Renato e os deuses do futebol

Renato é um inventor. Insistir com Gilson no meio de campo depois do fracasso que foi contra o Atlético Paranaense é um absurdo. Quando vi Gilson no time, com Maylson fora, fiquei perplexo.

O Grêmio vai perder de cinco, pensei, assustado também com a presença de Lúcio desde o início, ele que estava fora há meses. Lúcio até me surpreendeu.

Em 25 minutos estava 2 a 0 (no primeiro gol tinha três botafoguenses pra cabecear e nenhum defensor do Grêmio. No segundo, Herrera entrou passeando na área.

Renato tentou corrigir sua mancada. Colocou Roberson no lugar de Gilson. Levei outro susto. O Grêmio ficou, então, com um 4-2-4.

Roberson entrou bem, agitou bastante.

Aí, Jonas achou um gol, numa bola que reboteou nas pernas de Leandro Guerreiro (velho ‘idolo’ colorado.

Bem, o Grêmio terminou com quatro atacantes. Perdido por 2 a 1, perdido por 3 a 1, não faz diferença. O Botafogo poderia ter ampliado, mas os deuses do futebol olharam para o grande ídolo gremista mais uma vez.

Jonas, sempre ele, empatou.

O time teve alguns destaques: Jonas, F. Rochemback, Wilson e Adilson, este um herói sozinho na marcação no meio de campo. Merece medalha.

Para quem perdia por 2 a 0, buscar o empate é quase uma vitória.

É preciso, porém, não esquecer o que aconteceu, como esse empate foi obtido.

Estou firmando uma convicção. É com muito pesar que estou concluindo que Renato não serve, não vai durar.

Silas é mau treinador, além de disciplinador ridículo, ao menos no Grêmio.

Renato aparentemente acertou as coisas no vestiário, mas lamentavelmente, pelo que tenho visto até agora, ele não sabe o que está fazendo.

Nem sei se ele é treinador de futebol.

Não sei como ele conseguiu levar o Fluminense ao título da Copa do brasil e ao vice da Libertadores. Eu me amparava nesse trabalho para defender sua contratação, mas agora, vendo o que ele comete assim de perto, estou assustado.

Jonas salvou contra o pobre Guarani. Jonas salvou hoje.

Os deuses de futebol não irão salvar Renato, e o Grêmio, sempre.