essa afronta:

– Ele é bom em fazer família. Fez a família Scolari na Seleção, em 2002, e no Palmeiras fez a Von Richthofen porque é um querendo acabar com o outro lá dentro – afirmou Kleber, lembrando do caso em que a estudante Suzane von Richthofen foi condenada a quase 40 anos de prisão por ter sido a mandante do assassinato de seus pais, em São Paulo, em 2002.

Pois é, esse é o jogador que a direção gremista considera um grande reforço, ignorando que o futebol cada vez mais se faz com jogadores de talento, sem dúvida, mas também com conduta irretocável dentro e fora de campo.

ENQUANTO ISSO…

… o meu atacante preferido segue fazendo sucesso. Hoje, marcou os dois gols da Seleção Brasileira, além de quase ter feito o terceiro após driblar

o goleiro e concluir para um zagueiro salvar de cima da risca. Jonas joga tudo o que Kleber pensa que joga, e só incomoda os adversários.